Elefante branco: refere-se a obras públicas sem utilidade.
Estamos a menos de cinco meses da Copa do Mundo, e a pergunta que não quer calar é: como será a utilização dos estádios pós-Copa?
Em 2007, o Brasil entrou como candidato a ser sede da Copa 2014. No dia 30 de outubro de 2007, foi anunciado, oficialmente, que o Brasil seria mesmo o país-sede da Copa. A partir daí, nada foi feito. Em janeiro de 2009, dois anos depois, nenhum estádio do país tinha condição de receber os jogos.
Dezoito cidades-sedes se candidataram: Rio Branco (AC), Belém (PA), Maceió
(AL), Goiânia (GO), Florianópolis (SC), Campo Grande (MS), Rio
de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília
(DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife
(PE) e Salvador (BA).
Dessas cidades-sedes, a Fifa, entidade maior do futebol, gostaria que dez cidades-sedes fossem escolhidas, por uma questão de economia. Porém, como o Brasil tem dimensões continentais, foram escolhidas as doze cidades: Rio
de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília
(DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife
(PE) e Salvador (BA).
Belém e Goiânia - duas excelentes cidades, ficaram de fora da Copa, revoltando os torcedores locais. No lugar desses, entraram Manaus e Cuiabá, revoltando-os ainda mais.
É nessa parte do texto que entrará a citação itálica.
Manaus e Cuiabá não apresentam times de grandes expressões no mercado futebolístico, fazendo com que os estádios sejam apenas utilizados na Copa e depois largados. Ou seja, o dinheiro público seria mal investido.
A Arena da Amazônia substitui o estádio Vivaldo Lima (Vivaldão), no centro de
Manaus. O projeto é de autoria do escritório alemão GMP e inspira-se em
elementos da cultura, fauna e flora amazonenses. A capacidade é de
44.310 pessoas. Além disso, a Arena causou três mortes de operários enquanto trabalhavam.
Já a Arena Pantanal, é um projeto premiado da GCP Arquitetos. Terá
capacidade para 43.600 espectadores, com arquibancadas e
cobertura desmontáveis. Poderá ter redução de até 30% da capacidade após
o Mundial. O projeto tem uma série de recursos para atender à
certificação Leed, de sustentabilidade. Com isso, será um elefante branco, pois como diz acima, o estádio sofrerá redução. Porém, o governador de Cuiabá - Silval Barbosa -, disse ao presidente da CBF, José Maria Marin, para que os jogos do Campeonato Brasileiro de 2014 sejam levados até Cuiabá.
Agora, caso Belém e Goiânia tivessem entrado, com certeza os investimentos seriam maiores, porém haveria custo-benefício, pois nessas duas cidades têm clubes de grandes tradições. No Pará, temos Remo e Paysandu. Em Goiás, temos Goiás, Vila Nova e Atlético-GO. Com isso, os estádios haveriam de ser mais utilizados.
Qual será o legado dos elefantes brancos? Não sabemos, por enquanto. Apenas após a Copa é que saberemos como será utilizado.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
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