A cidade de Cuiabá, capital de Mato Grosso e uma das 12 sedes da Copa do
Mundo de 2014, é palco neste momento de uma prática repetida à exaustão
no Brasil: o atraso no cronograma de uma obra pública seguido por uma
contratação emergencial - feita sem licitação - de uma nova construtora
para concluir o projeto no prazo.
Há uma semana, o secretário Maurício Guimarães, titular da Secopa-MT
(Secretaria Extraordinária da Copa), informou à população que o governo
estadual estava rompendo três contratos com uma empreiteira que não
estava cumprindo os prazos de entrega de três obras urbanas na cidade.
O motivo: a construtora Ster Engenharia, que vencera três processos
licitatórios concluídos em março do ano passado, está passando por tais
dificuldades financeiras que não estava conseguindo sequer pagar seus
funcionários, que entraram em greve no último dia 8. Assim, para o bem
do projeto da Copa do Mundo em Cuiabá, o Estado de Mato Grosso estava
rompendo os contratos que assinou.
E, como falta pouco mais de um ano para a Copa, realizar uma nova
licitação não seria a saída ideal, já que não daria tempo de realizar
todos os trâmites que envolvem uma concorrência pública deste tipo.
Dessa forma, a saída encontrada pelo governo é realizar uma contratação
de emergência, sem necessidade de licitação, comparação de preços ou de
propostas ou quaisquer formalidades que objetivem garantir a lisura e a
economicidade em uma contratação pública.
Em suma, a Copa do Mundo vai ser um fracasso ou uma exuberante ação de marketing?
terça-feira, 19 de março de 2013
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