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domingo, 27 de abril de 2014

A atitude de Paulo Nobre mostra que ele não é nobre

Não deu. Alan Kardec é o mais novo jogador do São Paulo. Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, confirmou na noite deste sábado a contratação de Alan Kardec. No Morumbi, o atacante deve receber R$ 350 mil por mês, quase R$ 100 mil a mais do que o Palmeiras oferecia.

O Palmeiras perde mais um de seus ídolos, assim como perdeu Cafu, Edmundo, Evair e Barcos. O caso do argentino foi o mais patético no mundo futebolístico. A negociação entre Grêmio e Palmeiras movimentou cerca de 7 milhões de euros (R$ 18,5 milhões). Desse total, foi para o caixa do clube paulista R$ 4 milhões. Cerca de R$ 1,3 milhão caberia a Barcos como pagamento da dívida referente a direitos de imagem que o clube paulista tem com ele. Além disso, 5 jogadores do Tricolor Gaúcho vieram para o Palmeiras: o zagueiro Vilson, que está na Alemanha, os meias Léo Gago, Rondinelly e Fábio Rochemback, que hoje defende um time do Chipre, e o atacante Leandro.

A diretoria alviverde não é imponente. Como pode perder um dos seus principais atacantes? Foram 24 gols marcados em 46 jogos. Destaque da equipe na Série B e no Paulistão. Porém, ela [a diretoria] vai ter que arcar com a pressão da torcida que vem pela frente. Antes do jogo contra o Fluminense, na noite de ontem, a reação das arquibancadas era de revolta com o presidente Paulo Nobre, com gritos como: "Ei, você aí, renova com o Kardec e volta para o rali". Após a derrota por 1 a 0, os protestos aumentaram. "Diretoria, vai se f..., com esse time, a gente volta para a Série B". 

Nobre se refere àquilo que é digno, celebridade, soberano. O presidente não foi. Perde Alan Kardec para o seu principal rival (depois do Corinthians, obviamente). Quem ganha é o Tricolor Paulista, que agora terá Pato, Luís Fabiano e Kardec no ataque. 

Apesar da saída de Kardec, o Palmeiras terá que se reconstruir e implantar uma nova filosofia: não depender do atacante. Na derrota de ontem, foi nítida a sensação de dependência e agonia dos jogadores por não terem o atacante. 

Paulo Nobre foi humilde. A torcida será altruísta, e uma violência por parte da torcida organizada pode ocorrer num estalar de dedos. Por isso, uma nova filosofia tem que ser deixada de lado: o tal do contrato de produtividade. Tem que ter cláusula de incompetência e propaganda enganosa, para alijar essas mediocridades do cenário. Só assim o clube pode ir adiante e não viver mais uma fase trágica na sua história. 

O hino do alviverde serve de incentivo para a diretoria:

E o Palmeiras no ardor da partida,
Transformando a lealdade em padrão.
Sabe sempre levar de vencida
E mostrar que, de fato, é campeão!

E que a torcida continue vibrando e cantando. 

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