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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Bruno de volta ao futebol. Surreal? Não.

Sabemos o quão é importante e apaixonante o futebol. Essa simples modalidade que tem como função correr atrás de uma esfera, nos revela um sentimento indescritível. Além disso, nos revela grandes ídolos, seja estes goleiros, zagueiros, meias, atacantes, ou até técnicos. 

Há um tempo, o Brasil tinha um grande goleiro como ídolo. Bruno. Defendeu Atlético-MG, Flamengo e Corinthians. Foi no clube carioca que ele ganhou mais respaldo. Conhecido pela sua elasticidade, o goleiro era admirado pelos torcedores e membros da comissão técnica. 

Entretanto, isso mudou. Em 2010, famoso, ele cometeu um crime. Ele fora acusado da morte da mãe de um filho dele. Notícia que assustou a todos. Ninguém esperava ver uma ação tão forte. O corpo de Eliza Samudio, que desapareceu em 2010, ainda não foi encontrado.

O goleiro cumpre pena de 22 anos e três meses de prisão em regime fechado. Ele só pode pedir mudança para o regime semiaberto em janeiro de 2020. Muito pouco, afinal foi a vida de um ser humano que estava em jogo. E não era um jogo com torcida, bandeiras, gramado, traves e bola. Um estilo diferente. Churrasco, bebidas, drogas e a morte. 

Depois de ser preso, vieram as famosas especulações de que o ex-goleiro poderia voltar a jogar. Escárnio. Isso está bem próximo de acontecer, acreditem. O Montes Claros está próximo de fechar contrato com o clube que disputa o Módulo II (que equivale à segunda divisão). Fim do futebol e da Justiça. 

Como pode um presidente e membros do conselho administrativo aceitar um presidiário em campo? Não, não é primeiro de abril (Dia da Mentira). É a mais pura verdade. Ainda por cima, para rirem da nossa cara (já não basta sermos palhaços nas questões sociais as quais estamos envolvido), o presidente do clube mineiro, Vile Mocellin, divulgara o salário e a multa rescisória, R$1.430,00 mensais e R$ 2,86 milhões, respectivamente. Além disso, o presidente diz que quer "resgatar a vida humana". Desde quando um bandido tem resgate? Merecem pagar pelo quê fez. Mas a Lei de hoje protege esses sem-vergonha (para não dizer outra coisa).

Ver um bandido em campo será algo ridículo, asqueroso. Patético. Jamais explicado com clareza. É um sentimento de desprazer com o futebol. Esporte querido e admirado por todos. Aguentar um escândalo como este é igual ver os políticos envolvidos no caso do Mensalão serem absolvidos. Política e Futebol estão virando sinônimos. 

E a Justiça? O poder autoritário será derrubado por um time de baixa qualidade? Não é possível. Ou é, não? Afinal, a Justiça de nosso país está indo por água abaixo. Não temos representatividade. 

Parabéns aos envolvidos. O futebol morre mais uma vez. Já não basta vermos aquelas cenas ridículas de "organizadas" invadindo CT, agredindo atletas, ou então ver aqueles machões na Arena Joinville. Ver um pai protegendo ao máximo, com todas as suas forças de um super-herói. Revoltante. 

Prazer, bandido em campo.

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