Luiz Felipe Scolari anunciou a convocação dos jogadores que atuam na
Europa para o amistoso contra a África do Sul, no dia 5 de março. As
grandes novidades da lista foram o lateral-direito Rafinha, do Bayern de
Munique, e o volante Fernandinho, do Manchester City. Ao todo foram 16
convocados até o momento. Felipão completará a lista, que deve ter 18 ou
19 nomes, nos próximos dez dias com os atletas que atuam no futebol
brasileiro.
A grande decepção, talvez, foi a ausência do meia Philippe Coutinho. O atleta vive a melhor fase de sua carreira é inegável. O que ninguém imaginava é que o brasileiro faria tanto sucesso em um curto espaço de tempo. As posições são diferentes, taticamente.
O brasileiro Phillipe Coutinho que carrega nas costas a camisa dez. Chegou em
meados da última época e vem fazendo um bom trabalho. O jogador, que saiu
precocemente do futebol brasileiro rumando à Itália, onde não se firmou, parece
ter encontrado seu verdadeiro lar no velho continente. Até o momento o jogador
é o principal destaque da pré-temporada.
Esse é o melhor esquema para representar o time do Liverpool. Brendan Rodgers tem boas peças ainda a ser encaixadas, caso do bom volante/zagueiro Robinson, Allen e Sterling. Os Reds é um time com excelente vocação ofensiva. Os pontas puxam
para dentro e abrem corredores ao apoio simultâneo dos laterais. A
partir daí, no corredor central, pontas e atacantes ficam
movimentando-se, fazendo trocas, procurando espaços e oferecendo muitas
alternativas de passes.
Já o camisa 25 do Manchester City, dá cobertura ao companheiro Yayá Touré. Assim, o meia tem mais facilidade para atacar. E o brasileiro marca mais. Porém, avança aos poucos e quando os adversários abrem espaços, ele finaliza. Além do mais, Manuel Pellegrini, técnico dos Citizens, afirmou em sua apresentação que os torcedores iriam ver uma equipe atraente, o que não era visto com o Roberto Mancini, ex-City.
A base tática do City é o tradicional 4-4-2 em duas linhas britânicas. Na pré-temporada, a contratação de Fernandinho junto ao Shakhtar
Donetsk, por 40 M €,chamou a atenção e fez com que o futebol
ficasse ansioso para ver como seria a parceria com Yaya Touré. Ambos
marcam bem e têm boa chegada ao ataque, mas têm diferenças: o brasileiro
é mais veloz e o marfinense é mais forte, ou seja, a dupla da volância
sky blues é completa. O camisa 42, que chegou a atuar como meia-atacante no clube, fica mais seguro, preso. O marfinense aparece bem no ataque, mas foca sua
atuação na faixa central do campo e, muitas vezes, facilitando a saída de
bola, recuando para ajudar os zagueiros.
Fernandinho aparece, principalmente, da faixa central para o ataque
dos citzens. A tendência é de que o posicionamento de ambos
fique desta forma. Porém, a alternância natural da dupla, com chegadas
do marfinense no setor ofensivo também irá ocorrer.
Felipão é um pragmático. Ele gosta de ter dois jogadores para cada
posição. Na frente, seu time titular terá Neymar e Fred. Hulk é
um reserva para o lado do campo. Ainda tem o Bernard. Philippe Coutinho não se encaixaria no estilo Felipão de jogar. E outra: Felipão aposta no conjunto. Lembra da Família Scolari, em 2002? Pois é, vai ser assim em 2014. A torcida pedia calorosamente por Romário, o manager disse não. Deu no que deu. Estilo cascudo.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Felipão escolheu Fernandinho. Por quê não o Philippe Coutinho?
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