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domingo, 15 de abril de 2018

Árbitro de vídeo é emergencial e muito necessário para reduzir os erros da péssima arbitragem brasileira

Para auxiliar na resolução dos problemas e diminuir as dúvidas, as modalidades têm investido no recurso eletrônico. Isso se faz necessário. É importante! O árbitro de vídeo é usado no vôlei, na Fórmula 1, há a possibilidade de aparecer nas próximas temporadas do Novo Basquete Brasil, o Campeonato Brasileiro do basquetebol. Mas por quê o futebol insiste na ideia arcaica?

Recentemente houve uma votação para definir se haveria ou não o árbitro de vídeo no Campeonato Brasileiro deste ano. Doze clubes votaram  contra (América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Ceará, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Paraná, Santos, Sport, Vasco e Vitória) e sete a favor (Botafogo, Bahia, Chapecoense, Flamengo, Grêmio, Internacional e Palmeiras). O São Paulo não votou, pois não havia representante no momento da decisão.


Talvez os clubes que renegaram a implementação da tecnologia fossem a favor, desde que não tirasse o dinheiro do bolso para arcar. A CBF queria que os clubes pagassem do próprio bolso pela implantação da tecnologia. O custo seria em torno de R$ 50 mil por partida. Opa! E o lucro que a Confederação recebe? Segundo matéria do jornalista Rodrigo Mattos, do UOL Esporte, datada em 7 de fevereiro deste ano (confira aqui), o relatório da entidade mostrava que em seu caixa havia um total de R$ 245,3 milhões.

A CBF esperava lucrar cerca de R$ 1 bi em 2017. Valor mais que suficiente para arcar por 12 anos o sistema eletrônico. Para efeito de comparação: em Portugal, a implantação do VAR chega a, no máximo, R$ 5 mil. A desculpa para o aumento do valor é a "fibra ótica". Além disso, a CBF queria colocar o recurso apenas no segundo turno, dando a entender que os três pontos da 27ª rodada valem mais que os da 1ª rodada. Absurdo e inaceitável!

A discussão do árbitro de vídeo nesta edição do Brasileirão demorou apenas dois jogos. Na partida entre Vitória x Flamengo, no Barradão, o árbitro Wagner Reway viu mão na bola do jogador Everton Ribeiro, da equipe carioca, após finalização de Rhayner. No primeiro momento, não havia nenhuma dúvida: a bola atingiu o rosto do meio-campista, que chegou a cair no gramado!

Bola bate no rosto de Everton Ribeiro, mas árbitro assinala pênalti (Reprodução/Premiere)

A indignação só aumentou quando Reway expulsou Everton Ribeiro. Mas não foi o único erro da arbitragem. O festival de horrores continuou quando, aos 26 minutos do segundo tempo, Willian Arão, em posição irregular, desviou a bola para Geuvânio, que deu a assistência para Réver, autor do segundo gol do Rubro-Negro. O jogo terminou 2 x 2 - Denilson empatou logo na sequência.

Após a partida, horas depois, em súmula divulgada no portal da CBF, Reway descreve que expulsou o camisa 7 do Flamengo "por impedir uma clara oportunidade de gol com uso intencional da mão". Será que ele não viu pela TV ou redes sociais a imagem?

O Flamengo tem o direito de protestar na CBF e ir ao STJD, para que o supremo retire o cartão vermelho atribuído ao atleta.

A utilização do VAR é mais que obrigatória! É emergencial e muito necessária! Não consigo entender como alguém pode ser contra o uso de um sistema que reduziria os erros da arbitragem brasileira, que é péssima, convenhamos!

O árbitro de vídeo jamais acabará com o futebol, como alguns engomadinhos pensam. Pelo contrário, trará mais justiça para o esporte mais popular! Mais benefício, menos prejuízo!

Dois erros em um jogo! Serão, ao todo, 380 partidas neste Campeonato Brasileiro. Muitos erros surgirão até dezembro. Haverá equipes beneficiadas e prejudicadas, assim como em temporadas passadas.

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