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segunda-feira, 9 de abril de 2018

De desconhecido a herói: o caminho de Carli

O abraço do técnico Valentim em Joel Carli, o herói do Botafogo ( Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
O primeiro reforço do Botafogo para a temporada 2016 foi um argentino, desconhecido até mesmo pelos hermanos. Joel Carli chegou ao clube com 29 anos, vindo do Quilmes, onde estava desde 2011. Primeira experiência fora da Argentina. Iniciou a carreira no Aldosivi, de Mar del Plata, passou por Deportivo Morón e Gimnasia y Esgrima La Plata.

O jogador chegou à General Severiano sem muitas expectativas, afinal era reserva no Quilmes. Mas, assim que ganhou a primeira oportunidade, foi crescendo na equipe, assumiu o papel de líder. Fez uma parceria de sucesso com Emerson Silva. O Botafogo estava em uma fase conturbada no Brasileirão, mas se recuperou e ficou no G-5 daquele torneio.

No ano passado, junto com Igor Rabello, novamente se destacou, desta vez na campanha brilhante que o clube carioca realizou. Mas, a virada de ano, não foi das melhores para o defensor de 31 anos. Perdeu espaço com a efetivação de Felipe Conceição, demitido após duas derrotas consecutivas: para a Aparecidense, pela Copa do Brasil, e para o Flamengo na semifinal da Taça Guanabara.

Pelo seu estilo xerife, a torcida pedia o retorno de Carli ao time titular. Valentim atendeu ao chamado e apostou no argentino nesta reta final de Campeonato Carioca. E a melhor e maior resposta veio nesse domingo, 8 de abril.

Vasco e Botafogo faziam um jogo movimentado, bom de se ver no Maracanã (sim, o estádio que recupera a identificação com o povo carioca). O empate em 0 a 0 insistia, e o resultado era favorável ao Cruzmaltino, que venceu a partida de ida por 3 x 2.

Mas, aos 48 minutos do segundo tempo, após confusão na área, a bola sobrou para o xerife, e de bico fez um gol chorado, na raça, com emoção. O resultado levou a decisão para os pênaltis. Botafogo superou o Vasco e sagrou-se campeão do estadual.

Carli herdou a faixa de capitão. E foi agraciado, recompensado e responsável por levantar a taça. O zagueiro tem cinco gols em 84 jogos com a camisa da Estrela Solitária. Entretanto, esse tento nunca sairá da memória do então desconhecido para o atual herói de uma conquista especial e emocionante.

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