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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Marketing Patético

Sabe-se que o Corinthians é um dos clubes mais importantes quando o assunto é marketing. Em 2008, o clube provou essa tese. Investiu alto e contratou Ronaldo Fenômeno. Andrés Sanchez, presidente corintiano à época, foi totalmente o grande responsável por aquela contratação maluca. 

Ronaldo receberia R$ 400 mil mensais, além de participar das cotas de patrocínio e dos produtos licenciados vendidos pelo clube. Sua estreia foi contra o Itumbiara, em 4 de março de 2009. Quatro dias depois, num domingo quente em Presidente Prudente, Ronaldo começou como titular e incendiou o jogo. Acertou uma bola no travessão. Parecia que não iria sair o primeiro gol ali. Porém, no último minuto, Ronaldo cabeceou e empatou o jogo. Festa em Presidente Prudente. Tanta vibração fez com que a grade caísse. 

Ronaldo entrou em campo 69 vezes e marcou 35 gols. Com ele, o Corinthians conquistou dois títulos, todos em 2009, a Copa do Brasil e o Campeonato Paulista.

Em 2011, o marketing do Corinthians voltou a estampar a capa de edição de esportes. A diretoria do Corinthians acertou a contratação do atacante Adriano. Adriano havia saido da Roma, da Itália. O clube italiano anunciou em seu site oficial a rescisão do contrato em mútuo acordo principalmente pelo seu comportamento inadequado extra-campo e seu baixo aproveitamento e rendimento nos jogos. Tanto é que ele não marcou um gol sequer. 

No Corinthians a sua estreia foi tardia. Veio a campo para sua estreia no dia 9 de outubro de 2011, durante a vitória por 3-0 sobre o Atlético Goianiense. Marcou seu primeiro gol pelo Corinthians no dia 20 de novembro, contra o Atlético Mineiro, selando de virada a vitória na 36ª rodada do Brasileirão daquele ano. 

No ano seguinte, Adriano ficou barrado por Tite. Voltou apenas no dia 26 de fevereiro, contra o Botafogo de Ribeirão Preto. Marcou o único gol do jogo. No dia 14 de março, rescindiu o contrato com o Corinthians, após mais uma vez ter cometido ato de indisciplina.

Dia 12 de janeiro de 2013. Gilmar Veloz, empresário de Alexandre Pato, confirmou que o atacante era o novo reforço do Corinthians. Pato é a maior compra da história de um clube brasileiro, ao fechar a transferência de 15 milhões (aproximadamente R$43 milhões na cotação de janeiro de 2013).

Seu primeiro jogo foi contra o Oeste, no Pacaembu. Entrou no lugar de Guerrero. Três minutos depois, balançou a rede. Pato foi conquistando a confiança da torcida. Marcando gols e sendo decisivo. Porém, começou a ficar insatisfeito com o técnico Tite, que não estava colocando-o como titular. Depois de perder dois gols feitos diante do Goiás, na segunda rodada do Brasileirão, Pato foi blindado por Tite. Haveria reciprocidade? Talvez.

Valendo vaga para as quartas de final da Copa do Brasil, o Corinthians enfrentou o Grêmio, na Arena do Grêmio. O jogo terminou empatado e foi para os pênaltis. Pato iria cobrar o último pênalti. Precisava marcar para empatar a série e levar à cobranças alternadas. Ao tentar uma "cavadinha", Pato chutou a bola em cima do goleiro Dida e acabou sendo o maior responsável pela eliminação do Corinthians da competição. Foi a partir daí que a torcida cobrou a saída do atacante.

Um ano depois, Pato não obteve o resultado tão esperado pela diretoria do Timão. A Juventus da Itália queria o empréstimo do atacante, mas o clube negou. 

Dos três jogadores citados, apenas Ronaldo foi quem mais convenceu. Adriano e Pato nos mostram que o dinheiro era o mais importante e, não, necessariamente, o amor ao clube, à camisa. Valeu investir tanto? Por enquanto não. Não está tendo uma reciprocidade para com o clube e torcedores.


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