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domingo, 15 de fevereiro de 2015

Grêmio: equipe desarrumada e sem confiança

Foto: Divulgação
A partida de hoje contra o Veranópolis na Arena comprovou aquilo que estava quase certo durante algum tempo: o Grêmio não tem confiança. Após perder para o Brasil-RS na rodada passada, o Grêmio perdeu sua segunda partida seguida, também jogando em seu domínio.

O Veranópolis, que ocupava a lanterna, venceu por 1 a 0 e complicou a vida do time de Felipão. Agora, o Grêmio tem apenas seis pontos em cinco jogos, situação que é agravada pela grande debandada de jogadores importantes no mercado da bola.

Com as saídas de Marcelo Moreno e Barcos (ambos foram para o futebol chinês), a diretoria do time gaúcho procura um bom nome no mercado para repor a falta de qualidade no ataque. Jô, atualmente no Atlético-MG, foi um nome cogitado. Felipão teria até aprovado a contratação. Alguns empecilhos estariam atrapalhando a negociação.

Outro nome que aparece na equipe gaúcha é o de Walter. A diretoria mantém conversa com o atleta, seu empresário e o Fluminense. O jogador viria por empréstimo até o fim da temporada. Vale lembrar que a equipe tenta estancar a grave saúde financeira que a rodeia.

Kleber Gladiador chegou ao Grêmio em 2011. Status de craque. Porém Felipão não o quer. E o dirigente de ftebol, Rui Costa, já afirmou em entrevista coletiva que não pretende contar mais com o atleta. Só que a  cada final de mês, ele recebe um salário bruto de R$ 740 mil. Com os descontos, sobram R$ 640 mil.

Quem comanda o clube, condena a diretoria passada por ter celebrado um contrato de valores tão elevados e por período tão longo — cinco anos. O vínculo termina apenas em julho de 2016.

A partida desastrosa de hoje comprova que Felipão tem seus dias contados no comando da equipe gaúcha. Técnico ultrapassado. Após sofrer aqueles vexames na Copa do Mundo, deveria ter ido estudar, se reciclar, fazer novos testes. Mas preferiu segurar uma bomba na mão. Assumiu o comando do Grêmio para se sobressair, fazer um grande trabalho e mandar a imprensa um simples recado: eu sou bom! Nada disso aconteceu. A equipe sequer se classificou para a Copa Libertadores da América.

Para piorar a sua situação, antes mesmo do término da partida contra o Veranópolis, Felipão foi para o vestiário. Naquela altura a equipe já vencia por 1 a 0, gol de Dener, aos 21min da primeira etapa.

Em hipótese alguma Felipão poderia ter abandonado o banco de reservas no fim do jogo. Além de queimar a sua imagem, Felipão vem queimando garotos da base. Fez isso com Pedro Rocha, jovem atacante, e Everton, meio-campista.

O elenco raso do Grêmio permite que o técnico não faça grandes alterações para corrigir muitos problemas que vêm acontecendo. Douglas parece não se encaixar ao grupo. Não tem nível tático e técnico. Foi a segunda derrota seguida. A equipe ocupa a oitava colocação. A luz amarela já está acesa. O rebaixamento é algo que pode acontecer.

Na entrevista coletiva, perguntado sobre a decisão de ter saído mais cedo do jogo, Felipão disse que 'se expulsou, porque estava envergonhado'. E os 7 a 1 sofrido diante da Alemanha? Não foi uma vergonha?

Felipão não é maior que o Grêmio. O jogo é sagrado. Mas Felipão tem algo que incomoda tanto a ele quanto a nós: soberba. Quer falar mais alto, ser superior. E não é. Já foi a sua época. A aposentadoria é o melhor caminho para Scolari.

A torcida pode ser fiel e apaixonada, mas não é burra: o Grêmio jogava pior que o até então lanterna do Gauchão, que não havia vencido na competição. As vaias no fim do primeiro tempo e do jogo representam que os torcedores estão impacientes. Querem saber o que acontece por detrás do gramado.

O Grêmio está desarrumado. Tanto nas quatro linhas quanto fora delas. Sem confiança. O time está inseguro. Basta olharmos as estatísticas. Observaremos que em 180 minutos (jogo de quarta mais o jogo deste sábado) nenhuma chance clara de gol foi criada. Cruzamentos tortos e passes errados à vontade. Caso não haja soluções drásticas, o torcedor gremista pode esperar momentos cruéis nesta temporada.

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