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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Vasco sofre com perdas de ídolos polêmicos, e notórios

Todos os times têm seus ídolos. Esses são xingados e adorados ao mesmo tempo.

Os clubes sofrem quando os ídolos são vendidos ou quando se aposentam.

Porém, o Vasco sofre mais. Nesse ano, a equipe disputará a Série B. O elenco não é dos melhores, mas conta com bon jogadores, tecnicamente e fisicamente.

O Vasco já teve Dinamite. Ele é visto como ídolo apenas no campo. Fora dele, os torcedores hostilizam por falta de fidelidade, respeito. Ao lado de Edmundo, Juninho é um dos dois jogadores mais idolatrados pela torcida do Vasco nos últimos 15 anos. Não podemos esquecer de Romário.

Edmundo é o Animal. Juninho é o Reizinho, já que o Rei a gente já conhece. Felipe é Maestro. Romário é Baixinho. Todas as características aqui descritas são puramente iguais dentro do campo.

Romário e Edmundo nunca se deram bem na equipe carioca. A relação azedou em 1998 quando o Baixinho estampou em seu bar uma caricatura do Edmundo sentado em uma bola murcha. Pouco depois, Romário comparou o time do Vasco a um reinado, com Edmundo como bobo da corte.

Felipe, que também é ídolo na Colina, e Juninho Pernambucano não ficaram atrás. Quando Juninho chegou, Felipe foi perdendo espaço no time, até que acabou no banco. Futuramente, ele foi para o Fluminense.

Apesar dessas brigas, crises futebolísticas, os quatro jogadores citados são ídolos no Vasco. Vão ficar marcados na história do clube.

Edmundo atuou pela última vez vestindo a camisa do Vasco, no dia 27 de março, na goleada por 9 a 1 sobre o Barcelona de Guayaquil, diante de 21 mil torcedores. Em 130 jogos vestindo a camisa do Vasco, fez 81 gols.

No lançamento do DVD dos principais gols de sua carreira no dia 14 de abril de 2008, em um restaurante na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro,Romário anunciou sua aposentadoria. A última vez que entrou em campo foi contra o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro, em São Januário, quando o Vasco perdeu por 2 a 1. O último gol foi o de número 1.002 da carreira, em 414 jogos disputados, em 9 de junho de 2007, contra o Grêmio, também em São Januário.

O último a se aposentar foi Juninho Pernambucano.Na última quarta-feira, o próprio clube emitiu nota oficial sobre a aposentadoria do Reizinho da Colina. Com isso, ele não disputou nenhum jogo do Campeonato Carioca. Pelo Vasco, foram 396 jogos e 76 gols. A maioria foi de faltas, sua especialidade.

Vasco sofre com as perdas de seus ídolos. Porém, eles são notórios, apesar de serem, também, um pouco polêmicos.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Punir o Neymar pode ser o maior erro

O escândalo envolvendo Neymar, o pai do atacante, o Santos e o Barcelona parece não ter fim. Após o pai do jogador declarar que recebeu 10 milhões de euros ainda em 2011 para garantir a preferência de compra, a imprensa internacional afirma que o adiantamento é irregular e pode ser punido severamente.

O Santos solicitou à Justiça ter acesso pleno a todos os documentos dos acordos comerciais selados pelo pai de Neymar, Neymar da Silva, e o Barcelona.

Já há algum tempo se especulava a existência de um contrato de gaveta entre Neymar e o clube catalão. Porém, ambos sempre negaram. Pelas regras da FIFA, um pré-contrato desse tipo só pode ser assinado se o jogador tiver um vínculo restante de 6 meses ou menos com outro clube. Caso contrário, é um aliciamento.

Segundo dados revelados pelo Barcelona na semana passada, o jogador e seu pai e agente, 105,2 milhões de euros (R$ 347 milhões) irão receber do time espanhol até o meio de 2018, quando termina seu contrato. O clube e a DIS, empresa que já deteve parte dos direitos do atacante, estudam entrar na justiça e pedir indenização.

Com isso, o Barcelona pode ser punido. E o Neymar também. Pela regra da entidade, o jogador seria suspenso por quatro meses. Ou seja, o craque poderia ficar de fora da Copa do Mundo. O jogador nada tem a ver com o caso que, a cada dia que passa, torna-se mais policial, criminalistíca e até trabalhista. Quem é o verdadeiro culpado dessa história é o pai do atacante. Afinal, Neymar da Silva declarou em público que recebeu uma quantia para, futuramente, concretizar a negociação. Quem se saiu muito bem foi o Santos, já que seis meses depois, ele teria a possibilidade de assinar um pré-contrato e sair de graça. Portanto, punir o Neymar é inadmissível. Não é ele que gerencia suas ações de marketing e valores. É o pai. Então, quem deve ser punido e até preso é o pai do atacante. Basta alguém denunciar o que há de errado.

Resta saber se a Fifa vai querer que o Mundo perca de vista o astro brasileiro.

Palmeiras joga para continuar 100%

O Palmeiras é a única equipe do Campeonato Paulista que não perdeu nenhuma partida. O São Bernardo perdeu por 1 a 0 para o Audax, na última quarta-feira, e perdeu essa condição. Em três jogos, foram três vitórias (2 a 1 sobre o Linense; 2 a 0 diante do Comercial e 4 a 1 no Atlético Sorocaba). Já a Penapolense, quer crescer no campeonato. A equipe soma apenas uma vitória. No sábado, a equipe venceu o Rio Claro por 1 a 0. Nas duas primeiras partidas, perdeu ambas ( 1 a 0 para o Oeste e 2 a 0 para o Bragantino). Hoje, o Verdão encara a Penapolense, no Pacaembu, às 19h30.

No retrospecto, as equipes se enfrentaram apenas uma vez. Foi no ano passado. Dia 27 de janeiro, no mesmo Pacaembu, o Palmeiras foi surpreendido e acabou perdendo para o time de Penápolis. O Penapolense bateu o Palmeiras por 3 a 2, valendo pela Primeira fase do Campeonato Paulista. Foram reponsáveis pelo placar: Luan e Ayrton, pelo Palmeiras, e Guaru, Perez e Magrão, do Penapolense.

Hoje, os elencos estão mudados. No Palmeiras, foram 10 contratações. Perdeu Maikon Leite, Luan, Barcos, o trio de ataque daquele ano. O Penapolense conseguiu manter o meia Guaru, porém perdeu Sylvinho, que foi para o São Paulo. O técnico é o Narciso.
 
Com a saída de Henrique para o Napoli,  Gilson Kleina colocará o zagueiro Wellington e manterá o esquema 4-2-3-1, com o seguinte time: Fernando Prass; Wendel, Lúcio, Wellington e Juninho; Marcelo Oliveira e Wesley; Mazinho, Valdivia e Leandro; Alan Kardec.

A Penapolense deve ir a campo com Samuel; Rodnei, Jaílton, Gualberto e Rodrigo Biro; Liel, Petros, Washington e Guaru; Fio e Alexandro Créu.

OBS: O meia Edilson, emprestado pelo Palmeiras, não poderá jogar por questões contratuais.

Santos é merecedor da vitória ou o Corinthians é o merecedor da derrota?

Quando tem um clássico, o pensamento dos torcedores é que o jogo será difícil, amarrado. Tanto é que os palpites oscilam em 1 a 0 ou 2 a 1. Santos e Corinthians jogaram ontem, na Vila Belmiro. Momentos distintos. O Santos vencera o Ituano, no domingo, por 1 a 0. Já o Corinthians, perdeu para o São Bernardo, no sábado, por 1 a 0. Ou seja, o ideal do clássico é que ele seja movimentado, com chances para ambas as equipes. Não foi assim.

No primeiro clássico do Paulistão, o Peixe deu um show de bola sobre os comandados de Mano Menezes, que acumulou a sua segunda derrota seguida, desde o seu retorno. Em 4 jogos, foram duas vitórias e duas derrotas. Cinquenta por cento de aproveitamento (50%). Já Oswaldo de Oliveira tem mais motivos para comemorar. Em 4 jogos, foram 3 vitórias e um empate. Invicto. Além disso, é líder do Grupo C, com 10 pontos.

Na Vila Belmiro, o Santos goleou o Corinthians por 5 a 1. A última vez que o Santos meteu cinco gols no Corinthians foi na goleada por 7 x 4 em novembro de 1964, com 4 gols de Pelé e 3 de Coutinho. E a última vez que o Corinthians sofrera cinco gols foi em 2007, quando perdeu para o Atlético-MG por 5 a 2.

Santos começou melhor. Tinha mais força e posse de bola. Logo aos doze minutos, Arouca fez 1 a 0. Dez minutos mais tarde, Gabriel fez dois a zero. O Corinthians não mostrava um poder de reação. Pouco finalizava. Uendel não descia tanto pela lateral-esquerda. O jogo estava difícil para se pensar em um empate ou uma possível virada. Porém, Guilherme, no minuto seguinte, fez com que a torcida do Corinthians ganhasse uma esperança. Danilo dava sinais de cansaço e fazia gestos para o banco de reservas do Corinthians. Muito calor em Santos. Fim do primeiro tempo.

Na volta do intervalo, nem deu tempo do Corinthians mostrar o que queria Mano Menezes. Logo aos dois minutos, Thiago Ribeiro fez o terceiro gol. A casa caiu. Emerson entrou no time para dar um pouco de velocidade e gás. O Corinthians chegava com mais frequência, mas sem êxito algum. Guerrero até tentou de cabeça, mas Aranha defendeu. Quem não faz, toma. Bruno Peres aumentou ainda mais a diferença para o Santos. Aumentou ainda mais a iminência de uma crise no Corinthians. Aumentou ainda mais o descontentamento de Mano e da torcida.

Torcida do Santos começava a gritar "olé". Só dava Santos. Corinthians assistia ao Santos tocar a bola próximo da sua área. Nenhum jogador dava um bote. Estava fácil demais. Santos parecia que estava com 22 jogadores a seu favor. Santos passou mais de um minuto tocando a bola até Thiago Ribeiro achar um espaço e arriscar o chute da entrada da área. Walter defendeu. Aos 32 minutos, o encerramento com chava de ouro. Thiago Ribeiro fez mais um dele, o quinto do Santos.

O Corinthians queria que o relógio passasse o mais rápido possível. Já o Santos, queria de forma lenta. Afinal, o jogo estava ótimo para o time praieiro. Depois disso, foi só administrar a posse de bola e o jogo e esperar o apito do juiz.

Não se sabe qual é a melhor resposta para a pergunta do título. Mas o que se sabe é que o Santos tem um time forte e muito compactado. Está ganhando confiança e entrosamento. Já o Corinthians, precisa rever os seus conceitos. Precisa se adequar ao estilo de jogo de Mano Menezes. Caso contrário, pode ocorrer uma demissão parecida da de Adilson Batista. 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Marketing Patético

Sabe-se que o Corinthians é um dos clubes mais importantes quando o assunto é marketing. Em 2008, o clube provou essa tese. Investiu alto e contratou Ronaldo Fenômeno. Andrés Sanchez, presidente corintiano à época, foi totalmente o grande responsável por aquela contratação maluca. 

Ronaldo receberia R$ 400 mil mensais, além de participar das cotas de patrocínio e dos produtos licenciados vendidos pelo clube. Sua estreia foi contra o Itumbiara, em 4 de março de 2009. Quatro dias depois, num domingo quente em Presidente Prudente, Ronaldo começou como titular e incendiou o jogo. Acertou uma bola no travessão. Parecia que não iria sair o primeiro gol ali. Porém, no último minuto, Ronaldo cabeceou e empatou o jogo. Festa em Presidente Prudente. Tanta vibração fez com que a grade caísse. 

Ronaldo entrou em campo 69 vezes e marcou 35 gols. Com ele, o Corinthians conquistou dois títulos, todos em 2009, a Copa do Brasil e o Campeonato Paulista.

Em 2011, o marketing do Corinthians voltou a estampar a capa de edição de esportes. A diretoria do Corinthians acertou a contratação do atacante Adriano. Adriano havia saido da Roma, da Itália. O clube italiano anunciou em seu site oficial a rescisão do contrato em mútuo acordo principalmente pelo seu comportamento inadequado extra-campo e seu baixo aproveitamento e rendimento nos jogos. Tanto é que ele não marcou um gol sequer. 

No Corinthians a sua estreia foi tardia. Veio a campo para sua estreia no dia 9 de outubro de 2011, durante a vitória por 3-0 sobre o Atlético Goianiense. Marcou seu primeiro gol pelo Corinthians no dia 20 de novembro, contra o Atlético Mineiro, selando de virada a vitória na 36ª rodada do Brasileirão daquele ano. 

No ano seguinte, Adriano ficou barrado por Tite. Voltou apenas no dia 26 de fevereiro, contra o Botafogo de Ribeirão Preto. Marcou o único gol do jogo. No dia 14 de março, rescindiu o contrato com o Corinthians, após mais uma vez ter cometido ato de indisciplina.

Dia 12 de janeiro de 2013. Gilmar Veloz, empresário de Alexandre Pato, confirmou que o atacante era o novo reforço do Corinthians. Pato é a maior compra da história de um clube brasileiro, ao fechar a transferência de 15 milhões (aproximadamente R$43 milhões na cotação de janeiro de 2013).

Seu primeiro jogo foi contra o Oeste, no Pacaembu. Entrou no lugar de Guerrero. Três minutos depois, balançou a rede. Pato foi conquistando a confiança da torcida. Marcando gols e sendo decisivo. Porém, começou a ficar insatisfeito com o técnico Tite, que não estava colocando-o como titular. Depois de perder dois gols feitos diante do Goiás, na segunda rodada do Brasileirão, Pato foi blindado por Tite. Haveria reciprocidade? Talvez.

Valendo vaga para as quartas de final da Copa do Brasil, o Corinthians enfrentou o Grêmio, na Arena do Grêmio. O jogo terminou empatado e foi para os pênaltis. Pato iria cobrar o último pênalti. Precisava marcar para empatar a série e levar à cobranças alternadas. Ao tentar uma "cavadinha", Pato chutou a bola em cima do goleiro Dida e acabou sendo o maior responsável pela eliminação do Corinthians da competição. Foi a partir daí que a torcida cobrou a saída do atacante.

Um ano depois, Pato não obteve o resultado tão esperado pela diretoria do Timão. A Juventus da Itália queria o empréstimo do atacante, mas o clube negou. 

Dos três jogadores citados, apenas Ronaldo foi quem mais convenceu. Adriano e Pato nos mostram que o dinheiro era o mais importante e, não, necessariamente, o amor ao clube, à camisa. Valeu investir tanto? Por enquanto não. Não está tendo uma reciprocidade para com o clube e torcedores.


Flamengo quer manter a invencibilidade e o retrospecto

O Flamengo de Jayme de Almeida joga hoje contra o Friburguense, às 17hrs, no estádio Eduardo Guinle, em Nova Friburgo. O Rubro-Negro vem de um empate contra o Duque de Caxias, no último sábado, no Maracanã. O jogo foi 2 a 2. Já o Friburguense, vem de uma derrota acachapante diante do Vasco, 6 a 0.

Na classificação, o Flamengo está na segunda posição, com 7 pontos. Mesma pontuação da líder, a Cabofriense, surpresa do Cariocão. O Friburguense está na 12ª posição, com apenas 3 pontos. Os comandados de Jayme de Almeida querem manter a invencibilidade e também o retrospecto.

No retrospecto, de 1979 a 2013, as duas equipes se enfrentaram 29 vezes. São 26 vitórias do Flamengo, 3 empates e nenhuma vitória do time de Nova Friburgo. O Flamengo balançou as redes em 83 oportunidades, enquanto o Friburguense, apenas 21. Desde 2009, o Frizão, como é conhecido, não fez um gol sequer.

A maior goleada sofrida pelo Tricolor da Serra foi em 2000. O Flamengo atropelou o Friburguense com placar de 7 a 1, no Maracanã, valendo pelo 1º Turno do Campeonato Carioca daquele ano. Com este placar, o Flamengo aumentou o tabu para 14 jogos sem perder contra o rival no Campeonato Carioca.

Hoje, teremos o trigésimo(30º) confronto entre as duas equipes. O Friburguense pode diminuir a vantagem, ou o Flamengo pode aumentar ainda mais o seu favorável retrospecto.

Possíveis escalações:

Friburguense: Afonso, Sergio Gomes, Cadão, Bruno Leal e Flavinho; Zé Victor (Bidu), Lucas, Marcelo e Jorge Luiz; Ziquinha e Rômulo.

Flamengo: Felipe, Léo Moura, Wallace, Samir e André Santos; Amaral, Muralha, Elano e Carlos Eduardo; Paulinho e Hernane.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Amarelo e verde: as cores dos invictos

São Bernardo e Palmeiras são as únicas equipes invictas nesse Paulistão 2014. O Bernô, como é conhecido o São Bernardo, ganhou do Corinthians, no Pacaembu, no sábado por 1 a 0, com gol de Erick Flores. O time do ABC é líder isolado do Grupo C, com 9 pontos. Já o Palmeiras goleou o Atlético Sorocaba, por 4 a 1, e lidera o forte Grupo D, com nove pontos, três na frente do Bragantino que não é mais 100% após perder em casa para o Comercial, por 3 a 1.

O Campeonato Paulista sempre costuma ter suas surpresas, e a sensação de 2014 é o São Bernardo. É claro que as grandes equipes costumam voar alto no Paulistão. Mas é sempre bom ressaltar que as equipes de médias expressões vêm com um diferencial a mais, a raça. No jogo diante do Corinthians, a equipe estava bem montada, travou as ações no meio-campo e impediu que a bola chegasse em sua área. A vontade é outro fator determinante para que as equipes menores possam mostrar serviços. E isso sobrou para o Bernô.

Dos quatro grandes da Capital, o Palmeiras é o único que tem três vitórias em três jogos. Faz por merecer. Afinal, a diretoria contratou, investiu alto. Vale ressaltar que esse ano é muito importante para os alviverdes. É ano de Centenário. A equipe montou um pacotão. Chegaram Diogo, Rodolfo, Lúcio, França, Victorino, William Matheus, Leandro (a equipe acertou com o Grêmio) e Marquinhos Gabriel. Somadas às outras grandes equipes da Capital, o Palmeiras foi quem mais contratou, totalizando oito novos reforços.

Não tenho medo de dizer e escrever que o Palmeiras joga o futebol mais bonito nesse Paulistão. Equipe bem postada na defesa e no ataque. E no meio tem excelentes opções, como o próprio Marquinhos Gabriel, Eguren, Mendieta, Felipe Menezes. Deixo o melhor para o final: El Mago.

Valdívia finalmente retornou aos gramados. E da melhor forma possível. Dando toques de classes, o chileno foi o principal destaque na partida de ontem. Além disso, fez o gol de empate. Na comemoração, ele disse que seria o primeiro de muitos. Continuando com essa vontade e não se machucando, o chileno será um ótimo reforço para o Verdão, agregando talento.

Tem-se um Paulistão que ainda vai ser muito competitivo. Mas São Bernardo e Palmeiras começaram com o pé-direito. As duas equipes estão no caminho certo. Todavia, o clima de oba-oba não pode ser fator negativo, afinal isso prejudica e muito o desempenho das equipes. Basta manter o futebol bonito e dar alegrias aos torcedores.


domingo, 26 de janeiro de 2014

O legado das crises

Atualmente, o Barcelona é a equipe do momento que está passando por uma crise tanto política quanto econômica. Essa crise começou desde a venda de Neymar para o clube catalão. Desde o início o valor estimulado era de 57 milhões de euros. O contrato, entretanto, prevê outros pagamentos, como luvas para Neymar (pagamento feito ao jogador no início de contrato) e comissões, totalizando 86,2 milhões de euros - cerca de R$ 283 milhões. Com esse valor, Neymar passa a ser o terceiro jogador mais caro da história, atrás apenas de Cristiano Ronaldo e Bale.

Talvez seja esse o motivo de Neymar não ter aceitado a proposta do Real Madrid. Porém, quem saiu perdendo foi o Barcelona, Neymar e a família. Pelo fato de ter havido um negócio escondido, Sandro Rosell desligou-se do clube. Em sua última entrevista coletiva, Rosell afirmou que estava sendo vítima. Além disso, afirmou que estava recebendo ameaças de morte.

O presidente do real Madrid, Florentino Pérez ofereceu 105 milhões de euros (quase 350 milhões de reais) pelo atacante, valor que colocaria o brasileiro no topo das transferências mais caras da história. Por que não quis? Será que o Barcelona tem paraíso fiscal? Não sabemos.

Quem começou a averiguar essa situação envolvendo o clube catalão e o jogador foi o jornal espanhol "El País". A divulgação de valores pela imprensa da Espanha aumentou a controvérsia, o que levou à demissão de Rosell. Além disso, Neymar foi criticado pelo outro jornal espanhol, dessa vez o As. Enquanto a diretoria do Barcelona estava resolvendo a situação administrativa, Neymar postou uma foto em sua rede social dizendo estar feliz. Com isso, mais críticas. “Este é Neymar, em Barcelona, mas pensando no Brasil no dia da crise institucional mais grave nos últimos tempos do clube”, disse o jornal espanhol As.

Não é só o Barcelona que passa por esses momentos. Afinal, os clubes da Liga acumulam, segundo o jornal El País, divulgado no ano passado, uma dívida de 3,6 bilhões de euros (R$ 10,8 bilhões), dos quais 752 milhões (R$ 2,2 bilhões) são com o fisco. O periódico ainda afirmou que a receita em merchandising somada à divisão dos direitos de transmissão de jogos, a mais desigual da Europa, distancia o Real Madri e o Barcelona dos demais times da Espanha.

Barcelona não será a última equipe a passar por crises. Todos os clubes passam por esses momentos porque querem ver o resultado dentro de campo. Com isso, contratam jogadores a preços astronômicos. Os clubes de futebol são bem-sucedidos em gerar mais renda, mas não tão bem-sucedidos historicamente em controle de custos.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Entrevista com Fábio Cunha

O Taboão da Serra foi a grande surpresa dessa Copa São Paulo de Futebol Júnior. A equipe venceu adversários fortes, como São Caetano e Grêmio. No grupo, ainda tinha o Luverdense-MT e o time da grande São Paulo goleou por 5 a 1. Na segunda fase, a equipe eliminou o São Bernardo, após vencer por 3 a 2. Nas oitavas, a equipe não teve conhecimento do Audax, e goleou por 5 a 1. Na fase seguinte, a equipe teve pela frente o poderoso Santos. A equipe poderia surpreender, mas foi derrotada por 3 a 0, sendo assim eliminada da competição. Porém, o Taboão da Serra ficou na quinta colocação dentre os 104 participantes da Copinha. Feito histórico.

Quem comandou o Taboão e foi capaz de transformar o time em sensação foi o Fábio Cunha. E é com muito prazer que ele é o meu novo entrevistado.

Fábio Aires da Cunha, mais conhecido como Fábio Cunha, nasceu em São Paulo, no dia 29/09/1974. Ele é autor de dois livros e participou de um capítulo de um outro. Os livros por ele escritos são: Torcida no Futebol: Espetáculo ou Vandalismo? e Técnico de Futebol: A arte de comandar. O livro cujo ele participou escrevendo um capítulo chama-se A Ciência da Grande Área: Futebol e Conhecimento Interdisciplinar.

É mestrado e pós-graduado em Ciência do Movimento pela Universidade Guarulhos, pós-graduado em Treinamento, Técnicas e Táticas esportivas pela Pitágoras Sistema de Educação Superior; Psicologia Esportiva pela Universidade Castelo Branco e Instituto do Esporte Wanderley Luxemburgo; pós-graduado em Metodologia da Aprendizagem e Treinamento do Futebol e Futsal pela Universidade Gama Filho; e bacharelado em esporte com Habilitação em Treinamento de Futsal. Além dessas formações acadêmicas, fez vários cursos complementares, como o de Gestão e Marketing e Workshop do Futebol.

Essa foi a sua terceira participação na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Em 2009, dirigiu o Barueri e em 2010, como assistente técnico, participou da campanha do Santo André. Desde agosto de 2013, tem o comando do Taboão da Serra.

Depois desse currículo invejável, confira abaixo um pouco mais do entrevistado:

Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, quem é Fábio Cunha?
Fábio Cunha: Antes de tudo, um apaixonado pelo futebol. Sou um profissional do esporte, muito dedicado, sempre disposto a aprender, sempre buscando me qualificar, um profissional que busca a excelência.

GD: Desde criança, você já tinha em mente de que gostaria de ser treinador de futebol?
FC: Sempre me interessei pelo futebol. Meu sonho inicial era ser jogador de futebol,  quando vi que não teria essa oportunidade decidi pela profissão de treinador. Desde o primeiro dia da faculdade, ainda com 17 anos, estava decidido a seguir essa carreira.

GD: Como foi a reação da sua família ao saber que você seria treinador?
FC: Nunca tive nenhuma rejeição, as decisões sempre foram pessoais e sempre tive liberdade de escolher minha profissão.

GD: Tem algum time de coração?
FC: Sim, São Paulo.

GD: O que gostaria de fazer na carreira e ainda não conseguiu realizar?
FC: Ainda tem muita coisa a fazer e realizar. Estou apenas começando na profissão. Tenho sonhos grandes, sei que são etapas, algumas que exigem tempo e muito trabalho, mas procuro chegar no topo.

GD: Você já escreveu dois livros e participou de outro escrevendo um capítulo. Conte-nos um pouco mais desses livros.
FC: Gosto muito de escrever, de produzir conteúdo, produzir conhecimento.
O primeiro livro foi o resultado da minha monografia da graduação, melhorei o texto e decidi publica-lo. O segundo livro surgiu do interesse de escrever sobre a profissão de treinador. Juntei alguns textos que já havia escrito sobre o tema e resolvi colocar tudo em um livro.
A terceira publicação foi uma coletânnea de textos sobre futebol. Tive o prazer de ser convidado para escrever um capítulo sobre treiamento tático nas categorias de base.
Pretendo não parar por aqui, já tenho alguns outros livros iniciados, em breve devo publicar outro livro.

GD: Quem são os técnicos que mais admira?
FC: Telê Santana, José Mourinho, Pep Guardiola

GD: Como é sua rotina hoje?
FC: Hoje estou trabalhando no Clube Atlético Taboão da Serra. Vou todos os dias ao clube para dar os treinamentos. Nos horários livres procuro estudar futebol.
Também organizo e ministro cursos para profissionais do futebol nos momentos que tenho uma folga nos treinamentos e jogos.

GD: Tem alguma história curiosa ou engraçada da profissão?
FC: O futebol é recheado de histórias e momentos curiosos, mas a maioria das vezes são momentos tragicômicos.
Uma história curiosa: o presidente de um clube profissional que dirigi na região Norte do Brasil achava que eu deveria fazer coletivo todos os dias, pois, segundo ele, o coletivo iria dar conjunto à equipe e aumentar a disputa interna, mas esse mesmo indivíduo não sabe o desgaste que tal método de treinamento provoca e por que não deve ser utilizado todos os dias. Segundo essa pessoa treinamento tático não tinha efeito no futebol daquele estado.

GD: Essa foi a sua terceira participação na Copa São Paulo. A sua primeira foi em 2009 com o Barueri. O que você aprendeu durante esses 5 anos?
FC: A carreira de treinador é um constante aprendizado. Acho que nesse período evolui muito nos aspectos táticos, aprendi novos conceitos e novas metodologias de treinamento. Nunca um treinador deve achar que aprendeu tudo ou que não tem mais nada para conhecer.

GD: Nesse ano, você foi treinador do Taboão da Serra, que ficou na quinta colocação. Como foi trabalhar com a garotada? Pretende acompanhar esses meninos até a próxima edição da Copinha?
FC: O trabalho foi maravilhoso. O grupo que montamos é excelente, os jogadores entenderam a filosofia, a importância do torneio e se entregaram 100% ao nosso projeto. Sim, sempre acompanho a carreira dos atletas que dirigi. Esse grupo tem muito potencial e tem tudo para ter sucesso na carreira.

GD: Gustavo, artilheiro do Taboão, foi o grande destaque dessa Copinha. A equipe pretende continuar com ele ou pretende fazer alguma negociação?
FC: O Gustavo já foi negociado com o Criciúma

GD: Estamos próximos de uma Copa do Mundo. A seu ver, Felipão foi a escolha certa para assumir a Seleção Brasileira? Ele formará uma nova "Família Scolari"?
FC: Acho que para esse tipo de torneio, torneio curto, com poucos jogos em pouco tempo, o Felipão é uma excelente escolha. Eu teria apostado numa opção radical, como foi a sugestão do Guardiola. Mas dos treinadores do Brasil acho que a escolha do Felipão, para esse momento, foi a melhor.

GD: No segundo semestre de 2013, surgiu o movimento Bom-Senso FC. Você tem acompanhado os desdobramentos desse movimento? Qual a sua opinião sobre?
FC: Sim, tenho acompanhado. Espero que seja um movimento que brigue pela melhora do futebol brasileiro e não seja apenas um movimento passageiro. O futebol brasileiro precisa de mudanças radicais, principalmente em sua direção. Precisamos de um calendário mais racional, mais transparência e de dirigentes, realmente qualificados para essa função.


GD: Para finalizar, deixe um recado para os nossos leitores e o que esperar mais do Fabio Cunha.
FC: Primeiro quero agradecer a oportunidade de conceder essa entrevista. É muito bom ter essa chance de falar de futebol e contar um pouco mais da minha carreira. Quero deixar como recado final, que todos procurem correr atrás do seu sonho, não importa o tamanho ou quão difícil possa parecer alcançá-lo.

Tem uma frase que sempre levo comigo: “Você é do tamanho do seu sonho.”
Eu sempre corro atrás do meu sonho e nunnca deixei alguém falar que era impossível. Impossível é o que não tentamos.
Um grande abraço a todos