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quarta-feira, 29 de julho de 2015

A Operação Lava Jato e a Copa do Mundo

Os desdobramentos da operação Lava Jato, que completou um ano há quatro meses, respingaram até mesmo no futebol. Mais especificamente na Copa do Mundo de 2014.

Mais da metade dos estádios da Copa foram erguidos ou restaurados por empresas envolvidas na Lava Jato.

Veja as empreiteiras envolvidas:

Beira-Rio (Porto Alegre)
Construtora: Andrade Gutierrez

Arena Amazônia (Manaus)
Construtora: Andrade Gutierrez

Castelão (Fortaleza)
Construtora: Consórcio Galvão, Andrade Mendonça e BWA

Arena das Dunas (Natal)
Construtora: OAS

Arena Pernambuco (Recife)
Construtora: Odebrecht

Arena Fonte Nova (Salvador)
Construtora: Odebrecht e OAS

Estádio Mané Garrincha (Brasília)
Construtora: Via Engenharia e Andrade Gutierrez

Arena Pantanal (Cuiabá)
Construtora: Mendes Júnior

Arena Corinthians (São Paulo)
Construtora: Odebrecht

Maracanã (Rio de Janeiro)
Construtora: Andrade Gutierrez e Odebrecht

Tanto o Mineirão quanto a Arena da Baixada não foram restauradas pelas construtoras envolvidas na operação Lava Jato.

Um ano após sediar alguns jogos da Copa do Mundo, o grupo OAS colocou a Arena das Dunas à venda. A alternativa de faturamento no estádio, então, está sendo um parque no estacionamento e até um irônico encontro privado da Petrobras.

A empreiteira atrasou parcelas do financiamento que contraiu para a construção da Arena do Grêmio e se expôs ao risco de ver o estádio executado pelos credores. E vendeu a metade da Fonte Nova.

A Odebrecht tomou empréstimos superiores a R$ 1,1 bilhão para construir o Itaquerão, ou Arena Corinthians. O Corinthians ainda lhe deve aproximadamente R$ 800 milhões, e a primeira parcela vence em julho.

O estádio utilizado pelo clube paulista só saiu do papel por causa do então presidente Lula, amigo de Andrés Sánchez, e fanático pelo clube do Parque São Jorge.

A empresa, também, negocia a revisão de contrato com o governo do Rio de Janeiro pela concessão do Maracanã.

O prejuízo da Andrade Gutierrez com o projeto Beira-Rio já andaria na casa dos R$ 60 milhões. A empresa está com dificuldades em vender a sua marca.

A BRio, uma subsidiária da construtora, é responsável apenas por 5 mil lugares VIPs, os camarotes e estacionamentos. Ou seja, o Internacional teve mais sorte neste jogo político.

Diretores presos, Dilma Rousseff e Lula na corda-bamba. Situação das arenas ainda é caótica no âmbito político-econômico. Será que o torcedor que frequenta os estádios pagarão as contas?

Fontes utilizadas:

Trivela e Gaúcha

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