Antes, éramos técnicos. Hoje, psicólogos.
É assim que 200 milhões de brasileiros estão vivenciando o clima da Copa.
Há um passado não muito distante, os brasileiros queriam Jô no lugar do Fred, Fernandinho no lugar do Paulinho, e Maicon por Daniel Alves. Agora, esses brasileiros querem analisar se o choro faz bem ou mal para os atletas; a importância do vídeo motivacional; as entradas de psicólogos na Granja Comary, dentre outras pequenas coisas bobas.
Nunca antes o termo psicológico foi tão usado pela mídia. O choro e a pressão estão sendo mais importantes que o esquema tático que será usado amanhã para o jogo diante da Colômbia. A mídia pode até ter sua parcela de culpa por tanto entrevistar especialistas e "especialistas" nesse assunto.
Mas, cadê os técnicos do passado? Os gestores de marketing? Os políticos do futebol? Sumiram desde o sábado, quando Thiago Silva sentou sobre a bola e derramou seu pranto, quando Julio Cesar, após a prorrogação começou a chorar.
Passaram-se 5 dias e o número de psicólogos que era baixo, aumentou numa proporção sem medida e sem tamanho. O choro não é importante. O importante é vencer os adversários e chegar ao topo de uma competição. O choro não é importante, e sim qual jogador será usado no lugar de Luiz Gustavo. Fred manterá seu futebol medíocre até agora? Não se sabe. Pois os técnicos sumiram.
Mas se Thiago Silva, Paulinho, Neymar e cia começarem a chorar, prepare-se: a "Teoria do choro" começará a ser promovida novamente por estudiosos e 'estudiosos".
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Mudamos de profissão
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Realmente concordo que o lado emocional está tendo uma atenção maior do que deveria, mas o lado técnico não está sendo ignorado não. Contestações pelas escalação estão ocorrendo em qualquer grande veículo. E grande parte do papel da mídia também é dar sua atenção ao lado emocional, pois o Brasil sendo a seleção da casa isso faz uma grande diferença sim. De toda forma, apesar de termos opiniões diferentes, parabéns pelo texto!
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