Edu aceitou o convite da entrevista, e abaixo você pode conferir um pouco mais.
Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, explique quem é Edu Cesar?
Edu Cesar: Um picareta. (risos) Sério: apenas um cara apaixonado por esportes, que deseja apenas ser uma vida feliz sem mundos e fundos grandiosos e sim com o suficiente para viver bem, que resolveu fazer um site para falar das coisas que gosta no futebol e nas demais modalidades, cujo boca-a-boca fugiu do meu alcance e rendeu a boa repercussão que tornou o PB bem conhecido.
GD: Quando criança, o seu sonho era se tornar jornalista? Por que?
EC: Só para constar: eu não sou jornalista, não tenho formação. Logo, me sinto incomodado quando sou chamado assim, mesmo por quem é do meio e sabe desta minha condição pois já a falei várias vezes ao longo dos anos. Mas não, eu não tinha propriamente esta vontade quando criança. Eu nem lembro direito o que queria (risos), mas não era lidar com jornalismo esportivo, não.
GD: Você acredita que um jornalista esportivo deve assumir seu time de coração?
EC: Complicado nestes tempos cada vez mais violentos e passionais, sobretudo da parte dos torcedores. Mas se o jornalista tiver isenção para analisar os fatos e colocar a razão acima da emoção, claro que sim. Isso não vai lhe tirar crédito pois a qualidade do trabalho falará mais alto.
GD: Quem são os jornalistas e/ou profissionais da comunicação que mais admira?
EC: Ah, tantos que nem quero dizer quantos são pois tomaria um espaço enorme e não quero citar dois ou três para não ser injusto. É muita gente mesmo.
GD: Como é sua rotina hoje?
EC: Nunca se sabe. (risos) Depende dos meus afazeres particulares sempre, um dia eu faço as coisas nesse horário, outro dia naquele, enfim. A rotina varia sempre de dia para dia.
GD: O que gostaria de fazer na carreira e ainda não conseguiu realizar?
EC: Nem sei, sinceramente. O que vier de bom, pra mim, é lucro.
GD: Na sua opinião, a cobertura esportiva brasileira é satisfatória? Não faltaria, por exemplo, um pouco mais de jornalismo investigativo?
EC: Gozado, eu lembro que fazia essa pergunta para os meus entrevistados na minha antiga seção "20 Perguntas"... (risos) Mas sim, falta mais, especialmente na TV aberta.
GD: Você é criador do site Papo de Bola. Como surgiu a ideia de criar esse site?
EC: Acaso completo. Eu participava de bate-papos na Internet em 2002 e, num ambiente cheio de cornetas e torcidas, eu tentava sempre falar de maneira mais isenta sobre tudo. O pessoal gostava da forma como eu falava e dizia que eu deveria criar uma página para comentar as coisas do futebol. Criei um blog em 28 de janeiro de 2003 e, como fui colocando muito conteúdo nele, o migrei para site em 2 de junho do mesmo ano.
GD: Quem gerencia o site? Tem alguma equipe ou é somente você que trabalha?
EC: Eu e mais ninguém, desde o começo tudo até os dias de hoje. Apuro as pautas para as colunas, escrevo elas, edito as páginas e as publico. E eu não chamaria isso de trabalho, até porque infelizmente não tenho remunerações com o site e o mantenho no ar com os próprios recursos da família, mas sim de um hobby muito prazeroso que virou um trabalho de maneira involuntária, mas sem ser um trabalho às ganhas devido à falta de remuneração.
GD: Mudando de assunto, o que achou do título do Brasil na Copa das Confederações? Você acha que vai existir um clima de oba-oba apenas por ter ganhado da Espanha?
EC: Espero que não. Felipão é um sujeito focado, acho que não entrará nessa. Fechando o grupo de jogadores para o objetivo de vencer a Copa do Mundo, mesmo que haja outras seleções tecnicamente melhores e mais credenciadas para o título, quem sabe ele não repita 2002? Não precisa nem ser com sete vitórias de novo, pode ser com o suficiente para classificar na fase de grupos e, depois, com quatro empates ganhos nas penalidades máximas.
GD: Qual sua opinião a respeito dos Estaduais? Devem ser ignorados pelos clubes?
EC: Da forma como estão, não podem seguir. Acho que deveriam fazer os Estaduais em tamanho grande, sim, mas com os médios e pequenos disputando uma competição bem espichada entre eles, de uns 8 meses de disputa, para qualificar uns poucos para uma fase final no início do ano seguinte, aí sim entrando os grandes. Campeonatos com 20 datas ou mais não dão mais.
GD: O que está achando do trabalho de Paulo Autuori, no São Paulo, e do Mano Menezes, pelo Flamengo?
EC: Mano tá irregular como o próprio Flamengo já era antes dele, não vi ainda grandes mudanças. Autuori tá que nem o São Paulo recente: péssimo. Não adiantou nada trocar de técnico.
GD:Demitir técnicos resulta em algo favorável? Por que?
EC: Às vezes sim, pela questão motivacional e mesmo melhor aproveitamento dos elencos. Mas nem sempre a culpa é deles, que sempre pagam o pato pois representam o lado mais fraco da corda. Muitas vezes, os próprios jogadores são causadores dos problemas, sem esquecer dos dirigentes, pelos quais tudo passa o tempo todo.
GD: Para encerrar, deixe uma mensagem para os nossos leitores.
EC: Sejam eternos otimistas, apesar dos pesares. É baseado nisso que tento não deixar cair a peteca neste momento que não me tem sido muito favorável particularmente falando.
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