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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Bruno de volta ao futebol. Surreal? Não.

Sabemos o quão é importante e apaixonante o futebol. Essa simples modalidade que tem como função correr atrás de uma esfera, nos revela um sentimento indescritível. Além disso, nos revela grandes ídolos, seja estes goleiros, zagueiros, meias, atacantes, ou até técnicos. 

Há um tempo, o Brasil tinha um grande goleiro como ídolo. Bruno. Defendeu Atlético-MG, Flamengo e Corinthians. Foi no clube carioca que ele ganhou mais respaldo. Conhecido pela sua elasticidade, o goleiro era admirado pelos torcedores e membros da comissão técnica. 

Entretanto, isso mudou. Em 2010, famoso, ele cometeu um crime. Ele fora acusado da morte da mãe de um filho dele. Notícia que assustou a todos. Ninguém esperava ver uma ação tão forte. O corpo de Eliza Samudio, que desapareceu em 2010, ainda não foi encontrado.

O goleiro cumpre pena de 22 anos e três meses de prisão em regime fechado. Ele só pode pedir mudança para o regime semiaberto em janeiro de 2020. Muito pouco, afinal foi a vida de um ser humano que estava em jogo. E não era um jogo com torcida, bandeiras, gramado, traves e bola. Um estilo diferente. Churrasco, bebidas, drogas e a morte. 

Depois de ser preso, vieram as famosas especulações de que o ex-goleiro poderia voltar a jogar. Escárnio. Isso está bem próximo de acontecer, acreditem. O Montes Claros está próximo de fechar contrato com o clube que disputa o Módulo II (que equivale à segunda divisão). Fim do futebol e da Justiça. 

Como pode um presidente e membros do conselho administrativo aceitar um presidiário em campo? Não, não é primeiro de abril (Dia da Mentira). É a mais pura verdade. Ainda por cima, para rirem da nossa cara (já não basta sermos palhaços nas questões sociais as quais estamos envolvido), o presidente do clube mineiro, Vile Mocellin, divulgara o salário e a multa rescisória, R$1.430,00 mensais e R$ 2,86 milhões, respectivamente. Além disso, o presidente diz que quer "resgatar a vida humana". Desde quando um bandido tem resgate? Merecem pagar pelo quê fez. Mas a Lei de hoje protege esses sem-vergonha (para não dizer outra coisa).

Ver um bandido em campo será algo ridículo, asqueroso. Patético. Jamais explicado com clareza. É um sentimento de desprazer com o futebol. Esporte querido e admirado por todos. Aguentar um escândalo como este é igual ver os políticos envolvidos no caso do Mensalão serem absolvidos. Política e Futebol estão virando sinônimos. 

E a Justiça? O poder autoritário será derrubado por um time de baixa qualidade? Não é possível. Ou é, não? Afinal, a Justiça de nosso país está indo por água abaixo. Não temos representatividade. 

Parabéns aos envolvidos. O futebol morre mais uma vez. Já não basta vermos aquelas cenas ridículas de "organizadas" invadindo CT, agredindo atletas, ou então ver aqueles machões na Arena Joinville. Ver um pai protegendo ao máximo, com todas as suas forças de um super-herói. Revoltante. 

Prazer, bandido em campo.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

China mostra um legado interessante para o Brasil.

China e futebol. Hoje, são sinônimos. Antigamente, não chegava nem perto. 

Os chineses são apaixonados por futebol. A cultura de lá é diferente daqui, obviamente. Lá, eles apostam no Xadrez, um esporte cujo não é muito praticado aqui. Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para chutar a cabeça dos soldados inimigos. A cabeça, hoje, é a bola.

A seleção chinesa de futebol foi oficialmente fundada em 1924 e afiliou-se à FIFA em 1931. Sua primeira participação em Copas do Mundo foi em 2002. Na competição nacional, são 18 equipes participantes. As mais principais são o Shandong Luneng, Shangai Shenua e Guangzhou Evergrande. 

Os jogadores brasileiros estão migrando para o lado de lá. O investimento no esporte é astronômico. Mas isso ocorre porque o país cresce muito no setor econômico. 

Com tanto dinheiro que os donos dessas equipes ganham, eles olham muito bem para o Brasil. Pois eles sabem que aqui é o país do futebol. 

Não é à toa que muitos jogadores saíram daqui e migraram para o outro lado do planeta. Caso de Vagner Love, Aloísio, Júnior Urso, Elkeson, Paulo André. Além disso, temos o técnico Cuca treinando o Shandong Luneng. Juvenal Juvêncio, hoje presidente do São Paulo, pode ser o novo comandante administrativo da equipe chinesa. Basta aceitar a proposta. Hernane Brocador quase foi para lá, mas os chineses não cumpriram o acordo, e ele ficou no Flamengo.

A Rússia também aposta bilhões nesse mercado futebolístico. Zenit e CSKA Moscou são bons exemplos. Hoje, alguns jogos desse campeonato são televisionados. Fato histórico.

Porém, algo deve ser analisado fria e calmamente: como a China cresceu tanto no futebol? Seria um investimento pesado que o país faz para se desenvolver no futebol, e isso atrai também os criminosos que querem se aproveitar disso, ou nada mais é do que uma grande lavanderia de dinheiro? 

Mais estranho seria se houvessem casos de corrupção num país tão autoritário. Difícil saber. Todavia, o mais certo a se dizer é que os chineses estão desfrutando do melhor esporte. E do melhor dinheiro. Afinal, lá tem padrão Fifa, e não é só nos estádios, que possuem uma média de 50.000 lugares. Lá, o sistema educacional, da saúde, segurança e dos transportes é de dar inveja em qualquer um. 

Aprendam com eles essas questões citadas acima. Pois eles estão aprendendo com a gente a desenvolver um bom futebol para todos.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Flamengo enfrenta Emelec para devolver o troco de 2012

Hoje o Flamengo enfrenta o Emelec, às 21h45, no Maracanã. O jogo é válido pelo Grupo 7 da Libertadores. O clube carioca conta com o apoio da torcida para vencer o rival equatoriano. Mais de 30 mil ingressos já foram vendidos. A motivação para vencer é ainda maior após aquele jogo tenso de 2012. No dia 04 de abril de 2012, as duas equipes se enfrentaram no estádio George Capwell. O jogo terminou 3 a 2 para os donos da casa. O jogo fora válido pela fase de grupos. Para se classificar no Grupo 2, o Flamengo dependia de um milagre na última rodada. Além de vencer o já classificado Lanús, no Engenhão, precisaria torcer por um empate entre Olimpia-PAR e Emelec.

No Engenhão, o rubro-negro venceu por 3 a 0. No campo, reunidos, os jogadores do Flamengo ficaram sabendo que, a dois minutos do fim do jogo no Paraguai, o Emelec virara a partida para 2 a 1. De repente, time e torcida explodiram em comemoração ao saber que, aos 46, o Olimpia empatara. Ao vivo, Leonardo Moura acompanhava os minutos finais com o áudio do canal Fox Sports. Falava da felicidade pela classificação, mas logo escutava que o Emelec, aos 47, passara novamente à frente.

Porém, hoje, os momentos são diferentes. O Flamengo passou por um processo de reformulação mais intensa. Não tem Vagner Love, Ronaldinho Gaúcho, Joel Santana. Jayme de Almeida, atual técnico do Fla, aposta em Hernane, Everton, Elano, Lucas Mugni. É um elenco mais jovem, se comparado à 2012. Além disso, o Maracanã impõe medo sobre qualquer adversário. Mas Hernane é uma incógnita para este jogo. O atleta está sendo negociado com um clube chinês, o Shangai Shenhua.

Brocador só entrará em campo se o Shangai Shenhua não der garantias bancárias ao Flamengo do pagamento de 3,5 milhões de euros (R$ 11,2 milhões) por 50% dos direitos econômicos do jogador. Caso isso tudo seja resolvido momentos antes da partida começar, Alecsandro irá substituir o ídolo da torcida.

Por sua vez, o Emelec traz ao Rio oito dos onze jogadores que iniciaram como titulares no jogo contra o Olimpia, em 2012. Uma assombração. Talvez aconteça o mesmo que acontecera à época. Ou o feitiço pode virar contra o feiticeiro. Além disso, um outro fator que pode fazer com que os torcedores do Flamengo fiquem com a pulga atrás da orelha, é que o clube equatoriano não perde desde setembro do ano passado e está invicta há 15 jogos, sendo 14 do Campeonato Equatoriano e um pela Libertadores.

O Flamengo busca a primeira vitória nessa edição da Libertadores. Na rodada passada, o León-MEX derrotou o clube carioca por 2 a 1. Enquanto isso, o Emelec venceu o Bolívar por 2 a 1. León e Emelec dividem a liderança do grupo.

Atualmente, o Flamengo possui mais time que o Emelec. Todavia, o jogo é jogado. O mesmo se dizia há 2 anos. Pelo fato do rubro-negro ter tido à época Ronaldinho Gaúcho, os torcedores e alguns membros da imprensa afirmaram que o jogo seria fácil para os comandados de Joel Santana. Não é bem, não foi assim. A cautela é a base de tudo. Com isso, entramos no clichê futebolístico: "Jogar com humildade"

Escalações: 
Flamengo: Felipe, Léo Moura, Wallace, Samir e André Santos; Cáceres, Muralha, Elano e Lucas Mugni; Everton e Hernane (Alecsandro).

Emelec: Dreer, Achilier, Guagua, Nasuti e Bagüi (Giménez); Pedro Quiñónez, Gaibor, Mena, Bolaños e Mondaini (Caicedo);  Stracqualursi.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Alan Kardec é a esperança da Seleção Brasileira

Melhor atacante do Brasil em atividade. Não é exagero e, sim, realidade. Alan Kardec vem sendo a esperança para o Palmeiras e talvez para a Seleção Brasileira. A boa fase vivida no Palmeiras aumenta a expectativa criada em torno do nome do atacante para estar na lista final de Felipão. E seria merecido. Afinal, em 38 jogos pelo Verdão, o atacante fez 19. É a melhor fase de sua carreira. Quando jogou no Santos e Vasco, teve altos e baixos. Pelo Benfica, de Portugal, também passou por esses momentos de turbulência.

Porém, a concorrência para estar na lista final de Luis Felipe Scolari é muito grande. Já temos nomes certos, como Hulk e Neymar. Além disso, tem Jô e Diego Tardelli, ambos do Atlético-MG, que vivem uma boa fase. Hernane, do Flamengo, e Walter do Fluminense correm por fora. O retorno de Adriano Imperador ao futebol fez com que os rumores da volta dele à Seleção também fosse questionada. Isso acontece porque o setor ofensivo é deficitário. Não temos bons atacantes como há 5, 10 anos. 

Na Copa do Mundo de 2002, tínhamos um setor magnífico. Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Luizão, Edílson e Denílson. Atacantes que sabiam empurrar a bola para o fundo das redes. Hoje, é difícil encontrarmos um jogador que faça isso. A maioria deles buscam o jogo na intermediária, e isso não é uma função correta. Cabe ao meio-campista trabalhar a bola e colocar o atacante na cara do gol. 

Felipão é um técnico observador e sabe quem vai ou não ser convocado. Porém, vale recordar que na Copa de 2002, os torcedores pediram, suplicaram para que Romário fosse convocado. Apesar de toda pressão feita, o técnico gaúcho não convocou-o e fez com que a torcida tivesse uma rusga com ele [Felipão]. Embora sofresse uma pressão vinda de todos os lados, a Seleção Brasileira conseguiu o Penta. Logo, toda pressão exercida pelos torcedores e dirigentes, principalmente do Palmeiras, pode não surtir na convocação do atacante. Caso não aconteça essa convocação, temos que ficar satisfeitos com que teremos. Todavia, seria um golaço a presença dele na lista.  

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Pato chega motivado no São Paulo. Mas a torcida tem que ter calma

Alexandre Pato foi apresentado oficialmente, ontem, como novo reforço do São Paulo. Em sua apresentação, o atacante se diz motivado em jogar em uma grande equipe, como o Tricolor Paulista. Além disso, a foto acima representa um pouco do que Pato pretende fazer pelo São Paulo. A demonstração de raça, vontade, garra, determinação. Porém, vale lembrar que o atacante queria fazer tudo isso no Corinthians. Deu no que deu. Nada disso fora feito e o atacante foi emprestado ao maior rival.

O camisa 11 do São Paulo tem uma rusga com o goleiro Rogério Ceni, desde os tempos de Corinthians. Principalmente na semifinal do Paulista e no Campeonato Brasileiro. Os dois envolvidos são batedores oficiais de pênalti. Porém, o jovem atacante disse que quem será o batedor oficial será o goleiro. 

Pato chegou pressionado. No jogo de quinta-feira passada, contra o Paulista de Jundiaí, no Morumbi, a torcida organizada protestou contra à diretoria, que havia feito a troca de Jadson por Pato. Jadson está no Corinthians. Muricy Ramalho, na entrevista coletiva, disse que o jogador seria importante para o grupo.

O atacante, que ainda projeta Copa do Mundo, não vai ter vida fácil no São Paulo. Ainda mais por vir de um clube rival. O torcedor até pode criar esperança, entretanto terá que ter muita cautela. Afinal, ele foi muito criticado quando perdeu aquele pênalti ridículo contra o Grêmio, quando defendia o Corinthians, pela Copa do Brasil.

O novo reforço não poderá jogar o Campeonato Paulista, pois já atuara três vezes pelo Corinthians. Assim, ele pode reforçar a equipe na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro. Além disso, o atleta não pode enfrentar o seu ex-clube, todavia na entrevista coletiva, Pato afirmou que independente do dinheiro a ser pago para o Timão, ele quer jogar.

Torcedor são-paulino, Pato dará certo no São Paulo ou foi uma ação equivocada pela diretoria? Dê a sua opinião.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Organização da FPF é falha

Ontem, tivemos o complemento da rodada 7 do Paulistão Onix. Foram três jogos: Santos 2 x 0 Comercial; São Bernardo 3 x 1 Atlético Sorocaba; e Paulista 1 x 2 Penapolense. Porém, ontem, também teve a inauguração da fase de grupos da Libertadores, com dois times brasileiros estreando. O Botafogo venceu o San Lorenzo por 2 a 0, no Maracanã, e o Atlético-MG venceu fora de casa o Zamora-VEN por 1 a 0, com de Jô aos 42 minutos do segundo tempo.

O mais curioso é a falha da FPF(Federação Paulista de Futebol). Hoje, quarta-feira, é um dia conhecido por ter jogos à noite, nos canais abertos (Band e Globo). Na Libertadores, não há nenhum representante paulista, fato que não acontecia desde 1998. Ou seja, a Globo SP não transmitirá a competição, salvo para os estados RJ, MG, PR e RS, cujos representantes estão na competição. Pelo RJ, temos o Flamengo. Em Belo Horizonte, temos Atlético-MG e Cruzeiro. Já em Curitiba, temos o Atlético-PR. E, por fim, temos em Porto Alegre o Grêmio. A Band não tem direitos de transmitir a competição. Assim, como de costume, passará filmes. E a Globo não ficará atrás. 

Perceberam a falha da FPF? Não?! Explico.

A FPF poderia colocar o jogo do Santos para essa quarta-feira. Assim, as emissoras citadas acima transmitiram a partida. E a audiência seria, talvez, maior, se comparada à uma exibição de filmes/séries. Porém, a entidade do futebol paulista apresenta um desserviço aos telespectadores. Os mesmos não terão o que ver na TV aberta. Já os assinantes de operadoras de TV à cabo, poderão desfrutar da Fox Sports, emissora que passará todos os jogos da competição. Outra emissora que transmitirá, também, a Libertadores é o SporTV.

Parabéns à FPF. "Honrando" o compromisso para com os torcedores e telespectadores.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Felipão escolheu Fernandinho. Por quê não o Philippe Coutinho?

Luiz Felipe Scolari anunciou a convocação dos jogadores que atuam na Europa para o amistoso contra a África do Sul, no dia 5 de março. As grandes novidades da lista foram o lateral-direito Rafinha, do Bayern de Munique, e o volante Fernandinho, do Manchester City. Ao todo foram 16 convocados até o momento. Felipão completará a lista, que deve ter 18 ou 19 nomes, nos próximos dez dias com os atletas que atuam no futebol brasileiro.

A grande decepção, talvez, foi a ausência do meia Philippe Coutinho. O atleta vive a melhor fase de sua carreira é inegável. O que ninguém imaginava é que o brasileiro faria tanto sucesso em um curto espaço de tempo. As posições são diferentes, taticamente.

O brasileiro Phillipe Coutinho que carrega nas costas a camisa dez. Chegou em meados da última época e vem fazendo um bom trabalho. O jogador, que saiu precocemente do futebol brasileiro rumando à Itália, onde não se firmou, parece ter encontrado seu verdadeiro lar no velho continente. Até o momento o jogador é o principal destaque da pré-temporada.

Esse é o melhor esquema para representar o time do Liverpool. Brendan Rodgers tem boas peças ainda a ser encaixadas, caso do bom volante/zagueiro Robinson, Allen e Sterling. Os Reds é um time com excelente vocação ofensiva. Os pontas puxam para dentro e abrem corredores ao apoio simultâneo dos laterais. A partir daí, no corredor central, pontas e atacantes ficam movimentando-se, fazendo trocas, procurando espaços e oferecendo muitas alternativas de passes.

Já o camisa 25 do Manchester City, dá cobertura ao companheiro Yayá Touré. Assim, o meia tem mais facilidade para atacar. E o brasileiro marca mais. Porém, avança aos poucos e quando os adversários abrem espaços, ele finaliza. Além do mais, Manuel Pellegrini, técnico dos Citizens, afirmou em sua apresentação que os torcedores iriam ver uma equipe atraente, o que não era visto com o Roberto Mancini, ex-City.

A base tática do City é o tradicional 4-4-2 em duas linhas britânicas. Na pré-temporada, a contratação de Fernandinho junto ao Shakhtar Donetsk, por 40 M €,chamou a atenção e fez com que o futebol ficasse ansioso para ver como seria a parceria com Yaya Touré. Ambos marcam bem e têm boa chegada ao ataque, mas têm diferenças: o brasileiro é mais veloz e o marfinense é mais forte, ou seja, a dupla da volância sky blues é completa. O camisa 42, que chegou a atuar como meia-atacante no clube, fica mais seguro, preso. O marfinense aparece bem no ataque, mas foca sua atuação na faixa central do campo e, muitas vezes, facilitando a saída de bola, recuando para ajudar os zagueiros.

Fernandinho aparece, principalmente, da faixa central para o ataque dos citzens. A tendência é de que o posicionamento de ambos fique desta forma. Porém, a alternância natural da dupla, com chegadas do marfinense no setor ofensivo também irá ocorrer.

Felipão é um pragmático. Ele gosta de ter dois jogadores para cada posição. Na frente, seu time titular terá Neymar e Fred. Hulk é um reserva para o lado do campo. Ainda tem o Bernard. Philippe Coutinho não se encaixaria no estilo Felipão de jogar. E outra: Felipão aposta no conjunto. Lembra da Família Scolari, em 2002? Pois é, vai ser assim em 2014. A torcida pedia calorosamente por Romário, o manager disse não. Deu no que deu. Estilo cascudo.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Mais vale um ponto garantido do que três voando

Já dizia o ditado: Mais vale um passarinho na mão do que dois voando. A frase significa que devemos nos contentar com o que temos, não arriscar ter mais, ser cauteloso. Bom, o Corinthians não está sendo cauteloso. Aliás, a torcida não vem esbanjando essa característica. A pressão que começou no último sábado ainda traz um certo clima de tensão. Nos últimos cinco jogos, foram 4 derrotas e um empate, somando assim apenas 1 ponto. Menos pior que ontem a equipe conseguiu "amenizar" essa má fase.

Contra o Mogi Mirim, o Corinthians estreou a camisa amarela. Pois é, não deu tanta sorte. O time amarelou novamente. Mostrou um comportamento ofensivo razoável. Emerson buscava mais o jogo. Romarinho não fez uma boa exibição, como de prache.

Como na última partida, no Pacaembu, organizadas do Corinthians fizeram silêncio em alguns momentos do jogo.

A defesa do Corinthians estava perdida. Não é mais aquela defesa sólida, que tomava poucos gols. Tanto é que a equipe já sofreu 12 gols em cinco jogos. Apesar de alguns jogos a equipe vencer por apenas 1 a 0, a defesa era segura. Hoje, não é mais. Talvez os laterais não sejam os melhores em atividade.

O jogo terminou 1 a 1. Com o empate, o Corinthians segue na última colocação do Grupo B, com sete pontos ganhos. Próximo jogo será contra o Palmeiras, no domingo seguinte, às 16h, no Pacaembu. Já o Mogi Mirim fica na quarta colocação do Grupo D, com 11 pontos ganhos. A equipe do técnico Aílton Silva volta a entrar em campo na próxima quinta-feira, contra o Botafogo, em Ribeirão Preto, às 19h30.

Passado e presente: quanto antagonismo



Mais uma vez, venho falar do São José. É inacreditável por quantas diferenças a equipe do Vale do Paraíba passou e ainda passa. Chegou a disputar a elite do Campeonato Brasileiro, Campeonato Paulista e até a Copa do Brasil. Campeão da Série A2 de 1980, o time estreou no Paulistão em 1981, realizando uma ótima campanha, que lhe rendeu uma vaga para a Série A do Brasileiro de 1982. Rebaixado em 1983, o time voltou à Série A1 em 1988, chegando às semifinais do torneio. O maior feito de sua história foi o vice-campeonato paulista da divisão maior, obtido em 1989; o São Paulo foi campeão graças a uma vitória por 1 a 0 com um gol contra marcado pelo lateral esquerdo André Luís, no Morumbi.

Atualmente, a equipe joseense vive um drama na Série A2 do Paulista. Em cinco jogos disputados, perdeu todos. Ocupa a lanterna da competição, com nenhum ponto somado. A má gestão financeira e administrativa é o ponto forte pela atual fase. Ruy Scarpino está na corda-bamba. É a oitava vez seguida que a equipe disputa a segunda divisão do campeonato estadual. Elenco reformulado, mas muito mal preparado. O desgaste físico é algo notório nos jogos. 

A equipe já teve um ídolo: Tião Marino. Hoje, nem um meia de qualidade tem mais. Um atacante fazedor de gols, muito menos. Está difícil montar um novo time que enchia os olhos dos torcedores de brilho e otimismo.

Na Série A2, sabemos que as equipes são de menores expressões no mercado. Porém, nessas décadas situadas acima, o São José enfrentou grandes equipes, tanto do cenário paulista quando do brasileiro. Flamengo, Fluminense, Corinthians, Palmeiras e tantas outras equipes já enfrentaram o São José. O time do Vale do Paraíba tinha reconhecimento. Será que voltará a ter?

Fazendo uma longa, mas efetiva pesquisa, encontrei os melhores jogos que a equipe da minha cidade fez. Vejamos alguns:

Campeonato Brasileiro 1990:
Palmeiras 2 x 0 São José
São José 1 x 2 Corinthians
Santos 2 x 0 São José
São José 0 x 0 São Paulo
São José 0 x 0 Vasco
Fluminense 1 x 0 São José
São José 0 x 3 Flamengo
Botafogo 0 x 1 São José
São José 2 x 1 Vitória
Bahia 3 x 0 São José
Internacional 1 x 1 São José
São José 1 x 1 Grêmio

Copa do Brasil 1990: 
1° jogo - 22/06/1990 - São José 1 x 2 Coritiba
2° jogo - 27/06/1990 - Coritiba 0 x 0 São José

Campeonato Paulista:
18/11/1981 - São José 1 x 0 São Paulo
12/04/1998 - São Paulo 6 x 1 São José

25/06/1989 - São José 1 x 0 Corinthians
16/03/1997 - Corinthians 6 x 2 São José

30/10/1983 - São José 1 x 0 Santos

01/04/1998 - Santos 5 x 0 São José

08/09/1982 - São José 1 x 0 Palmeiras

02/05/1990 - Palmeiras 1 x 0 São José 

Isso foi um pouco dos jogos que o São José realizou nas décadas de 80 e 90. Jogos memoráveis daqueles torcedores mais apaixonados. Grandes jogos, grandes saudades. Como vocês puderam notar, o São José tinha uma grande força quando jogava em casa, no Martins Pereira. Tinha uma grande média de público, superiores aos dos times de maiores expressões. Hoje, mesmo com um apoio maciço dos fanáticos, a equipe não consegue produzir felicidades dentro e fora dos gramados.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Audax Osasco muda o perfil do futebol brasileiro

O Paulistão 2014 tem uma surpresa: o Audax. Um time que surgiu em 1985, mas que começou a atuar definitivamente em 2007. Com uma configuração sem posições fixas, no esquema "carrossel holandês", o Grêmio Osasco Audax vem surpreendendo nesse início de campeonato e temporada.

Os laterais se tornam volantes. Posteriormente, atacantes. Os meias viram zagueiros e, depois, laterais. Os atacantes viram meias. É um ciclo. A única posição fixa é o goleiro, certo? Errado. O técnico Fernando Diniz considera que o goleiro é um meia-armador, já que ele tem uma saída de bola precisa, mesmo com uma marcação sob pressão dos adversários.

É um futebol inovador no Brasil. A equipe prioriza a posse de bola, comum no futebol europeu, principalmente na Espanha, onde tem o Barcelona como maior exemplo. No Brasil os times já estão acostumados a dar chutões e fazer ligação direta entre zagueiros e atacantes. Mas no Audax os jogadores se esforçam para sair tocando a bola com qualidade.

O Audax é ousado, audacioso. Troca passes desde a área defensiva, sem medo das consequências, tem um Rafinha arriscando dribles arrojados, Nenê Bonilha impondo velocidade, Tchê Tchê marcando e atacando. Simplesmente uma aula.

A formação tática é simples: Apenas o volante Francis e o centroavante Caion têm posições mais fixas. Rafinha e Tchê Tchê costumam se apresentar como atacantes pelas pontas, mas invertem os lados com muita frequência e recuam para o meio-campo também. Vilica se reveza entre zagueiro e volante. Nadson e Nenê Bonilha são os mais versáteis, pois são vistos na zaga e, em pouco tempo, aparecem na área, como atacantes.

Rodízio. Ciclo. Inovador. Esse é o Audax. Viva o futebol novo.

Futebol dinâmico. Habilidoso. É de dar inveja aos outros clubes. 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Inglaterra precisou de duas tragédias para mudar o futebol. E o Brasil, precisará de quantas?

Em 1985, durante a final da Liga dos Campeões da Europa, os poucos policiais, além das grades que separavam seguidores de Liverpool e Juventus, não foram suficientes para evitar um confronto entre as duas torcidas. Foram 38 mortos e 454 feridos. Os torcedores dos Reds levaram a culpa pelo massacre. Como consequência, os clubes do país foram suspensos de competições internacionais durante cinco anos. O Liverpool acabou pagando seis.

Quatro anos mais tarde, uma nova tragédia envolvendo a Inglaterra. E mais uma envolvendo os Reds.  Liverpool e Nottingham Forest se enfrentavam pela fase semifinal da Copa da Inglaterra no estádio Hillsborough, do Sheffield Wednesday. A superlotação de uma das alas do estádio levou à morte 96 torcedores do Liverpool. A tragédia é até hoje sentida pela torcida dos Reds, mas acabou por se tornar um marco para a modernização do futebol inglês.

O incidente foi encarado como a gota d’água para que os problemas com o futebol fossem resolvidos. No fim dos anos 80, a Inglaterra vivia o auge do hooliganismo. Segundo o dicionário, hooliganismo diz-se de comportamentos desregrados e sem controle, geralmente provindos de fãs para com seus ídolos, com maior índice de ocorrências para o futebol. Comportamento violento.

A data é digna de tanto respeito por parte do Liverpool que o clube chegou a pedir à Uefa que não marcasse seu jogo de volta pela Liga dos Campeões, contra o Chelsea, para o dia 15 de abril.

O futebol inglês foi "chutado". A barbárie é muito comentada ainda nos dias atuais. Além da violência, o futebol carecia de estrutura para as divisões inferiores. Para mudar a história desse cenário, surgiu em 1990 o Relatório Taylor. Nesse relatório consta o que era necessário para que houvesse uma modernização. No documento, contém os seguintes pedidos: redução da capacidade dos estádios, aumento dos preços dos ingressos, instalação de assentos para que todos os torcedores fiquem sentados, retirada dos alambrados para evitar esmagamentos, distribuição de tarefas entre autoridades na organização dos jogos e câmeras monitorando os passos dos torcedores, desde a parte externa dos estádios até as tribunas.

E no Brasil? Será que um dia noticiaremos que o nosso amado futebol estará no padrão Uefa/Fifa? Muito difícil. Estamos perto de ser considerado um país de Quarto Mundo. E longe, muito longe de sermos um país de Primeiro Mundo. O tema tragédia já assolou grande parte de nós, brasileiros.

Não vamos muito longe. Dia 8 de dezembro de 2013. Atlético-PR e Vasco, em Joinville, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. A bola rolou. Porém, aos 16 minutos, uma confusão generalizada nas arquibancadas impede o prosseguimento da partida. A princípio, torcedores do Vasco invadiram o setor do Atlético-PR. O jogo ficou parado por mais de 1h15min. O mais revoltante é ver que os valentões - os hooligans do Brasil - pertencem às torcidas organizadas (só no nome, pois sabemos que são desorganizadas). O conflito deixou 4 feridos. Não havia policiais dentro da Arena Joinville no momento em que a briga teve início. 

No último sábado, o CT do Corinthians foi invadido por cerca de 150, 200 bandidos disfarçados de torcedores. Foram três horas de tensão. Guerrero foi esganado. Emerson Sheik e Pato eram os principais alvos da manifestação. A equipe não queria jogar diante da Ponte Preta, no último domigo. Todavia, jogou e perdeu por 2 a 1. Abalou ainda mais o clima pesado. E, na quarta-feira, diante do Bragantino, uma nova derrota e uma nova briga, dessa vez entre as próprias torcidas.

Esses são os dois casos mais recentes. Entretanto, poderia citar vários. E em poucos deles haveram justiça. Ok, vou citar mais uma. Pela Copa do Nordeste, no jogo entre Botafogo-PB e Sport, houve um confronto entre as duas torcidas. A Polícia Militar, que fazia a separação, não conseguiu conter o número de torcedores. Sendo assim, foi preciso jogar gás de pimenta para que os grupos se dispersassem. Porém, o vento e o forte calor levaram esse gás de pimenta para o gramado, fazendo com que os jogadores ficassem sem respirar. Desse modo, a partida ficou paralisada por alguns minutos.

Próximos de uma Copa do Mundo. É claro que o maior evento dura apenas um mês, mas temos que nos preocupar com os visitantes. Além do mais, é necessário dar um basta às torcidas organizadas. Porque elas não levam esse adjetivo à sério. É revolvante ver que os clubes patrocinam essas torcidas.

A mesma baderneira que hoje acontece irá acontecer caso o Brasil perca para a Argentina? O nosso legado está muito longe de ser imposto. Vivenciamos num país em que os jornalistas não podem assumir o seu time de coração, pois pode ser perseguido. Hipocrisia. Mas esse não é o assunto aqui discutido. Quantos jogos mais serão precisos para impor uma nova filosofia fora dos gramados? Cadê a punição severa aos torcedores? Não tem. Eles provocam o medo. Sinal de alerta está mais que ligado.
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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Entrevista com João Elias Cruz

Quando se tem 14 anos, o sonho de todo garoto é matricular-se numa escolinha de futebol. Porém, a história do próximo entrevistado é diferente. Com essa idade, João Elias Cruz já é um fenômeno no Jornalismo Esportivo.

Natural de Recife-PE, mas criado em Olinda, cidade próxima localizada na Região Metropolitana, João Elias Cruz tem 14 anos. 

Hoje, ele é colunista de futebol nordestino no BOL Esporte/Portal Terceiro Tempo e no Doentes Por Futebol. Este é o tema mais abordado, com análises técnicas e táticas dos times do Nordeste, principalmente de Pernambuco. Porém, como um grande admirador do futebol, não deixa os outros clubes de lado.

Confira abaixo a entrevista.

Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, quem é João Elias Cruz?
João Elias Cruz: Um garoto de 14 anos loucamente apaixonado pelo futebol e pela família.

GD: Você só tem 13 anos e já escreve nos portais Terceiro Tempo e Bola pra Frente. Quando e como surgiram esses convites?*
JEC: Na verdade, tenho 14 anos e o Bola Pra Frente é o meu blog pessoal, mas o convite pro Terceiro Tempo surgiu de um e-mail enviado pelo então diretor de redação do portal, Ednilson Valia, onde o mesmo em nome de Milton Neves(dono do site) me convidou para ser colunista e ter como tema principal o futebol da Região Nordeste com mais foco em Pernambuco.

GD: Quando foi a sua primeira aparição na TV?
JEC: Ocorreu em 2009, em um programa da TV Nova Nordeste que era comandado pelo ex-jogador Zé do Carmo. Naquela ocasião, o tema abordado foi a partida Sport x Palmeiras decidida nos pênaltis, pelas oitavas-de-finais da Taça Santander Libertadores. A partida resultou na eliminação do time pernambucano.

GD: Você gosta mais de escrever sobre a parte tática dos times. Como surgiu essa paixão?
JEC: Mais ou menos na transição de 2012 para 2013. Entrei num grupo chamado Discussão Tática no Facebook e me interessei bastante no tema. De início, confesso que entendia pouca coisa sobre a temática, mas com o tempo, fui aprimorando através de debates e muita pesquisa.

GD: No Brasil, atualmente, o Paulo Vinícius Coelho (PVC) é considerado o melhor comentarista tático. Espelha-se nele? Já conversou diretamente com ele?
JEC: PVC na verdade, é um de meus grandes ídolos no jornalismo esportivo. Um dos melhores comentaristas da América do Sul, indiscutivelmente. Tem um conhecimento muito grande sobre a parte histórica, estratégia, técnica, gestão financeira, aborda polêmicas com argumentos e de forma inteligente, etc. Já conversei com ele pelo Twitter, por e-mail e também em uma participação minha na Rádio Estadão ESPN(em 2012).

GD: Você acredita que um jornalista esportivo deve assumir seu time de coração?
JEC: Eu não sigo muito essa linha de revelar o clube de coração para torcedores comuns ou no meio de transmissões. Principalmente aqui em Pernambuco, onde há uma rivalidade árdua entre Sport, Náutico e Santa Cruz. Penso que revelar o clube assim abertamente acaba manchando a imagem de imparcialidade para o público. Não que vá deixar de ser imparcial, mas nesse aspecto, me refiro à interpretação do torcedor em caso de opinião contrária ou elogio à equipe rival. Tenho meu clube do coração. Adianto logo que não sou torcedor fanático, mas sei diferenciar muito bem o momento "torcedor" e o momento "analista".

GD: Quem são os jornalistas e/ou profissionais da comunicação que mais admira?
JEC: Paulo Vinícius Coelho/PVC(ESPN Brasil), André Rocha(ESPN Brasil), Gustavo Hoffman(ESPN Brasil), Galvão Bueno(TV Globo), Mauro Beting(TV Bandeirantes), Rafael Oliveira(ESPN Brasil) e Raphael Rezende(SporTV).

GD: É possível conciliar os estudos com os trabalhos?
JEC: Claro que sim. Basta otimizar tempo e saber dividir as horas do dia. O tempo é precioso, não devemos desperdiçá-lo com banalidades.

GD: Como é sua rotina hoje?
JEC: Muito corrida. Colégio, curso de inglês, academia, blog, colunas em portais, etc. Porém, o mais importante é que eu sempre me mantenho ocupado. Gosto dessa rotina. É cansativa, porém, estou sempre com energia e disposição. É incrível, muito bom.

GD: O que gostaria de fazer na carreira e ainda não conseguiu realizar?
JEC: Muita coisa. Principalmente porque estou iniciando e projetando uma carreira no meio jornalístico pro futuro. Espero que consiga chegar aos 40, 50 anos realizado profissionalmente e também na minha vida pessoal.

GD: Tem alguma história curiosa ou engraçada da profissão?
JEC: De cabeça, não me lembro(rs).

GD: Mudando de assunto, o que achou do título do Brasil na Copa das Confederações? Você acha que vai existir um clima de oba-oba apenas por ter ganhado da Espanha?
JEC: Título merecido. Luís Felipe Scolari aprumou a seleção estrategicamente na final da Copa das Confederações, marcando em cima, com pressão, encurtando espaços, criando aglomerações nas proximidades do setor da bola, variando a altura dos blocos, neutralizando o toque de bola espanhol e saindo em velocidade pro contra-ataque, utilizando principalmente o talento de Neymar, o grande craque da equipe. Porém, é necessário que se tenha muita humildade. No futebol, tudo é possível. E quem conhece a história da seleção brasileira ou tem um pouco de inteligência, sabe que vencer a Copa das Confederações não significa necessariamente que a equipe conquistará a Copa do Mundo. Para isso, será necessário muito trabalho e manutenção da base, com entrosamento e padrão tático já construído. Sou obrigado a tirar o chapéu pro Felipão e reconhecer o ótimo trabalho que ele vem fazendo. O Brasil é um dos favoritos, mas isso não quer dizer muita coisa se tratando de futebol, que é decidido dentro de campo, 11 x 11, onde acaba favoritismo. Aliás, acaba tudo. Tudo. E o objetivo é só um para todos. A vitória. E na luta para alcançar a vitória, todos tornam-se iguais, com a mesma capacidade. Bom, apenas minha opinião.

GD: Neymar é a estrela do atual futebol brasileiro. Você acha que ele pode se tornar um dos melhores jogadores do mundo com essa transferência para a Europa?
JEC: Sim, aprenderá muito na parte estratégica, disciplinar, amadurecimento como ser humano, descobrimento de novos métodos de treinamento, modelo de jogo, etc. Foco, trabalho e humildade são essenciais para ele. Tem tudo pra ser um dos melhores jogadores do mundo, pois já é um grande jogador sem sombra de dúvidas. 

GD: Demitir técnicos resulta em algo favorável? Por que?
JEC: Óbvio que não. É simplesmente ridículo demitir treinadores com 3 ou 4 jogos. Infelizmente, aqui no Brasil, observa-se apenas o resultado. Fazem a chamada "análise de resultado". Simplesmente não se observa a construção do modelo de jogo, as evoluções, regressos, diferenças e adaptações da parte estratégica, processos de jogo, mudança dos jogadores na parte técnica e no aspecto físico, além de muitas outras coisas. Além de que saber que para um planejamento dar certo, ele demanda de tempo, paciência e trabalho árduo. Infelizmente, os dois primeiros citados inexistem aqui no Brasil. E isso vem da ignorância tremenda, absurda do torcedor brasileiro. Um dia desses li um texto fantástico do Leonardo Miranda no portal Globo que mencionava o motivo de não termos "Barcelonas" no Brasil. Pelo simples fato de que lá desde as categorias de base, o objetivo é aprimorar processos de jogo, formar cidadãos e atletas. Aqui, pensa-se apenas em resultados. Estamos formando muitos monstros desde as categorias de base. Precisamos de cidadãos. O esporte necessita de cidadãos. E quando os resultados não chegam, a corda arrebenta pro lado mais fraco. E os treinadores acabam caindo. Particularmente, não queria estar na pele dos mesmos. Se eu fosse treinador, eu NUNCA gostaria de treinar uma equipe brasileira. O futebol brasileiro é pra lá de medíocre em termos de organização e planejamento. 

GD: As torcidas organizadas atrapalham ou ajudam o futebol?
JEC: As torcidas, de fato, ORGANIZADAS, apoiam a equipe e demonstram o amor pelo clube vibrando até o último minuto da partida. Mas se a pergunta foi referente aos vândalos e às torcidas (des)organizadas, não ajudam em nada. Só atrapalham e prejudicam famílias e pessoas inocentes. Triste realidade. 

GD: Sobre o Futebol Nordestino, Sampaio Corrêa e Santa Cruz chegaram à final da Série C, e subiram para a Série B, consequentemente. Como você avalia essas duas equipes?
JEC: Santa Cruz e Sampaio Corrêa tiveram momentos distintos na Série C. O Tricolor do Arruda passou por diversos momentos de irregularidade sob o comando do técnico Sandro Barbosa, mas com a chegada de Vica, o rendimento melhorou, o modelo de jogo foi muito bem ajustado e à equipe conseguiu chegar aonde chegou. Já o Sampaio Corrêa, teve um início excelente, mas teve que lidar com perdas. Deu a volta por cima e conseguiu o merecido acesso pra Série B.

GD: Qual é a sua avaliação sobre o Futebol Nordestino como um todo? Deve melhorar em algum quesito?
JEC: Futebol que já não revela grandes times ou esquadrões. Deve melhorar em diversos sentidos, com algumas questões que devem ser pensadas, principalmente quanto à planejamento inteligente com a verba que possui. O Vitória já mostrou que é possível ir longe numa competição nacional, assim como Sport, Bahia, Santa Cruz, Náutico e Fortaleza, por exemplo, já mostraram no passado.

GD: Dê a sua análise a respeito da Copa do Nordeste.
JEC: O principal atrativo é a vaga pra Sul-Americana, mas acho uma competição desnecessária. Só mostra o quanto que o calendário do futebol brasileiro é assassino. Pra mim, a melhor opção para uma equipe do porte de Sport, Bahia, Vitória e outras, seria colocar o time sub-18, sub-20 ou sub-23 pra jogar a competição e o estadual. O time principal iria fazer uma pré-temporada em países estrangeiros vizinhos na América do Sul. Iria aprimorar muito a questão técnico-tática das equipes, além da observação de jovens talentos nas disputas dos torneios locais. Mas infelizmente, atende-se muito à vontade do "povo". E uma ideia como essa, seria muito criticada e ainda por cima, sem argumentos para derrubá-la.

GD: Em relação à Copa de 2014, quais são as suas impressões ou constatações? A organização do Brasil, ao final da Copa, poderá ser digna de aplausos?
JEC: Isso só o futuro dirá. Vamos aguardar. Não quero me pronunciar sobre no momento, mas adianto que minhas expectativas não são boas.

GD: Para finalizar, deixe um recado para os nossos leitores que querem seguir a àrea do jornalismo e nos conte como é trabalhar nos portais.
JEC: Se você quer e tem a pretensão de se formar em jornalismo no futuro, procure estudar bastante, ler muito, exercitar desde cedo... Peça ajuda aos seus pais ou para alguém em quem você confia. Você precisará de apoio. Mas além disso tudo, o mais importante é ter persistência, nunca desistir e procurar adquirir conhecimento cada dia mais, ser um amante do saber. Aprimorar cada vez mais. Sempre. Sempre. E escrever para um grande portal como o Terceiro Tempo é uma honra. Admiro muito o Milton Neves e sou muito grato ao portal por acreditar no meu trabalho. É um prazer imenso escrever para o portal esportivo mais antigo do Brasil e que desde 1996 é referência no assunto.

*No seu blog do entrevistado constava que a idade era 13 anos. Por isso a pergunta foi elaborada com a idade que eu a vi. Peço desculpas ao entrevistado e aos leitores.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Liverpool e Arsenal se enfrentam em momentos distintos

No próximo sábado, dia 08, teremos o grande jogo da rodada 25 da Premier League - o Campeonato Inglês. Liverpool e Arsenal jogam às 10h45min, no Anfield, casa do time da terra dos Beatles.

O Arsenal busca manter a boa sequência de 8 jogos sem perder. Além disso, a equipe está na liderança do campeonato, com 55 pontos, seguido do Manchester City, com 53. Caso vença, a equipe dormirá mais uma rodada na frente. Tropeçando e o Man City vencendo o seu jogo diante do Norwich, os Citizens assumirão a liderança.

Já o Liverpool, está na quarta colocação, com 47 pontos. O empate em 1 a 1 contra o West Bromwich foi um fator dominante para que a equipe perdesse o foco no título. Basta lembrar que os Reds também tropeçaram diante do Aston Villa, jogando em Anfield. O jogo terminou 2 a 2, com um pênalti polêmico marcado a favor do Liverpool.

Mesmo que vença o Arsenal em seus domínios, o time que tem como estrela o uruguaio Luis Suárez, ficará na mesma posição. E ainda tem que torcer para que o Chelsea e o Man City percam seus jogos. O Chelsea joga contra o Newcastle, também no sábado.

Nos últimos confrontos entre as duas equipes, o Liverpool venceu 9 vezes, enquanto o Arsenal 17. E ainda teve 11 empates.

A última vez que eles se enfrentaram foi no dia 02 de novembro de 2013. Jogando no Emirates Stadium, os Gunners venceram os Reds por 2 a 0, com gols de Ramsey e Cazorla. À época, líder desde a quinta rodada, o Arsenal abriu cinco pontos de vantagem na ponta do Campeonato Inglês. Além da vitória, a equipe fez uma bela atuação. Dominou a partida durante boa parte dos 90 minutos. A vitória dos Gunners não esteve ameaçada.

Após um bom início de segundo tempo por parte do Liverpool, o Arsenal teve a frieza necessária para retomar o domínio de jogo.

Os Reds, na temporada passada, atuava no 4-3-3. E começou a nova época inglesa com o mesmo técnico – Brendan Rodgers – e quase os mesmos jogadores. Com a bola rolando o 4-3-3 da temporada anterior deu lugar às duas linhas britânicas, podendo ser interpretado como um 4-4-2, ou um 4-4-1-1 pelo comportamento defensivo , ou até um 4-2-3-1. O Liverpool é um time com excelente vocação ofensiva. Os pontas puxam para dentro e abrem corredores ao apoio simultâneo dos laterais. A partir daí, no corredor central, pontas e atacantes ficam movimentando-se, fazendo trocas, procurando espaços e oferecendo muitas alternativas de passes.

O Arsenal é muito fiel a seu estilo de jogo. Impõe o seu jogo de toque de bola, movimentação e domínio territorial. Arséne Wenger, treinador da equipe, reside sobretudo na capacidade de transmitir força mental à equipe. Costuma escalar no 4-2-3-1, com Wilshere se deslocando da posição de volante - formando um espécie de 4-1-4-1 -  para auxiliar Özil na armação.

Qual o seu palpite para esse jogo? Dê sua opinião

Viva a greve!

Finalmente! O Bom Senso FC agiu e teremos a tão sonhada greve.

Ano passado, o Bom Senso FC surgiu. Por um futebol melhor para todos, desde os torcedores até aos jogadores.

Antes dos jogos, havia sempre uma manifestação pacífica. Às vezes, um tocava a bola para o outro. Em outras, braços cruzados. Teve até jogadores sentados. Mas e a greve?

Paulo André, um dos líderes desse movimento, chegou a dizer que teria greve na última rodada do Brasileirão. Não houve.

Ah! Não podemos nos esquecer da rodada 36 do Brasileirão daquele ano. 

Vitória x Flamengo jogaram em Salvador. O jogo terminou 4 a 2 para o time baiano. A partida contou com a presença do presidente da CBF José Maria Marin, que assistiu ao jogo ao lado do presidente do Vitória. Marin ficaria na Bahia, já que na próxima sexta-feira iria acontecer, na Costa do Sauípe, o sorteio dos grupos da Copa do Mundo. E com eles no camarote, não houve protesto do Bom Senso FC. Não seria o momento certo para se fazer uma manifestação à frente do presidente da CBF? O medo deve ter tomado conta no sangue dos jogadores.

Esse ano, pela Copa do Rei, os jogadores do Racing Santander fizeram a greve. Sem receber há três meses, o elenco do Racing Santander se recusou a atuar diante da Real Sociedad. Poderia haver uma motivação para os jogadores daqui. Demorou, mas houve.

No sábado, bandidos disfarçados de torcedores invadiram o CT Joaquim Grava, do Corinthians. Eles esganaram o melhor atleta de todo o elenco - Paolo Guerrero. Além disso, tentaram quebrar as pernas de Emerson Sheik e Pato. Com essa rebelião, os atletas se recusaram a enfrentar a Ponte Preta. Porém, a elite recusou. E quando digo elite não me refiro à FPF e, sim, à Rede Globo. Sabe-se que a emissora G possui grande status quando o assunto é futebol. 

O jogo aconteceu sob grande pressão. A Ponte Preta também estava passando por maus bocados com a torcida. A equipe campineira venceu por 2 a 1.

Porém, o dia 04/02 torna-se um dia marcante. Os atletas dos 20 clubes chegaram a um acordo e irão fazer a greve. É claro que os clubes do interior paulista sofrerão um pouco, já que respiram pouco o esporte futebol. Porém, é um direito que eles precisam ter: segurança.

O Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo já notificou a FPF e os clubes. A decisão deve ser confirmada amanhã, dia 06. Com paralisação geral, a estratégia é impedir que a Federação tente, por exemplo, rebaixar algum clube, punição prevista caso o time não se apresente para o jogo.

Será épico. Uma greve que era sonhada desde 2013. O radicalismo não é a melhor opção. Porém, é necessário em alguns casos. Só que um detalhe tem que ser observado com atenção. Haverá paralisação em apenas uma rodada ou até o fim do Campeonato Paulista? Caso a resposta for a primeira, não será válido para grandes fins. Se for a segunda opção, a notoriedade será maior e ganha-se mais respeito. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sim, essa será a Copa das Copas

A presidente Dilma Rousseff afirmou: ''Faremos a Copa das Copas". 

Não tenha dúvidas disso. Essa Copa vai ser fantástica, movimentará os principais pontos turísticos do Brasil, garantindo um excelente ganho na Economia. 

Mas e a Segurança? Saúde? Educação? Infraestrutura? 

Bem, isso não temos. Afinal, estamos longe de ser um país de Primeiro Mundo. Estamos perto de ser um país de Quarto Mundo. É incrível como o Padrão Fifa serviu e serve apenas para os estádios.

O Brasil vai gastar quatro vezes mais com segurança na Copa do que a África do Sul destinou ao Mundial há quatro anos. Mas será que valerá a pena? Afinal, estamos vivendo uma onda de manifestações pelo Brasil afora. Na Copa das Confederações, o ritmo não foi o batucada. Muito menos o chocalho. E sim quem ditou o ritmo foi o povo que foi às ruas para exigir o Padrão Fifa. O ritmo foi a garganta. Quem é do bem, ditou pela voz. Os vândalos ditaram arremessando pedras, detonando os estabelecimentos. Não leva a nada. Mas o povo se cansou de tantas mentiras e investimentos.

Em 2007, quando o Brasil foi decidido que seria a nova sede, nenhuma manifestação ocorrera. O país comemorou. Teve festa. Será que os mesmos envolvidos nessa festa estavam presentes nas manifestações? É uma incógnita.

Foi a partir de 2011 que o povo começou a ver a Copa de uma outra maneira. Viram que os investimentos eram astronômicos. O orçamento previsto pelo Ministério do Esporte para deixar o Brasil pronto para receber a Copa do Mundo de 2014 vai superar em R$ 9,5 bilhões o dinheiro gasto pela África do Sul para organizar o Mundial deste ano, representando um investimento 120% maior que o investido pelos sul-africanos.

O que você faria com todo esse dinheiro? Não sei a resposta. Mas o Governo deveria saber. É de fundamental importância, não?

Enquanto as pessoas sofrem nos hospitais, os alunos sofrem nas escolas e nós - cidadãos - sofremos com a falta de segurança, o Governo joga o dinheiro pelo ralo, como se não fosse resolver tantos problemas que nós enfrentamos.

O legado da Copa é essa. Jogar dinheiro ao ar livre. Quem pegar, pegou. 

Quanta tecnologia será investida, não? Usarão drones, kit anti-bombas e tudo que for preciso para que não haja manifestantes e manifestações. E o direito de se manifestar contra o Governo. Na Ucrânia, todos os dias têm manifestações. É claro que não é cabível comparar um país europeu com um sul-americano. Mas vale a ressalva.

Nos aeroportos, vivemos situações de caos e desrespeito com os passageiros. Até quando?

Quantas críticas estão sendo feitas. Poderia estar escrevendo um legado de positividade. Mas não.

Os estádios, após a realização da Copa, vão ser utilizadas com qual finalidade? Para o futebol que não vai ser. É claro que os estádios mais conhecidos serão muito bem usados. E os elefantes brancos? Já disse aqui no blog sobre. Temos a Arena da Amazônia e a Arena Pantanal. Não temos times de grande qualidade. Não estou desmerecendo os clubes e, sim, dizendo uma verdade. 

Dos 20 mais caros, dez deles estão no Brasil . Já pelos cálculos de institutos europeus, a Copa de 2014 consumiu mais que tudo o que a Alemanha gastou em estádios para a Copa de 2006. Pode isso?

Não podemos esquecer da declaração fenomenal do Ronaldo Fenômeno. “Não se faz Copa do Mundo com hospitais”. Genial. Quando ele não era famoso, utilizava os hospitais públicos. Quanta honestidade para com a população.

Vale mais um hospital para um doente ou uma Copa para os ricos?

É a Copa das Copas.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Valdívia x Ceni, quem é o vilão e o mocinho?

Assim como em toda as histórias, existe um vilão e o mocinho. O vilão é a pessoa de intenção maldosa. E o mocinho é aquele sujeito legal, que faz o bem às pessoas, boa praça. 

Quando Palmeiras e São Paulo se enfrentam, logo pensamos em Valdívia x Ceni. É uma reação instantânea. Isso ocorre desde 2008. 

Na semifinal do Campeonato Paulista daquele ano, goleiro se estranhou com o meia do Palmeiras após apagão. Relembre a confusão naquele clássico. À época, em partida válida pela semifinal daquele ano, o Palmeiras também venceu por 2 a 0, eliminando o Tricolor da competição e sendo campeão posteriormente. O goleiro discutiu com o chileno e deu um leve tapa em seu rosto. Mas Valdívia provocou Rogério Ceni que havia dito que ele reclamava, “chorava demais em campo”.

Em 2012, Rogério Ceni poderia dar um troco. E deu. O São Paulo venceu o Palmeiras por 3 a 0, válido pelo Brasileirão daquele ano. Valdívia se machucou e precisou sair de campo. Após o jogo, Ceni deu essa declaração:

"Ele deve estar com uma contusão muito grave mesmo. Deve ficar um tempo grande demais longe dos gramados. Porque sair de campo com o time perdendo por 3 a 0, com as substituições feitas...E um expulso, seu time com dez...E mesmo assim sair e deixar sua equipe com nove é para estar muito machucado. Tenho certeza que a contusão de Valdivia é gravíssima.”

Ironizou. Afinal, o futebol vive de momentos como esse. Caso levemos em conta o histórico dos dois atletas envolvidos, teríamos o seguinte:

Rogério Ceni: Goleiro artilheiro. Em 1125 jogos, marcou 113 gols. Defende literalmente o São Paulo desde 1990. Jogou 17 partidas pela Seleção Brasileira. Integrou o elenco pentacampeão do mundo pelo Brasil em 2002.

Jorge Valdívia: El Mago. Em 205 jogos, marcou 39 gols. Atua como meio-campista. Jogou 61 partidas com a camisa do Chile (contando o Sub-23), e fez apenas 5 gols. Disputou a Copa do Mundo em 2010 na África do Sul. 

Voltando às polêmicas entre os dois envolvidos. Na tarde de ontem, as duas equipes se enfrentaram. O Palmeiras levou a melhor. Fez 2 a 0 e continua 100% no Paulistão. O meia chileno abriu o placar do jogo. Saiu para o abraço, abandonou o companheiro e passou na frente de Rogério Ceni. Mais uma provocação. Porém, tem um detalhe: O camisa 1 do Tricolor esticou o pé, tentando acertar o meia, mas furou.Em seguida, deu uma 'ombrada' no Kardec. 

Será que o Rogério Ceni quis fazer o 'chute no vácuo', inventado pelo Valdívia? Não sabemos a resposta. Mas que essa cena serviu para apimentar ainda mais a relação dos dois, isso não tenha dúvida. Quem é o vilão e o mocinho? Pergunta difícil. Dê sua opinião!