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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Entrevista com Thais Grzegozeski


As mulheres não param de ganhar espaço no jornalismo, principalmente no esportivo. Sendo assim, nada mais justo do que entrevista mais uma figura feminina. O nome dela é Thais Grzegozeski, colunista no portal Donas da Bola.

Thais Grzegozeski nasceu em Santa Helena, no Estado do Paraná. Atualmente, mora em Campo Mourão. Gremista declarada, a futura jornalista tem sucesso no ramo que vai seguir. Há poucos dias, ela estreou como colunista da equipe gaúcha no portal Donas da Bola. Neste ano, ela se forma pela UTFPR, em Engenharia Ambiental.

Confira um pouco mais da entrevistada:

Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, quem é Thaís Grzegozeski?
Thaís Grzegozeski: É alguém que arrepia quando ouve o hino nacional no pódio de qualquer esporte, alguém que se sente orgulhosa por qualquer esportista que sonha em vencer, alguém que já foi atleta, mas que agora decidiu continuar no esporte com o jornalismo, porque simplesmente não vive sem ele.

GD: Em que ano ingressou no Jornalismo? Queria ser jornalista desde criança?
TG: Sou caloura no ramo! Acabei de entrar no Donas da Bola, mas sempre fiquei na dúvida sobre o que fazer: jornalismo ou algo na área de biológicas. Foi na hora de prestar vestibular que optei em fazer primeiramente Engenharia Ambiental. Formo-me esse ano na UTFPR e aí sim começarei Jornalismo. Sempre amei esportes e como minha carreira no futsal terminou aos 17 anos devido à faculdade, é pro jornalismo esportivo que seguirei!

GD: Atualmente, você está no portal Donas da Bola. Como você recebeu o convite? Qual foi a sensação?
TG: Como eu as sigo há um tempo e acho ótima a ideia do projeto, uma vez me ofereci a ajudar no que fosse (risos), mas não recebi resposta. Um dia eu estava assistindo à semifinal do Gauchão, no qual o Grêmio jogava com o Brasil de Pelotas, e percebi que meu celular tocou, mas nem dei importância porque o jogo não me permitia. No final do jogo junto com a vitória vejo que eram elas entrando em contato comigo para eu fazer parte e ser colunista falando do meu Imortal. Claro que aceitei na hora e estou mega feliz por poder fazer parte do projeto incrível que já é.

GD: Você escreve sobre o Grêmio e é gremista. Como surgiu essa paixão? Seus pais são gremistas?
TG: Meu pai é gremista e a grande parte da minha família também, veio de berço. Tenho fotos de criança com o uniforme completo do Tricolor. Com meus 5 anos já via o Grêmio ser campeão da Libertadores com Paulo Nunes e Danrlei. Aquilo me deixava super empolgada. Depois disso continuei com o Grêmio, mas sem tanto afinco até a memorável Batalha dos Aflitos, aquele jogo fez eu nunca mais desistir do jornalismo nem de seguir meu Grêmio pra onde fosse.
 
GD: Tem um dia fixo para postar no Donas da Bola?
TG: Não, não tenho dia fixo. Tento escrever quando tem algo que eu acho relevante, como os pré-jogos, pós-jogos, datas e acontecimentos importantes. Como ainda estou na faculdade e ela é integral, não é todo o dia que consigo escrever, mas sempre que der tempo um texto novo estará lá.


GD: Quem são os jornalistas e/ou profissionais da comunicação que mais admira?
TG: Tenho vários, mas as mulheres do esporte são meus maiores exemplos e rumos a seguir. Mylena Ciribelli é a primeira memória feminina de esporte e quem tenho muito respeito, mas para mim, o maior nome é Glenda Kozlowski, exemplo de atleta e de profissional que nunca deixou de amar seu time mesmo tendo que falar de outros, de fazer muito bem o que precisa e sempre em alto astral, e sim, isso passa pela TV e a gente sente! Lembro dela no GE (Globo Esporte), quando eu voltava da escola correndo pra não perder nada, das coberturas de Olimpíadas e Copa do Mundo! E pessoalmente... é de um coração gigante, um exemplo de mulher e que tenho a honra de conhecer e ter perto.

GD: Você acredita que um jornalista esportivo deve assumir seu time de coração?
TG: Acho que deve assumir sim! É hipocrisia um jornalista que ama seu time dizer que não tem um time definido, ou coisas do tipo, só por ser jornalista. Claro que com isso vem as criticas e as chacotas, mas é normal do futebol! Quando você está designado a falar exclusivamente do seu próprio time o coração pode entrar no texto, não tem porquê da imparcialidade, porém quando você tem que falar da partida em si a imparcialidade deve ser o pilar.

GD: Na sua opinião, a cobertura esportiva brasileira é satisfatória? Não faltaria, por exemplo, um pouco mais de jornalismo investigativo?
TG: É satisfatória em partes! Sabe-se muito sobre os esportes mais conhecidos e praticados, mas tem tantos outros esportes e atletas que têm um grande potencial e nunca são lembrados, ou só são lembrados quando ganham algo, mas a luta para chegar ao pódio ninguém viu.

GD: Mudando de assunto, Felipão é mesmo o técnico ideal para a Copa 2014?
TG: Confio muito nele, ele me traz ótimas lembranças! No Grêmio ele nos ajudou a conquistar uma Libertadores, uma Copa do Brasil e um Campeonato Brasileiro, e ainda a incrível Copa do Mundo de 2002! A Família Scolari provou que ele é capaz de fazer um time focado e unido para um título. Quando divulgaram que ele seria o técnico com o Parreira de auxiliar, eu achei ótimo e mostrou com a Copa das Confederações do ano passado que vem forte da Copa! O Hexa vem aí!

GD: Qual jogador você vê como uma aposta do futebol atual e poderia ser levado para a disputa da Copa?
TG: O futebol brasileiro é complicado, são vários ótimos jogadores atuando pelo Mundo e até alguns nem ficamos sabendo! Mas dos que atuam aqui eu tenho três: o Elias do Flamengo, Walter do Fluminense e o Luan do Grêmio! Estão despontando agora e se continuarem nesse ritmo acho que talvez mereceriam uma vaguinha!

GD: Neymar é a estrela do atual futebol brasileiro. Você acha que ele pode se tornar um dos melhores jogadores do mundo com essa transferência para a Europa?
TG: Ele tem potencial para isso! Essa transferência foi muito importante para ele crescer como jogador e ser mais ‘visto’. Convenhamos que jogadores que atuam no Brasil não ganham muita visibilidade lá fora, e quando ganham são levados daqui!

GD: Qual a sua opinião a respeito dos Estaduais? Devem ser ignorados pelos clubes?
TG: Acho que não devem ser ignorados, são uma boa pré-temporada e uma boa chance para se estudar o time para o resto do ano! Porém, deveria ser estudada uma melhor forma de disputa, com menos jogos talvez, para não ficar tão exaustivo!

GD: O que deve ser feito para aumentar o público nos Estaduais?  
TG: Com novos estádios e preços altos, creio que um marketing bom e uma diminuição ou promoção desses preços levaria o torcedor a participar mais. Muitos querem ver seu time de perto, mas nem todos podem bancar isso.

GD: As torcidas organizadas atrapalham ou ajudam o futebol?
TG: Torcidas organizadas ajudam o futebol, o que atrapalha o futebol são algumas pessoas, que nem podem ser chamadas de torcedores, que não vão ao estádio para apoiar seu time, que vandalizam e acabam com o espetáculo.

GD: Sobre o Futebol Gaúcho, Grêmio e Internacional são as principais equipes. O Grêmio disputa a Libertadores e o Inter disputará a Copa do Brasil. Como você avalia essas duas equipes?
TG: A Libertadores é um dos campeonatos de futebol mais difíceis do mundo. Muito pegado, muito suado, com distâncias longas. Um torneio a ser levado muito a sério, há um certo padrão entre os times e por isso não existe um favorito. A Copa do Brasil também é complicada devido a serem jogos eliminatórios, sempre mata-mata, mas a qualidade dos times oscila muito e os times grandes tendem a serem os favoritos. Claro que sempre há surpresas! Vejo o Inter com um elenco bom, um ótimo técnico e um dos favoritos a Copa do Brasil. Confio muito no meu Grêmio, o elenco e o técnico também são ótimos, mas não arrisco em falar que é um dos favoritos da Libertadores, mas que vamos ganhar, isso vamos!

GD: Qual é a sua avaliação sobre o Futebol Gaúcho como um todo? Deve melhorar em algum quesito?
TG: Eu, particularmente, amo o futebol gaúcho! É um futebol muito na paixão e na raça. Os times do interior nunca chegam para brincadeira, Juventude e Caxias são ótimos exemplos e já levaram a taça. Temos times em todas as séries do Campeonato Brasileiro. Nos últimos anos o Gauchão está sendo em turno único, o que melhora a questão do desgaste físico, antigamente era em dois turnos e prejudicava quem tinha outros campeonatos para disputar.
GD: No atual mercado futebolístico, estamos vivenciando uma nova geração de técnicos. Qual destes mais te agrada? 
TG: Acho importantíssimo que novos técnicos apareçam, traz um futebol moderno para o campo. O próprio Enderson [Moreira] do Grêmio é um exemplo, trabalhando muito bem com o time e dando bons resultados, e também tem o [Gilson] Kleina do Palmeiras que vai levar o time longe
GD: Qual seu conceito sobre a participação das mulheres no jornalismo esportivo?
TG: Já foi o tempo que somente homem gostava de esporte e que mulher não entendia nada sobre isso. Cada vez mais as mulheres colocam a sua opinião, participam, vão aos estádios, quadras, e falam de igual para igual com homens. Nós estamos ganhando nosso lugar e no esporte não será diferente.
GD: Em relação à Copa de 2014, quais são as suas impressões ou constatações? A organização do Brasil, ao final da Copa, poderá ser digna de aplausos?
TG: Sou suspeita para falar sobre a Copa, estou tão empolgada que até me inscrevi e serei voluntária durante os jogos em Curitiba. Claro que a Copa trouxe outros problemas para discussão, mas acho importante para um país como o nosso. Um dos problemas do país é a corrupção e ela faz com que falte estrutura para outras coisas, infelizmente. Acredito e estou na torcida para que o país surpreenda, e eu vou ajudar nisso!
GD: Para finalizar, deixe um recado para os nossos leitores que querem seguir a área do jornalismo, defina como é trabalhar no Donas da Bola e conte aos leitores o que pode esperar de seu trabalho no portal.
TG: Trabalhar no Donas da Bola é um pedaço do meu sonho concretizando, dou e sempre darei o melhor de mim. É com muita alegria que escrevo, leio, assisto aos jogos, não há nada melhor que fazer o que se quer com alegria. Sempre estou aberta a sugestões e críticas, isso é fundamental para a evolução. Tenham certeza que todas trabalham no Donas da Bola com amor, é isso que me move. Meu recado é para todos, não somente quem quer ser jornalista. Vá e faça o que você sonha, não desista, seja o que quiser ser, mas lembre-se que não cai nada do céu, então lute pelo seu ideal que ele virá, não duvide!

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