O Raja Casablanca eliminou, ontem, o Monterrey, do México, pelo Mundial de Clubes por 2 a 1. Resultado inesperado, histórico e será muito lembrado pelos fanáticos torcedores. A equipe pela primeira vez na história chega à uma semifinal dessa competição.
Em partida tensa neste sábado, o Galo teve a comprovação de que é superior às duas equipes que se apresentaram. Porém, o time mexicano daria mais trabalho. Neri Cardozo e Suazo são os destaques da equipe. Ambos têm categoria, personalidade. O Cardozo é mais rápido. Ele é o responsável por criar as melhores jogadas da equipe. Deu muito trabalho ao goleiro marroquino Askri, destaque do jogo. Suazo tem 32 anos, é experiente. Entretanto, a experiência não foi uma arma para garantir a vitória e a classificação.
Torcida joga junto, isso é notório. Agora, o que faz a torcida do Raja é algo anormal. Vaias, aplausos, gritos de apoio, cantoria, ufa! Que pressão é essa? Essa euforia do time marroquino é o maior adversário do Atlético-MG. São 10 mil torcedores atleticanos contra aproximadamente 35 mil marroquinos, já que o Stade de Marrakech tem capacidade para 45.240 torcedores.
O ambiente é de
cair o queixo. Será que é a torcida mais fanática da África? Pode até ser, e deveria ter esse direito concedido. O 12° jogador funciona. Os jogadores do Monterrey pareciam atordoados. Erravam passes, principalmente na prorrogação. Não tinha jeito. Poderia colocar mais 10 mil torcedores mexicanos, a pressão da torcida do Raja seria a mesma, ou pior.
Para o alívio dos torcedores e jogadores atleticanos, a semifinal não será realizada no estádio do Raja, no Stade Mohamed V, um dos principais estádios do norte africano, com capacidade para 67.000 torcedores. Imagina como seria a pressão? Não teria atmosfera.
O jogo terminou 2 a 1. Gols de Chtibi e Guehi, para o time marroquino, e Basanta para o Monterrey. Na quarta-feira, às 17h30m (de Brasília),em Marrakesh, teremos Raja Casablanca x Atlético-MG. Um dia antes, teremos a outra semifinal: Guangzhou x Bayern de Munique.
Conheça um pouco mais do Raja Casablanca:
Conquistou 11 vezes o Campeonato Marroquino e três vezes a Liga dos Campeões da África, sendo assim um dos times mais tradicionais africanos. Foi a primeira equipe marroquina e africana a disputar o primeiro Mundial de Clubes da Fifa em 2000, terminando em último lugar no grupo sediado em São Paulo e em penúltimo na classificação geral, à frente apenas do time australiano do South Melbourne.
De olho:
O Atlético-MG tem que ficar esperto no esquema ofensivo do Raja. Diante do 3-4-3 do Monterrey, o 4-4-2 compacto do Raja Casablanca
atacou bem pela direita com El Hachimi e Moutaouali à procura de Chtibi e
Iajour. No final da prorrogação, time marroquino se fechou com linha de
cinco na defesa. Ou seja, a marcação não pode ser por zona. Tem que ser homem a homem. Caso dê liberdade aos 4 jogadores citados, o Atlético-MG irá sofrer. Principalmente, se for nos contra-ataques, já que por se tratar de um time africano, a velocidade é o ponto alto para a transição defesa-ataque.
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