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domingo, 22 de dezembro de 2013

Bayern confirma superioridade e conquista o Mundial, porém apático

O Bayern de Munique confirmou seu favoritismo e sagrou-se campeão do Mundial de Clubes ao vencer o time local - o Raja Casablanca. Com os gols de Dante e Thiago, a equipe alemã venceu por 2 a 0. A equipe entrou em campo com três mudanças, se comparado ao último jogo, contra o Guangzhou da China. Dante, Shaqiri e Muller eram os titulares. Saíram Van Buyten, Gotze e Mandzukic. Já o Raja, repetiu a sua escalação pela terceira vez. Moutaouali e Iajour eram os destaques dessa equipe.

Para chegar à decisão, o Bayern superou o Guangzhou Evergrande, da China, por 3 a 0, nas semifinais. O Raja teve uma missão mais longa e mais difícil: venceu o Auckland City, da Nova Zelândia, por 2 a 1 no playoff inicial, depois passou pelo Monterrey, do México, pelo mesmo placar nas quartas. Nas semis, a equipe fez história ao bater o Atlético Mineiro por 3 a 1.

Com 12 gols, o Raja possui o terceiro melhor ataque da história da "versão Fifa" da competição, perdendo para o Monterrey, que já fez 16, e o Barcelona, que marcou 17 gols. O Bayern poderia conquistar seu quinto título em apenas uma temporada. Além disso, Guardiola poderia ser o primeiro técnico tricampeão do torneio, já que conquistara duas vezes pelo Barcelona, em 2009 e 2011.

O Bayern na temporada 2012-13 levantou os troféus da Liga dos Campeões, da Supercopa da Europa, da Bundesliga e da Copa da Alemanha. Caso conquiste o título, o Bayern venceria seu primeiro Mundial de Clubes ''versão Fifa", após levar a Copa Intercontinental em duas ocasiões, 1976 e 2001.

Quem começou melhor a partida foi o Raja. Logo aos quatro minutos, Iajour recebeu na área, levou a melhor sobre Dante, e chutou para fora levando muito perigo. Não demorou muito para os Bávaros tomarem conta da partida. Aos seis minutos, Dante fez o primeiro gol, após escanteio cobrado, Boateng cabeceou para a pequena área, o zagueiro brasileiro ficou sozinho com a bola e não perdoou. 

Aquele futebol tático do Pep Guardiola, quando assumiu o Barcelona, tomou conta. Bayern jogava com muita facilidade e fazia o que desejava com a bola. Girava de um lado para o outro. Deixava o Raja sem condições. Com a presença de Lahm, Thiago Alcântara jogava um pouco mais avançado, assim como no primeiro jogo, diante do Guangzhou. Sem o capitão, o filho do Mazinho vira o primeiro volante, jogando entre os zagueiros para melhorar a saída de bola e a distribuição das jogadas.

Iajour era o destaque do Raja Casablanca. Toda bola avançada passava por ele. O atacante recebeu em boas condições na direita, tentou chutar de longe, mas a bola não ganhou força. E depois de mais uma finalização do time marroquino, o Bayern fez dois a zero. Alaba entrou na área, tocou para trás, e o meia Thiago chutou colocado com muita categoria. Golaço.

Parecia que uma goleada estava pintando. Mas não. O Bayern tocava a bola e mantinha o domínio da partida. Não fazia nenhum esforço. Bayern começava a atuar com uma só jogada: Time toca, toca, toca, até que Boateng lança para Ribéry na ponta esquerda. Virou corriqueiro essa atuação no jogo.

Aos 30 minutos do primeiro tempo, o Bayern tinha 78% de posse de bola. Para o Pep Guardiola era algo comum, já que com o Barcelona a posse de bola chegou a ultrapassar a marca dos 80%. Neuer, goleiro alemão, falhou duas vezes, mas nada que o atrapalhasse. Sempre que ele tocava na bola, a torcida aumentava as vaias para tentar tirar a concentração do alemão.

O primeiro tempo foi todo do Bayern de Munique, que passou a maior parte do período jogando no setor ofensivo do campo. Ribéry estava bem marcado e pouco participou, mas o resto do time deu conta do recado, principalmente o Thiago.

No segundo tempo, o Bayern utilizou do mesmo artifício do primeiro: tocava a bola. A marcação do Raja é mais forte no meio de campo, o que dificulta a criação de jogadas do Bayern. Apesar de não atacar tanto, o Raja estava bem defensivamente. Não havia espaços para o time alemão.

O técnico do Raja fez as três substituições possíveis, tentando colocar velocidade no jogo. Porém de nada adiantava. Aos 38 minutos, a melhor oportunidade para o time marroquino. Mabide apareceu sozinho, chutou, Neuer fez a defesa, mas deu rebote. Moutaouali tinha o gol aberto, mas chutou por cima. Que chance!

Depois disso, nenhum lance preponderante aconteceu. Fim de papo. O Bayern confirma o favoritismo e conquista o seu quinto título em uma temporada apenas. Como técnico, dos 23 campeonatos em que disputou, Guardiola conquistou o seu 17° título. 

O técnico espanhol superou o técnico brasileiro Telê Santana ao conquistar o seu terceiro título mundial e se igualou ao argentino Carlos Bianchi. Além de Telê, Guardiola deixou para trás Helenio Herrera, bicampeão com a Inter de Milão, Arrigo Sacchi, bicampeão com o Milan, Telê Santana, bicampeão com o São Paulo, Lula, bicampeão com o Santos, e Alex Ferguson, bicampeão com o Manchester United. 

Porém, não foram esses recordes que chamaram a atenção, e sim o comportamento dos jogadores do Bayern após o apito final. Gotze, Ribéry, Lahm e outros apenas se cumprimentaram. Não esboçaram nenhum tipo de vibração. Apenas o lateral Rafinha comemorou de forma mais efusiva. Parece que o time alemão não estava se importando tanto com esse torneio. 

Apesar da apatia, o Bayern de Munique confirma que é o melhor time do Mundo. E se continuar jogando dessa forma, vai ser muito difícil tirar esse troféu da cidade alemã.

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