O Campeonato Brasileiro da Série B começou quente na noite passada. Joinville e Portuguesa se enfrentaram por apenas 16 minutos. Porém, antes da bola rolar, a Lusa "descobriu" uma nova liminar, que poderia novamente colocá-la na Série A. Assim, não enfrentaria o clube catarinense. Houve mudança de postura, e os jogadores entraram em campo.
Aos 16 minutos do primeiro tempo, uma determinação da Justiça obrigou com que o confronto fosse paralisado na Arena. Sendo assim, sob vaias da torcida presente, a arbitragem chamou as duas equipes e a partida foi interrompida.
O fato ocorreu por causa de uma liminar concedida pela 3ª Vara Cível de
São Paulo nesta quinta-feira, que anulava a decisão do STJD na qual a
Portuguesa perdeu quatro pontos por causa da escalação de um jogador
irregular e acabou sendo rebaixada para a segunda divisão. Com a
novidade, o clube do Canindé não poderia iniciar a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro.
Sem aceitar a ordem, o time do Joinville permaneceu no gramado e foi
surpreendido com mais uma determinação, desta vez por parte da CBF. O
presidente do clube catarinense, Nereu Martinelli, entrou no gramado e
comunicou ao delegado da partida que, por telefone, um comunicado da
entidade responsável pelo futebol brasileiro indicava a continuidade do
duelo. Apesar da segunda ordem, o time da Portuguesa permaneceu nos vestiários, indicando que não voltaria para o confronto.
Resultado: a Portuguesa não entrou no gramado, a torcida reclamou (e com razão) e o jogo foi encerrado. Após a partida, o presidente do STJD, Flávio Zveiter, já avisou que o clube está sujeitos a pesadas sanções por sua atitude. Segundo ele, a partida poderia ocorrer 'normalmente'.
Esta batalha de liminares desde o ano passado, quando a Lusa foi punida por ter colocado em campo o atacante Héverton, beneficiando assim o Fluminense, que nos moldes do gramado foi o real rebaixado.
Porém, outros casos assolam o futebol e deixam claro que a CBF, entidade maior do futebol nacional, está de mal à pior.
Em 1972, uma reportagem da Veja, divulga que o ABC-RN foi severamente punida. Veja abaixo:
O América-RJ foi 3º no Brasileiro de 86. Quando o Clube dos 13 foi criado e
gerou a Copa União ignorando o mérito, o América não aceitou jogar o Módulo
Amarelo por considerar que não deveria jogar a "segunda divisão".
Clube foi punido e nunca mais se recuperou. Hoje disputa a Segunda Divisão do
Carioca.
Na última rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro de 1989 (21 e 22 de outubro), vários clubes
disputavam as últimas vagas do grupo B, mas apenas o jogo entre Coritiba e Santos
estava marcado para o sábado. O Coritiba conseguiu uma liminar na justiça
garantindo que o seu jogo acontecesse no domingo, no mesmo dia e horário dos
demais jogos decisivos. A CBF cassou a liminar, mas esta informação teria
chegado à Federação Paranaense de Futebol após o horário de expediente. O
Coritiba não compareceu ao estádio no horário anteriormente marcado, e por isso
foi punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva da CBF com a derrota, a perda de
mais 5 pontos e a eliminação sumária do campeonato, com o conseqüente
rebaixamento para a Série B no ano seguinte.
Assim, apenas 5 clubes disputaram o "torneio da morte", sendo
rebaixados Atlético Paranaense, Guarani e Sport (mais o Coritiba).No final da década de 1980 e início da década de 1990, inicia-se uma fase de renascimento do América-MG, com forte retomada dos investimentos nas categorias de base e contratações de bons jogadores. Ano após ano, o América foi ganhando força, em 1992 obteve acesso ao Campeonato Brasileiro da Série A e finalmente voltou a conquistar o Campeonato Mineiro, em 1993, após 22 anos de espera. Em 18 jogos, o América obteve 11 vitórias, 6 empates e apenas 1 derrota, para o Valério, no primeiro turno. Porém, injustiçado por um estranho regulamento, o América foi rebaixado em 1993 no Campeonato Brasileiro, apesar de ter obtido a 14ª posição em um torneio com 32 equipes. A diretoria resolveu ingressar na justiça comum e o clube foi punido pela CBF, ficando impedido de disputar os torneios por ela patrocinados de 1994 até 1996.
O novo presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, avisou que qualquer clube que entrar com uma ação na Justiça Comum será punido severamente. É a CBF privilegiando os clubes grandes e fazendo do futebol um circo. Os palhaços do picadeiro são os representantes desta entidade podre.
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