Ontem, o "Fantástico", programa exibido pela TV Globo, exibiu uma
entrevista com o novo técnico da seleção brasileira, Dunga. Dunga disse
ao Fantástico que, na nova administração, vai exigir dos
jogadores mais foco e autocontrole. Um longo trabalho que começa agora
para reconquistar a confiança do torcedor.
Sobre o
Neymar, que é a referência da Seleção, ele disse que "não se pode jogar
em função do Neymar. Mas o Neymar jogar em função da seleção". O
Brasil vai criar uma estrutura para que ele possa ser o diferencial,
concluiu.
Infelizmente, ainda o boné foi o assunto da
entrevista. Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções, em sua
apresentação, disse que o instrumento deveria estar escrito com a frase
'Força Bernard', e não 'Força Neymar' antes do jogo contra a Alemanha.
Na ocasião, Bernard substituiu o camisa 10. Dunga disse que "Quando você
for dar entrevista, você tem que dar entrevista com o chapeuzinho da
Seleção Brasileira".
Sobre ele ser agente de futebol, ele negou. Disse apenas que fez "uma apresentação".
E
já que se discute tanto sobre a reformulação do futebol brasileiro,
Dunga deu algumas pistas de quem pode ser convocado para os próximos
amistosos.
"O Cruzeiro foi campeão brasileiro tinha
bons jogadores, o Atlético de Madrid tinha bons jogadores que poderiam
estar também", avisou.
Confira abaixo os melhores momentos da entrevista:
Marketing:
“O foco maior tem que ser a seleção brasileira. Dar entrevista? É com o
chapeuzinho da seleção. Ou não dá. Tem que ter o marketing pelo futebol,
pela qualidade. O Brasil tem que falar do que faço no campo do que do
extra-campo”.
Felipão:
"O cara foi campeão do mundo, campeão do mundo não se discute. Você
paga pelas suas decisões, bem ou mal. E ele teve a hombridade de chegar e
falar: 'é isso, eu que estou aqui para tomar as decisões e tomei'"
Neymar:
"Não jogar em função do Neymar. Mas o Neymar jogar em função da seleção. O
Brasil vai criar uma estrutura para que ele possa ser o diferencial."
Privacidade:
“Eu acho que em certo momento a seleção tem que ter privacidade. Só que
eles (holandeses e alemães) tinham fora do muro deles, aí sim tinha a
exposição na mídia. No treinamento teve pouca".
Motivação:
"Se não tiver um pra dá-lhe um berro. E uma coisa assim que tem que ter
em qualquer grupo, qualquer grupo, não tem jeito: eu não tenho que ficar
melindrado de chamar atenção de mandar para aquele país. Acho que isso está faltando um pouco no futebol
em geral do Brasil moderno, quando tem essa exposição na mídia, essa
grande exposição, então todo mundo está muito com dedinho para chamar
atenção do outro"
Futebol ultrapassado?
"Não é que o Brasil esteja defasado. O problema do Brasil é que os
jogadores com 14, 16, 17 anos começam a sua formação e já vão para
Europa. Então, o Brasil perde nesse aspecto. O futebol não mudou. O que decide é talento. O que decide é qualidade técnica"
Primeira lista:
“Tenho três jogadores em cada posição. São jogadores jovens, com bom
rendimento, mas não pode em nenhum momento se comprometer, e tem que
deixar com o friozinho na barriga, até o último segundo ansioso”.
Fred:
"Quanto ao Fred, é um grande atacante, não teve o resultado esperado por
todos na Copa do Mundo. Na outra Copa vai estar com 34 anos, 35, vai ser
difícil, né? Então vai depender muito do momento dele lá na frente"
Dunga x Imprensa:
"Vai depender. Quando o cara fizer uma pergunta que é maldosa e eu ter a paciência de
pensar e responder. E não ser gaúcho na ponta da faca e responder na
hora. E que algumas respostas você não precisa nem dar, porque não vai
mudar a opinião da pessoa."
Agente de jogador:
"Em
2004, eu parei de jogar futebol. Me foi procurado por uma pessoa do
Rio Grande do Sul para eu apresentar um investidor da Europa, eu vim
apresentei o investidor da Europa. [Não é agenciamento] porque eu fiz
uma apresentação. Isso aí fora da negociação, aí o clube negociou
diretamente com o empresário"
O Dunga 'paz e amor' foi
visto. Mas acredito eu que não será assim. Os resultados trarão consigo
essa forma de ser. Sob o ponto de vista tático, é claro que o coletivo e
a qualidade técnica fazem a diferença. Porém, a seleção brasileira
nesta Copa não teve esses dois quesitos. Fomos dependentes do Neymar até
os 40 minutos do segundo tempo. Depois, as consequências vieram e estão
até hoje presentes para serem analisadas. O Brasil sem Neymar é uma
seleção qualquer. E no Brasil tem bons jogadores que devem ser testados e
lapidados. A ver. E não podemos esquecer de um detalhe interessante:
Dunga, em sua entrevista de apresentação como novo técnico da seleção,
disse que daria uma entrevista para todos (profissionais da imprensa)
ouvirem. Já mostrou que não é um homem de palavras, não?
segunda-feira, 28 de julho de 2014
As primeiras amostras de Dunga
Marcadores:
Alemanha,
CBF,
Dunga,
Futebol Brasileiro,
Marketing,
Neymar,
Seleção Brasileira
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário