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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Novo Hamburgo vence ABC e faz história na Copa do Brasil

O Novo Hamburgo faz história na Copa do Brasil. Em 103 anos de história, a equipe, não satisfeita com o avanço à segunda fase, enfrentou o ABC-RN e demonstrou que queria avançar às oitavas. E conseguiu. Na noite desta quarta-feira, a equipe anilada venceu o time potiguar, e reverteu a vantagem sofrida em Natal, pelo placar mínimo, aplicando o marcador de 2 a 0. O gol da classificação inédita veio com o atacante Juba, nos acréscimos, após falta cobrada por Felipe Athirson.

Além da posição entre os 16 melhores clubes do torneio, a equipe gaúcha segue com calendário até o fim da temporada. Já que, caso fosse eliminado, os comandados de Itamar Schulle não disputariam mais nenhuma competição organizada pela CBF. 

No Estádio do Vale com cerca de 3 mil torcedores, Afonso abriu o placar para o time da casa no primeiro tempo. Aos 28 minutos, houve uma troca de passes pela direita e o lateral-direito apareceu livre para encher o pé.

Na segunda etapa, a partida ficou aberta. Os dois times criaram chances de marcar, mas os dois goleiros impediam a mudança do placar. Até os 46 minutos. Uma falta despretensiosa, do meio do campo, foi erguida para a área e passou por todo mundo até encontrar a cabeça de Juba, sozinho, na área pequena. O camisa 11 desviou e explodiu a torcida.

O próximo adversário será conhecido após um sorteio. 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Felipão: de criticado à solução mágica

Felipão é o novo comandante do Grêmio. Está será sua terceira passagem pelo Grêmio. A primeira foi em 1987 e a segunda, de 1993 a 96, foi vitoriosa, conquistando uma Libertadores, um Campeonato Brasileiro e uma Copa do Brasil.

Após ser espinhado pelo vexame diante da Alemanha, Felipão é visto agora como uma solução pela parte azul de Porto Alegre. Sou contra a contratação de Felipão. Passa a ideia de solução mágica, algo que não existe no futebol. Torcedor é iludido facilmente.
 
Felipão foi vitorioso no Grêmio? Sim, mas não vive bom momento faz tempo. Continua no mercado por conquistas passadas. Rebaixou o Palmeiras para a Série B e fez com que a seleção brasileira passasse pela maior vergonha dos últimos tempos. 

A renovação que destacávamos vem nessa toada? Claro que não. Mas a verdade é que o futebol brasileiro não tem técnicos capacitados. Falta opções no mercado. 

Com a volta do Felipão ao Grêmio, teremos carta da Dona Lúcia? O que ele vai falar na sua apresentação? Que o Grêmio vive um 'apagão'? Será que vai usar o argumento "Marinniano" de que ganhou a Libertadores no clube, em 1995? Não se sabe. 

Porém, Felipão vem para o Tricolor para não somente resgatar a esperança da torcida, resgatar também a lembrança de um tempo de vitórias. 

Entretanto, que fique claro: não adianta ter um técnico de seleção e não ter elenco capacitado. Portanto, torcedor gremista, não o vanglorie tão cedo. Apenas os resultados futuros podem dizer e mostrar algo.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

As primeiras amostras de Dunga

Ontem, o "Fantástico", programa exibido pela TV Globo, exibiu uma entrevista com o novo técnico da seleção brasileira, Dunga. Dunga disse ao Fantástico que, na nova administração, vai exigir dos jogadores mais foco e autocontrole. Um longo trabalho que começa agora para reconquistar a confiança do torcedor.

Sobre o Neymar, que é a referência da Seleção, ele disse que "não se pode jogar em função do Neymar. Mas o Neymar jogar em função da seleção". O Brasil vai criar uma estrutura para que ele possa ser o diferencial, concluiu.

Infelizmente, ainda o boné foi o assunto da entrevista. Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções, em sua apresentação, disse que o instrumento deveria estar escrito com a frase 'Força Bernard', e não 'Força Neymar' antes do jogo contra a Alemanha. Na ocasião, Bernard substituiu o camisa 10. Dunga disse que "Quando você for dar entrevista, você tem que dar entrevista com o chapeuzinho da Seleção Brasileira".

Sobre ele ser agente de futebol, ele negou. Disse apenas que fez "uma apresentação".

E já que se discute tanto sobre a reformulação do futebol brasileiro, Dunga deu algumas pistas de quem pode ser convocado para os próximos amistosos.

"O Cruzeiro foi campeão brasileiro tinha bons jogadores, o Atlético de Madrid tinha bons jogadores que poderiam estar também", avisou.

Confira abaixo os melhores momentos da entrevista:

Marketing:
“O foco maior tem que ser a seleção brasileira. Dar entrevista? É com o chapeuzinho da seleção. Ou não dá. Tem que ter o marketing pelo futebol, pela qualidade. O Brasil tem que falar do que faço no campo do que do extra-campo”.

Felipão:
"O cara foi campeão do mundo, campeão do mundo não se discute. Você paga pelas suas decisões, bem ou mal. E ele teve a hombridade de chegar e falar: 'é isso, eu que estou aqui para tomar as decisões e tomei'"

Neymar:
"Não jogar em função do Neymar. Mas o Neymar jogar em função da seleção. O Brasil vai criar uma estrutura para que ele possa ser o diferencial."

Privacidade:
“Eu acho que em certo momento a seleção tem que ter privacidade. Só que eles (holandeses e alemães) tinham fora do muro deles, aí sim tinha a exposição na mídia. No treinamento teve pouca".

Motivação:
"Se não tiver um pra dá-lhe um berro. E uma coisa assim que tem que ter em qualquer grupo, qualquer grupo, não tem jeito: eu não tenho que ficar melindrado de chamar atenção de mandar para aquele país. Acho que isso está faltando um pouco no futebol em geral do Brasil moderno, quando tem essa exposição na mídia, essa grande exposição, então todo mundo está muito com dedinho para chamar atenção do outro"

Futebol ultrapassado?
"Não é que o Brasil esteja defasado. O problema do Brasil é que os jogadores com 14, 16, 17 anos começam a sua formação e já vão para Europa. Então, o Brasil perde nesse aspecto. O futebol não mudou. O que decide é talento. O que decide é qualidade técnica"

Primeira lista:
“Tenho três jogadores em cada posição. São jogadores jovens, com bom rendimento, mas não pode em nenhum momento se comprometer, e tem que deixar com o friozinho na barriga, até o último segundo ansioso”. 

Fred:
"Quanto ao Fred, é um grande atacante, não teve o resultado esperado por todos na Copa do Mundo. Na outra Copa vai estar com 34 anos, 35, vai ser difícil, né? Então vai depender muito do momento dele lá na frente"

Dunga x Imprensa:
"Vai depender. Quando o cara fizer uma pergunta que é maldosa e eu ter a paciência de pensar e responder. E não ser gaúcho na ponta da faca e responder na hora. E que algumas respostas você não precisa nem dar, porque não vai mudar a opinião da pessoa."

Agente de jogador:
"Em 2004, eu parei de jogar futebol. Me foi procurado por uma pessoa do Rio Grande do Sul para eu apresentar um investidor da Europa, eu vim apresentei o investidor da Europa. [Não é agenciamento] porque eu fiz uma apresentação. Isso aí fora da negociação, aí o clube negociou diretamente com o empresário"

O Dunga 'paz e amor' foi visto. Mas acredito eu que não será assim. Os resultados trarão consigo essa forma de ser. Sob o ponto de vista tático, é claro que o coletivo e a qualidade técnica fazem a diferença. Porém, a seleção brasileira nesta Copa não teve esses dois quesitos. Fomos dependentes do Neymar até os 40 minutos do segundo tempo. Depois, as consequências vieram e estão até hoje presentes para serem analisadas. O Brasil sem Neymar é uma seleção qualquer. E no Brasil tem bons jogadores que devem ser testados e lapidados. A ver. E não podemos esquecer de um detalhe interessante: Dunga, em sua entrevista  de apresentação como novo técnico da seleção, disse que daria uma entrevista para todos (profissionais da imprensa) ouvirem. Já mostrou que não é um homem de palavras, não?

O protesto dos jogadores do Botafogo representa a fase do futebol brasileiro

Antes do início do clássico entre Flamengo x Botafogo, os jogadores do Alvinegro entraram com uma faixa, protestando sobre os atrasos salariais. A faixa continha a seguinte frase: "Estamos aqui porque somos profissionais e por vocês torcedores".

O elenco sofre cinco meses de direitos de imagem atrasados, além de três meses na Carteira de Trabalho e um tempo não especificado de atraso no Fundo de Garantia. As informações foram especificadas na própria faixa exibida pelos atletas.

O justo protesto dos jogadores do Botafogo é um bom retrato do atual futebol brasileiro. Clubes endividados, diretorias só pensando nelas mesmas e o marketing sendo falido.

Quando se discute uma reformulação do futebol brasileiro, também se discute sobre o comportamento e a gestão das diretorias. A postura do presidente é chocante. Vem à mídia, e ao invés de falar de soluções para o caso, ataca o ex-dirigente. Falta de profissionalismo.

Na semana passada, em reunião com a presidente Dilma Rousseff (PT), o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, cogitou abandonar o Brasileirão por conta das dívidas. Segundo fontes, a reação da autoridade do país foi de 'surpresa'.

Mas que fique claro: Governo nenhum deve ajudar os clubes a pagarem suas dívidas. Isso deve ficar acertado com os membros do Bom Senso FC. Discutir e apresentar propostas plausíveis para que a solução seja a mais acertada. No ano passado, foram vistas várias manifestações por parte de jogadores; e hoje nem sequer sentam-se no gramado. Querem a democracia da CBF, mas apenas emite-se notas, e ações são tapadas com a peneira.

O fato é que os dirigentes que chantageiam são os mesmos que roubaram os clubes, foram incompetentes, apropriaram-se de impostos sem repassar a quem de direito e, não contentes, gastaram, depois, o que não tinham, beneficiando o submundo esportivo, e ainda embolsando, às custas do desespero de suas agremiações, o dinheiro que faz cartolas não remunerados viverem como se fossem sultões da Arábia.

O protesto foi inteligente, algo inovador. Jogaram por seus torcedores. Mas que representa a triste fase do futebol daqui. 

sábado, 26 de julho de 2014

Torcedor 'coxinha': salvação ou vexame?

“Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. O cântico mais famoso dos brasileiros quando vão aos estádios. É uma das melodias mais açucaradas, no mau sentido, da história. Uma pieguice que já havia sido adaptada por todas as organizadas do país, mas que agora terminou de ser coroada.

A criatividade que sobra quando falamos de torcidas de clubes, desaparece nos jogos da seleção. Vários fatores podem explicar isso, um deles é a falta de aproximação da seleção com o torcedor. Mas a Copa do Mundo de 2014 provou o contrário. Os torcedores cantaram o hino à capela, incentivaram os jogadores, inovaram nas músicas. Porém, sem êxito.

Infelizmente, com a elitização do futebol brasileiro, a tendência é piorar. Daqui uns dias assistir ópera será mais animado que ir ao estádio, já que estão proibindo instrumentos, bandeiras, faixas, etc.

Como na maioria dos países, o amor ao futebol é maior entre as classes mais pobres, é o esporte da classe operária. Mas no maior evento esportivo do mundo, a Copa do Mundo, esta parcela da população é excluída dos estádios, devido aos altos preços dos ingressos.

As famosas e grandes torcidas, com bandas e gritos de guerra ensaiados, estão fora dos estádios, não puderam participar do espetáculo. É a eliminação de um dos pontos mais fortes no futebol brasileiro, capaz de mudar um jogo, acuar o time adversário e dar ânimo para os jogadores.

A “torcida coxinha”, que entrou no lugar, não empolga, não ajuda nos momentos mais difíceis. A elitização dos torcedores é evidente não só pelo seu comportamento, mas também por sua aparência. Nos momentos em que o Brasil passou por maiores dificuldades a torcida coxinha silenciou e os jogadores repetidamente tinham que pedir à torcida que os apoiassem.

Na primeira partida, foi notório o desânimo da torcida após o primeiro gol da Croácia, mas mesmo assim a seleção conseguiu virar e garantir dois gols de vantagem na partida (3 a 1).

Porém, a torcida "coxinha" pode ser favorável ao futebol brasileiro. É essa torcida que pode lotar os estádios, aumentando a média de público. Como disse Fábio Sormani, jornalista da Fox Sports e do Portal Terra, "O que os clubes têm que fazer é cativar torcedores que aparecem de vez em quando nos estádios, especialmente nos dias de jogos importantes, como decisões de campeonatos".

Como diz um trecho do relatório da Pluri Consultoria, “a alta taxa de ocupação dos estádios é fundamental para a viabilidade financeira das arenas e, portanto, do futebol”.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Dunga está afim de mudar, mas ainda é uma incógnita

Dunga foi apresentado oficialmente como o novo técnico da seleção brasileira. A apresentação aconteceu hoje na sede da CBF. Quem fez o anúncio oficial foi o presidente da entidade, José Maria Marin.

No começo, o novo técnico da seleção brasileira demonstrava certo nervosismo. As primeiras palavras foram de agradecimentos pelo convite:

"Um prazer está aqui novamente, uma felicidade imensa. Agradeço o convite e a confiança", disse Dunga. 

Depois, ele começou a se soltar mais. Questionado sobre a relação dele com a imprensa, fator que norteou a Copa 2010, na África, o ex-técnico do Internacional disse que precisa melhorar o relacionamento. 

"Vocês já me conhecem e dificilmente uma pessoa muda em relação a comprometimento, ética e trabalho. Mas sei que tenho que mudar, como a relação com a imprensa", afirmou. 

Entretanto, soltou algumas pérolas. Dunga disse que vai dar sequência ao trabalho que a CBF faz há dois anos e que nem tudo foi ruim na Copa do Mundo. Ou seja, a esperança por reformulação e o discurso de que foi um vexame diante da Alemanha caíram por terra. 

A todo momento, Dunga utilizava o seu aproveitamento na primeira passagem como fator positivo. Porém, futebol é feito de resultados. Nada de tão complicado a ser analisado. É a função do técnico vencer e conquistar títulos. Todavia, queria-se naquele momento ouvir um projeto, uma tática, uma nova filosofia de jogo.

"Os meus números foram os indícios que o presidente Marin me chamaram de volta. [...] O mais importante que temos que passar é ter um perfil de comprometimento, respeito e ética. Como cometemos erros, temos que reconhecê-los e não cometê-los novamente"

O momento de maior ápice na entrevista coletiva ocorreu quando o jornalista Cosme Rimoli chamou José Maria Marin de estadista. Porém, foi preciso ele(Cosme) perguntar para o presidente da CBF sobre a reforma eminente da Granja Comary e sobre a privacidade, que não ocorreu em nenhuma parte dos treinamentos da seleção brasileira para a Copa de 2014. E, também, alfinetou indiretamente a Rede Globo, detentora dos jogos oficiais da Seleção e sobre o fácil acesso que ela teve durante a preparação. Sobre isso, Marin respondeu que espera ouvir do Dunga qual medida será tomada para evitar o acesso a todo instante:

"A reforma da Granja Comary foi para ter privacidade, conforto e segurança. [...] Estamos esperando as primeiras providências do Dunga para ter a privacidade sem prejudicar o trabalho de vocês [jornalistas]. Nós queremos sugestões, ouvindo principalmente o Dunga e tomar as providências necessárias", disse Marin.

Dunga foi questionado pelo mesmo jornalista sobre a relação dele com a Globo. O novo comandante disse que não teve nenhum problema. 

"Eu não tive problema com a Globo ou com 'A', 'B' ou 'C'. Não vou mudar a minha essência, agora, tem que ser planejado as coisas, colocado no papel e cada um terá seu espaço. Ninguém vai impedir a imprensa de trabalhar. Mas o objetivo maior é a seleção brasileira". 

Ainda sobre o tema privacidade, Dunga completou dizendo que "conversas com jornalistas têm que ser como essa aqui: para todo mundo ouvir!". Ou seja, não se repetirá o fato de Felipão ter conversado com apenas 6 jornalistas.

De um modo geral, a entrevista começou de forma positiva. Porém, teve oscilação e ficou marcado por algumas pérolas, como o elogio ao craque colombiano JIMENEZ (na verdade, é James Rodriguez) e a citação ao "amigo" ENRICO SACCHI, técnico italiano que na verdade se chama Arrigo Sacchi. 

Além das pérolas, houve um erro gravíssimo de concordância, algo que é aprendido no Ensino Fundamental. O técnico disse "Vão suicidar ele".  E o pior veio no final: não foi um erro de português, mas sim, o desmerecimento do título alemão nesta Copa. Ele desconstruiu a reformulação do futebol alemão de 2002 para cá, colocando o título mundial apenas na conta de uma "boa geração". 

Reforçando: Dunga quer ser "paz e amor" e está afim de utilizar a alta rejeição para melhorar o seu desempenho e reconquistar o carinho que tivera na Copa de 1994. Será difícil. Porém, como ele mesmo disse:

"Irei usar os 20% ao meu favor. Não sinto a rejeição que dizem por aí, claro que não podemos querer todo mundo com a mesma opinião. Quero mudar a maneira das pessoas pensarem ao meu respeito. Nelson Mandela tinha tudo contra e conseguiu mudar, com paciência".

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Seleção Brasileira já teve um técnico estrangeiro. Hoje, seria visto como ignorância pela cartolagem

Mesmo com o anúncio de Dunga como treinador da seleção brasileira, a discussão para ter um técnico estrangeiro no comando da seleção continua. E isso não é de hoje. Desde 2013, quando Pep Guardiola anunciou que não renovaria com o Barcelona, torcedores e críticos esportivos pediam o espanhol para ocupar a vaga de Mano Menezes.

Alguns, torceram o nariz, pois achavam que um técnico estrangeiro não seria adequado para o futebol brasileiro. Porém, após sofrer a maior derrota da história para a Alemanha por 7 a 1, os mesmos pediram reformulação. Felipão foi mandado embora, junto com sua comissão técnica e assessor de imprensa.

Em enquetes promovidas por alguns portais reconhecidos, a maioria colocava como técnico ideal Pep Guardiola. Porém, estamos no arcaísmo e na ignorância. Que diga José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e Gilmar Rinaldi, que não aceitaram a contratação ou qualquer especulação de um técnico de fora assumir a seleção canarinho. Eles esqueceram de que os Estados Unidos nesta Copa de 2014 foi comandada por um alemão - Klinsmann, pupilo de Low, campeão com a Alemanha. A seleção norte-americana chegou às oitavas de final, sendo eliminada pela Bélgica.

Eles esqueceram, também, de que já tivemos um técnico estrangeiro assumindo a seleção. Foi por apenas um jogo, e em 1955. O primeiro treinador estrangeiro a comandar a seleção foi, ironicamente, um argentino: Filpo Nuñez, o técnico icônico da equipe do Palmeiras que ficaria conhecida como Primeira Academia, esteve à frente dos demais jogadores alviverde representando o Brasil na inauguração do Estádio do Mineirão, em sete de setembro de 1965, em um amistoso contra o Uruguai.

Contando com jogadores como Ademir da Guia, Dudu, Djalma Santos e outros, o clube paulista era uma das principais equipes do Brasil na época e venceu os uruguaios por 3 a 0, gols de Rinaldo e Tupãzinho, no primeiro tempo, e Germano, na etapa final.

É evidente que precisamos de alguém capaz de pensar o esporte futebol de maneira mais ampla. Precisamos de alguém que saiba cuidar também da, digamos, mentalidade. E, sinceramente, não vejo ninguém no Brasil com essas características. A CBF chegou a discutir a contratação de um estrangeiro, mas, consta, recuou. Depois dessa pesquisa, aí é que não acontece mesmo. Precisamos de um técnico que ensine um jogador o que é tática (certo, Neymar?). O nacionalismo para comandar a seleção brasileira é pífia. Os melhores jogos são na Europa. Os melhores técnicos estão na Europa. As melhores torcidas, também. 

O nacionalismo tortuoso venceu. A mania de andar em círculos, também. Voltamos ao passado. E continuaremos no passado. Somos pré-históricos.

André Santos não é o único culpado pela má fase do Flamengo

A derrota para o Internacional por 4 a 0 coloca o Flamengo numa situação ainda mais conturbadora. A equipe está há sete partidas sem vencer no Brasileirão. Desde que bateu o Palmeiras por 4 a 2 no dia 4 de maio, na estreia do técnico Ney Franco, o time empatou três jogos e perdeu em quatro oportunidades. O ataque marcou apenas três gols e a defesa sofreu 13. Com sete pontos, a equipe está empatada com Coritiba e Figueirense - o saldo de gols, porém, é inferior, ocupando a lanterna da competição.

Após sofrer a goleada, cerca de 15 pseudo-torcedores agrediram André Santos. O ocorrido aconteceu no pátio do Beira-Rio quando o jogador se dirigia para uma van do clube. Segundo relatos, o lateral foi agredido a socos e pontapés.

Porém, André Santos não é o único culpado pela situação que vive o time carioca. O buraco é ainda mais embaixo. A diretoria é pífia, time limitado, a contratação de Ney Franco foi um erro absurdo. Demiti-lo seria um acerto, mas que não diminuiria a má fase.

André Santos só está no elenco porque alguém o contratou. Caso contrário, não seria a vítima dessa agressão deplorável. E o torcedor não pode pensar que Canteros e Eduardo da Silva vão resolver todos os problemas.

A administração é o ponto crucial para a verdadeira reformulação. Transferir responsabilidade para jogadores e técnico quando o caos administrativo dos clubes atinge o ápice é a cara do futebol brasileiro. E os torcedores agridem os atletas porque há conivência dos dirigentes, que tiram proveito político disso. É assim que vive o futebol brasileiro. E desse jeito vamos continuar na mesmice.

sábado, 19 de julho de 2014

Afinal, quem será o novo técnico da seleção?

Tite, Muricy Ramalho, Dunga, Leonardo, Pellegrini, Pep Guardiola, Pekerman, Sampaoli. Ufa! Dentre esses nomes, quem será escolhido por Marin, Del Nero e Gilmar Rinaldi para assumir a vaga de Felipão? Ou aparecerá um outro nome?

Dunga é o nome mais forte para assumir a seleção. O que pesa a favor é que ele e Gilmar Rinaldi, novo coordenador técnico, são velhos amigos. A revista Placar e Rádio Jovem Pan afirmam que o fato de Dunga ser "linha dura" deixa-o mais próximo de um retorno bancado pela CBF na figura do presidente José Maria Marin. O nome de Tite - outro cotado para o cargo -, por ora, não tem tanta força como antes. Muricy está praticamente descartado. Os técnicos estrangeiros também.

Gilmar Rinaldi, em sua apresentação oficial, disse que não existe a menor possibilidade de haver um técnico de fora assumindo a seleção brasileira, pois, segundo ele, os técnicos brasileiros são mais capacitados.

O ex-jogador Leonardo é outro nome forte. De acordo com um jornalista italiano e uma emissora, Leonardo já estaria acertando alguns detalhes. Porém, o ex-técnico do Milan e Internazionale, afirma que nunca foi procurado ou sondado para assumir qualquer cargo na CBF, que promove reformulação depois do vexame na Copa do Mundo.

Com essas análises, Dunga é o que tem mais chance de assumir o cargo. Entretanto, seria um retrocesso. Ele já teve uma oportunidade no passado e não conseguiu aproveitar. Ok, fez uma excelente campanha (em 60 jogos, foram 42 vitórias), não dava liberdade à uma emissora apenas e promovia os treinos de forma séria. Mesmo assim, não apoio. Se estamos falando de reformulação, não podemos ficar na sensação de andar em círculos. É hora de mudar! Porém, como disse em um outro post, a CBF só se preocupa com ela mesma. O interesse é nela mesma.
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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Paulo Baier: o maestro injustiçado

Aos 39 anos, mas com saúde de 25. Maestro, e que tem a responsabilidade de carregar nas costas a camisa 10. Um meia que merecia mais destaque pela imprensa, mas que fora esquecido durante alguns anos. Mas boa parte da mesma é oportunista. Paulo Cesar Baier levou o Atlético-PR à Libertadores, mas não a disputou. Porque a diretoria preferiu deixá-lo para escanteio e contratar Adriano, que não merece nenhum destaque.

No meio de semana, Paulo Baier fez dois gols sobre o Fluminense. E as crônicas e textos se voltaram para aquele que é visto como um velho. Porém, a análise se volta apenas para a data de nascimento. E desde quando está escrito que um jogador com mais idade não possa jogar? A experiência é um ótimo fator para um grupo jovem. Levaria-o para a seleção brasileira de olhos fechados. Exagero? Não. Pouca gente sabe, mas ele foi convocado para a seleção brasileira em 2004. Mas não teve uma oportunidade sequer para mostrar o que sabe. Injustiça.

Maior artilheiro da história do Brasileirão desde que ela passou a ter a fórmula de "pontos corridos", é um brasileiro sem grife, subestimado pelos cabelos ralos, por não ter história na Seleção e por ter ousado sair da lateral para ser o cérebro do time. Cobranças de faltas precisas, liderança, armação de jogadas e a faixa de capitão.

Paulo Baier é quem faz a diferença no atual grupo do Tigre. Comanda o time, chama o jogo, tudo passa por ele. Desequilibra a partida. A organização tática e a condição física sustentam o bom momento que vive o Criciúma. O maestro cabe em qualquer time do Brasil. Corre mais do que muitos garotos de 20 anos.

A seleção brasileira sente falta de um meia que tenha a qualidade técnica, como Paulo Baier possui. Se queremos reformular o futebol, porque não dar uma chance à ele? Volto à pergunta feita acima: desde quando está escrito que um jogador com mais idade não possa jogar? É hora de deixarmos de lado a ignorância.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Jornalistas escrevem livro homenageando Celestino Valenzuela

Da esquerda para direita: Rafaela Meditsch, Celestino Valenzuela e Eduarda Streb
As jornalistas Rafaela Meditsch e Eduarda Streb, jornalistas da RBS TV, preparam um livro que abordará os 32 anos de carreira, com mais de 300 Gre-Nais e mil narrações de jogos, entre outras atrações, de Celestino Valenzuela, dono do clássico bordão “que lance!". As jornalistas aceitaram o meu convite e nos contam um pouco mais sobre a obra.

"O Celestino, depois que se aposentou (1989), ficou mais de 20 anos sem conceder uma única entrevista! Não queria de maneira nenhuma. E depois de muita insistência, que durou seis meses, ligando muito, consegui gravar com ele! Foi uma matéria para o Jornal do Almoço. Ele gostou muito, a repercussão foi enorme, disse Rafaela Meditsch. 
 
"Quando entrou o novo programa Lance Final, da RBS TV, quatro anos depois desta matéria, criamos um quadro pra ele o “Que Lance”! Ele topou voltar novamente para a telinha, mas somente por este período de um ano, o qual durou o programa. Depois conseguimos fazer com que ele participasse da inauguração da Arena[do Grêmio] e do Beira-Rio, neste último, narrou o jogo do Inter contra o Peñarol junto com o Paulo Brito, disseram as jornalistas.
 
"Acabamos ficando muito amigas do Celestino e da família dele. Ele nos contou muitas histórias legais tanto da carreira quanto da vida dele. Achamos que a única coisa que faltava era ele ter um livro contando tudo e deixando grandes lições! Ele ficou muito contente com o convite, pensou bastante e acabou aceitando. É uma biografia com histórias surpreendentes, continuaram.

Sobre a ideia, elas disseram: 

"A ideia surgiu porque achamos que era a única coisa que faltava na carreira e na vida de jornalista esportivo do Celestino Valenzuela."

Confira abaixo a ficha das jornalistas e do homenageado:

Rafaela Meditsch: Rafaela Meditsch tem 37 anos e trabalha desde 2002 na RBS TV e TV COM. Atualmente é editora de esportes RBS TV E TVCOM, editora-chefe do programa Tvcom Esportes, editora do programa Bate Bola. Também coordeno transmissões na TV COM e é comentarista de tênis. Formou-se na PUC/FAMECOS em agosto de 2001. Fez estágio no SBT, em Florianópolis, durante as férias (ainda quando estudante). Seu primeiro emprego foi na TVBV, em Florianópolis (afiliada da Band) depois que se formou, morando 7 meses por lá. Depois, na RBS, fez o programa Falando Abertamente, da Tania Carvalho. Na sequencia o Bom Dia Rio Grande, bloco de esportes (5 anos). Assumiu o cargo de editora-chefe do Tvcom Esportes. E, em 2013, foi editora-chefe do Lance Final, apresentado pela Eduarda Streb, programa saiu da grade, mas foi um sucesso. 

Eduarda Streb: Eduarda Streb, a Duda, nasceu em Porto Alegre (RS), em 23 de fevereiro de 1973. Começou a carreira em 1995, como diagramadora do jornal Zero Hora (RS). Depois, teve um breve estágio na Rede Globo, no Rio de Janeiro (RJ), e, em 1999, passou a cobrir esportes na RBS TV, quando da saída da repórter Marjana Vargas. De 1999 a 2009, foi apresentadora de Esportes do Bom Dia Rio Grande e reserva imediata do bloco local do Globo Esporte (ambos na TV Globo) e do TVCOM Esportes, na TVCOM. Em 2007, fez parte da cobertura da SporTV nos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro. De 2009 a 2012, foi vista nacionalmente no SporTV, onde apresentou uma das edições diárias do SporTV News e foi repórter dos jogos envolvendo times gaúchos para o SporTV e Premiere FC. Ganhou o Prêmio Press de 2005, na categoria Repórter de TV, e fez várias coberturas internacionais para a RBS e para o SporTV, em edições da Taça Libertadores, nas quais o Grêmio e o Internacional estavam presentes, e no Mundial Interclubes de 2006 e 2009, além das Olimpíadas de Pequim, em 2008. Mais tarde, voltou para RBS, e apresentou até o fim de 2013 o extinto Lance Final. Em fevereiro de 2014, passou a apresentar o RBS Esporte, substituindo Thiago Mourão.

Celestino Valenzuela: Celestino Valenzuela é um gaúcho de Alegrete. Nasceu no dia 9 de junho de 1928. É um ex-narrador esportivo e apresentador de televisão brasileiro, com carreira consolidada no Rio Grande do Sul. Trabalhou nas rádios Itai, Farroupilha, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Gaúcha e na RBS TV. Tornou-se famoso nas décadas de 1970 e 1980 pelo bordão "Que lance!" e por narrar jogos da Dupla Gre-Nal. Foi substituído em 1989 por Paulo Brito. É considerado por muitos o maior narrador da história do futebol gaúcho.

Abaixo, segue a ficha da obra:
 
Ficha:

Título: Que Lance
Editora: Edelbra
Autoras: Rafaela Meditsch e Eduarda Streb
Data do lançamento: 26 de setembro
Horário: Das 19h às 23hrs
Local: Barrashopping, Porto Alegre

E esperávamos por mudanças

Depois da demissão de Luis Felipe Scolari e sua comissão técnica e do assessor de imprensa, Rodrigo Paiva, parecia que a CBF estava mesmo querendo repensar sobre o futebol brasileiro. Mas ficou somente no parecia. Jornalistas e torcedores estavam esperançosos para ver como seria a entrevista coletiva de José Maria Marin e Marco Polo Del Nero na manhã de hoje, na sede da entidade, no Rio de Janeiro. Ali, seria anunciado um novo projeto para o bem da seleção brasileira. Porém, esse bem não se concretizou.

Alexandre Gallo foi mantido como coordenador das categorias de base da seleção brasileira, e provavelmente será o técnico nas Olimpíadas de 2016. Ou seja, a reformulação começaria por ele. Quanta mediocridade. Para piorar, Marin diz que projeto de reformulação do futebol brasileiro começou há um ano e seis meses na CBF. Como? Particularmente, não vi uma mudança de lá pra cá.

Com isso, entramos na teoria "pior do que está, não fica". Mas ficou. Enquanto esperávamos por Leonardo, Raí, Zico, Falcão para ser o novo coordenador técnico, Marin nos surpreende e anuncia Gilmar Rinaldi. Sim, um empresário de jogadores, como Adriano Imperador, é o novo coordenador. Não poderia começar pior essa tal de reformulação.

Marin e Del Nero colocaram logo uma raposa para tomar conta do galinheiro. Ter Gilmar Rinaldi como coordenador técnico da seleção brasileira não seria um conflito de interesses, uma vez que ele gerencia a carreira de jogadores? CBF segue no mesmo ponto de sempre. Dificilmente veremos uma reformulação. Espero que o novo técnico seja disciplinado e não aceite o que os engravatados e "ex-empresário" queiram. 

Na coletiva, Gilmar Rinaldi começou dizendo que não exerce mais a função de agente Fifa. Conta outra. O futebol brasileiro segue sendo manipulado e dirigido por empresários engravatados. Para continuar, o que mais incomodou o Gilmar no Brasil 1 x 7 Alemanha foi um boné (pasme!). O boné escrito 'Força Neymar' estava errado. Deveria ser Força Bernard, substituto do camisa 10 naquele vexame. Por que não aceitar esse vexame? É tão difícil dizer a verdade sobre aquela pífia atuação da seleção brasileira?

E Gilmar ainda concluiu: "não quero saber de treinador estrangeiro". Por que tanta ignorância? É claro que no Brasil existem técnicos capacitados, como Muricy Ramalho e Tite. Mas qual o problema de um argentino, alemão, espanhol ou francês assumir a nossa seleção? Os Estados Unidos teve um alemão como técnico e chegou às oitavas. Continuamos na mesmice e naquele olhar para nosso umbigo. A CBF segue pensando apenas nela. Era uma vez, uma seleção brasileira. Hoje, é uma seleção de dinastia.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

E agora, futebol brasileiro?

Foi necessário uma goleada para que o termo 'reformulação' fosse citado com força nas mídias.

Foi necessário um 7 a 1 para que o futebol brasileiro fosse visto com outros olhos.

É assim que funciona.

Depois da goleada sofrida pela Alemanha, a seleção brasileira e o futebol brasileiro terão que mudar. E para melhor, pois caso contrário, outras derrotas acachapantes poderão vir.

Felipão e sua comissão técnica foram demitidos. Rodrigo Paiva, assessor de imprensa da CBF, também. A princípio, a CBF está interessada em mudar sua visão e do futebol de nosso país. Mas é pouco.

A reformulação começa desde cedo. Começa na base, onde os futuros jogadores estão ali concentrados e esperando uma oportunidade. Santos, São Paulo, Corinthians, Flamengo e Grêmio são os clubes que revelam futuros craques, jogadores que podem disputar uma Copa do Mundo num futuro próximo. Há investimento e cuidado para moldá-los.

Dos 23 convocados por Felipão para esta Copa, apenas quatro atuam aqui no Brasil: Victor (Atlético-MG), Jefferson (Botafogo); Jô (Atlético-MG) e Fred (Fluminense). Por que não convocar jogadores daqui? Na Copa de 82, a seleção brasileira tinha por base atletas que jogavam no nosso país. Não ganhou a Copa por conta de Paolo Rossi estar inspirado, mas encantou os olhos de quem assistiu, acompanhou.

A Alemanha treina com esse elenco que foi campeã da Copa há 8 anos. A média de idade do time é de 25. Calma, não estou falando que há a necessidade de copiarmos os alemães, holandeses, franceses ou argelinos. A verdadeira mudança começa pelos corredores da entidade chamada CBF. José Maria Marin, Marco Polo Del Nero, Andrés Sánchez e outros engravatados que jogam com a caneta precisam ser retirados. É para o bem da administração do futebol. É para o bem do futuro da nação futebolística.

As bases são formadas para erguer taças e não para forjar jogadores aos times principais. Os técnicos daqui são medíocres, pois não estudam, salvo um nome: Tite. É o treinador que mais sabe de futebol. Não é demagogia, bairrismo e muito menos oportunismo. É realidade, aceitem isso. Tite foi acompanhar jogos na Inglaterra, Espanha e Itália para aprimorar a sua capacidade.

A reformulação também passa pela organização dos campeonatos, que são longos, cansativos. É jogo quarta, domingo, terça. Não há pausa de pelo menos uma semana para os atletas. A fórmula de disputa é esdrúxula. Tenho saudades do mata-mata, verdadeira fase que levava o público ao estádio. Hoje, com a 'arenização', com os horários manipulados por uma emissora, o torcedor não sente vontade de ir ao estádio; prefere assinar o PPV e assistir no conforto de casa com a família.

Para ter novas ideias é preciso ter novas pessoas. Marin pode ser considerado um pseudônimo de Ricardo Teixeira, seu antecessor. A troca foi de 6 por meia dúzia. Nada mudou. Para um futebol melhor para todos, como prega o Bom Senso FC (falando nisso, cadê o Paulo André, Alex, Rogério Ceni para falar sobre a reformulação?), é crucial que haja pessoas comprometidas com o futebol brasileiro. O hexa não veio em 2014, e pode não vir em 2018 se continuarmos com essa visão de olhar para o próprio umbigo.

Ainda dependemos de um único jogador para assombrar os adversários. Até quando? Futebol é um esporte coletivo. Há muita soberba, infelizmente, quando se fala apenas em Neymar. É um jogador importante, claro, mas jogam com ele mais dez. Individualismo é algo podre. Mas estamos acostumados com isso. Nesta Copa, não tivemos meio-campo. David Luiz e Thiago Silva, zagueiros, apostavam nos lançamentos longos. Faltou um Sócrates, Rivelino, Zico, Rivaldo. Maestros que sabiam realmente assombrar os zagueiros adversários.

Quando um jogador da seleção brasileira recebe destaque é um zagueiro, isso significa que o buraco é ainda mais embaixo na qualidade, técnica e tática dos jogadores.

O Campeonato Brasileiro está voltando do recesso pós-Copa. A ver como será o comportamento das equipes. Não se sabe até quando o futebol brasileiro pode piorar. Como disse Robson Morelli, colunista do Estadão, "Os alemães, de modo geral, pediram para que nós, brasileiros, não joguemos no lixo toda a tradição e história do nosso futebol. Para que isso não aconteça, é preciso de fato mudar muita coisa. Ou continuaremos afundando nessa areia movediça em que caímos."

O contraste Copa x Pós-Copa já começou

A Copa do Mundo acabou no último domingo (13) com o título da Alemanha frente à Argentina. Com uma média de 51.989 pessoas por jogo, a edição de 2014 teve a segunda melhor média da história, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, em 1994, que levou quase 69 mil pessoas por partida.

Ontem, terça-feira, a Série B começou com a realização de 10 jogos, sendo que três foram realizados nos estádios que contribuíram para a Copa. Na Arena das Dunas, América-RN x Bragantino; na Arena Pantanal, Vasco x Santa Cruz; e, na Arena Pernambuco, Náutico x Sampaio Correa.

Das três arenas, a de Natal foi a que recebeu o menor público: 4.974 pagantes, o que representa 12% da capacidade total do estádio (39.971). No jogo entre Vasco x Santa Cruz, estiveram presentes 7.190 torcedores, representando 17% da capacidade (41.112). Já em Pernambuco, 6.464 pessoas viram a vitória apertada do Náutico sobre o Sampaio Correa por 1 a 0. O número representa 15% da capacidade total.

Na Copa do Mundo, a Arena das Dunas recebeu 4 jogos, totalizando 158.167 torcedores. A média foi de 39.541 por jogo. A Arena Pantanal recebeu o mesmo número de jogos (4), mas o público foi um pouco superior, se comparado ao de Natal. Foram 158.717 presentes, dando uma média de 39.679. Já a Arena Pernambuco recebeu 5 jogos, e recebeu 204.882 torcedores, média de 40.812 por jogo. Quase a ocupação total do estádio (42.610).

A princípio, o legado dos estádios da Copa estão indo por água abaixo. A ver como será adiante.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Ah, Copa...


Domingo, 13 de julho. Último capítulo da melhor Copa do século. Ah, Copa... A Copa das Copas.

A Copa que era desacreditada. Os turistas imaginaram um país selvagem, mas viram o inverso. País receptivo, carinhoso. A Copa em que as obras estavam inacabadas, mas que teve o fim no prazo.

E as manifestações? Tiveram. Porém o brilho da Copa apagou o insucesso delas. Teve Copa. As manifestações agora é para ter mais Copa.

Ah, Copa...quantas emoções você proporcionou. Hino à capela, jogos sensacionais. A abertura de 12 de junho foi linda, uma cerimônia à altura, padrão Fifa, embora alguns não tenham gostado. As emoções se mesclam na felicidade e tristeza, assim como o choro dos jogadores e torcedores.

Ah, Copa...quantas surpresas, não? Quem diria que a Costa Rica fosse a líder do grupo em que só continha campeões mundiais (Itália, Inglaterra e Uruguai). Depois, venceu a Grécia nas oitavas. Grécia que por sinal avançou pela primeira vez às oitavas de uma Copa.

Ah, Copa...por que tão injusta? México estava ganhando por 1 a 0, mas nos minutos finais sofreu a virada da Holanda. E o que dizer da Argélia? Foi melhor que a Alemanha, entretanto não segurou a pressão, e acabou sendo eliminada na prorrogação.

Ah, Copa...quantos personagens carismáticos nas arquibancadas, quantas torcidas apaixonadas e enlouquecidas. Simpáticas também, claro. Bastava olhar no telão e demonstrar seu riso ou choro. O gesto de oi ou tchau.

Ah, Copa...quantos jogos bons você nos proporcionou. Até jogo morno se transformava em quente e alucinante.

Ah, Copa...a Copa das Copas que teve a derrota das derrotas. O Brasil foi vítima de um massacre alemão, em Belo Horizonte. 7 a 1. O futebol fez justiça. Ou não?! A torcida não acreditava no que acabara de ver. Tanto é verdade que demoraram para sair do Mineirão.

Ah, Copa...Copa da simpatia. Que diga a Alemanha. Construíram seu próprio CT no interior da Bahia, utilizaram profissionais daqui, dançaram com os índios, cantaram o hino do Bahia, socializaram com a população e distribuíram autógrafos, camisas e sorrisos. Ganharam a Copa. Ganharam a Copa da simpatia. Mesmo após a vitória acachapante, os alemães pediram respeito à seleção brasileira. Generosidade à altura. A dor da derrota foi controlada.

Ah, Copa...o Brasil sentirá saudade. Momentos alegres e tristes que se uniram num sentimento só. Num país só. 32 nações e 5 continentes uniram-se no Brasil, para e pelo Brasil.

Ah, Copa...volte sempre. Que o legado da felicidade continue nas próximas edições. Que a emoção sempre transborda para alêm das arquibancadas.

Ah, Copa...seja assim na Rússia em 2018. Que o povo frio sinta esse calor humano. Foi um sucesso. Obrigado pela companhia nesses 31 dias. Até mais.

Ah, Copa, não se esqueça de algo: o coração sempre pulsará emoção promovida por você. Os choros são por você. E a gratidão será para você. 12 de junho - 13 de julho: a Copa das Copas.

domingo, 13 de julho de 2014

Entrevista com Eugenia Károlyi

É com muito prazer que o blog recebe mais uma jornalista. Ela ficou conhecida pela reação de espanto no jogo entre Brasil x México, na Arena Castelão. O nome: Eugenia Karolyi, jornalista venezuelana, mas que já viveu na Alemanha, Miami, e tem seu pai que mora em São Paulo.

Sem delongas, confira o bate-papo, primeiramente em espanhol e abaixo a tradução.

Gabriel Dantas: Para los lectores futuros, explique: ¿quién es Eugenia Károlyi?
Eugenia Károlyi: Soy venezolana, de Caracas. He vivido en Venezuela, Miami, Alemania, España y México. Soy una ciudadana del Mundo.

GD: Usted es periodista del sitio deportadas.tv. Hubo cierta influecia de su familia para ser periodista? ¿Y cómo es trabajar en este sitio?
EK: Influencia de mi familia nada, de echo ellos querían que estudiara administración de empresas pero mi pasión siempre fue la comunicación, así que decidí estudiar comunicación y periodismo.

GD: En su perfil de Twitter, usted dice que va ser el futuro presidente de la FIFA. ¿Quieres ser tú mismo, o es sólo una broma?
EK: Es mi sueño, pero a muy largo plazo... Tengo mucho que recorrer antes de llegar ahí. La FIFA tiene un poder único de unir a la humanidad y me gustaría poder utilizar ese poder de una forma positiva para hacer un bien. Además, me encantaría ser la primera mujer que ocupe ese cargo. Es mi mayor meta entre una larga lista de metas que tengo en torno al involucramiento de la mujer en el mundo del futbol.

GD: Usted recibe un montón de mensajes en su Twitter. Como es ser reconocida por su profesionalismo y carisma? Esto motiva a continuar siendo un periodista?
EK: Es lo que más me motiva... Los mensajes de la gente. Me gusta ser reconocida por mi profesionalismo y personalidad sin necesidad de estarme quitando la ropa. Agradezco mucho el apoyo de la gente, sin ellos mi trabajo no tendría sentido.

GD: ¿Y en las calles? Usted consigue demasiado afecto?
EK: Cada vez más... Es impresionante lo que puede generar una imagen que le de la vuelta al mundo. Hoy la gente me reconoce en la calle, me piden foto y que les haga la misma cara del meme jajajajaja... Ya me duele la mandíbula!!! Pero me encanta sentir el afecto de la gente y que haya sido para ellos un bonito recuerdo del Mundial aunque espero que mi imagen no se quede solo en eso y que la gente me recuerde también por mi trabajo.

GD: Cómo estás encontrando el Mundial de 2014?
EK: Espectacular! He viajado por todo Brasil y no podría haber imaginado mi primer mundial mejor. Un país tan maravilloso lleno de gente tan amable, donde se respira futbol en todas partes... Ha sido un sueño hecho realidad!!!

GD: ¿Cómo es trabajar en un evento tan importante como la Copa del Mundo?
EK: Es impresionante... Sobre todo porque requiere de mucha preparación y logística. Yo tengo 4 años preparándome para el Mundial y creo que lo hice muy bien. Puede ser un evento abrumador para algunas personas porque todo es masivo. A mi lo que mas me ha impactado son las salas de prensa de los estadios... Son enormes! Nunca había visto una sala de prensa tan grande, ni en los juegos olímpicos, ni en las finales de Champions, ni en Copa America.

GD: ¿Quieres volver a Brasil?
EK: Me quedaría a vivir aquí feliz. Mi padre es de Sao Paulo pero vive en USA así que siempre he tenido la voluntad de venir a vivir aquí un tiempo... Seguro que algún día lo haré. Sueño con vivir en Rio de Janeiro.

GD: Usted es venezolana, y Venezuela nunca ha participado en una Copa del Mundo. ¿Cómo es el país en el momento de este evento?
EK: Venezuela es un país con mucha inmigración portuguesa, italiana, española... Durante los Mundiales, desde pequeña recuerdo ver todos los carros con banderas de todos los países. Nuestro país nunca ha participado pero el de nuestros padres y abuelos si, cada quien le va al país de sus orígenes... Por eso desde pequeña siempre torcí por Brasil, luego por Mexico porque me fui a vivir ahí. Pero mi sueño es ver a Venezuela en el Mundial.

GD: Usted se hizo conocido después de una reacción en el estadio Castelão, en Fortaleza. ¿Cómo fue ese momento?
EK: En el momento estaba muy estresada... Tengo muchos amigos en la selección mexicana y quería verlos triunfar en este Mundial, el partido contra Brasil era clave para ellos. El empate fue casi una victoria para Mexico. Para mi, fue el partido más emocionante de toda la Copa. Estaba alucinando con las paradas de Memo Ochoa y el disparo de Guardafo que atajó Julio Cesar... Fue un partidazo!

GD: Fue en la Fortaleza, también, que usted crió la campaña 'No Era Penal'. Explique o motivo e como foi la reacción de los torcedores.
EK: Yo no cree la campaña pero fue el sentimiento general de todos ese día en el estadio. Mexico iba ganando 1-0 contra Holanda, Sneider empató el partido y en el tiempo extra el arbitro marca un penal a favor de Holanda que efectivamente no era penal... Robben se tiró y eso dejo a Mexico fuera del Mundial. Me dio mucha rabia.

GD: Para usted, ¿quién será campeón de la Copa?
EK: Tendremos una final durísima. Espero que sea un partido bonito donde podamos disfrutar de buen fútbol. Hace tiempo vengo diciendo que Alemania sería campeón de este Mundial, desde Sudáfrica pude ver la calidad del equipo aleman, pero eran muy jóvenes. Creo que Alemania tiene el mejor equipo de Brasil 2014, pero es futbol y aquí todo puede pasar... Si Messi se anima le podría dar la Copa a Argentina que su ultima final la perdió precisamente contra Alemania en Italia '90.

GD: ¿Qué jugador merece su punto culminante? ¿Por qué?
EK: Creo que Messi, pues es el único título que le falta conseguir pero en toda la temporada, y ahora en la Copa no lo he visto jugar como el Messi de siempre... Le falta hambre de ganar creo yo.

GD: ¿Cuáles son sus observaciones acerca de la organización de Brasil para la realización deste evento?
EK: A mi parecer todo ha estado muy bien organizado. Hay un solo tema sobre la FIFA que me parece insolito, y es que en la sala de prensa no tengan ni agua para dar a los periodistas. Teniendo a Coca Cola como patrocinador me parece una falta de respeto hacia la prensa que no pueda haber agua gratis por lo menos. La comida en los estadios es pésima y en el centro de prensa cobran carísimo por una comida malísima. Ni siquiera café tienen. Te tratan mucho mejor en el open Media Center.

GD: Por último, conseje a los lectores que quieren seguir la área del periodismo.
EK: Mi consejo es que busquen un tema que les apasione y se enfoquen en eso. Que nunca dejen que nadie les diga que no pueden hacerlo y que cada día den al menos un paso hacia sus metas. Ah! Y hay que leer mucho... La base del periodismo es la historia.

Tradução:
Gabriel Dantas: Para os leitores futuros explique quem é Eugenia Károlyi?
Eugenia Károlyi: Sou venezuelana, de Caracas. Já vivi em Venezuela, Miami, Alemanha, Espanha e México. Sou um cidadã do Mundo.

GD: Você é jornalista do site deportadas.tv. Houve certa influência de sua família para ser jornalista? Como é trabalhar nesse site?
EK: Influência de minha família não, na verdade, eles queriam que eu estudasse administração de empresas, porém, minha paixão sempre foi a comunicação, por isso decidi estudar comunicação e jornalismo.

GD: No seu perfil do Twitter, você diz que futuramente será presidente da FIFA. Quer ser realmente ou é apensa uma piada?
EK: É meu sonho, porém a muito longo prazo... Tenho muito a percorrer antes de chegar lá. A FIFA tem um poder único de unir a humanidade e gostaria de usar esse poder de forma positiva para fazer um bem. Além disso, eu adoraria ser a primeira mulher a ocupar esse cargo. É o meu maior objetivo de uma longa lista de objetivos que eu tenho sobre a participação das mulheres no mundo do futebol.

GD: Você recebe um monte de mensagens no seu Twitter. Como é ser reconhecida pelo seu profissionalismo e carisma? Isso a motiva para continuar a ser um jornalista?
EK: Isso é o que me motiva... mensagens de pessoas. Eu gosto de ser reconhecida pelo meu profissionalismo e personalidade sem a necessidade de tirar a roupa. Agradeço o apoio do povo, sem eles o meu trabalho não teria sentido.

GD: E nas ruas? Você recebe muito carinho?
EK: Cada vez mais... É incrível o que você pode gerar uma imagem que corre o mundo. Hoje as pessoas me reconhecem na rua, me pedem fotografias e que faça o mesmo rosto do meme hahaha ... Minha mandíbula já dói! Mas eu gosto de sentir o carinho das pessoas e tem sido para eles uma lembrança agradável da Copa do Mundo, mas espero que a minha imagem não fique apenas nisso e que as pessoas lembrem de mim também pelo meu trabalho.

GD: O que você está achando da Copa do Mundo de 2014?
EK: Espetacular! Tenho viajado por todo o Brasil e não poderia imaginar minha primeira Copa do Mundo de melhora maneira. Um país tão maravilhoso e cheio de pessoas amorosas, onde se respira futebol em toda parte. Foi um sonho que se tornou realidade.

GD: Como é trabalhar em um evento tão importante quanto a Copa do Mundo?
EK: É impressionante... Especialmente uma vez que exige muita preparação e logística. Estou me preparando a quatro anos para a Copa do Mundo e acho que fiz muito bem. Pode ser um evento grande para algumas pessoas, porque tudo é enorme. Para mim o que mais me impactou mais são as salas de imprensa dos estádios... Elas são enormes. Nunca havia visto uma sala de imprensa tão grande, nem em Jogos Olímpicos, nem em finais de Champions League, nem em Copa América.

GD: Quer voltar para o Brasil?
EK: Eu ficaria feliz em viver aqui. Meu pai é de São Paulo, mas vive nos EUA, então eu sempre estive disposta a vir morar aqui por um tempo... tenho certeza que virei algum dia. Sonho em viver no Rio de Janeiro.

GD: Você é venezuelana, e a Venezuela nunca participou de uma Copa do Mundo. Como é o país no momento deste evento?
EK: A Venezuela é um país com muita imigração portuguesa, italiana, espanhola... Durante a Copa do Mundo, desde a minha infância me lembro de ver todos os carros com bandeiras de todos os países. Nosso país nunca participou, mas os nossos pais e avós sim, cada um com seus países de origem. Assim, desde pequena sempre torci por Brasil, e depois pelo México, porque eu fui morar lá. Mas o meu sonho é ver a Venezuela em um Mundial.

GD: Você se tornou conhecida depois de uma reação no estádio Castelão, em Fortaleza. Como foi esse momento?
EK: No momento eu estava muito nervosa... Tenho muitos amigos na seleção mexicana e queria ve-los ganhar neste Mundial, a partida contra o Brasil era fundamental para eles. O empate foi quase uma vitória para o México. Para mim foi o jogo mais emocionante da toda Copa. Estava tendo alucinações com as defesas de Ochoa e o chute de Guardado que Julio César salvou. Foi um grande jogo!

GD: Foi em Fortaleza também que você criou a campanha "Não foi pênalti". Expliquei o por que e como foi a reação dos torcedores?
EK: Eu não criei a campanha, mas foi o sentimento geral de todos presentes no estádio neste dia. O México estava ganhado por 1x0 contra a Holanda, Sneijder empatou a partida e nos acréscimos o árbitro marcou um pênalti para a Holanda, que na verdade, não foi pênalti. Robben se jogou e isso deixou o México fora do Mundial. Me deu muita raiva.

GD: Para você, quem será o campeão da Copa do Mundo?
EK: Teremos uma final duríssima. Espero que seja uma bela partida, onde possamos desfrutar de um bom futebol. Há muito tempo venho dizendo que a Alemanha seria campeã deste Mundial, desde a África do Sul pode se ver a qualidade da equipe alemã, mas eram muito jovens. Creio que a Alemanha é a melhor equipe do Brasil 2014, mas é futebol e aqui tudo pode acontecer... Se Messi se animar, poderá dar a Copa para a Argentina, que fez sua ultima final perdendo justamente para a Alemanha, na Itália, 1990.

GD: Que jogador merece o seu clímax? Por quê?
EK: Acredito que Messi, pois é o único título que lhe falta conquistar, mas em toda temporada e agora na Copa, não o vi jogar como o Messi de sempre. Lhe falta fome de vencer, creio eu.

GD: Quais são suas observações sobre a organização do Brasil para a realização desse evento?
EK: Parece-me que foi tudo muito bem organizado. Há apenas um tema sobre a FIFA que me parece incomum, é que na sala de imprensa não haver nem água para se dar aos jornalistas. Tomando uma Coca Cola como patrocinador eu acho uma falta de respeito para a imprensa não ter sequer água livre, pelo menos. A comida nos estádios é péssima e o centro de imprensa cobra caríssimo por uma comida horrível. Nem sequer café tem. Te tratam muito melhor em uma Midia Center aberto.

GD: Por fim, que conselho deixa para os leitores que querem seguir o campo do jornalismo.
EK: Meu conselho é que busquem um tema que tenham paixão e focar nisso. Que nunca deixem que alguém lhe diga o que não pode fazer e que a cada dia dê ao menos um passo em direção a seus objetivos. Ah! E ler muito... A base do jornalismo é a história.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Mudamos de profissão

Antes, éramos técnicos. Hoje, psicólogos.

É assim que 200 milhões de brasileiros estão vivenciando o clima da Copa.

Há um passado não muito distante, os brasileiros queriam Jô no lugar do Fred, Fernandinho no lugar do Paulinho, e Maicon por Daniel Alves. Agora, esses brasileiros querem analisar se o choro faz bem ou mal para os atletas; a importância do vídeo motivacional; as entradas de psicólogos na Granja Comary, dentre outras pequenas coisas bobas.

Nunca antes o termo psicológico foi tão usado pela mídia. O choro e a pressão estão sendo mais importantes que o esquema tático que será usado amanhã para o jogo diante da Colômbia. A mídia pode até ter sua parcela de culpa por tanto entrevistar especialistas e "especialistas" nesse assunto.

Mas, cadê os técnicos do passado? Os gestores de marketing? Os políticos do futebol? Sumiram desde o sábado, quando Thiago Silva sentou sobre a bola e derramou seu pranto, quando Julio Cesar, após a prorrogação começou a chorar.

Passaram-se 5 dias e o número de psicólogos que era baixo, aumentou numa proporção sem medida e sem tamanho. O choro não é importante. O importante é vencer os adversários e chegar ao topo de uma competição. O choro não é importante, e sim qual jogador será usado no lugar de Luiz Gustavo. Fred manterá seu futebol medíocre até agora? Não se sabe. Pois os técnicos sumiram.

Mas se Thiago Silva, Paulinho, Neymar e cia começarem a chorar, prepare-se: a "Teoria do choro" começará a ser promovida novamente por estudiosos e 'estudiosos".

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Minha seleção das oitavas de final

Chegou a hora do momento mais difícil: montar a seleção das oitavas de final. Tivemos grandes jogos e, por conseguinte, grandes destaques. Mas os 11 foram escolhidos. Confira abaixo.

GOLEIRO: M'Boulhi (Argélia)

ZAGUEIRO: Umaña (Costa Rica)

ZAGUEIRO Evra (França)

ZAGUEIRO: Van Buyten (Bélgica)

MEIA: Pogba (França)

MEIA: Di Maria (Argentina)

MEIA: James Rodriguez (Colômbia)

MEIA: Sneijder (Holanda)

ATACANTE: Lukaku (Bélgica)

ATACANTE: Giovani dos Santos (México)

ATACANTE: Schurrle (Alemanha)

O esquema tático é o 3-4-3.

Atenção: Deixe a sua sugestão de quem deveria estar na lista.