Roma consegue remontada histórica (Foto: Reprodução/Instagram/Roma) |
Na semana passada, no estádio Camp Nou, o Barcelona contou com aquela sorte, afinal, dos quatro gols anotados, dois foram contra, dos jogadores da Roma (De Rossi e Manolas). Piqué e Suárez fizeram os demais. Dzeko fez o gol de honra dos italianos.
Após o apito final, o discurso era de supremacia do Barcelona e que a classificação rumo às semifinais estava encaminhada. A equipe só tinha, na teoria, que administrar o resultado conquistado em casa, fazer um gol no Estádio Olímpico de Roma e se acomodar. Bem, tudo isso na teoria, obviamente.
Só que, talvez inspirado pelo reinado de Falcão na Roma de 1984, quando foi a última vez que os italianos conquistaram a classificação entre os quatro melhores do principal torneio europeu, a Roma pressionou o Barcelona e foi buscar aquilo que era muito difícil, quase impossível.
Capa do Jornal Sport, após sorteio. Fácil assim? (Reprodução/Sport) |
Logo aos seis minutos, Dzeko, aquele que havia feito o de honra na Espanha, mostrou serviço e diminuiu a desvantagem: 1 x 0. Faltavam dois gols para a Roma avançar. O primeiro tempo foi eletrizante. Italianos com fome de bola. Barcelona um pouco assustado, talvez não imaginasse a correria e a motivação dos donos da casa.
O primeiro tempo começou 1 x 0. Necessitando do resultado, a Roma não mudou a sua postura para a etapa complementar. Pelo contrário. Intensificou o seu ritmo e se tornou ofensiva, pragmática. Parecia que o feitiço havia virado contra o feiticeiro.
De pênalti, De Rossi, vítima da infelicidade no jogo de ida, quando marcou um gol contra, teve o seu momento mágico, de descontar ainda mais e colocar mais molho à bolonhesa no caldo espanhol. Será que dava? Uma remontada no Olímpico? O mesmo palco onde o próprio Barça havia vencido o Manchester United, em 2009, conquistando o título da Champions League.
Ataque x defesa na Itália. Roma confiante. Barcelona sufocado, acuado. Valverde parecia não acreditar naquilo que estava testemunhando com os seus próprios olhos. Afinal, no dia 8 de março de 2017, o improvável aconteceu com o time catalão. Após perder por 4 x 0, na França, o Barcelona fez um impiedoso e emocionante 6 x 1 sobre o Paris Saint-Germain, e ficou com a vaga às quartas de final.
E a Roma, com um tubo de oxigênio sem fim, fez aquilo que nem mesmo os mais otimistas romanos poderiam acreditar. Nos minutos finais, Manolas (sim, o mesmo que havia feito outro gol contra na Espanha) se antecipou ao zagueiro adversário e desviou a bola, tirando qualquer possibilidade de reação de Ter Stergen.
Fenomenal! Que noite romana! Um ano, um mês e dois dias depois, o Barcelona prova daquele veneno que o levou às capas de jornais históricas!
A remontada italiana merece documentário, filme, homenagens. Institui-se feriado em Roma!
E, mais uma vez, a história da "camisa pesada" não vale de nada. Futebol é decidido no campo. E que espetáculo! Nem Messi, o ET argentino, foi capaz de resolver o que a lendária Roma conquistou! Vive o mesmo drama recorrente com a camisa da seleção de seu país!
Um dia histórico!
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