Fonte: UOL |
Foi em 2007 que o dilema nasceu. A Copa no Brasil. A multidão comemorou, eufórica. Depois, com o passar do tempo, e as obras começando atrasadas, a visão do povo brasileiro mudou. Alguns questionamentos surgiram, como esta "Como seria a Copa?"
Desde o princípio, nossos representantes disseram que não haveria gasto de dinheiro público. Falácia. Até parece que eles não iriam pegar as nossas taxas para construir estádios. Deu no que deu. O orçamento da Copa do Mundo é de R$ 25,5 bilhões, dos quais R$ 3,7 bilhões são oriundos da iniciativa privada.
Como eu disse aqui mesmo no meu espaço, "O Brasil sofre para entregar tudo o que fora prometido dentro do prazo
ideal. A Fifa, entidade maior do futebol, vai fazendo uma pressão
dolorida, para ver se o país entra no eixo".
Além da Copa em si, devemos dizer que os legados implantados pela presidente Dilma Rousseff não está nem perto de 50%. O sistema de transporte não existe. Os metrôs não são os melhores, os aeroportos não estão pronto, e ainda recebem uma péssima avaliação de conforto, sistema wi-fi, atendimento. Para ser irônica, ou não, a Dilma implantou a #CopadasCopas. Parece está rindo da nossa cara.
Ano passado, o clima esquentou. As ruas borbulharam com as manifestações populares em busca de melhorias
dos serviços públicos, os governantes viram seus índices de aprovação
despencarem. A queda de popularidade não ficou adstrita a um cargo ou a
um partido, ao contrário, atingiu em cheio todos os governantes, de
todas as agremiações partidárias.
Em recente pesquisa, o Ibope apontou que 66% da população aspira por mudanças no próximo governo. Dilma e o PT têm tido pesadelos com a forma que alguns setores da
sociedade têm encarado a realização da Copa do Mundo no Brasil, às
vésperas das eleições. Alguns setores já iniciaram o movimento “Não vai
ter Copa”. O Governo Federal, em sua réplica impensada, lançou o "Vai Ter Copa".
O governo persegue dois objetivos: quer prestar esclarecimentos sobre os
gastos que realiza para organizar a Copa e deseja realçar a importância
do evento para o país.
Caso o Brasil vença a Copa, é natural que a sensação de autoestima da
população se eleve, trazendo mais tranquilidade aos governantes. Sendo assim, o atual governo do PT pode continuar no ápice. Por
outro lado, caso o Brasil perca, a população tende a se revoltar e se
perguntar se valeu a pena gastar tanto dinheiro para a realização do
campeonato, enquanto sofremos com serviços públicos de péssima
qualidade. Além disso, as manifestações irão aumentar. E uma mudança no sistema político pode ocorrer.
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