O Campeonato Brasileiro de 2013 acabou, dentro de campo, no dia 8 de dezembro. É claro que fora de campo a Justiça está participando ativamente (o caos entre Portuguesa e Fluminense). Tecnicamente, foi um dos piores campeonatos nos últimos dez anos. Tirando o futebol e o título do Cruzeiro, o campeonato foi um marasmo. Nível futebolístico abaixo de zero. Times que poderiam fazer partidas melhores, não fizeram. O que faltou?
Faltou vontade dos jogadores, é claro. Porém, algo deve ser muito bem ressaltado: o técnico. O livro da Clara Albuquerque - A linha da bola - fala de forma categórica a função dos técnicos. No livro, ela fala da seguinte forma: "Durante muito tempo a frase "técnico não ganha jogo, só perde" teve muita força entre os futebolistas brasileiros, hoje, porém, técnico é a solução e a origem de todos os males que afligem um time de futebol". Num outro trecho, ela diz "[...] eles conseguem passar de completos analfabetos em futebol, para não dizer burros e teimosos, para gênios e grandes estrategistas...".
Nesse Brasileirão tivemos juventude e experiência. Marcelo Oliveira, que treinou o Coritiba em 2012, assumiu o Cruzeiro nessa temporada e sagrou-se campeão merecidamente. Vágner Mancini assumiu o Atlético-PR. A equipe estava na zona de rebaixamento. Terminou como terceiro colocado, conquistando uma vaga na Pré-Libertadores. Técnico experiente e ganhou a Copa do Brasil, com o Paulista de Jundiaí. Enderson Moreira comandou o Goiás pelo segundo ano consecutivo. Conquistou a Série B de 2012 pelo time goiano. Claudinei Oliveira substituiu o Muricy Ramalho e fez uma excelente temporada pelo Santos, colocando a equipe paulista na oitava colocação, melhor time paulista da competição.
Renato Gaúcho, com o seu estilo feio de jogar futebol, colocou o Grêmio como vice-campeão, atrás do campeão Cruzeiro. Vanderlei Luxemburgo não fez um bom campeonato. No Fluminense, deixou a equipe na zona de rebaixamento. Depois foi demitido. Oswaldo de Oliveira colocou o Botafogo na Pré-Libertadores, na última rodada do Brasileiro. Poderia perder a vaga, caso a Ponte Preta conquistasse a Copa Sul-americana. Mas acabou perdendo para o Lanús, da Argentina.
Com isso, queremos saber, quem foi o melhor treinador nessa edição do Brasileiro? O blog consultou 4 jornalistas para saber a opinião deles. Confira abaixo:
Luiz Ademar, comentarista do SporTV:
O melhor treinador do Brasileiro foi o Marcelo Oliveira.
Teve a
inteligência de montar um time competitivo, sem nenhum grande craque, e
com peças de reposição à altura, em todas as posições.
Além
disso, assim como havia feito no Coritiba, trouxe o Everton Ribeiro, que
era lateral esforçado no Corinthians e São Caetano, para ser o cara
cerebral do seu meio-campo. E o jogador jogou até mais do que produzia
no Coritiba, se transformando no homem de confança do treinador em campo
e no grande jogador do Brasileirão.
Não teve medo de colocar
medalhões no banco, como aconteceu com Julio Baptista, Dagoberto,
Willian, entre outros. E fez o Cruzeiro jogar, disparado, o futebol mais
bonito da competição, fazendo sempre muitos gols.
Eduardo Tironi, comentarista dos canais ESPN:
O melhor técnico para mim foi o Marcelo Oliveira. Porque conseguiu montar um
time forte, competitivo e ofensivo. Foi premiado com o título do
campeonato.
Fernanda de Lima, colunista no Portal Donas da Bola:
Vagner Mancini, na minha opinião. Com o elenco que ele tinha na mão fez
um trabalho brilhante, recuperando o Atlético-PR e o colocando na
Libertadores.
Rodrigo Bueno, comentarista da Fox Sports:
Marcelo Oliveira, pois montou um time muito bom que venceu o Brasileiro
com sobras. Ele pescou bons jogadores que não eram tão valorizados e os
fez praticar um futebol de alto nível, apostou em um time solto, que
jogou de forma ofensiva, praticou um jogo moderno, dinâmico.
OBS: Agradeço aos jornalistas pela atenção e disponibilidade para com o blog. Forte abraço. Tenha um Feliz Natal e um próspero Ano novo.
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