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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Muricy sofre perseguição injusta; Como resposta, mostra aos incompetentes que tem liderança

A derrota para o Corinthians na primeira rodada da Libertadores não foi bom para o São Paulo. Muito menos para Muricy Ramalho. No dia seguinte à derrota, membros de uma torcida organizada pediu a demissão do técnico. Vale lembrar que o Tricolor é líder do seu grupo no Paulistão. Tem o melhor ataque, um dos melhores elencos do país e um técnico que tem a identidade. 

A vitória por 4 a 0 sobre o Audax, no último final de semana, foi o tempero perfeito para que o torcedor comum e outros membros da torcida organizada do São Paulo aplaudissem o treinador e o colocasse como nome certo para o resto da temporada. 

Depois da vitória, Muricy, visivelmente irritado, desabafou na entrevista coletiva. O treinador falou de sua relação com Juvenal Juvêncio e esbravejou: "Se não me quiser é só me mandar embora". O recado tinha alvo: Carlos Miguel Aidar. Mas isso será explicado mais adiante. 

Veio a segunda rodada da Libertadores. Jogo em casa, no Morumbi. O adversário era o Danúbio, do Uruguai. Time visitante pouco fez na partida. São Paulo dominou do começo ao fim. E goleou! 

O triunfo de 4 a 0 do São Paulo sobre o Danúbio na noite da última quarta-feira, no Morumbi, pela segunda rodada do Grupo 2 da Copa Libertadores da América, foi importante para o clube, afim de evitar o princípio de uma crise e um desempenho pífio no começo da competição. Mas a vitória foi especial para Muricy Ramalho. Com a goleada, o treinador chegou a 250 vitórias no comando do Tricolor.

Calaram-se as cornetas. Aplausos para o time e comandante. Após o jogo, Muricy mostrou o distintivo do São Paulo ao torcedor. Gesto para coroar a liderança que lhe é peculiar. E há quem diga que os mais de 17 mil presentes no Morumbi compararam Muricy com Telê Santana. Os dois citados são de respeito. Ídolos da história são-paulina. 

A variação de Muricy não afeta contra times pequenos do Paulista, dada a superioridade técnica. O que realmente acontece é que o comandante está triste com o futebol brasileiro. É comprovado a sua insatisfação. O lado político do clube também afeta. Muricy e Juvenal Juvêncio, ex-presidente do São Paulo, são amigos. Com a saída do mandatário e a entrada de Aidar, as relações se encurtaram. 


O problema para o presidente Carlos Miguel Aidar é a amizade que Muricy ainda mantém com o seu antecessor Juvenal Juvêncio. Tanto que em setembro do ano passado, Juvenal lamentou ter escolhido o atual presidente do clube, e ainda disse que ele queria demitir Muricy Ramalho, que tem contrato com o clube até dezembro desse ano. 

Publicamente, Aidar elogia Muricy a todo momento e garante que ele será treinador do clube até quando quiser. O abraço do atual mandatário no Muricy representa a paz e o bom momento, pelo menos dentro das quatro linhas; e o apaziguamento do rancor que tem fora delas. 

Não vejo no mercado do futebol outro treinador para assumir o cargo de Muricy Ramalho. Ele conhece como a palma da sua mão tudo o que se passa no clube. Tem a identidade, o comportamento, a inteligência. Talvez o técnico saiba o que significa realmente aquele abraço. E a declaração "[O presidente] tem que estar junto" seja um sinal de que Aidar não se preocupa tanto com o clube. 

O processo de fritura e a sabotagem fazem com que Muricy procure outros ares, ou se envolva menos com o lado político da equipe. O seu problema de saúde também vem afetando. Muricy não é mais vibrante como antes, mesmo assim demonstra que é vencedor e que tem muita lenha para queimar. 

Faço das palavras de Alexandre Silvestre, repórter da TV Gazeta, as minhas: "O Futebol é um universo injusto, sujo e ingrato. Ou melhor: o futebol, não; as pessoas que tocam o futebol, sim". 

Perseguição ao Muricy representa a queda-de-braço entre o atual presidente e o antecessor. E vale aqui mais uma ressalva: Aidar prometeu ao técnico que vai ligar para Juvenal na data do seu aniversário. Ato apenas para esfriar os ânimos. E o principal: não deixar que a apatia de Muricy invada as quatro linhas e prejudique o comportamento dos jogadores. 

Muricy precisa de tranquilidade. E todos os envolvidos devem trabalhar a favor da entidade São Paulo Futebol Clube. Pois nenhum sujeito é maior que o clube. Nem Muricy Ramalho. Que simplesmente é mais digno e íntegro. 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Veja a situação dos 'elefantes brancos' após a Copa

A Copa do Mundo acabou há menos de 8 meses, porém ainda é comentado. E esses comentários são negativos. O prejuízo dos elefantes brancos é algo que incomoda o bolso de quem está pagando por construções arquitetônicas exuberantes, mas sem fins utilitários.

Manaus, Natal, Cuiabá e Brasília não são cidades com tradição no futebol. Basta observarmos as médias de público. Quando foram escolhidas como sedes da Copa do Mundo, despertaram críticas pelo alto investimento público. Santa Catarina e Goiânia, locais que possuem mais tradição no esporte, foram esquecidas.

Abaixo confira um quadro comparativo de arrecadação e prejuízo de cada sede citada acima*:

EstádioCusto de construçãoCusto de ManutençãoArrecadaçãoPrejuízo
Mané GarrinchaR$ 1,7 biR$ 600 mil/mêsR$ 5,5 mi desde maio/2013R$ 5,9 mi
Arena da AmazôniaR$ 669,5 miR$ 700 mil/mêsR$ 1,5 mi desde agosto/2014R$ 2,7 mi
Arena PantanalR$ 628 miR$ 300 mil/mêsR$ 380 mil desde julho/2014R$ 1,4 mi
Arena das DunasR$ 423 miNão informouNão informou-

Após a Copa, a Arena das Dunas é o estádio que mais foi utilizado, com mais de 30 jogos. Porém a média de público não chega a 10 mil, sendo que a capacidade é de 31.375 lugares. Em segundo, vem o Mané Garrincha, que abrigou 17 partidas após o Mundial, sendo que um foi o Desafio Internacional de Futsal entre Brasil x Argentina, recebendo um público de 56.578. Além disso, o estádio recebeu o Torneio de Futebol Feminino. A média de público é de apenas 10.925, sendo que o estádio tem lotação de 72.788.

A Arena Pantanal recebeu 16 jogos após a Copa. O lucro, no entanto, foi pequeno, já que a arena cobrou apenas R$ 50 mil de aluguel para os jogos da primeira e da segunda divisão e não cobrou pelos outros (terceira e quarta divisão) para "incentivar o futebol local". 

O estádio tem capacidade para 43.150 pessoas, porém como foi feito com placas de pré-moldados tem a possibilidade de ser reduzido para 20 mil. A média de público nesses 16 jogos é de apenas 12.975. O maior público pós-Copa foi na partida Goiás 1 x 0 Flamengo, pelo Brasileirão de 2014, com 38.405 presentes.

A Arena da Amazônia é quem mais sofre para sanar as dívidas. O aluguel para sediar uma partida é de R$ 700 mil. O consórcio que administra o estádio tenta atrair clubes cariocas e shows de consagrados artistas brasileiros. 

Vale lembrar que em seis meses após o mundial, foi arrecadado R$ 1,5 milhão até janeiro de 2015, contando jogos do torneio amistoso entre Flamengo, Vasco e São Paulo no início do ano. Após a Copa, foram sete jogos realizados em Manaus. A média de público é de 23.289 torcedores por jogo; o estádio tem capacidade para abrigar 40.549. 

Não é impossível fazer os estádios renderem, mas não é tão fácil quanto o discurso dos políticos indica. Amazonas, Mato Grosso, Distrito Federal e Rio Grande do Norte terão que trabalhar com a imaginação e competência para que seus respectivos estádios não fiquem às moscas. Afinal, quem está pagando por isso somos nós. É a farra do dinheiro público.

Média de público:

Manaus: 7 jogos disputados - 23.289 torcedores por jogo
Arena Pantanal: 16 jogos disputados - 12.975 torcedores por jogo
Mané Garrincha: 17 jogos disputados - 10.925 torcedores por jogo
Arena das Dunas - Sem informações

*Fonte: BBC Brasil

Estatísticas de Fluminense 0 x 1 Vasco

Fluminense e Vasco se enfrentaram pela sexta rodada do Campeonato Carioca. Com gol de Luan, em cobrança de pênalti, o Gigante da Colina venceu o Tricolor das Laranjeiras por 1 a 0.

Com o resultado, subiu para a terceira colocação, com 14 pontos. O Fluminense, por sua vez, com 12, caiu para quinto lugar e fica fora do G-4.

Na próxima rodada, o Vasco encara o Bangu em São Januário. O jogo será no sábado, às 16h (de Brasília). O Fluminense, por sua vez, viaja a Volta Redonda, onde enfrenta o Resende, no domingo, às 18h30, no Raulino de Oliveira.

A seguir, veja as estatísticas da partida:

Posse de bola: Fluminense 48% x 52% Vasco
Finalizações certas: Fluminense 2 x 5 Vasco
Finalizações erradas: Fluminense 2 x 6 Vasco

Passes certos: Fluminense 197 x 216 Vasco
Passes errados: Fluminense 43 x 25 Vasco

Cruzamentos certos: Fluminense 0 x 6 Vasco
Cruzamentos errados: Fluminense 13 x 14 Vasco

Lançamentos certos: Fluminense 16 x 23 Vasco
Lançamentos errados: Fluminense 22 x 40 Vasco

Desarmes: Fluminense 12 x 15 Vasco
Faltas: Fluminense 27 x 20 Vasco

Cartões amarelos: Fluminense 3 x 4 Vasco
Cartões vermelhos: Fluminense 1 x 0 Vasco

Impedimentos: Fluminense 0 x 1 Vasco
Escanteios: Fluminense 5 x 7 Vasco

Ficha técnica:

Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ) 
Data: 22 de fevereiro de 2014 (Domingo) 
Horário: 18h30 (de Brasília)

Árbitro: Luis Antônio Silva dos Santos (RJ) 
Assistentes: Wagner de Almeida Santos (RJ) e Gilberto Stina Pereira (RJ)

Cartões amarelos: Henrique, Edson e Fred (Fluminense); Guiñazu, Thalles, Rodrigo e Gilberto (Vasco)
Cartão vermelho: Rafinha (Fluminense) 
Gol: VASCO: Luan, aos 35 minutos do segundo tempo

FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Wellington Silva, Henrique, Victor Oliveira e Giovanni; Edson, Jean, Marlone (Kenedy) e Vinícius; Lucas Gomes (Gerson) e Fred
Técnico: Cristovão Borges

VASCO: Martín Silva, Madson, Luan, Rodrigo e Christiano; Pablo Guiñazu, Serginho, Marcinho (Jhon Cley) e Júlio dos Santos; Rafael Silva (Yago) e Gilberto (Thalles)

Técnico: Doriva

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Informações e curiosidades sobre Corinthians x São Paulo

Corinthians e São Paulo fazem clássico histórico na Arena Corinthians e na Libertadores. Será o segundo clássico envolvendo as equipes na nova casa corintiana, mas é o primeiro pelo maior campeonato da América, Libertadores.

Para entrar no clima, vamos às informações sobre o clássico:

Primeiro confronto:
O Corinthians conquistou uma vitória em cima do São Paulo da Floresta pelo placar de 2 a 1, no Parque São Jorge, pela fase única do Campeonato Paulista 1930.

Primeira vitória do São Paulo:
O São Paulo da Floresta atropelou o Corinthians com placar de 4 a 1, no Parque São Jorge, pela fase única do Campeonato Paulista 1931. Depois de 3 jogos sem vitória contra o rival, o São Paulo da Floresta quebrou o tabu no Campeonato Paulista.

A maior seca do clássico:
Entre 2003 e 2007, o Corinthians ficou nada menos que 13 jogos sem vencer o rival. Foram oito vitórias do São Paulo e cinco empates.

A história se inverte:
Em 25 duelos disputados desde 2007, o Corinthians venceu 13 e só perdeu seis, com direito a duas vitórias em semifinais de Paulista e ainda um título, da Recopa Sul-Americana de 2013. No jogo de ida, no Morumbi, 2 a 1 para o Timão. No jogo de volta, realizado no Pacaembu, 2 a 0 para o Corinthians.

100 gols:
O dia 27 de março de 2011 ficou marcado na história do São Paulo e, principalmente, na carreira do goleiro Rogério Ceni. Contra o Corinthians, na Arena Barueri, o goleiro marcou o seu centésimo gol na carreira. O São Paulo venceu aquela partida por 2 a 1.

Retrospecto:
Na história, são 262 clássicos. A vantagem é corintiana, com 96 vitórias contra 81 tricolores e outros 85 empates.

Decisão de Campeonato Brasileiro:
Corinthians e São Paulo decidiram um título brasileiro. Foi em 1990. O Corinthians levou a melhor após vencer o Tricolor por 1 a 0, gol de Tupãzinho. Foi o primeiro título do Brasileirão conquistado pelo Timão.

Placar comum:
O placar mais comum, o da igualdade: 1 a 1, que se repetiu 44 vezes.

Quem fez mais?
Em 262 jogos, o Corinthians balançou as redes adversárias em 349 oportunidades. Já o São Paulo, 340.

Invicto nos clássicos:
Desde que inaugurou seu estádio, o Corinthians não só não perdeu clássicos no local, como ganhou dos três rivais em 2014: Santos, Palmeiras e do próprio São Paulo.

Personagens do clássico:
O artilheiro é Luis Fabiano. Ele já marcou oito vezes contra o principal rival, em 13 confrontos. Elias e Danilo, dupla de meio-campistas do Corinthians, marcaram cinco vezes cada contra o Tricolor.

Queda de técnicos:
Só nos anos 2000, seis técnicos do Timão caíram após derrotas para o São Paulo, entre eles Tite. São 14 no total. O último, porém, foi do São Paulo: Ney Franco.

Ficha técnica do jogo de logo mais:

Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Data: 18 de fevereiro de 2015, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)

Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG)
Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios (Fifa-SE) e Guilherme Dias Camilo (Fifa-MG)

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Fábio Santos; Ralf, Elias, Jadson, Renato Augusto e Emerson; Danilo
Técnico: Tite

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Bruno, Rafael Toloi, Dória e Reinaldo; Denilson, Souza, Michel Bastos e Ganso; Alan Kardec (Maicon ou Thiago Mendes) e Luis Fabiano

Técnico: Muricy Ramalho

Palpite: Alguns me pediram para que eu desse um palpite para o Majestoso. Não gosto desse tipo de técnica, mas não vou ficar em cima do muro. Corinthians 2 x 1 São Paulo.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Grêmio: equipe desarrumada e sem confiança

Foto: Divulgação
A partida de hoje contra o Veranópolis na Arena comprovou aquilo que estava quase certo durante algum tempo: o Grêmio não tem confiança. Após perder para o Brasil-RS na rodada passada, o Grêmio perdeu sua segunda partida seguida, também jogando em seu domínio.

O Veranópolis, que ocupava a lanterna, venceu por 1 a 0 e complicou a vida do time de Felipão. Agora, o Grêmio tem apenas seis pontos em cinco jogos, situação que é agravada pela grande debandada de jogadores importantes no mercado da bola.

Com as saídas de Marcelo Moreno e Barcos (ambos foram para o futebol chinês), a diretoria do time gaúcho procura um bom nome no mercado para repor a falta de qualidade no ataque. Jô, atualmente no Atlético-MG, foi um nome cogitado. Felipão teria até aprovado a contratação. Alguns empecilhos estariam atrapalhando a negociação.

Outro nome que aparece na equipe gaúcha é o de Walter. A diretoria mantém conversa com o atleta, seu empresário e o Fluminense. O jogador viria por empréstimo até o fim da temporada. Vale lembrar que a equipe tenta estancar a grave saúde financeira que a rodeia.

Kleber Gladiador chegou ao Grêmio em 2011. Status de craque. Porém Felipão não o quer. E o dirigente de ftebol, Rui Costa, já afirmou em entrevista coletiva que não pretende contar mais com o atleta. Só que a  cada final de mês, ele recebe um salário bruto de R$ 740 mil. Com os descontos, sobram R$ 640 mil.

Quem comanda o clube, condena a diretoria passada por ter celebrado um contrato de valores tão elevados e por período tão longo — cinco anos. O vínculo termina apenas em julho de 2016.

A partida desastrosa de hoje comprova que Felipão tem seus dias contados no comando da equipe gaúcha. Técnico ultrapassado. Após sofrer aqueles vexames na Copa do Mundo, deveria ter ido estudar, se reciclar, fazer novos testes. Mas preferiu segurar uma bomba na mão. Assumiu o comando do Grêmio para se sobressair, fazer um grande trabalho e mandar a imprensa um simples recado: eu sou bom! Nada disso aconteceu. A equipe sequer se classificou para a Copa Libertadores da América.

Para piorar a sua situação, antes mesmo do término da partida contra o Veranópolis, Felipão foi para o vestiário. Naquela altura a equipe já vencia por 1 a 0, gol de Dener, aos 21min da primeira etapa.

Em hipótese alguma Felipão poderia ter abandonado o banco de reservas no fim do jogo. Além de queimar a sua imagem, Felipão vem queimando garotos da base. Fez isso com Pedro Rocha, jovem atacante, e Everton, meio-campista.

O elenco raso do Grêmio permite que o técnico não faça grandes alterações para corrigir muitos problemas que vêm acontecendo. Douglas parece não se encaixar ao grupo. Não tem nível tático e técnico. Foi a segunda derrota seguida. A equipe ocupa a oitava colocação. A luz amarela já está acesa. O rebaixamento é algo que pode acontecer.

Na entrevista coletiva, perguntado sobre a decisão de ter saído mais cedo do jogo, Felipão disse que 'se expulsou, porque estava envergonhado'. E os 7 a 1 sofrido diante da Alemanha? Não foi uma vergonha?

Felipão não é maior que o Grêmio. O jogo é sagrado. Mas Felipão tem algo que incomoda tanto a ele quanto a nós: soberba. Quer falar mais alto, ser superior. E não é. Já foi a sua época. A aposentadoria é o melhor caminho para Scolari.

A torcida pode ser fiel e apaixonada, mas não é burra: o Grêmio jogava pior que o até então lanterna do Gauchão, que não havia vencido na competição. As vaias no fim do primeiro tempo e do jogo representam que os torcedores estão impacientes. Querem saber o que acontece por detrás do gramado.

O Grêmio está desarrumado. Tanto nas quatro linhas quanto fora delas. Sem confiança. O time está inseguro. Basta olharmos as estatísticas. Observaremos que em 180 minutos (jogo de quarta mais o jogo deste sábado) nenhuma chance clara de gol foi criada. Cruzamentos tortos e passes errados à vontade. Caso não haja soluções drásticas, o torcedor gremista pode esperar momentos cruéis nesta temporada.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Paraná está perto de fechar as portas; de 2009 a 2013, 80 clubes faliram

O desabafo de Marcos Vinícius, gerente de futebol do Paraná, representa o massacre da incompetência dos dirigentes anteriores ao atual. Como em qualquer setor em crise, a melhor alternativa para se superar o problema é avaliar o impacto de cada uma delas e implantar com eficiência aquilo que melhor se apresentar.

No Paraná não houve isso. Com a Vila Capanema, seu estádio, às moscas, patrocinadores não renovando contratos e funcionários e jogadores ficando até sete meses sem ganhar um tostão, os dirigentes não se preocuparam com essa situação, que vem desde meados de 2013, mas que ganhou forma no ano passado.

É um movimento muito particular ao Brasil, reflexo de uma estrutura onde os campeonatos estaduais mínguam à despeito da inércia das federações. Basta ver os prejuízos que os clubes vêm tendo nesse começo de Estaduais. As federações estaduais estão lucrando mais de 10% das receitas. Absurdo!

Os campeonatos atuais não são atraentes para investidores, público e TV, fazendo com que se permaneça em uma espiral negativa no qual o último elo, o clube, é o maior prejudicado. E junto vão seus torcedores. E quem lucra mais? As federações.

A seguir a tabela com os clubes brasileiros por divisão em cada estado, feita pela Pluri Consultoria

A Região Norte possui mais clubes participando da primeira divisão do que a Sul. Porém essa tem equipes participando da terceira divisão, enquanto que naquela os clubes participam apenas da primeira e segunda divisões.

Amapá e Roraima vivem um dilema. Poucas equipes são profissionais. Com isso, são candidatos sérios a primeiros estados do Brasil sem campeonatos estaduais por falta de clubes. Vemos apenas equipes desses estados na Copa São Paulo de Futebol Júnior.

A média dos 27 estaduais é inferior a 2 mil pessoas. O que há de errado? Porque nos contentar com esta mediocridade? A federação não se importa com os clubes. Está interessada em apenas almejar capitão financeiro.

União São João e XV de Jaú, tradicionais clubes paulistas, divulgaram a desistência e optaram por não participar da Segunda Divisão do Paulista deste ano. Segunda Divisão na Capital Paulista representa a quarta divisão. Temos o Campeonato Paulista, Paulista A2, Paulista A3 e a Segunda Divisão. É mais um erro grotesco da Federação Paulista de Futebol. Apenas confunde torcedores e profissionais da imprensa. O motivo para essa desistência, segundo os clubes, é a crise financeira que se agravou nos últimos anos.

Em 2010, o tradicional Moto Club e o atual campeão estadual daquele ano, JV Lideral, que enfrentou a Ponte Preta na Copa do Brasil, tiveram que fechar as portas. O argumento dos dois clubes foi o mesmo: a crise financeira e administrativa que assola os clubes do Maranhão, aliada a falta de estrutura e de amparo da Federação Maranhense de Futebol (FMF).

Dois anos depois, os clubes retornaram às atividades participando do Campeonato Maranhense da Segunda Divisão.

De 2009 a 2013, caiu de 734 para 654 o número de times que disputam alguma divisão dos campeonatos estaduais, uma redução de 80 clubes (-11%) em apenas três anos. E o motivo é o mesmo: a crise financeira que assola os clubes. Mas por que os clubes entram nesse marasmo? A resposta é simples: a falta de responsabilidade dos dirigentes.

E hoje não são apenas os clubes de menor expressão que passam por esse momento constrangedor. Vemos hoje clubes tradicionais afundando em dívidas. Isso porque eles possuem uma boa renda nos estádios, principalmente com as novas arenas, uma excelente cota para TV e patrocinadores.

Voltando ao exemplo do Paraná. Aos prantos, o dirigente fez um prognóstico sombrio sobre o clube e pediu união par manter vivo o clube. Sem citar nomes e defendendo o atual presidente Rubens Bohlen, Marcos Vinícius alertou que a briga política dentro do Tricolor é um dos fatores da deterioração financeira, que chegou a uma situação limite.

Após a divulgação da falência do Paraná, torcedores começaram a se mobilizar pelas redes sociais. Torcedores palmeirenses demonstraram interesse em ajudar o clube paranaense. Vale aqui um registro:

O São Paulo, que já havia falido duas vezes, implorou para dois rivais jogarem um amistoso, conhecido como 'Jogo das Barricas', em que as torcidas do Corinthians e do Palmeiras depositavam moedinhas para que São Paulo evitasse de falir pela terceira vez. Torcedores do Atlético-MG também querem promover um evento. Mas o recado precisa chegar para as autoridades dos seus respectivos clubes.

A situação financeira do Paraná Clube está ruim há quase um ano. Em agosto de 2014, torcedores do clube fizeram uma 'vaquinha' durante o jogo contra o Bragantino, pela Série B e reuniram R$ 7 mil, quantia que foi dada aos atletas após o triunfo por 1 x 0.

O fato é que não é um problema exclusivo do Paraná, mas do futebol brasileiro em geral. É necessário pessoas qualificadas para assumirem um clube. E que as federações parem de olhar para o próprio umbigo e que ajudem.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Ancine e Sky travam uma guerra por causa do canal Sports+

Não é de hoje que os assinantes da operadora Sky possuem um privilégio. Eles tem em sua grade de programação o canal Sports +, que substituiu a Sky Sports. O canal pertence ao grupo argentino TyC (Torneos y Competencias). A estreia do canal ocorreu em março de 2013.

Desde 2014 Ancine e Sky estão travando uma guerra por causa do canal Sports +.

Devido à não comprovação de sua legalidade, a Agência Nacional de Cinema determinou que a operadora tirasse o canal do ar em até cinco dias, ou seja, no dia 16 de maio daquele ano. Não ocorreu.

À época, a Agência notou irregularidades na programação da emissora, e decidiu autuar a operadora, que é a única que distribui o Sports +.

Segundo a Ancine, o canal fere à lei que proíbe as prestadoras de serviços de telecomunicações de atuar na atividade de programação de conteúdo. Em 2012, a Sky criou o Sky Sports, mas com a nova legislação que proibia tal prática, o canal mudou de nome e virou Sports +.

Porém, a Ancine suspeita que a operadora presidida por Luiz Eduardo Batista tenha usado o nome de uma programadora uruguaia chamada Time Out. A empresa foi criada apenas depois da lei e só possui o Sports + em seu catálogo de canais. Além disso, as suspeitas aumentaram quando a Ancine pediu para a Sky lhe ceder os seus documentos para analisar sua relação com a Time Out.

A operadora de TV por assinatura se negou a ceder tais documentos, que foi o principal motivo de ter a sua irregularidade decretada.

A Lei da TV Paga impede que empresas exerçam tanto a programação quanto a distribuição de conteúdo audiovisual na TV por assinatura com o intuito de preservar a livre concorrência. Por isso, a Sky recebeu um prazo de 20 dias, a partir de 8 de maio de 2014, para dar explicações para a Ancine, e pode ser multada entre R$ 10 mil e R$ 5 milhões.


A questão envolve a Time Out, empresa com sede no Uruguai, que no Brasil é representada pela Spoart Promoções e Empreendimentos Artísticos, cuja sede fica na Avenida Angélica, 1968, 10º andar. Ou seja, a Sports + não se restringe apenas ao futebol e ao esporte em si. Ela produz documentários, filmes e séries.

A emissora, como havia prometido para os seus assinantes, transmitiu no dia 17 de maio de 2014, com exclusividade, o jogo válido pela última rodada do Campeonato Espanhol, entre Barcelona e Atlético de Madrid, considerado uma final e que terminou empatado em 1 a 1, dando o título para o time da capital espanhola.

O fato gerou revolta nas redes sociais. Porque os assinantes das outras operadoras ficaram chupando o dedo. Não puderam acompanhar a decisão.

José Lázaro é um dos sócios da Spoart, empresa responsável pelas transmissões dos jogos para o Canal Fox.

José Lázaro esteve envolvido em um caso com o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Ricardo havia pedido a José Lázaro, da Spoart, para contatar um adversário para enfrentar a seleção em 25 de abril de 2002. O empresário falou com Honduras, Haiti e Senegal, mas o técnico Luis Felipe Scolari barrou a partida.

Scolari alegou que não faria sentido colocar em campo uma equipe sem "estrangeiros", uma vez que a data não é autorizada pela Fifa para a realização de amistosos. Preferiu ter Fortaleza como último palco da seleção no Brasil antes da Copa.

No dia 25 de maio de 2014, a Justiça Federal do Rio de Janeiro concedeu liminar a programadora Time Out, garantindo a permanência do canal Sports+ nos pacotes distribuídos pela Sky.

Na decisão, o Juiz Mauro Luis Rocha Lopes entende que não foi garantido previamente o regular exercício de defesa e o contraditório e que a “à impetrante deve ser garantido direito de defesa e recurso, conforme a lei que regula o processo administrativo federal, sem que medidas potencialmente causadoras de vultosos prejuízos sejam concretizadas antecipadamente”.

Depois desse caso a Ancine não se pronunciou publicamente. Sendo assim, os assinantes da Sky continuam tendo o privilégio de assistir um canal de esporte a mais do que outros assinantes de outras operadoras.

Procuradas, tanto a Ancine quanto a Sky não manifestaram suas posições.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Corinthians goleia Once Caldas e se aproxima da fase de grupos da Libertadores

O fantasma foi exorcizado. Pelo menos na nova casa do Corinthians. A humilhação para o colombiano Tolima em 2011 não se repetiu, pelo menos no jogo de ida, contra o Once Caldas. Aquele empate em 0 a 0 no Pacaembu foi considerado normal. Jogadores davam certeza da classificação em entrevistas. Tolima surpreendeu no jogo de volta, e venceu por 2 a 0.

Mas a noite dessa quarta-feira ficará marcada como uma nova fase para a equipe paulista. Foi a estreia da Arena Corinthians num jogo de Libertadores. A equipe comandada por Tite enfrentou o Once Caldas-COL. Sem pressa em campo e controlando a posse de bola, o Timão goleou por 4 a 0.

O jogo de volta será na próxima quarta-feira, dia 11, em Manizales. Para confirmar a sua vaga na fase de grupos da competição, a equipe pode até perder por quatro gols de diferença. Já o Once Caldas, terá que fazer no mínimo cinco gols e torcer para que não sofra nenhum.

Emerson Sheik e Renato Augusto foram os destaques da equipe no jogo de ida. O atacante abriu o placar por cobertura logo aos 30s de jogo, em lance em que pode dizer tanto que tentou cruzar quanto que arriscou para o gol. No primeiro tempo, foi de longe o mais participativo.

A partida estava sob controle, embora a defesa do Corinthians não estivesse nos seus melhores dias. Penco, atacante do time colombiano, forçava suas jogadas sobre a dupla de zaga, formada por Felipe e Gil. Aos 25 minutos, veio a expulsão de Paolo Guerrero. Exagerada, por sinal. O árbitro argentino não utilizou o critério de justiça, já que Pérez estava cassando o atacante corintiano. Já havia feito faltas sobre. Porém, nesse lance em que gerou a expulsão de Guerrero, foi advertido com o amarelo.

A expulsão de Guerrero fez com que o Corinthians demonstrasse um certo desequilíbrio emocional. Veio o segundo tempo e o Corinthians começou com a mesma intensidade do primeiro. Aos nove minutos, Emerson Sheik arrancou um escanteio pela esquerda. Jadson bateu, Felipe subiu na primeira trave e cabeceou para o fundo das redes.

A movimentação, troca de passes rápidos e a forma compacta do elenco em campo se sobrepuseram ao número de jogadores. Com isso, surgiu o terceiro gol. Após linda triangulação ofensiva entre Jadson, Elias e Renato Augusto, Elias recebeu passe na área e chutou sem chances para Cuadrado. À essa altura, o Once Caldas estava com dez, já que Murillo havia sido expulso no lance anterior.

Tite pregou a coletividade. Não fez com que o salto alto entrasse em campo. Os jogadores em campo atuaram pelo grupo, pelo comandante e pela torcida. Mais de 36 mil pessoas compareceram à Arena Corinthians. Faltando quinze minutos para o término do jogo, Fagner fez ótima tabela com Renato Augusto na entrada da área, invadiu a área e deu lindo toque na saída de Cuadrado. Quatro a zero. Delírio da massa corintiana.

A dois minutos do fim, Fábio Santos, em um lance criminoso, foi expulso. Corinthians com nove jogadores. Não havia tempo para mais nada. Partida convincente do time paulista. Classificação praticamente assegurada.

Notas:
Tite deve colocar Uendel na vaga de Fábio Santos. E a dupla titular para a próxima partida pode ser formada por Sheik e Luciano. Elias não esteve bom durante boa parte do jogo. Cometeu faltas bobas e errou muitos passes. Mas quando precisou ser o velho Elias, foi preciso. Fez o terceiro gol da equipe. Felipe, de contestado à herói. O futebol sempre nos prega momentos como esse.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Palmeiras tem liderança dentro e fora de campo; algo que faltou em 2014

Um verdadeiro capitão. Líder. Com sua experiência, Zé Roberto mostra porque tem fôlego para jogar futebol e demonstrar tanta vontade em campo. A sua determinação não se limita aos quatro cantos do gramado. Vai além.

A preleção realizada antes da partida contra o Audax, no último sábado, na Allianz Parque, foi um claro sinal de que o clube paulista encontrou seu inspirador. O último havia sido Marcos, que sempre será lembrado pelas suas frases polêmicas, porém verdadeiras.

Zé Roberto é o autor de uma das mais emocionantes preleções já vistas no mundo da bola. Nenhum outro jogador será capaz de ter coragem para soltar palavras de incentivo e contagiar os companheiros.

Podemos até dizer que Valdívia é coisa do passado para o torcedor palmeirense. Alguém já viu o chileno reunir-se com os jogadores e até mesmo com o presidente Paulo Nobre para soltar que o time é grande? Creio que não. O camisa 10 apenas quer o seu futebol. Pouco importa os outros.

O discurso emocionado de Zé Roberto nos remete à campanha pífia que o Palmeiras fez na temporada passada. Ficou rodadas atrás de rodadas na zona de rebaixamento. Conseguiu se livrar do descenso na última rodada, após empatar com o Atlético-PR em 1 a 1, além do Santos ter vencido o Vitória-BA por 1 a 0.

Dentro de campo, o camisa 11 é inteligente, rápido e maestro. Comanda as ações da equipe, gesticula, pede calma para o restante do grupo. Faltou esse jogador na Copa do Mundo realizada aqui no Brasil.

Quando a Alemanha abriu 2 a 0 sobre a seleção brasileira, ele seria o jogador que colocaria a bola debaixo do braço, reuniria-se com o restante da equipe e comandaria, talvez, uma reação. Tínhamos Dante, Fernandinho, Luiz Gustavo. Jogadores que apenas sabem ganhar dinheiro no mercado europeu.


Não foi a primeira preleção de Zé Roberto. Antes do amistoso contra o Shandong, o recém-contratado assumiu o papel de líder e puxou a preleção do Palmeiras. Durante a conversa, disse que o 'objetivo é ganhar títulos e ser grande'. Foi vibrante, colocou brilho e sangue nos olhos dos outros. Palmeiras demonstra isso no começo de sua temporada. Fez um excelente jogo contra o Audax, mesmo sem Arouca, Dudu.

Com essa vontade, a famosa "Turma do Amendoim", como Felipão chamou alguns associados que se sentavam atrás do banco de reservas e faziam reclamações em sua primeira passagem pelo Palestra Itália, pode dar uma trégua. Irritado com as críticas constantes, o técnico se referiu aquele pessoal citando o petisco favorito do grupo. O apelido pegou de vez.

Duas ou três derrotas certamente serão suficientes para a turma do amendoim se manifestar, acionar as mortais cornetas. Sabemos disso. Alexandre Mattos não quer ouvir. Por isso contratou Zé Roberto, um atleta que merece respeito em todos os lugares. A união torcida-time-estádio precisa ser a chave de uma nova era no Verdão. E isso vem sendo feito graças às preleções do meia de 40 anos.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O 'intocável' Lodeiro está de saída

Lodeiro está insatisfeito no Corinthians. Chegou ao clube após a Copa do Mundo realizada no Brasil. À época, o clube paulista era treinado por Mano Menezes. Ficou a maioria dos jogos no banco de reservas. Ou sequer era relacionado.

Veio 2015. Houve troca de comando. Saiu Mano Menezes, e entrou Tite. O técnico campeão da Libertadores e do Mundo pelo Corinthians em 2012 gostou do jogador. Colocou como titular. Disputou a pré-temporada nos Estados Unidos. Foi participativo.

Mas Lodeiro está preocupado com o futuro do clube na Libertadores. Há quatro anos, o Corinthians perdera por 2 a 0 para o surpreendente Tolima, da Colômbia, na fase pré-Libertadores. O meia uruguaio sabe da importância da competição. O ganho em visibilidade é fundamental para a sua permanência na seleção uruguaia.

Lodeiro quer jogar no Boca Juniors. Clube que tem tradição. A garra do clube argentino e a torcida o fazem querer jogar por lá.

Nesse domingo, o Corinthians estreou pelo Campeonato Paulista, contra o Marília. Jogando em seu domínio, venceu por 3 a 0 o fraco time do interior. Mas o que chamou a atenção foi Lodeiro. O jovem jogador foi sacado do time, faltando poucas horas para a partida começar. Jadson foi o escolhido para assumir a sua posição. E fez um bom jogo, sendo o principal destaque do time.

A dez minutos do jogo, ele foi retirado também do banco, para a surpresa de todos. Já estava evidente que ele não pertencia mais ao clube paulista. Com isso, Lodeiro não enfrentará o Once Caldas, quarta-feira, pela pré-Libertadores.

Durante a semana, o Corinthians chegou a duvidar da oferta do Boca Juniors. O clube vai pagar aproximadamente R$ 7,5 milhões ao Timão por Lodeiro, que havia sido contratado do Botafogo no ano passado. Disputou onze partidas oficiais. Não marcou nenhum gol.

Ronaldo Ximenes, diretor de futebol do Corinthians, disse poucos antes do primeiro jogo do Corinthians pelo Campeonato Paulista a seguinte frase: "A vontade dele é sair.". Ou seja, entregou a negociação.

Toda a pré-temporada feita nos Estados Unidos foi jogada pelo ralo. Tite tem um dia para treinar a equipe com Jadson no lugar de Lodeiro. O camisa 10 sofrerá muita pressão por parte da torcida. Sabe-se que o ex-meia do São Paulo é um jogador que varia muito de um jogo para outro.

E agora a competição é outra. A dificuldade, idem. Tolima ficou para trás. O adversário é mais qualificado.

Once Caldas venceu o São Paulo na Libertadores de 2004 na fase semifinal. Um gol aos 45 minutos do segundo tempo jogou por terra os planos e perspectivas acalantados pelo São Paulo e sua torcida nos últimos dez anos. Agudelo cortou Fábio Santos, hoje no Timão, e tocou na saída de Rogério Ceni. E na mesma edição a equipe conquistou o título.

O adversário na decisão foi o Boca Juniors, que tinha sido cinco vezes campeão até aquela edição e que venceria o sexto título dali a quatro anos. Os dois confrontos terminaram empatados: 0 a 0 na Argentina, 1 a 1 na Colômbia. Nos pênaltis, brilhou a estrela do goleiro Henao, que defendeu duas cobranças e colocou o Once Caldas na lista de campeões da Libertadores.

Tite sabe que não pode entrar de salto alto. A imprensa 'ajudou' na eliminação precoce da equipe em 2011. Todos diziam que o Corinthians era superior e que golearia a equipe. Resultado: vexame. Derrota por 2 a 0. Ronaldo Fenômeno sofreu as consequências e anunciou a sua aposentadoria.

No atual elenco, Guerrero, também camisa 9, pode também ser o grande responsável, caso haja uma eliminação da equipe paulista. A pedida de altos salários e luvas colocam o clima pesado no clube. Com a saída de Lodeiro, a preocupação aumenta.