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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Retrospectiva e agradecimento

Mais um ano chegando ao fim. Hora de refletir o que fez e planejar o que fazer no ano seguinte. Particularmente, esse ano foi muito bom. Conheci jornalistas e tirei fotos com esses, visitei uma sede de uma emissora da minha cidade, participei de alguns eventos esportivos, como telespectador, é claro.

No blog, o ano foi produtivo. As entrevistas vieram em peso. Foram 26. No ano passado, foram 15 entrevistas. Ou seja, totalizando 41. As entrevistas foram com renomados jornalistas. Foi um salto importante, se comparado à 2012.

Nos 12 meses do ano, tivemos, pelo menos, uma entrevista. A primeira entrevista de janeiro foi com o comentarista Eduardo Tironi, da ESPN. E a última entrevista do ano foi com o jornalista Bruno Formiga, do Esporte Interativo.

Dados curiosos: Bruno Formiga foi o único jornalista do Esporte Interativo a estar presente no blog. SporTV e ESPN foram os canais que mais tiveram entrevistados, 10 e 6, respectivamente.

Um fato importante marcou o blog nesse ano. Consegui realizar uma entrevista com um jornalista da Rede Globo, o Edson Viana. O SBT teve sua marca registrada. O jornalista Rodrigo Viana, autor do livro A bola e o verbo também foi um dos entrevistados.

No ranking das entrevistas, o Top 10 ficou assim:

1° Arthur Muhlenberg, colunista do Flamengo no globoesporte.com
2° Mayra Siqueira, repórter da CBN
3° Fernanda de Lima, colunista no Portal Donas da Bola
4° Eduardo Tironi, comentarista dos canais ESPN
5° Milton Neves, apresentador da Band
6° William Tavares, apresentador dos canais ESPN
7° Edson Viana, repórter da Globo
8° Rodrigo Bueno, comentarista da Fox Sports
9° Fábio Salgueiro, comentarista da BandSports
10° Sílvio Luiz, narrador da RedeTv!

Das 41 entrevistas realizadas, 3 foram com jornalistas mulheres. Tivemos a presença de Mayra Siqueira, repórter da Rádio CBN; Fernanda de Lima, colunista do Portal Donas da Bola; e Nadja Mauad, repórter da RPC e Premiére FC.

É claro que em 2014 espero que tenha mais entrevistas com as mulheres. Afinal, as opiniões feministas são importantes.

Grandes nomes do jornalismo esportivo tiveram sua presença. Caso de Flávio Prado, Milton Neves, Fernando Vanucci, Silvio Luiz e tantos outros.

Além das entrevistas, alguns posts foram especiais por abordar temas de grande impacto, como o Bom Senso e a pancadaria generalizada na Arena Joinville.

O ano de 2013 foi muito especial. O número de acessos triplicou, se comparado ao ano passado. Fruto de um trabalho mais intenso.

Ano que vem a faculdade será o próximo rumo. Ficará difícil para postar de forma corriqueira. Mas sempre que possível, estarei postando. Seja uma notícia, um post sobre a minha visão de um determinado assunto ou uma entrevista.

Eu, Gabriel Henrique Dantas, desejo à todos que tiveram sua marca registrada e aos assíduos leitores  um Feliz Natal e um próspero Ano novo. Que em 2014 os sonhos de todos vocês se tornem realidades.

Abraços!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Entrevista com Bruno Formiga

Polêmico, divertido e usa a frase "Humanidade deu errado". Ele é Bruno Formiga, comentarista do Esporte Interativo. O jornalista formado pela Unifor (Universidade de Forataleza) nasceu no dia 19 de setembro de 1982. Passou por jornal O POVO e pelas afiliadas da TV Cultura e Record em Fortaleza. Nasceu no mesmo estado. Ele participa do programa Dois Toques (imagem acima) e do Jogando em Casa, programa exibido todos os dias às 21hs. É também colaborador da revista Placar. 

Mudou-se para o Rio de Janeiro e trabalha numa emissora que mais cresce no país. 

''É muito engraçado. Até pouco tempo eu era apenas um telespectador. Agora sou companheiro de trabalho. Gratificante demais. Porém, é preciso ressaltar. Todos são muito parceiros e simples. Fazem a adaptação parecer fácil. E você nem percebe que está ao lado de gente que já fez tanto no jornalismo.'' 

Confira um pouco mais do nosso entrevistado:

Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, explique quem é Bruno Formiga? 
Bruno Formiga: Sou jornalista formado pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e pós-graduado em Teorias da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará. Hoje, trabalho como editor e comentarista no Esporte Interativo e colaboro com a revista Placar.

GD: Em que ano ingressou no Jornalismo? Queria ser jornalista desde criança?
BF: Iniciei minha carreira profissional em 2006, na rádio Transamérica. Passei por jornal O POVO e pelas afiliadas da TV Cultura e Record em Fortaleza. Sempre quis trabalhar com futebol. Fosse jogando, escrevendo ou falando. Sempre foi o foco.

GD: Quem são os jornalistas e/ou profissionais da comunicação que mais admira?
BF: O cara que mais respeito é o Juca Kfouri. Um dos primeiros a trabalhar em várias plataformas e manter o mesmo nível crítico e engajado. É uma referência. 

GD: Como é sua rotina hoje? Que horas você entra? Tem hora pra sair?
BF: Não existe rotina. Dependo de escala, dos eventos. Normalmente trabalho no período tarde-noite. Entro por volta de 15h30min e vou embora 22h30min - quando faço o Jogando em Casa. Pela manhã normalmente organizo pautas e matérias da Placar.

GD: Que perfil precisa ter um profissional para se destacar nos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, e conseguir oportunidades em grandes empresas como a Esporte Interativo?
BF: Ser um apaixonado pelo que faz. O brilho no olho abre muitas portas. Porém, não dá para viver só de vontade. É preciso ter conhecimento, fazer muito, muito contato e ter muita criatividade para olhar sempre por uma brecha diferente a cada matéria ou cada partida. 

GD: Como é trabalhar ao lado de grandes jornalistas do EI, como André Henning, Vitor Sérgio, Henrique Marques e entre outros?
BF: É muito engraçado. Até pouco tempo eu era apenas um telespectador. Agora sou companheiro de trabalho. Gratificante demais. Porém, é preciso ressaltar. Todos são muito parceiros e simples. Fazem a adaptação parecer fácil. E você nem percebe que está ao lado de gente que já fez tanto no jornalismo.

GD: Tem alguma história curiosa ou engraçada da profissão?
BF: Passei dois meses treinando e jogando em um time da terceira divisão do campeonato cearense. Era a forma de mostrar de perto o lado menos atrativo do esporte. Fui registrado na CBF e assinei contrato. Entrei em campo e tudo. E testemunhei o quanto o jogador precisa ser guerreiro, muito mais que talentoso. Perdi 11 quilos em 60 dias.

GD: Na sua opinião, a cobertura esportiva brasileira é satisfatória? Não faltaria, por exemplo, um pouco mais de jornalismo investigativo?
BF: Sinto falta da investigação, que ficou com revistas e jornais. O jornalismo esportivo foi muito mais para o lado do entretenimento. No geral, porém, acho bem satisfatório. Cobrimos muito bem. 

GD: Como conversamos no Twitter, a sua frase mais utilizada é a "Humanidade deu errado". Para os futuros leitores, explique como surgiu essa frase?
BF: Um grande amigo meu em Fortaleza, Fernando Graziani, sempre comentou isso. É um cara tão crítico quanto eu. A gente falava isso de forma engraçada, para descrever uma situação tosca e bizarra. Acabou virando um rótulo.

GD: Mudando de assunto, o que achou das 32 seleções classificadas para a Copa do Mundo de 2014? Faltou alguma seleção que, particularmente, queria? 
BF: Gostei dos classificados. Mas já há três Copas que sinto falta do Egito. Um time que dominou a África e ficou de fora do Mundial. 

GD: Brasil é favorito ao título?
BF: Acho que está no segundo escalão, ao lado de Argentina, Itália, Holanda e outras seleções. Os favoritos mesmo são Espanha e Alemanha.

GD: Neymar é a estrela do atual futebol brasileiro. Você acha que ele pode se tornar um dos melhores jogadores do mundo com essa transferência para a Europa?
BF: Provavelmente. Já mostrou um amadurecimento gigante. Só tem a evoluir como jogador de grupo. Vai melhorar ainda mais o passe, o posicionamento e a finalização. 

GD: Qual a sua opinião a respeito dos Estaduais? Devem ser ignorados pelos clubes?
BF: Os estaduais precisam ser menores. Dois meses, no máximo. Ou, talvez, virarem subdivisões do Brasileiro, como acontece na Europa. Não sou contra acabar. Entendo a importância para os clubes menores. Mas do jeito que está é inviável.

GD: O que achou do título do Cruzeiro? Qual jogador merece o seu destaque?
BF: O grupo do Cruzeiro é absurdo. Um time compacto, veloz, forte. Foi um título justo, merecido e com sobras. Acho que o grande nome do time e do Brasileiro foi mesmo o Éverton Ribeiro.

GD: Sobre o Futebol Nordestino, Sampaio Corrêa e Santa Cruz chegaram à final da Série C, e subiram para a Série B, consequentemente. Como você avalia essas duas equipes?
BF: Sampaio Corrêa colheu frutos de um trabalho de longo prazo. Tinha a mesma base desde 2012. Entrou forte na Série C e confirmou o favoritismo, assim como o Santa Cruz. O time de Pernambuco sofreu um pouco mais, até pela pressão, mas formou um elenco de muita qualidade. Acesso para lá de justo.

GD: Qual é a sua avaliação sobre o Futebol Nordestino como um todo? Deve melhorar em algum quesito?
BF: Está evoluindo e ficando bem mais estruturado. É claro que ainda existe um abismo financeiro. Mas hoje os clubes têm projeto de sócio, trabalho de marketing e gestores de futebol profissional. O caminho trilhado é bom. 

GD: As torcidas organizadas ajudam ou atrapalham o futebol?
BF: Já ajudaram. Hoje atrapalham. O preço que se paga pela tal "festa" é muito alto. Infelizmente viraram foco para a junção de marginais e grupos crimonosos. O caráter coletivo facilita muito a vida de quem está lá para descarregar frustrações e cometer crimes. Não sáo o problema sozinho. Mas representam boa parte dele.

GD: Em relação à Copa de 2014, quais são as suas impressões ou constatações? A organização do Brasil, ao final da Copa, poderá ser digna de aplausos?
BF: Não tenho dúvidas que o evento vai ser um sucesso. Tudo vai funcionar, como na Copa das Confederações. O problema é o antes e o depois, quando a carruagem virar abóbora.

GD: Sobre a Liga dos Campeões, você já tem uma equipe favorita ao título?
BF: Bayern de Munique, até mais que o Barcelona. É um time frio. Parece não sofrer pressão alguma.

GD: Em janeiro, estará nas TVs a cabo o Esporte Interativo Nordeste. Qual a importância dessa nova emissora?
BF: É o primeiro canal dedicado a uma região. É história. Vai ser uma janela do Nordeste para ele mesmo.

GD: O que o torcedor nordestino pode esperar do EI Nordeste? Como será a programação?
BF: Mais de 200 jogos, programas de entrevista, de debate, noticiário. É o lugar para ver o time dele e os rivais.

GD: Qual o legado do Esporte Interativo?
BF:Fazer esporte com emoção.
 
GD: Para finalizar, deixe um recado para os nossos leitores que querem seguir a àrea do jornalismo e nos conte como é trabalhar na Esporte Interativo.
BF: O Esporte Interativo respira esporte. É um ambiente jovem, vibrante. Muito bacana. Quem quiser seguir em frente não pode deixar a paixão de lado nunca. É o que move e o que faz o desgaste da profissão parecer pequeno. Além disso, é preciso estudar e ficar sempre atualizado para formar opiniões firmes e ter senso de analisar as situações sem clubismo.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Quem foi o melhor treinador nessa edição do Brasileiro 2013?

O Campeonato Brasileiro de 2013 acabou, dentro de campo, no dia 8 de dezembro. É claro que fora de campo a Justiça está participando ativamente (o caos entre Portuguesa e Fluminense). Tecnicamente, foi um dos piores campeonatos nos últimos dez anos. Tirando o futebol e o título do Cruzeiro, o campeonato foi um marasmo. Nível futebolístico abaixo de zero. Times que poderiam fazer partidas melhores, não fizeram. O que faltou?

Faltou vontade dos jogadores, é claro. Porém, algo deve ser muito bem ressaltado: o técnico. O livro da Clara Albuquerque - A linha da bola - fala de forma categórica a função dos técnicos. No livro, ela fala da seguinte forma: "Durante muito tempo a frase "técnico não ganha jogo, só perde" teve muita força entre os futebolistas brasileiros, hoje, porém, técnico é a solução e a origem de todos os males que afligem um time de futebol". Num outro trecho, ela diz "[...] eles conseguem passar de completos analfabetos em futebol, para não dizer burros e teimosos, para gênios e grandes estrategistas...".

Nesse Brasileirão tivemos juventude e experiência. Marcelo Oliveira, que treinou o Coritiba em 2012, assumiu o Cruzeiro nessa temporada e sagrou-se campeão merecidamente. Vágner Mancini assumiu o Atlético-PR. A equipe estava na zona de rebaixamento. Terminou como terceiro colocado, conquistando uma vaga na Pré-Libertadores. Técnico experiente e ganhou a Copa do Brasil, com o Paulista de Jundiaí. Enderson Moreira comandou o Goiás pelo segundo ano consecutivo. Conquistou a Série B de 2012 pelo time goiano. Claudinei Oliveira substituiu o Muricy Ramalho e fez uma excelente temporada pelo Santos, colocando a equipe paulista na oitava colocação, melhor time paulista da competição.

Renato Gaúcho, com o seu estilo feio de jogar futebol, colocou o Grêmio como vice-campeão, atrás do campeão Cruzeiro. Vanderlei Luxemburgo não fez um bom campeonato. No Fluminense, deixou a equipe na zona de rebaixamento. Depois foi demitido. Oswaldo de Oliveira colocou o Botafogo na Pré-Libertadores, na última rodada do Brasileiro. Poderia perder a vaga, caso a Ponte Preta conquistasse a Copa Sul-americana. Mas acabou perdendo para o Lanús, da Argentina. 

Com isso, queremos saber, quem foi o melhor treinador nessa edição do Brasileiro? O blog consultou 4 jornalistas para saber a opinião deles. Confira abaixo:

Luiz Ademar, comentarista do SporTV: 
O melhor treinador do Brasileiro foi o Marcelo Oliveira.
Teve a inteligência de montar um time competitivo, sem nenhum grande craque, e com peças de reposição à altura, em todas as posições.
Além disso, assim como havia feito no Coritiba, trouxe o Everton Ribeiro, que era lateral esforçado no Corinthians e São Caetano, para ser o cara cerebral do seu meio-campo. E o jogador jogou até mais do que produzia no Coritiba, se transformando no homem de confança do treinador em campo e no grande jogador do Brasileirão.
Não teve medo de colocar medalhões no banco, como aconteceu com Julio Baptista, Dagoberto, Willian, entre outros. E fez o Cruzeiro jogar, disparado, o futebol mais bonito da competição, fazendo sempre muitos gols.

Eduardo Tironi, comentarista dos canais ESPN:
O melhor técnico para mim foi o Marcelo Oliveira. Porque conseguiu montar um time forte, competitivo e ofensivo. Foi premiado com o título do campeonato.

Fernanda de Lima, colunista no Portal Donas da Bola:
Vagner Mancini, na minha opinião. Com o elenco que ele tinha na mão fez um trabalho brilhante, recuperando o Atlético-PR e o colocando na Libertadores.

Rodrigo Bueno, comentarista da Fox Sports:
Marcelo Oliveira, pois montou um time muito bom que venceu o Brasileiro com sobras. Ele pescou bons jogadores que não eram tão valorizados e os fez praticar um futebol de alto nível, apostou em um time solto, que jogou de forma ofensiva, praticou um jogo moderno, dinâmico.

OBS: Agradeço aos jornalistas pela atenção e disponibilidade para com o blog. Forte abraço. Tenha um Feliz Natal e um próspero Ano novo.

Bayern confirma superioridade e conquista o Mundial, porém apático

O Bayern de Munique confirmou seu favoritismo e sagrou-se campeão do Mundial de Clubes ao vencer o time local - o Raja Casablanca. Com os gols de Dante e Thiago, a equipe alemã venceu por 2 a 0. A equipe entrou em campo com três mudanças, se comparado ao último jogo, contra o Guangzhou da China. Dante, Shaqiri e Muller eram os titulares. Saíram Van Buyten, Gotze e Mandzukic. Já o Raja, repetiu a sua escalação pela terceira vez. Moutaouali e Iajour eram os destaques dessa equipe.

Para chegar à decisão, o Bayern superou o Guangzhou Evergrande, da China, por 3 a 0, nas semifinais. O Raja teve uma missão mais longa e mais difícil: venceu o Auckland City, da Nova Zelândia, por 2 a 1 no playoff inicial, depois passou pelo Monterrey, do México, pelo mesmo placar nas quartas. Nas semis, a equipe fez história ao bater o Atlético Mineiro por 3 a 1.

Com 12 gols, o Raja possui o terceiro melhor ataque da história da "versão Fifa" da competição, perdendo para o Monterrey, que já fez 16, e o Barcelona, que marcou 17 gols. O Bayern poderia conquistar seu quinto título em apenas uma temporada. Além disso, Guardiola poderia ser o primeiro técnico tricampeão do torneio, já que conquistara duas vezes pelo Barcelona, em 2009 e 2011.

O Bayern na temporada 2012-13 levantou os troféus da Liga dos Campeões, da Supercopa da Europa, da Bundesliga e da Copa da Alemanha. Caso conquiste o título, o Bayern venceria seu primeiro Mundial de Clubes ''versão Fifa", após levar a Copa Intercontinental em duas ocasiões, 1976 e 2001.

Quem começou melhor a partida foi o Raja. Logo aos quatro minutos, Iajour recebeu na área, levou a melhor sobre Dante, e chutou para fora levando muito perigo. Não demorou muito para os Bávaros tomarem conta da partida. Aos seis minutos, Dante fez o primeiro gol, após escanteio cobrado, Boateng cabeceou para a pequena área, o zagueiro brasileiro ficou sozinho com a bola e não perdoou. 

Aquele futebol tático do Pep Guardiola, quando assumiu o Barcelona, tomou conta. Bayern jogava com muita facilidade e fazia o que desejava com a bola. Girava de um lado para o outro. Deixava o Raja sem condições. Com a presença de Lahm, Thiago Alcântara jogava um pouco mais avançado, assim como no primeiro jogo, diante do Guangzhou. Sem o capitão, o filho do Mazinho vira o primeiro volante, jogando entre os zagueiros para melhorar a saída de bola e a distribuição das jogadas.

Iajour era o destaque do Raja Casablanca. Toda bola avançada passava por ele. O atacante recebeu em boas condições na direita, tentou chutar de longe, mas a bola não ganhou força. E depois de mais uma finalização do time marroquino, o Bayern fez dois a zero. Alaba entrou na área, tocou para trás, e o meia Thiago chutou colocado com muita categoria. Golaço.

Parecia que uma goleada estava pintando. Mas não. O Bayern tocava a bola e mantinha o domínio da partida. Não fazia nenhum esforço. Bayern começava a atuar com uma só jogada: Time toca, toca, toca, até que Boateng lança para Ribéry na ponta esquerda. Virou corriqueiro essa atuação no jogo.

Aos 30 minutos do primeiro tempo, o Bayern tinha 78% de posse de bola. Para o Pep Guardiola era algo comum, já que com o Barcelona a posse de bola chegou a ultrapassar a marca dos 80%. Neuer, goleiro alemão, falhou duas vezes, mas nada que o atrapalhasse. Sempre que ele tocava na bola, a torcida aumentava as vaias para tentar tirar a concentração do alemão.

O primeiro tempo foi todo do Bayern de Munique, que passou a maior parte do período jogando no setor ofensivo do campo. Ribéry estava bem marcado e pouco participou, mas o resto do time deu conta do recado, principalmente o Thiago.

No segundo tempo, o Bayern utilizou do mesmo artifício do primeiro: tocava a bola. A marcação do Raja é mais forte no meio de campo, o que dificulta a criação de jogadas do Bayern. Apesar de não atacar tanto, o Raja estava bem defensivamente. Não havia espaços para o time alemão.

O técnico do Raja fez as três substituições possíveis, tentando colocar velocidade no jogo. Porém de nada adiantava. Aos 38 minutos, a melhor oportunidade para o time marroquino. Mabide apareceu sozinho, chutou, Neuer fez a defesa, mas deu rebote. Moutaouali tinha o gol aberto, mas chutou por cima. Que chance!

Depois disso, nenhum lance preponderante aconteceu. Fim de papo. O Bayern confirma o favoritismo e conquista o seu quinto título em uma temporada apenas. Como técnico, dos 23 campeonatos em que disputou, Guardiola conquistou o seu 17° título. 

O técnico espanhol superou o técnico brasileiro Telê Santana ao conquistar o seu terceiro título mundial e se igualou ao argentino Carlos Bianchi. Além de Telê, Guardiola deixou para trás Helenio Herrera, bicampeão com a Inter de Milão, Arrigo Sacchi, bicampeão com o Milan, Telê Santana, bicampeão com o São Paulo, Lula, bicampeão com o Santos, e Alex Ferguson, bicampeão com o Manchester United. 

Porém, não foram esses recordes que chamaram a atenção, e sim o comportamento dos jogadores do Bayern após o apito final. Gotze, Ribéry, Lahm e outros apenas se cumprimentaram. Não esboçaram nenhum tipo de vibração. Apenas o lateral Rafinha comemorou de forma mais efusiva. Parece que o time alemão não estava se importando tanto com esse torneio. 

Apesar da apatia, o Bayern de Munique confirma que é o melhor time do Mundo. E se continuar jogando dessa forma, vai ser muito difícil tirar esse troféu da cidade alemã.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A contratação de Autuori foi o real motivo da eliminação?

Na manhã de hoje, foi confirmado a notícia de que Paulo Autuori é o novo técnico do Atlético-MG. Após treinamento do elenco do Atlético-MG na manhã desta sexta-feira, em Marrakech, o presidente do clube, Alexandre Kalil, confirmou que Paulo Autuori será o técnico da equipe na próxima temporada. Paulo Autuori comandará a equipe já no começo do ano.

"Já viemos pra cá com ele contratado. É um técnico que ganhou Libertadores e Mundial", revelou o presidente, relembrando os títulos ganhos pelo técnico, que levou o Cruzeiro ao topo da América em 1997 e o São Paulo ao título mundial, em 2005, disse o presidente Alexandre Calil.

No Galo, Autuori reencontará com Tardelli e Victor. Para o primeiro, comandado por ele na época do São Paulo, em 2005, o técnico é um dos melhores que passou por sua carreira. Vale lembrar que Autuori foi campeão da Libertadores daquele ano e Tardelli era um jovem e promissor atacante de 20 anos.

Já o goleiro Victor participou de um capítulo ruim da carreira de Autuori. No Grêmio, em 2009, o goleiro viu o Imortal Tricolor oscilar demais nas mãos do bicampeão da Libertadores.

O Atlético-MG perdeu, na quarta-feira, para o Raja Casablanca do Marrocos por 3 a 1, e disputará o terceiro lugar contra o Guangzhou Evergrande, time da China, amanhã. China que por sinal é o novo destino do atual técnico Cuca. Ele comandará o Shandong Luneng.

A equipe mostrou uma deficiência tática. Não mostrou a mesma qualidade, se comparada à Libertadores. Réver e Leonardo Silva, dupla de zaga consistente na competição sul-americana, se mostraram perdidos em campo. Ronaldinho Gaúcho foi apático na maior parte do tempo. Fez um gol de falta e nada mais. Cuca não demonstrava vibração, pouco passava informações. E teve que aturar uma bronca do lateral Marcos Rocha. O lateral foi substituído por Luan e não gostou da substituição. Ao sair do gramado, ofendeu o técnico com palavras de baixo calão e ainda o chamou de 'burro'. Agora, esse comportamento infantil do lateral só aconteceu por que o Cuca estava de saída? Talvez. O Atlético-MG jogou no TPB(Tensão Pré-Bayern)? Será que se a equipe não soubesse da contratação de Autuori, o futebol seria outro? Perguntas que só podem ser respondidas pelo presidente.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O bom técnico a casa retorna

Abel Braga foi apresentado como o novo técnico do Internacional. Ontem, terça-feira, o ex-técnico do Fluminense disse “Estou retornando para casa". De acordo com o treinador, ele sempre estivera preocupado com a situação do clube.

Essa é a sua quarta passagem pelo Internacional. Sua primeira ocorreu em 1988, deixando o cargo no ano seguinte para voltar a Portugal para assumir o comando do Famalicão, que estava na 2ª divisão do Campeonato Português.

Em 2006, Abel retornou à Porto Alegre e dirigiu o Inter. Esta passagem tornou-se a mais vitoriosa dele em todos os clubes. Ganhou a Libertadores sobre o São Paulo. O título garantiu a presença do Internacional no Campeonato Mundial de Clubes da FIFA, em dezembro daquele ano. E na competição, a maior vitória do clube. O time gaúcho venceu o poderoso Barcelona, da Espanha, por 1 a 0. Gol de Adriano Gabiru. O time espanhol tinha Puyol, Deco e o astro Ronaldinho Gaúcho.

No Campeonato Brasileiro Abel levou o Internacional à 2ª posição, atrás apenas do São Paulo. Com essas conquistas, teve a renovação para o ano seguinte. Porém, não obteve uma excelente campanha no Estadual e na Libertadores. Abel foi demitido.

Abel acabou por voltar ao Internacional apenas quatro meses após ter sido demitido. Após o retorno ao Internacional, Abel ainda levou o clube gaúcho a conquista do Campeonato Gaúcho de 2008, sagrando uma goleada de 8 a 1 sobre o Juventude no Estádio Beira Rio. Depois, foi contratado pelo Al-Jazira, do Emirados Árabes Unidos.

Ainda pelo Inter, levou mais um título. Em 2008, a equipe disputou a Copa Dubai. O time gaúcho venceu mais um time europeu. Dessa vez, a Internazionale de Milão por 2 a 1.

Na sua volta, nada melhor do que ser no dia 17 de dezembro. Foi nessa data, só que há 7 anos, que o Internacional vencera o Mundial de Clubes diante do Barcelona. Na sua apresentação, o técnico já pensa em reforços para o elenco em 2014. O treinador revelou que já se reuniu com a diretoria para discutir alguns nomes, como o zagueiro Paulão, que estava no Cruzeiro mas pertence ao Guangzhou Evergrande, da China, o atacante Luan, ex-Palmeiras e atualmente no Cruzeiro, e o goleiro Jefferson, que está no Botafogo.

O próprio treinador, no entanto, admite que mesmo com as chegadas desses reforços não há garantia de sucesso em 2014.

"Contratação é sempre incógnita. Tem pressão da torcida, as diferenças de um clube novo, então ela pode se adaptar ou não. Temos que fazer como o Cruzeiro, que teve nível de erro de contratação muito pequeno esse ano", disse Abel.

Pelo jeito, a torcida ficará com essa incógnita na cabeça. Mas, a princípio, Abel Braga demonstra o mesmo lema de Muricy Ramalho, "Aqui é trabalho, meu filho"!.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

16 de dezembro - o futebol faleceu

Oito dias após o fim do Brasileirão, o mesmo campeonato começou novamente. A "39ª rodada" começou com o jogo entre Portuguesa x Fluminense. As duas equipes lutaram. Mas não foi no campo, e sim no tribunal. Rua da Ajuda, sede do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O nome é uma ironia, não? Ajuda ao futebol. 

Já não bastasse as cenas asquerosas que vivenciamos na Arena Joinville, no último domingo, as duas equipes citadas acima foram ao tribunal. A Portuguesa, que havia terminado em 16º lugar no campeonato, sofreu uma punição de quatro pontos por ter escalado o meio-campo Héverton na partida contra o Grêmio, pela última rodada da competição, no dia 8 de dezembro. Com a punição, o time paulista ficou com 44 pontos e acabou na 17ª posição na competição. Quem se beneficiou com a punição foi o Fluminense, que havia terminado na 17º posição.

Na Arena STJD não havia jogadores. Havia advogados. No lugar de camisas, calções e chuteiras, haviam ternos, gravatas, calças e sapatos. Ao invés de juiz e bandeirinhas, tivemos o presidente e auditor relator do caso. Não havia torcedores, e sim jornalistas. Aliás, torcedores ficaram do lado de fora do "estádio". Não havia narradores. Não tinha posse de bola. Tinha papéis, microfones, computadores e etc. O grito de gol não teve. Não teve mesmo, até por que como se pode comemorar uma vitória no tribunal? Foi isso que os torcedores do clube carioca fizeram.

O Fluminense não ganhou na bola. Precisou ir ao STJD para confirmar a vaga na Série A. Devedor da Série B. A Lusa foi rebaixada para a segunda divisão. Aliás, todos os clubes foram rebaixados. Porém, um novo julgamento, provavelmente no dia 27, será feito pelo Pleno do STJD, com mais auditores na análise do caso, e será a última instância. Caso a Portuguesa perca, o clube poderá ir à Justiça Comum. O que pesou contra o clube paulista, contudo, foi que a avaliação ocorreu na aplicação simples do regulamento.

Esse Brasileirão foi o pior de todos os tempos. O que salvou essa competição foi o título do Cruzeiro. Tivemos brigas entre torcidas, erros de arbitragem, nível tático abaixo de zero e entre outras coisas. Foi um marasmo. Deprimente.

Mais deprimente é ouvir os gritos de "Nense". É ver torcedores do Fluminense comemorando como se houvesse ganhado um título de Libertadores. Não tem jeito. O clubismo é mais forte. Será que eles vão se honrar para sempre desse feito asqueroso que tanto faz mal à saúde do futebol? Não sei. Escolhi o futebol para ser a minha base. Mas tenho vontade de largá-lo. Talvez eu possa optar por outra modalidade. Mas o futebol é minha paixão. Eu disse FUTEBOL, não TRIBUNAL ou TAPETÃO.

No ano passado, a torcida do Atlético-MG protestou, no Independência, contra a CBF e as polêmicas arbitragens do Brasileirão. O jogo foi contra o Fluminense. A torcida abriu uma faixa, dizendo: “o apito é tricolor carioca”. O jogo foi no domingo, dia 21/10. Teve um mosaico que escrevia "CBF" de ponta-cabeça e nas cores verde, vermelha e branca, as mesmas do Flu. No dia 29 de novembro, quinta-feira, o Atlético-MG foi punido. Julgado no STJD, o clube acabou multado em R$ 10 mil. Não coube recurso. Ou seja, as torcidas não podem se manifestar contra à CBF e ao STJD. Porque é falta de respeito com as entidades. E desde quando essas entidades têm respeito para com os times? Basta observarmos as ações desenvolvidas pelo Bom Senso. Vivenciamos um luto no futebol ontem. A Lusa foi vergonhosamente rebaixada. A punição deveria haver, claro, mas não que mudasse a história de dentro de campo, o resultado.

O Fluminense conseguiu se tornar o clube mais odiado no Brasil. Mais um título para se orgulhar, tricolores? Vocês sairão às ruas para comemorar esse feito? Terá champagne?

O STJD mostra-nos que tem que ser extinta. E a CBF mostra-nos que é mesmo apoiador do Fluminense. Parabéns! O futebol morreu. Terá resurreição? Não sabemos. O futuro só a Deus pertence.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

No retrospecto, Manchester United leva a melhor sobre o Olympiacos

Na manhã de hoje, foi decidido os jogos das oitavas de final da Liga dos Campeões. Luis Figo, craque português, comandou as bolinhas. Logo de cara colocou Manchester City x Barcelona. Em seguida, Olympiacos x Manchester United, Milan x Atlético de Madri, Leverkusen x PSG, Galatasaray x Chelsea, Schalke 04 x Real Madrid, Zenit x Dortmund e, por fim, Arsenal x Bayern de Munique. Grandes duelos. Afinal, é a Champions League, competição mais importante e valiosa do Velho Continente.

No passado próximo, mais precisamente Liga dos Campeões 2001-2002, o Olympiacos e o Manchester United se enfrentaram. Os dois times estavam no mesmo grupo - o grupo G. Ainda tinha o Deportivo La Coruña, da Espanha, e o Lille, da França.

Em seis jogos disputados, o time inglês venceu 3, empatou uma e perdeu duas, terminando em primeiro lugar, com 10 pontos. Já a equipe grega, venceu uma, empatou duas e perdeu três, terminando em último, com 5 pontos. Na primeira rodada, o Olympiakos empatou com o La Coruña em 2 a 2. Já o Manchester venceu o Lille por 1 a 0. Gol do astro inglês Beckham. Na rodada seguinte, o Deportivo La Coruña surpreendeu o time comandado pelo astro inglês, e venceu por 2 a 1. Enquanto isso, na França, o Lille venceu o Olympiacos por 3 a 1. No fim do primeiro turno, o time grego enfrentou o Manchester United. Mesmo fora de casa, no Karaiskaki Stadium, o time inglês venceu por 2 a 0. Gols de Beckham e Andrew Cole.

No returno, o Olympiacos começou com uma vitória diante do Lille por 2 a 1. E o Deportivo La Coruña aprontou de novo sobre os Diabos Vermelhos. No Old Trafford, a equipe espanhola venceu por 3 a 2.  Na quinta rodada, um novo encontro entre Olympiakos e Manchester United. No Old Trafford, o time comandado por Sir Alex Ferguson venceu por 3 a 0. Gols de Ole G. Solskjæ, Ryan Giggs e Ruud van Nistelrooy. Já o La Coruña empatou com o Lille em 1 a 1. Na última rodada, jogos empatados: Lille 1 x 1 Manchester United e Olympiacos 1 x 1 La Coruña.

Na Liga dos Campeões seguinte - edição 2002-2003, as duas equipes estavam novamente no mesmo grupo, porém no grupo F. Além deles, tinha o Leverkusen, da Alemanha, e o Maccabi Haifa, de Israel. E mais uma vez a equipe grega terminou em último, enquanto a inglesa em primeiro.

Na terceira rodada, as duas equipes se enfrentaram. O jogo foi realizado no Old Trafford e teve a goleada do Manchester United. Quatro a zero. Dois gols de Giggs, um de Veron e o outro de Ole G. Solskjæ. Na quarta rodada, primeira do returno, o jogo foi mais equilibrado. Porém, teve mais uma vitória dos Reds Devils.

No Karaiskaki Stadium, o Manchester United saiu na frente. Aos 21 minutos, Laurent Blanc abriu o placar. No segundo tempo, aos catorze minutos, Veron ampliou. Onze minutos depois, Choutos diminuiu o prejuízo. E quatro minutos depois, o empate veio. Gol de Predrag Djordjevic. Porém, faltando cinco minutos para o término do jogo, Scholes fez o gol da vitória para o time inglês: 3 a 2.

Assim, em quatro confrontos envolvendo as duas equipes, tivemos 4 vitórias do time inglês. Cem por cento de aproveitamento. Foram 12 gols marcados e apenas 2 sofridos.

Será que a invencibilidade será mantida? Ou o Olympiacos pode surpreender? As equipes estão diferentes, é claro. O time inglês não tem Beckham e Alex Fergusson. Porém, tem Van Persie e Rooney. A torcida grega faz uma pressão enorme, o que pode ser o diferencial e crucial para a vitória. Bem, em março saberemos.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Conheça o Raja Casablanca, adversário do Atlético-MG

O Raja Casablanca eliminou, ontem, o Monterrey, do México, pelo Mundial de Clubes por 2 a 1. Resultado inesperado, histórico e será muito lembrado pelos fanáticos torcedores. A equipe pela primeira vez na história chega à uma semifinal dessa competição. 

Em partida tensa neste sábado, o Galo teve a comprovação de que é superior às duas equipes que se apresentaram. Porém, o time mexicano daria mais trabalho. Neri Cardozo e Suazo são os destaques da equipe. Ambos têm categoria, personalidade. O Cardozo é mais rápido. Ele é o responsável por criar as melhores jogadas da equipe. Deu muito trabalho ao goleiro marroquino Askri, destaque do jogo. Suazo tem 32 anos, é experiente. Entretanto, a experiência não foi uma arma para garantir a vitória e a classificação. 

Torcida joga junto, isso é notório. Agora, o que faz a torcida do Raja é algo anormal. Vaias, aplausos, gritos de apoio, cantoria, ufa! Que pressão é essa? Essa euforia do time marroquino é o maior adversário do Atlético-MG. São 10 mil torcedores atleticanos contra aproximadamente 35 mil marroquinos, já que o Stade de Marrakech tem capacidade para 45.240 torcedores. 

O ambiente é de cair o queixo. Será que é a torcida mais fanática da África? Pode até ser, e deveria ter esse direito concedido. O 12° jogador funciona. Os jogadores do Monterrey pareciam atordoados. Erravam passes, principalmente na prorrogação. Não tinha jeito. Poderia colocar mais 10 mil torcedores mexicanos, a pressão da torcida do Raja seria a mesma, ou pior.

Para o alívio dos torcedores e jogadores atleticanos, a semifinal não será realizada no estádio do Raja, no Stade Mohamed V, um dos principais estádios do norte africano, com capacidade para 67.000 torcedores. Imagina como seria a pressão? Não teria atmosfera.

O jogo terminou 2 a 1. Gols de Chtibi e Guehi, para o time marroquino, e Basanta para o Monterrey. Na quarta-feira, às 17h30m (de Brasília),em Marrakesh, teremos Raja Casablanca x Atlético-MG. Um dia antes, teremos a outra semifinal: Guangzhou x Bayern de Munique.

Conheça um pouco mais do Raja Casablanca:

Conquistou 11 vezes o Campeonato Marroquino e três vezes a Liga dos Campeões da África, sendo assim um dos times mais tradicionais africanos. Foi a primeira equipe marroquina e africana a disputar o primeiro Mundial de Clubes da Fifa em 2000, terminando em último lugar no grupo sediado em São Paulo e em penúltimo na classificação geral, à frente apenas do time australiano do South Melbourne.

De olho:
O Atlético-MG tem que ficar esperto no esquema ofensivo do Raja. Diante do 3-4-3 do Monterrey, o 4-4-2 compacto do Raja Casablanca atacou bem pela direita com El Hachimi e Moutaouali à procura de Chtibi e Iajour. No final da prorrogação, time marroquino se fechou com linha de cinco na defesa. Ou seja, a marcação não pode ser por zona. Tem que ser homem a homem. Caso dê liberdade aos 4 jogadores citados, o Atlético-MG irá sofrer. Principalmente, se for nos contra-ataques, já que por se tratar de um time africano, a velocidade é o ponto alto para a transição defesa-ataque.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Os brasileiros na Libertadores

Assim como na Libertadores desse ano, em 2014 teremos seis equipes brasileiras, contando os dois clubes que participarão da Pré-Libertadores, Atlético-PR e Botafogo. Nesse ano, Atlético-MG (futuro campeão), Palmeiras, Grêmio, Fluminense, Corinthians e São Paulo participaram. No ano que vem, teremos Atlético-PR, Botafogo, Flamengo, Cruzeiro, Atlético-MG e Flamengo como os nossos respresentantes.

Nenhuma equipe paulista participará da 55ª edição da Copa Libertadores. Fato que não acontecia desde 1998, quando Cruzeiro (Campeão da Libertadores 97), Vasco (Campeão do Brasileiro 97) e Grêmio (Campeão da Copa do Brasil 97) participaram. 

Os brasileiros têm 17 títulos desse torneio. O São Paulo e o Santos são os maiores vencedores desse torneio, com 3 títulos cada. O Tricolor Paulista também tem o maior número de participações, 16. 

Algumas equipes consideradas "pequenas" no âmbito futebolístico, também participaram da maior competição da América do Sul. Como exemplo, temos o Bangu, que participou da 27ª edição, em 1986. 

O clube carioca participou do grupo 3, que ainda tinha o Barcelona-EQU, Coritiba e Deportivo Quito, também do Equador. A equipe ficou na última colocação, com 2 pontos. Foram 6 jogos: nenhuma vitória, dois empates e 4 derrotas. Marcou seis gols e sofreu 12. 

Confira os jogos do Bangu:
Barcelona 1 x 0 Bangu
Deportivo Quito 3 x 1 Bangu
Bangu 1 x 1 Coritiba
Bangu 1 x 2 Barcelona
Bangu 3 x 3 Deportivo Quito
Coritiba 2 x 0 Bangu

As seis equipes que irão participar da Libertadores 2014, se somadas, têm 55 partipações e 6 títulos. O recordista de participações é o Grêmio, com 15, seguido do Cruzeiro, 14, Flamengo, 12, Atlético-MG, 6, e Botafogo e Atlético-PR, com 4 cada. Cruzeiro e Grêmio têm 2 títulos cada, o Flamengo e o Atlético-MG tem 1, que foi conquistado nesse ano. Botafogo e o Furacão não possui título.

Nas últimas três edições, os clubes brasileiros conquistaram o torneio. Em 2011, o Santos venceu o Peñarol; no ano seguinte, foi a vez do Corinthians de conquistar o seu primeiro título. O Timão venceu o Boca Juniors, por 2 a 0; e nesse ano, o Atlético-MG bateu o Olímpia, do Paraguai. No tempo normal, foi 2 a 0. Como o Olímpia, venceu o primeiro jogo pelo mesmo placar, a decisão foi para os pênaltis, após a prorrogação sem gols. O clube brasileiro venceu por 4 a 3 e conquistou a Copa Libertadores pela primeira vez.






A Libertadores já começou

Na noite dessa quinta-feira, foi realizado o sorteio para a Libertadores 2014. Os jogos da Pré-Libertadores e os grupos foram definidos. As equipes brasileiras não terão vida fácil. Principalmente Grêmio e Flamengo. O time gaúcho vai enfrentar o Newell's Old Boys (Argentina), Atlético Nacional (Colômbia) e o vencedor do jogo 6, Oriente Petrolero (Bolívia) ou Nacional (Uruguai). Já o Flamengo, terá pela frente: Bolívar (Bolívia), Emelec, do Equador, algoz do clube carioca na Libertadores do ano passado, e o León, do México.

O atual campeão, o Atlético-MG, pegou um grupo um pouco mais fácil. Enfrentará o Nacional (Paraguai), o Zamora (Venezuela) e o vencedor do jogo 5, Morelia (México) x Santa Fé (Colômbia). O rival Cruzeiro também terá uma vida menos complicada. Caiu no grupo com Defensor (Uruguai), Peru 2 (indefinido o time) e o vencedor do jogo 4, Caracas (Venezuela) x Argentina 5 (Lanús ou River Plate).

Confira abaixo como ficou os jogos da Pré-Libertadores e os grupos

Pré-Libertadores
Jogo 1: Sporting Cristal (Peru) x Atlético-PR
Jogo 2: Deportivo Quito (Equador) x Botafogo
Jogo 3: Chile 3 x Guaraní (Paraguai)
Jogo 4: Caracas (Venezuela) x Argentina 5 (Lanús ou River Plate)
Jogo 5: Morelia (México) x Santa Fé (Colômbia)
Jogo 6: Oriente Petrolero (Bolívia) x Nacional (Uruguai)

Grupos:

Grupo 1:                                                        Grupo 5:
Velez Sarsfield-ARG                                      Cruzeiro
Bolívia 2                                                         Defensor-URU
Peru 1                                                             Peru 2
Vencedor do jogo 1                                        Vencedor do jogo 4

Grupo 2:                                                        Grupo 6:
Unión Española-CHI                                      Newell's Old Boys-ARG
Argentina 3                                                     Grêmio
Ind. José Teran-EQU                                      Atlético Nacional-COL
Vencedor do jogo 2                                        Vencedor do jogo 6

Grupo 3:                                                       Grupo 7:
Cerro Porteño-PAR                                       Bolívar-BOL
O'Higgins-CHI                                              Flamengo
Deportivo Cali-COL                                     Emelec-EQU
Vencedor do jogo 3                                       León-MEX

Grupo 4:                                                       Grupo 8:
Atlético-MG                                                  Peñarol-URU
Nacional-PAR                                               Arsenal-ARG
Zamora-VEN                                                D.Anzoátegui-VEN
Vencedor do jogo 5                                       Santos Laguna-MEX

Vale ressaltar que nessa edição da Libertadores não teremos nenhum representante paulista, fato que não acontecia desde 1998. A Libertadores 2014 será realizada entre 29 de janeiro e 13 de agosto de 2014, tendo uma pausa para a Copa do Mundo do mesmo ano, realizada no Brasil. Os jogos serão disputados até 14 de maio e o retorno está previsto para 23 de julho.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Lutar sempre, desistir jamais. Esse foi o lema da Ponte Preta.

Dia 11 de dezembro de 2013. Poderia ser uma data histórica. Poderia ser o primeiro título de expressão da Ponte Preta. Poderia ser a consagração de ter um feito uma excelente campanha na Sulamericana. Porém, só ficou no poderia. O Lanús dominou o jogo. Não teve Ponte Preta atuando. Sem dúvidas, o time argentino mereceu ficar com o título. Não se pode menosprezar o trabalho do técnico Guillermo Barros Schelotto.

Quarta-feira passada, a Ponte Preta conseguiu um empate no Pacaembu. Péssimo resultado, talvez. Teria que vencer. Caso o Lanús marcasse um gol, teria que fazer o gol de empate, para forçar a prorrogação. Não deu. No primeiro tempo, Ayala e Blanco fecharam o caixão. Dois a zero. Como reverter a situação? Para piorar, o técnico pontepretano Jorginho foi expulso. Tudo por água abaixo.

Quatro mil fanáticos viajaram até a Argentina e, mesmo com a derrota, não se intimidaram com a aparência de "praça de guerra" da casa do Lanús, com cercas e arames farpados. Afinal, esses torcedores têm que ser aplaudidos. O que eles fizeram nessa competição é algo indescrítivel. Viajaram com o time. Sofreram com o time. Vibraram com o time. Choraram com o time. Emoção sem tamanho. Corajosos, barulhentos. Porém, ontem, o que se ouviu foi o barulho ensurdecedor do time argentino. 

Não deu para a Ponte. Terá que esperar por mais algum ano, ou alguns anos, para terem o título de expressão. Já o Lanús, quebra o jejum de seis temporadas sem levantar uma taça e ainda se garante na disputa de outras duas em 2014: a Libertadores da América e a Copa Suruga, contra o Kashiwa Reysol, no Japão. Além disso, disputará a Recopa contra o Atlético-MG. Essas duas equipes já disputaram uma final. Conmebol de 1997. Com show de Marques e Valdir, o Galo fez 4 a 1, na Argentina. No jogo de volta, 1 a 1. O Galo era comandado por Emerson Leão.

Voltando ao jogo. Quarenta mil argentinos na entrada do estádio. Clima de guerra. Será que a Ponte seria atraída? O Lanús fez uma pressão interminável na saída de bola, distribuiu pancadas, fez catimbas. Tudo que os argentinos sabem fazer. A Ponte, então, assumiu o papel que mais gosta: retraiu-se em busca do contra-ataque perfeito. Porém, nada feito. Uendel, suspenso, deu vaga à Fernando Bob. Magal, novidade na escalação, faria o papel de volante. De nada adiantou. Fernando Bob não se lançou ao ataque. Magal estava perdido em campo. Qual era o problema da Ponte? Cadê aquele time aguerrido? Faltava o mesmo espírito de jogo contra o São Paulo.

A única coisa que o Magal fez foi errar o domínio da bola e ver Ayala balançar as redes. O nervosismo estava no rosto dos pontepretanos, tanto em campo quanto fora dele. Jorginho fora expulso ainda no primeiro tempo. Ele ainda viu o segundo gol do time argentino. Blanco. 

Na volta para o segundo tempo, a Ponte Preta teve algumas mudanças. Magal por Adailton e Artur por Ferrugem. Nada dava certo. O único ataque da Ponte foi perdido por Rildo. Furou a cabeçada na frente do goleiro Marchesin. Sai Rildo, entra William, artilheiro da equipe na temporada. Com ele em campo, a Ponte Preta atacou mais. Porém, sem felicidade.

O Lanús utilizou a técnica argentina. Controlou o jogo com paciência, catimba e tranquilidade. Fim de papo. Lanús campeão da Sulamericana. Jogadores pontepretanos desabam em campo. Choram em campo. Não sabiam o que fazer. Na entrega das medalhas, Jorginho reuniu o grupo e disse: ''É uma honra ter essa medalha. Sintam-se orgulhosos por participar dessa história linda". Parabéns. Emocionante! 

Parabéns a Ponte Preta pela competição que fez. Quebrou barreiras e expectativas. Venceu adversários favoritos. Parabéns a essa torcida torcida fanática, que esteve com o clube nos momentos em que mais precisava. Deu show nas arquibancadas. Parabéns ao técnico Jorginho. Remontou a Ponte Preta. Trouxe auto-estima, confiança para o grupo. Sempre mostrou que tudo era preciso e possível. Porém, a vaga na Libertadores não veio. Assim, o Botafogo, quarto colocado no Brasileiro, fica com a vaga, e nenhuma equipe paulista irá disputar a competição. Isso acontece após 16 anos. A última vez que a Libertadores não teve representante(s) paulista(s) foi em 1998, quando teve Cruzeiro (Campeão da Libertadores 97), Vasco (Campeão do Brasileiro 97) e Grêmio (Campeão da Copa do Brasil 97). 

Lutar sempre, desistir jamais. O lema que representou bem a Ponte Preta. O título não veio, infelizmente. Mas o espírito de luta sempre ficará marcado na história da equipe nessa competição. Como diz o hino, 
Ponte Preta inflamante
Ponte Preta emoção
Ponte Preta gigante
raça de campeão

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Damião no Santos: suprirá a falta de Neymar?

O Santos fechou nesta quarta-feira a contratação do atacante Leandro Damião, do Internacional. O acordo foi fechado em uma reunião realizada em Porto Alegre.O atleta será apresentado dentro de alguns dias. Um outro reforço que pode estar chegando é o Vargas, atualmente no Grêmio emprestado pelo Napoli, da Itália. 

Damião chegou ao Internacional em 2010 depois de se destacar no Campeonato Catarinense e o Atlético Ibirama ter aceito a oferta do clube. No início foi integrado às categorias de base do clube, para aperfeiçoar fundamentos básicos do futebol, pois havia jogado na várzea e ido direto ao profissional.

Em 2010 entrou no decorrer do 2º jogo da final da Libertadores contra o Guadalajara fazendo um gol, na vitória por 3 a 2, que deu o título ao Colorado.

Em 2011 assumiu a titularidade e a camisa 9 do Internacional. Foi campeão, melhor jogador e artilheiro do Campeonato Gaúcho, com 17 gols em 13 jogos, totalizando a média de 21 gols em 21 jogos até o mês de março. Uma média muito alta, esta mesma que já tinha feito ele chegar à Seleção Brasileira.

Depois de uma má fase pelo Internacional e de, em junho de 2013, de negociações para sua venda ao Tottenham, que não deram certo, Damião acertaria, em dezembro seguinte, com o Santos. O Peixe, por sua vez, pagou R$41 milhões, apoiado por um grupo de investidores, pela sua vinda à Vila Belmiro.

Em toda sua carreira, contando os jogos que disputara pela Seleção Brasileira, Damião atuou 243 vezes e marcou 122 gols. Uma média de 0,5 gols por partida.

Pelo Santos,  Neymar disputou 230 jogos e fez 138 gols. Contando com os jogos em que atuou pela Seleção Brasileira, desde o Sub-17 até o profissional, o atacante tem 63 jogos e 41 jogos. Somando todos esses números, Neymar tem 293 jogos disputados e 179 gols. Média de 0,61 gols por partida. Número próximo ao de Damião.

Valerá a pena? Apenas o futuro dirá. Quem sai perdendo é o Internacional.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Pedimos socorro!

Vivenciamos, mais uma vez, cenas de barbaridades e violências no estádio de futebol. Poderia estar falando da goleada do Atlético-PR diante do Vasco, que resultou na queda do clube carioca para a Série B. Mas não. Tenho que falar desses selvagens, que apenas mancham o futebol brasileiro.

Uma confusão generalizada começou logo aos 17 minutos de jogo. Nesse momento, o Atlético-PR estara ganhando de 1 a 0. Gol de Manoel, de cabeça. Foi aí que apareceram os "valentões". Torcedores de ambas as equipes partiram para a briga. Jogo parado. Os jogadores estavam revoltados com a situação que estava vendo. Até quando isso irá acontecer?

Um desses "valentões", torcedor do Vasco, estava com um porrete na mão. Vinha todo cheio de marra para agredir, covardemente, os torcedores do Furacão. Após mais de uma hora de violência, a partida recomeçou. Havia motivos para ser realizado o jogo? Cadê o Bom Senso? Paulo Baier, com toda sua experiência, deveria se mostrar preocupado com o acontecido. Porém, recomeçou.

As informações chegaram à todo momento. A princípio, três torcedores em coma. Depois, um veículo de imprensa divulga que um desses torcedores faleceu. Mentira. Falácia criada para ganhar Ibope. Mais um torcedor entrou no Hospital São José, em Santa Catarina. Ou seja, 4 torcedores em coma. Enquanto isso, na delegacia, as informações que vieram é que seis torcedores estavam presos. Apenas seis? E os outros 50 que vimos nas imagens? Descaso da Justiça.


Fico triste ao ver essa imagem do pai protegendo o filho. É de partir o coração de qualquer um, até da pessoa mais fria do Mundo. Imagino como deve ter sido a agonia do pai e o desespero do filho para não serem agredidos por covardes. Porém, os covardes o agridem. Instantes depois esse mesmo torcedor do Furacão aparece caído sobre os assentos da arquibancada, desacordado e amparado por policiais e outra pessoa. Nada aconteceu com o filho. Covardes, filhos da p***(desculpe, é o nervosismo). Não suporto ao ver que eles mandam nas arquibancadas.

Esses mesmos "valentões", quando chegam à delegacia, viram "anjos". E já sabemos qual será os discursos: "Não fui eu, senhor", "Não fiz nada, senhor". Raiva. Nojentos. Dá vontade de vomitar.

Fico ainda mais triste ao saber que é esse Brasil que vai sediar a Copa do Mundo. Sentiram a grandeza do evento? Estamos preparados para receber torcedores de vários países? Os jornais Marca(Espanha), Le Mond(França), The New York Times(EUA) e tantos outros anunciaram essa tragédia do futebol.

Fico revoltado ao saber que têm clubes que apoiam as torcidas organizadas. Beneficiam-as com créditos para viajar e acompanhar as suas respectivas equipes. Dinheiro mal aplicado. Ah, se eu mandasse no Brasil, extinguiria-as. Como não mando, e nem tenho poder, fiquemos nessa situação nojenta. 

Como será a repercussão, caso brigas como essa, ou pior que essas, acontecerem na Copa? Já não basta sermos chamados, preconceituosamente, de "País de Macacos"? Como seremos denominados? País de brutalistas? País de covardes? País desprovido?. Não sei.

Vendo imagens e lendo relatos desse crime que ocorrera ontem, na Arena Joinville, chego à seguinte conclusão: O futebol pede socorro. O torcedor pede socorro. Pedimos socorro!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Vilão ou vilãozinho?

Guarde bem esse nome: Dorival Júnior. Ele assumiu nesse ano três equipes do Rio de Janeiro: Flamengo, Vasco e, atualmente, está no Fluminense. Só faltou o Botafogo, para formar o quarteto carioca.

Começou a carreira de treinador em 2003, no Figueirense, logo faturando o campeonato estadual no ano seguinte. Em 2005, comandou o Fortaleza, onde foi demitido na reta final do Campeonato Cearense. No mesmo ano, ainda treinou dois de seus ex-clubes dos tempos de volante: Criciúma e Juventude.

Em 2006, foi campeão pernambucano pelo Sport. No mesmo ano, comandou Avaí e São Caetano. No comando do clube paulista, conquistou um desagradável 18º lugar no Brasileirão, resultado que rebaixou o Azulão para a Série B.

No ano seguinte, Dorival Júnior fez ótima campanha no São Caetano, após eliminar o São Paulo nas semifinais do campeonato estadual e, em seguida, terminar como vice no Campeonato Paulista, perdendo a final para o Santos.

Ainda passou por Cruzeiro(2007) e Coritiba(2008). Não ganhou títulos por essas equipes. No final de 2008, Dorival não renovou seu contrato com o Coritiba, e assinou com o Vasco da Gama para enfrentar um grande desafio: devolver o clube carioca à elite do futebol brasileiro. Conseguiu fazer isso com certa facilidade. Mesmo com o título e com a volta à Série A, a diretoria não renovou.

Assim que o presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro assumiu a presidência, em 15 de dezembro, Dorival foi contratado pelo Santos por dois anos, em substituição a Vanderlei Luxemburgo. Foi na equipe paulista que Dorival Júnior teve uma discussão calorosa com o atacante Neymar, fazendo com que a demissão chegasse.

Depois do Santos, passou por Atlético-MG e Internacional, antes de chegar ao Flamengo.

Em 25 de julho de 2012, cerca de uma semana após ser demitido do Internacional, o Flamengo, que também havia demitido seu até então treinador (Joel Santana, que foi demitido em 23 de julho) acertou a contratação de Dorival, inicialmente até o fim de 2013. Mesmo sem tempo para treinar o time, Dorival estreou pelo Flamengo numa partida contra a Portuguesa logo no dia seguinte ao acerto (26 de julho) e comandou o time no empate sem gols. Em 16 de março de 2013, foi demitido por falta de acordo na redução de seus rendimentos.

No dia 10 de julho de 2013, foi anunciado como o novo treinador do Vasco da Gama. No dia 28 de outubro, ele foi demitido do Vasco após uma sequência de resultados negativos que levaram o clube ficar entre os quatro últimos do Campeonato Brasileiro. Um pouco mais de três meses. Dorival deixou o Vasco na zona de rebaixamento, com 33 pontos, a sete rodadas do fim do Brasileiro. Dorival Júnior assumiu o time na sétima rodada, após Paulo Autuori pedir demissão. À época, em julho, o Vasco estava em 14º lugar e tinha sete pontos. Dorival comandou o clube em 29 jogos - sendo quatro na Copa do Brasil -, com nove vitórias, oito empates e 12 derrotas - aproveitamento de 40% dos pontos. No retrospecto no Brasileiro, foram 25 jogos, seis vitórias, oito empates e 11 derrotas.

No dia 11 de novembro de 2013, foi anunciado como novo técnico do Fluminense, em substituição à Vanderlei Luxemburgo, com a missão de tirar o time da zona de rebaixamento nas últimas rodadas. Porém, com elenco limitado e ainda sofrendo para escalar a equipe, já que as contusões vieram, o comandante não conseguiu manter o Fluminense na Série A. Com isso, paga uma dívida.

No Brasileirão de 1996, terminou na zona de rebaixamento, mas foi mantido na elite na temporada seguinte pela organização. Porém, o Fluminense repetiu os erros em 1997 e, desta vez, caiu para a segunda divisão. No ano seguinte, a péssima campanha na Série B derrubou o time do Rio de Janeiro para a terceira divisão nacional. Assim, em 1999, o Fluminense jogou a Série C, sendo campeão. Em vez de ter subido para a segunda divisão, o time foi direto para a elite novamente, participando da Copa João Havelange de 2000. Ou seja, a Série B não estava paga. Hoje, foi quitada. O Tricolor carioca venceu o Bahia por 2 a 1. Entretanto, o Coritiba venceu o São Paulo por 1 a 0, garantindo a sua permanência na elite.

O Vasco, outra equipe que estava numa situação difícil, também fora rebaixado. A equipe foi goleada pelo Atlético-PR, na Arena Joinville, por 5 a 1. Destaque para o artilheiro do Furacão, Éderson. Foram 3 gols e uma assistência. No total, marcou 21 gols. 

Assim, Dorival Júnior encerra seu ano de 2013 de maneira mais cruel. Rebaixou duas equipes e não conquistara nenhum voto de confiança de uma outra equipe. Será que os bons ventos assopraram para o técnico? Só o tempo dirá.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Uruguai x Inglaterra: o jogo que merece destaque

Ontem, na Costa do Sauípe, em Salvador, foi realizado o sorteio que definiu os grupos para a Copa do Mundo de 2014. Dois grupos chamam a atenção pelo fato de ter excelentes equipes, alto nível: o Grupo B e D. No primeiro, temos Espanha, Holanda, Chile e Austrália. No segundo, temos Uruguai, Itália, Inglaterra e Costa Rica.

Irei destacar o Grupo D, principalmente o jogo entre Uruguai x Inglaterra. O Uruguai tem 11 participações (1930, 1950, 1954, 1962, 1966, 1970, 1974, 1986, 1990, 2002 e 2010). Com a de 2014, serão 12. São 2 Copas do Mundo conquistadas (1930, 1950). A Celeste revelou grandes jogadores, como Obdulio Varela (volante, 1936 a 1955), Alcides Ghiggia (atacante, 1948 a 1968) e Rodolfo Rodríguez (1976 a 1994).

Vencedor das duas primeiras Copas do Mundo que disputou, incluindo a de 1950 no Brasil, o Uruguai sonha com novo Maracanazo na decisão de 2014. 

Já a Inglaterra, tem 13 participações (1950, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1982, 1986, 1990, 1998, 2002, 2006 e 2010) e um título conquistado (1966), Copa que fora realizada na mesma Inglaterra. Assim como o Uruguai, a Inglaterra também revelou grandes nomes, como Bobby Moore (zagueiro, 1958 a 1978), Gary Lineker (atacante, 1978 a 1994) e David Bechkam (meia, 1993 a 2013).

Apesar de invicta, a Inglaterra não foi convincente nas eliminatórias europeias e garantiu a vaga apenas na última rodada. O time passa por uma renovação, mas seu destaque ainda é o atacante Rooney, 28.

Porém, depois de destacar essas duas grandes potências, vamos destacar o histórico jogo entre Uruguai x Inglaterra, na Copa de 1954, na Suíça. Após 16 anos, a Europa voltava a sediar uma Copa do Mundo, desta vez na Suíça. A Hungria era o melhor time da época. Comandada pelo craque Ferenc Puskas, os húngaros massacraram todos seus adversários até chegar à final, vitórias de 9 a 0 sobre a Coréia do Sul, 8 a 3 sobre os reservas da Alemanha Ocidental, e duas vitórias por 4 a 2, contra Brasil (conhecida como a "Batalha de Berna") e Uruguai.

O que mais marcou esse torneio foi conhecido como a Copa das goleadas, com uma incrível média de 5,38 gols por jogo. 

No dia 26/6/1954, em St Jacob, Basiléia, Uruguai e Inglaterra se enfrentaram. De um lado, o meia Juan Schiaffino. Foram 21 jogos e 8 gols marcados. Do outro, Stanley Matthews. É a lenda do futebol Inglês, considerado melhor jogador britânico de todos os tempos superando George Best e Bobby Charlton. Pela Inglaterra, Stan marcou 11 gols em 54 partidas oficiais.

Trinta e cinco mil pessoas (35.000) foram ao estádio para acompanhar essa partida. O jogo terminou 4 a 2 para a Celeste. Aos 5 minutos, Borges abriu o placar para o Uruguai. Onze minutos depois, o empate veio. Gol de Lofthouse. Aos 39 minutos do primeiro tempo, o zagueiro Varela fez 2 a 1 para o time sulamericano. Logo no começo do segundo tempo, o meia Schiaffino fez 3 a 1. Aos 22 minutos, Finney diminuiu o prejuízo. 3 a 2. A esperança inglesa ainda estara de pé. Porém, Ambrois fez 4 a 2 e garantiu a vitória uruguaia. 

A esperança é que tenhamos um grande jogo entre essas duas seleções na Copa 2014. De um lado, Suarez. Do outro, Rooney. Ambos jogam na Inglaterra. O atacante uruguaio, no Liverpool. O inglês, no Manchester United. Que a minha tese esteja certa.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Entrevista com Marcondes Brito

É com muita honra que o blog recebe mais um jornalista de respeito. Teve passagens pela Revista Placar, Correio Brasiliense e Diário de Pernambuco. Atualmente, está na Band. Estou falando de Marcondes Brito. 

Nascido na Paraíba em 13 de fevereiro de 1953, Marcondes Brito iniciou sua carreira na década de 70 como repórter esportivo da Rádio Arapuan e do jornal O Norte, de João Pessoa-PB. Isso depois de uma fugaz experiência como jogador de futebol no juvenil do Náutico-PE e no profissional do Botafogo-PB.
 
Abandonou o futebol e partiu para a área jornalística. Acumulou grande experiência como correspondente da Revista Placar em seu Estado, transferindo-se posteriormente para Brasília, onde foi editor de esportes da Radiobras e do Correio Brasiliense. Fez várias coberturas internacionais de Copas do Mundo e Jogos Olímpicos. 

Foi diretor superintendente de sete empresas dos Diários Associados na Paraíba e, depois de outro cargo diretivo no Diário de Pernambuco (onde ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo, em 2008), recebeu, em 2009, o convite para ingressar no Grupo Bandeirantes.

Durante quatro anos foi Diretor Executivo de Rede, até assumir, em 2013, o cargo de Diretor de Controle de Emissoras. 

"Nunca deixei de atualizar o blog um dia sequer. Nem quando saio de férias com a família", disse o entrevistado.

Confira, a seguir, um pouco mais do entrevistado:

Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, explique quem é Marcondes Brito?
Marcondes Brito: Um jornalista esportivo que virou executivo na área de comunicação, mas que nunca deixou de ser jornalista.

GD: Em que ano ingressou no jornalismo? Teve alguma influência?
MB: Na metade da década de 70, depois de uma curta experiência como jogador profissional.

GD: Você já passou Revista Placar, Correio Brasiliense e Diário de Pernambuco. Como foi trabalhar nessas três esferas?
MB: Na Placar, tive a honra de trabalhar com craques como Juca Kfouri e Carlos Maranhão. No Correio Braziliense, conheci e convivi de perto com o mestre Ricardo Noblat. No Diário de Pernambuco – embora já estivesse atuando na área executiva – tive a oportunidade de ganhar o Prêmio Esso.

GD:No Diário de Pernambuco, em 2008, você ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo. Como foi a sensação de ter ganho um dos mais notórios prêmios da profissão?
MB: Ganhei o Prêmio Esso com o jornal em braile. O Diário – o mais antigo jornal em circulação na América Latina – foi o único veículo do mundo a ter edições diárias também em braile. Esse projeto me enche de orgulho. E o Prêmio foi uma consequência desse trabalho.

GD: Em que ano e como surgiu o convite de ir trabalhar na Band?
MB: Começo de 2009, a convite do vice-presidente Frederico Nogueira, assumi a Direção Executiva de Rede do Grupo Bandeirantes. Nesta casa posso dizer que me sinto em casa.

GD: Tem algum time de coração?
MB: Já escrevi sobre isso no blog e (acredite!!) ninguém acreditou. Não torço absolutamente por nenhum time. Torço pelo bom futebol. Às vezes quero ver um time grande tropeçando só pra agitar e movimentar o blog.

GD: O que gostaria de fazer na carreira e ainda não conseguiu realizar?
MB: Já estou na estrada há mais de 30 anos e sempre penso que falta conquistar um bocado de coisas. Acho que essa é a minha motivação.

GD: Você acredita que um jornalista esportivo deve assumir seu time de coração?
MB: Não vejo mal nenhum nisso. Se eu torcesse por algum time, não teria o menor problema em tornar pública essa preferência.

GD: Quem são os jornalistas e/ou profissionais da comunicação que mais admira?
MB: Já falei lá em cima(terceira pergunta) do Juca e do Noblat, mas tem muita gente boa com quem convivo e/ou convivi. Atualmente virei amigo e fã do Milton Neves.

GD: Como é sua rotina hoje? Que horas você entra? Tem hora pra sair?
MB: Tenho uma rotina de viagens, por conta do meu trabalho executivo na Band. Mas nunca deixei de atualizar o blog um dia sequer. Nem quando saio de férias com a família.

GD: Atualmente, você assina o blog Futebol e etc. Como é esse blog como é sentir a emoção de ser um líder de audiência no portal da Band?
MB: O jornalismo eletrônico virou uma grande paixão para mim. Já fiz rádio, jornal, TV (ainda hoje tenho a coluna no BandNews TV), mas a internet – com o jornalismo em tempo real – quebrou paradigmas e mudou a forma de se comunicar no mundo inteiro.

GD: Que perfil precisa ter um profissional para se destacar nos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, e conseguir oportunidades em grandes empresas como a Band?
MB: O jornalismo de hoje só tem espaço para os “multiprofissionais”, aqueles que conseguem atuar nas diversas plataformas de comunicação. Não há mais espaço para quem é apenas repórter de rádio ou de jornal. O bom profissional precisa saber fazer de tudo um pouco.

GD: Sem citar nomes, mas já tiveste algum tipo de rusga ou desentendimento com algum colega de trabalho? Ou sempre tudo na paz?
MB: Até hoje, nunca!!

GD: Tem alguma história curiosa ou engraçada da profissão?
MB: Acho tem algumas, mas não parei para pensar especificamente numa história que possa ser contada aqui, em poucas linhas. Talvez um dia escreva um livro.

GD: Na sua opinião, a cobertura esportiva brasileira é satisfatória? Não faltaria, por exemplo, um pouco mais de jornalismo investigativo?
MB: O jornalismo esportivo no Brasil é muito melhor do que o da Europa. Lá, eles são apaixonados e as vezes escondem os fatos negativos de determinados clubes. Aqui no Brasil, não. Aqui é pancadaria – quando eles merecem pancadaria, naturalmente.

GD: Mudando de assunto, o que achou do título do Brasil na Copa das Confederações? Você acha que vai existir um clima de oba-oba apenas por ter ganhado da Espanha?
MB: A seleção reconquistou a confiança de todos, especialmente da torcida. Mas não gostei de ver o técnico Felipão falando que tem 100% de certeza no título. Uma coisa é ter confiança. Outra coisa – completamente diferente – é a soberba.

GD: Para o ano que vem, Felipão deve chamar Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Ramires? Por que?
MB: Dos três ai, somente o Ramires, que é um volante ultramoderno. Ronaldinho e Kaká já passaram do ponto.

GD: No assunto Seleção Brasileira, você prefere a de 70 ou 82?
MB: A seleção de 70 – com Pelé, Tostão, Gerson, Rivelino e Jairzinho - era quase uma covardia. Mas eu fui na Copa de 82 e vi aquele time deslumbrar o mundo com um futebol tipicamente brasileiro. Foi uma lástima aquela derrota no Parque Sarriá.

GD: Neymar é a estrela do atual futebol brasileiro. Você acha que ele pode se tornar um dos melhores jogadores do mundo com essa transferência para a Europa?
MB: Neymar é diferente, disso todos nós já sabemos. Mas o auge de um jogador de futebol é entre 24 e 27 anos. Ele ainda vai precisar melhorar muito.

GD: Diego Costa fez o certo ao se naturalizar espanhol? Por que?
MB: Dei a minha opinião no blog e no BandNews TV e fui muito criticado. Acho que o Diego Costa é tremendo de um “traira”. Quero que ele seja muito infeliz na Copa. Ele e a Espanha.

GD: Sobre o Brasileirão, o Cruzeiro mereceu ser campeão? Qual jogador merece o seu destaque?
MB: O Brasileirão é um campeonato sui generis. O Cruzeiro escapou de cair em 2012 na última rodada e acabou campeão em 2013. Uma situação inversamente proporcional à do Fluminense, campeão do ano passado e quase rebaixado este ano. O Cruzeiro mereceu, lógico. E Everton Ribeiro, na minha opinião, foi o craque do campeonato.

GD: Na sua opinião, quais serão as duas últimas equipes a serem rebaixadas para a Série B?
MB: A coisa está muito feia para Vasco e Fluminense.

GD: Tite foi demitido recentemente. A diretoria do Corinthians acertou? Mano Menezes é um bom nome?
MB: Errou. Tite, como técnico, dá de 10x0 em Mano Menezes.

GD: Em relação à Copa do Brasil, Flamengo mereceu ser campeão? Faltou garra ao Atlético-PR?
MB: É curioso o que acontece no Brasil. Um time, às vezes (como são os caso do Flamengo e da Ponte Preta) vai mal no Brasileirão, mas parece que tem a capacidade de mudar o “chip” para disputar outros torneios. O Flamengo foi levado pela sua grande torcida. Mereceu o título, com certeza.

GD: Qual a sua opinião sobre o Bom-Senso FC? A organização veio para revolucionar o futebol brasileiro?
MB: Sinceramente, não sei. A maioria dos líderes é de veteranos, jogadores que ganharam muito dinheiro e estão com o burro amarrado na sombra. A CBF parece que não está levando o movimento muito a sério e isso pode gerar um confronto mais na frente.

GD: A CBF é uma ditadura? Qual a sua opinião a respeito do presidente José Maria Marin?
MB: Marin está só passando uma chuva. Vamos ver como será a administração Marco Polo Del Nero.

GD: As torcidas organizadas ajudam ou atrapalham o futebol? Por que?
MB: O que é mais chocante é saber que algumas dessas torcidas (senão todas) são financiadas pelos clubes. Já deveriam ter sido proibidas de frequentar estádios.

GD: Qual seu conceito sobre a participação das mulheres no jornalismo esportivo?
MB: Quando você vê uma apresentadora como Renata Fan em ação, não pode duvidar da capacidade das mulheres. Renata é craque, entende mais do que muitos marmanjos.

GD: Em relação à Copa de 2014, quais são as suas impressões ou constatações? A organização do Brasil, ao final da Copa, poderá ser digna de aplausos?
MB: O Brasil esperava que, além dos estádios, houvesse também melhorias na mobilidade urbana, aeroportos e segurança pública. Os estádios vão sair na marra. O resto ficou só no papel.

GD: Para finalizar, deixe um recado para os nossos leitores que querem seguir a área do jornalismo e nos conte como é trabalhar na Band.
MB: Não pensem que é uma profissão fácil. Não pensem que é só glamour. Um dos meus filhos virou jornalista, passou pelas redações da Folha, Estadão, Sportv, e ralou muito. E eu, até hoje, estou ralando.

Esse é Marcondes Brito. Perdemos um craque no futebol. Porém, ganhamos um craque no jornalismo.