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sábado, 16 de novembro de 2013

O drama francês

A seleção francesa perdeu, ontem, para a Ucrânia por 2 a 0. Resultado muito ruim para a França. Agora, a equipe precisa vencer por três gols de diferença para se classificar para Copa do Mundo, ou devolver o resultado para levar o jogo para a prorrogação. Se a Ucrânia marcar um, a França precisará de quatro.

Quem decidiu o jogo foi um brasileiro naturalizado ucraniano. Edmar, natural de Mogi das Cruzes. Ele não marcou, mas foi responsável pela assistência no gol de Zozulya, que abriu o placar para os ucranianos, que ainda aumentaram com Yarmolenko, de pênalti.

A última vez que a França ficou fora da Copa do Mundo foi em 1994. Depois disso, conquistou o título em 1998 sobre o Brasil e o vice-campeonato em 2006, mas fracassou em 2002 e 2010, quando sequer passou da primeira fase.

Já a seleção da Ucrânia só pôde participar das eliminatórias a partir de 1995. Antiga parte da União Soviética, a equipe disputou apenas o mundial de 2006 e acabou eliminada nas quartas de final, ficando com a oitava colocação.

O drama foi citado pelo jornal Le Parisien, que citou que a seleção francesa passou por um "inferno" em Kiev, palco da derrota. Um inferno frio, diria. Além disso, o jornal lembrou a histórica derrota em casa para a Bulgária, nas eliminatórias para a Copa de 1994, que deixou a França fora daquela Copa: "O espectro da Bulgária ressurgiu."

O técnico Didier Deschamps mostrou confiança na entrevista coletiva. "Há o segundo passo ainda. Devemos elogiar a Ucrânia. Não estamos em uma boa posição, mas você tem que acreditar. Faremos de tudo para inverter", declarou, em entrevista coletiva pós-jogo.

Porém, a torcida não pensa assim. De acordo com uma pesquisa realizada por um famoso jornal francês, quase 90% não acredita na classificação. Quem seria o culpado? Apenas um nome: Nasri. Ele foi capaz de perder um gol incrível. Caso a França não consiga a vaga, o meia-campista do Manchester City será muito perseguido e a sua volta à seleção poderá ficar mais distante.

Esse drama francês pode ser comparada com a do México. A equipe mexicana estava passando por maus bocados e estara muito perto de não ir à Copa. Demitiu Víctor Vucetich e horas depois, a Federação Mexicana de Futebol (FEMEXFUT), anunciou a contratação do técnico Miguel Herrera, do América para comandar a seleção contra a Nova Zelândia. Surtiu efeito, já que o México goleou os neozelandêses por 5 a 0 e, praticamente, garantiu a vaga para a Copa. Será que a França deveria fazer o mesmo? Dúvida cruel para os próximos dias.

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