No dia 31 de julho de 1985, uma final improvável do Campeonato Brasileiro acontecera. Aliás, aquele Campeonato foi de momentos inexplicáveis.
As quartas de final eram formadas por quadrangulares. Num grupo onde tinha Atlético-MG, Guarani, Ponte e CSA, os mineiros levaram a melhor; do outro lado, o Brasil de Pelotas eliminou o time do Flamengo, Bahia e Ceará, chegando assim a uma inédita semifinal nacional.
A classificação do Coritiba no terceiro grupo não foi surpreendente, mas a posição do Corinthians (último do grupo que ainda contava com Sport e Joinville) foi.
E o Bangu classificou-se no grupo com Internacional, Vasco e Mixto-MT. As semifinais foram entre: Coritiba x Atlético-MG e Bangu x Brasil de Pelotas.
No primeiro confronto entre paranaenses e mineiros, 1 a 0 para o Coxa. No Mineirão, 0 a 0. Coritiba já estava na final. O Bangu, por sua vez, venceu os dois confrontos contra o time do Rio Grande do Sul: 1 a 0, no Olímpico, e 3 a 1, no Maracanã.
Todas as torcidas do Rio de Janeiro se uniram para prestigiar o Bangu. Lotaram o Maracanã.
Na decisão, em jogo único disputado no Maracanã, com mais de 91 mil pessoas, o Coritiba saiu na frente com Índio, mas Lulinha empatou para o Bangu.
O árbitro invalidou um gol do Bangu, marcado por Marinho, em impedimento. Encerrada a partida em 1 x 1, aconteceu uma prorrogação de 30 minutos, permanecendo o empate. O título foi, então, decidido através da cobrança de penalidades.
Gílson Gênio, Pingo, Baby, Mário Marques e Marinho converteram suas cobranças para a equipe carioca. Índio, Marco Aurélio, Édson, Lela e Vavá, para o Coritiba.
Ado errou a sexta cobrança. E coube à Gomes fazer o gol do título. O gol de Gomes foi feito às 0h39 do dia primeiro de agosto. Coritiba, campeão Brasileiro de 1985.
FICHA TÉCNICA
BANGU (5) 1 x 1 (6) CORITIBA
Estádio: Maracanã, em Rio de Janeiro (RJ).
Data: 31/07/1985
Público: 91.257
Arbitro: Romualdo Arppi Filho
Gols: Índio 25 do 1º; Lulinha 35 do 2º
Pênaltis: Gílson Gênio, Pingo, Baby, Mário Marques e Marinho marcaram; Ado errou (B) Índio, Marco Aurélio, Édson, Lela, Vavá e Gomes marcaram (C)
Amarelos: Mário (B), Rafael, Gomes e Dida (C)
BANGU: Gilmar, Márcio Nunes, Jair, Oliveira e Bady; Israel, Lulinha (Gilson) e Mário; Marinho, João Cláudio (Ping) e Ado. Técnico: Moisés.
CORITIBA: Rafael, André, Gomes, Heraldo e Dida; Almir (Vavá), Marildo (Marco Aurélio) e Tóbi; Lela, Índio e Édson. Técnico: Ênio Andrade.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
quarta-feira, 29 de julho de 2015
A Operação Lava Jato e a Copa do Mundo
Os desdobramentos da operação Lava Jato, que completou um ano há quatro meses, respingaram até mesmo no futebol. Mais especificamente na Copa do Mundo de 2014.
Mais da metade dos estádios da Copa foram erguidos ou restaurados por empresas envolvidas na Lava Jato.
Veja as empreiteiras envolvidas:
Beira-Rio (Porto Alegre)
Construtora: Andrade Gutierrez
Arena Amazônia (Manaus)
Construtora: Andrade Gutierrez
Castelão (Fortaleza)
Construtora: Consórcio Galvão, Andrade Mendonça e BWA
Arena das Dunas (Natal)
Construtora: OAS
Arena Pernambuco (Recife)
Construtora: Odebrecht
Arena Fonte Nova (Salvador)
Construtora: Odebrecht e OAS
Estádio Mané Garrincha (Brasília)
Construtora: Via Engenharia e Andrade Gutierrez
Arena Pantanal (Cuiabá)
Construtora: Mendes Júnior
Arena Corinthians (São Paulo)
Construtora: Odebrecht
Maracanã (Rio de Janeiro)
Construtora: Andrade Gutierrez e Odebrecht
Tanto o Mineirão quanto a Arena da Baixada não foram restauradas pelas construtoras envolvidas na operação Lava Jato.
Um ano após sediar alguns jogos da Copa do Mundo, o grupo OAS colocou a Arena das Dunas à venda. A alternativa de faturamento no estádio, então, está sendo um parque no estacionamento e até um irônico encontro privado da Petrobras.
A empreiteira atrasou parcelas do financiamento que contraiu para a construção da Arena do Grêmio e se expôs ao risco de ver o estádio executado pelos credores. E vendeu a metade da Fonte Nova.
A Odebrecht tomou empréstimos superiores a R$ 1,1 bilhão para construir o Itaquerão, ou Arena Corinthians. O Corinthians ainda lhe deve aproximadamente R$ 800 milhões, e a primeira parcela vence em julho.
O estádio utilizado pelo clube paulista só saiu do papel por causa do então presidente Lula, amigo de Andrés Sánchez, e fanático pelo clube do Parque São Jorge.
A empresa, também, negocia a revisão de contrato com o governo do Rio de Janeiro pela concessão do Maracanã.
O prejuízo da Andrade Gutierrez com o projeto Beira-Rio já andaria na casa dos R$ 60 milhões. A empresa está com dificuldades em vender a sua marca.
A BRio, uma subsidiária da construtora, é responsável apenas por 5 mil lugares VIPs, os camarotes e estacionamentos. Ou seja, o Internacional teve mais sorte neste jogo político.
Diretores presos, Dilma Rousseff e Lula na corda-bamba. Situação das arenas ainda é caótica no âmbito político-econômico. Será que o torcedor que frequenta os estádios pagarão as contas?
Fontes utilizadas:
Trivela e Gaúcha
Mais da metade dos estádios da Copa foram erguidos ou restaurados por empresas envolvidas na Lava Jato.
Veja as empreiteiras envolvidas:
Beira-Rio (Porto Alegre)
Construtora: Andrade Gutierrez
Arena Amazônia (Manaus)
Construtora: Andrade Gutierrez
Castelão (Fortaleza)
Construtora: Consórcio Galvão, Andrade Mendonça e BWA
Arena das Dunas (Natal)
Construtora: OAS
Arena Pernambuco (Recife)
Construtora: Odebrecht
Arena Fonte Nova (Salvador)
Construtora: Odebrecht e OAS
Estádio Mané Garrincha (Brasília)
Construtora: Via Engenharia e Andrade Gutierrez
Arena Pantanal (Cuiabá)
Construtora: Mendes Júnior
Arena Corinthians (São Paulo)
Construtora: Odebrecht
Maracanã (Rio de Janeiro)
Construtora: Andrade Gutierrez e Odebrecht
Tanto o Mineirão quanto a Arena da Baixada não foram restauradas pelas construtoras envolvidas na operação Lava Jato.
Um ano após sediar alguns jogos da Copa do Mundo, o grupo OAS colocou a Arena das Dunas à venda. A alternativa de faturamento no estádio, então, está sendo um parque no estacionamento e até um irônico encontro privado da Petrobras.
A empreiteira atrasou parcelas do financiamento que contraiu para a construção da Arena do Grêmio e se expôs ao risco de ver o estádio executado pelos credores. E vendeu a metade da Fonte Nova.
A Odebrecht tomou empréstimos superiores a R$ 1,1 bilhão para construir o Itaquerão, ou Arena Corinthians. O Corinthians ainda lhe deve aproximadamente R$ 800 milhões, e a primeira parcela vence em julho.
O estádio utilizado pelo clube paulista só saiu do papel por causa do então presidente Lula, amigo de Andrés Sánchez, e fanático pelo clube do Parque São Jorge.
A empresa, também, negocia a revisão de contrato com o governo do Rio de Janeiro pela concessão do Maracanã.
O prejuízo da Andrade Gutierrez com o projeto Beira-Rio já andaria na casa dos R$ 60 milhões. A empresa está com dificuldades em vender a sua marca.
A BRio, uma subsidiária da construtora, é responsável apenas por 5 mil lugares VIPs, os camarotes e estacionamentos. Ou seja, o Internacional teve mais sorte neste jogo político.
Diretores presos, Dilma Rousseff e Lula na corda-bamba. Situação das arenas ainda é caótica no âmbito político-econômico. Será que o torcedor que frequenta os estádios pagarão as contas?
Fontes utilizadas:
Trivela e Gaúcha
Luis Felipe destaca a base de Xerém: "São jogadores que vêm tendo progressão"
O empate em 0 x 0 contra o Palmeiras deixou o Fluminense na primeira colocação do seu grupo. O próximo compromisso é contra o mesmo Palmeiras, só que no Rio de Janeiro. O técnico Luis Felipe fez questão de valorizar o resultado.
- O Palmeiras teve mais volume de jogo. Taticamente, nos comportamos bem. Embora não criássemos muito, a parte defensiva ajudou nesse 0 a 0. Portanto, é um resultado importante para levarmos para o Rio de Janeiro.
Luis Felipe também comentou a respeito do Marcelo Veiga, que já foi treinador dos juniores, e hoje assume a função de coordenador técnico das categorias de base.
- O Marcelo está no nosso dia a dia. Acompanha os nossos treinamentos e jogos. Fica atento a cada detalhe, e isso nos ajuda, porque é um cara vitorioso no clube.
Gustavo Scarpa e Marcos Junior são alguns dos jogadores que foram revelados em Xerém e hoje estão na equipe principal. Ao ser perguntado sobre o Sub-20 e do trabalho de Enderson Moreira, o técnico enalteceu os atletas.
- São jogadores que vêm tendo uma progressão. Fico feliz em vê-los atuando pelo Campeonato Brasileiro. E a nossa equipe tem bons jogadores que logo, logo estarão lá também.
Na próxima terça-feira, dia 4, o Fluminense encara o Palmeiras, nas Laranjeiras, e Luis Felipe deu um prognóstico do que será o confronto.
- Um jogo de muita intensidade. A gente sabe da grandiosidade do Palmeiras e o respeito é grande. Mas temos um diferencial: vamos jogar em casa, diante do nosso torcedor, e buscaremos o resultado positivo.
- O Palmeiras teve mais volume de jogo. Taticamente, nos comportamos bem. Embora não criássemos muito, a parte defensiva ajudou nesse 0 a 0. Portanto, é um resultado importante para levarmos para o Rio de Janeiro.
Luis Felipe também comentou a respeito do Marcelo Veiga, que já foi treinador dos juniores, e hoje assume a função de coordenador técnico das categorias de base.
- O Marcelo está no nosso dia a dia. Acompanha os nossos treinamentos e jogos. Fica atento a cada detalhe, e isso nos ajuda, porque é um cara vitorioso no clube.
Gustavo Scarpa e Marcos Junior são alguns dos jogadores que foram revelados em Xerém e hoje estão na equipe principal. Ao ser perguntado sobre o Sub-20 e do trabalho de Enderson Moreira, o técnico enalteceu os atletas.
- São jogadores que vêm tendo uma progressão. Fico feliz em vê-los atuando pelo Campeonato Brasileiro. E a nossa equipe tem bons jogadores que logo, logo estarão lá também.
Na próxima terça-feira, dia 4, o Fluminense encara o Palmeiras, nas Laranjeiras, e Luis Felipe deu um prognóstico do que será o confronto.
- Um jogo de muita intensidade. A gente sabe da grandiosidade do Palmeiras e o respeito é grande. Mas temos um diferencial: vamos jogar em casa, diante do nosso torcedor, e buscaremos o resultado positivo.
Gabriel Leite comenta a oportunidade de estar no Palmeiras: "É importante para a minha carreira"
Um dos destaques da equipe Sub-20 do Palmeiras, Gabriel Leite foi revelado no Paulista de Jundiaí. Desde maio de 2014, ele integra a base Alviverde. Porém já foi relacionado para a equipe profissional. Para a partida contra o Sampaio Corrêa, pela Copa do Brasil, Oswaldo de Oliveira o relacionou.
Gabriel comentou sobre o trabalho do Marcos Valadares, técnico do Sub-20:
- É um treinador que me ajuda bastante. Estou adaptando cada vez mais aqui no clube. E estar no Palmeiras é um momento importante na minha carreira.
Sobre o Marcelo Oliveira, o atacante afirma que não teve muito contato:
- Não tive uma conversa longa com ele. Mas sei que ele gosta de utilizar garotos da base, e isso traz motivação e confiança.
Gabriel Leite também comentou sobre os jogos realizados em São José dos Campos e do próximo compromisso da equipe, que é contra o Fluminense, no Rio de Janeiro.
- São José tem uma estrutura excelente. O gramado é muito bom, e o torcedor comparece. Isso nos motiva. Agora, temos um jogo difícil no Rio de Janeiro. E o pensamento é o mesmo: jogar com muita vontade, ter um foco maior e buscar a vitória.
Gabriel comentou sobre o trabalho do Marcos Valadares, técnico do Sub-20:
- É um treinador que me ajuda bastante. Estou adaptando cada vez mais aqui no clube. E estar no Palmeiras é um momento importante na minha carreira.
Sobre o Marcelo Oliveira, o atacante afirma que não teve muito contato:
- Não tive uma conversa longa com ele. Mas sei que ele gosta de utilizar garotos da base, e isso traz motivação e confiança.
Gabriel Leite também comentou sobre os jogos realizados em São José dos Campos e do próximo compromisso da equipe, que é contra o Fluminense, no Rio de Janeiro.
- São José tem uma estrutura excelente. O gramado é muito bom, e o torcedor comparece. Isso nos motiva. Agora, temos um jogo difícil no Rio de Janeiro. E o pensamento é o mesmo: jogar com muita vontade, ter um foco maior e buscar a vitória.
Palmeiras e Fluminense empatam pelo Brasileirão Sub-20
Palmeiras e Fluminense se enfrentaram nesta terça-feira (28), no estádio Martins Pereira, em São José dos Campos. E os 300 torcedores que compareceram para assistir o embate saíram insatisfeitos. Isso porque o duelo não foi bom. Sem inspiração, o resultado não poderia ser outro: 0 x 0.
Com o empate, tanto a equipe paulista quanto a carioca somam sete pontos. As equipes voltam a se enfrentar na próxima terça-feira, 4. O duelo acontece às 15h, nas Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
O primeiro tempo foi morno, em contraste com o forte calor que fazia naquela hora. Poucas chances foram criadas pelos dois lados. Nos dez minutos finais, o Verdão até tentou pressionar os cariocas. Em cobranças de faltas, Everton e Guilherme exigiram boas defesas de Matheus.
A segunda etapa não foi diferente. As duas equipes queriam se estudar. O Fluminense apostava em bolas paradas. Já o Palmeiras queria surpreender através dos contra-ataques puxados pelo lateral Lucas Taylor.
E com mais tempo com a bola nos pés, o Alviverde criou a melhor oportunidade com Jobson. O camisa 20 recebeu excelente lançamento de Matheus Sales, invadiu a área, mas chutou fraco, facilitando a defesa do goleiro carioca.
FICHA TÉCNICA
Palmeiras 0 x 0 Fluminense
Data: 28/07/2015
Local: Estádio Martins Pereira, São José dos Campos
Árbitro: Vinícius Gonçalves Dias (SP)
Assistente 1: Andrea Maffra de Sá (RJ)
Assistente 2: Luiz Cláudio Regazone (RJ)
CARTÃO AMARELO: Hudson, volante do Fluminense
PALMEIRAS: Daniel Fuzato; Lucas Taylor, Lucas Rocha, Vagner, Guilherme; Daniel, Everton (Felipe), Matheus Sales, Juninho; Gabriel Leite (Jobson) e Flamarion (Laerte)
FLUMINENSE: Matheus; Breno, Nogueira, Derlan (Frazan), Leonardo; Hudson (Marcos Calazans), Bonilha, Daniel; Olivera (Peterson), Matheus Pato e Paulinho.
Com o empate, tanto a equipe paulista quanto a carioca somam sete pontos. As equipes voltam a se enfrentar na próxima terça-feira, 4. O duelo acontece às 15h, nas Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
O primeiro tempo foi morno, em contraste com o forte calor que fazia naquela hora. Poucas chances foram criadas pelos dois lados. Nos dez minutos finais, o Verdão até tentou pressionar os cariocas. Em cobranças de faltas, Everton e Guilherme exigiram boas defesas de Matheus.
A segunda etapa não foi diferente. As duas equipes queriam se estudar. O Fluminense apostava em bolas paradas. Já o Palmeiras queria surpreender através dos contra-ataques puxados pelo lateral Lucas Taylor.
E com mais tempo com a bola nos pés, o Alviverde criou a melhor oportunidade com Jobson. O camisa 20 recebeu excelente lançamento de Matheus Sales, invadiu a área, mas chutou fraco, facilitando a defesa do goleiro carioca.
FICHA TÉCNICA
Palmeiras 0 x 0 Fluminense
Data: 28/07/2015
Local: Estádio Martins Pereira, São José dos Campos
Árbitro: Vinícius Gonçalves Dias (SP)
Assistente 1: Andrea Maffra de Sá (RJ)
Assistente 2: Luiz Cláudio Regazone (RJ)
CARTÃO AMARELO: Hudson, volante do Fluminense
PALMEIRAS: Daniel Fuzato; Lucas Taylor, Lucas Rocha, Vagner, Guilherme; Daniel, Everton (Felipe), Matheus Sales, Juninho; Gabriel Leite (Jobson) e Flamarion (Laerte)
FLUMINENSE: Matheus; Breno, Nogueira, Derlan (Frazan), Leonardo; Hudson (Marcos Calazans), Bonilha, Daniel; Olivera (Peterson), Matheus Pato e Paulinho.
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Durval, exemplo de liderança
Sério, de poucas palavras, líder. Esse é o perfil de Durval, zagueiro do Sport. Em 15 rodadas, o camisa 4 cometeu apenas uma falta. Foi no jogo contra o São Paulo, na Arena Pernambuco. No Brasileirão, já possui 89 desarmes.
É o grande responsável pela solidez defensiva. Preciso nos desarmes, fez o Rubro-negro esquecer os anos de pesadelo vividos desde a sua saída.
Por onde passa, ganha admiração. Seja de atletas ou torcedores. O seu estilo se compara ao de Gamarra, que disputou a Copa do Mundo de 1998, na França, e cometeu nenhuma falta.
Durval fraquejou e cedeu aos impulsos congênitos de beque.
São 10 títulos estaduais em sequência no Brasil.
O seu estilo é totalmente contrário ao de Thiago Silva ou David Luiz.
Cada um que chega naquele saguão de aeroporto esquece do vexame e esboça um sorriso de comercial de creme dentário.
Durval, não. Olhar indômito. É o famoso sem risadinha. Nem mesmo com uma taça na mão ele coloca os dentes para fora.
Ah, se todos os zagueiros fossem como Durval.
Isso talvez não nos livre de levar gols, claro. Mas coloca respeito, liderança. Bate no peito. Vibra. O cara joga com uma peixeira no bolso.
Em tempos modernos, a geração selfie invade qualquer espaço público. Os mesmos torcedores que xingaram os comandados de Felipão na Copa do Mundo são aqueles que procuram saber em qual saguão se depositará as bagagens e aqueles passos de pop-star para registar o momento.
Essa vidinha paralela é, talvez, a mazela mais importante do nosso futebol atual.
Durval tira fotos? Sim. Durval cede um momento para rir? Com certeza. Mas com respeito. E há tempo exato para esse momento. Não por querer ser um sujeito boa-praça e para ficar famoso nas redes sociais. Os chorões andam na contra-mão. O leitor deve estar se perguntando: Durval é boa-praça? Respondo: não o conheço pessoalmente. Posso afirmar que ele é carismático nas entrevistas.
A rigor, zagueiro é a segunda ocupação deles. Já Durval, a primeira.
Dunga poderia repensar no tipo de zagueiro que ele quer em campo para disputar as Eliminatórias para a Copa de 2018, na Rússia.
O beque do Sport está muito bem, obrigado. No auge da forma física e esbanjando o talento para sair do campo de defesa. E, claro, sem sorrir.
Então, Durval, continue assim, sem sorrisos. Deixe isso para os zagueiros dos filtros de Instagram, meias e atacantes. Eles não precisam intimidar ninguém, afinal.
O riso não faz com que o zagueiro perca a seriedade ou a liderança.
É o grande responsável pela solidez defensiva. Preciso nos desarmes, fez o Rubro-negro esquecer os anos de pesadelo vividos desde a sua saída.
Por onde passa, ganha admiração. Seja de atletas ou torcedores. O seu estilo se compara ao de Gamarra, que disputou a Copa do Mundo de 1998, na França, e cometeu nenhuma falta.
Durval fraquejou e cedeu aos impulsos congênitos de beque.
São 10 títulos estaduais em sequência no Brasil.
O seu estilo é totalmente contrário ao de Thiago Silva ou David Luiz.
Cada um que chega naquele saguão de aeroporto esquece do vexame e esboça um sorriso de comercial de creme dentário.
Durval, não. Olhar indômito. É o famoso sem risadinha. Nem mesmo com uma taça na mão ele coloca os dentes para fora.
Ah, se todos os zagueiros fossem como Durval.
Isso talvez não nos livre de levar gols, claro. Mas coloca respeito, liderança. Bate no peito. Vibra. O cara joga com uma peixeira no bolso.
Em tempos modernos, a geração selfie invade qualquer espaço público. Os mesmos torcedores que xingaram os comandados de Felipão na Copa do Mundo são aqueles que procuram saber em qual saguão se depositará as bagagens e aqueles passos de pop-star para registar o momento.
Essa vidinha paralela é, talvez, a mazela mais importante do nosso futebol atual.
Durval tira fotos? Sim. Durval cede um momento para rir? Com certeza. Mas com respeito. E há tempo exato para esse momento. Não por querer ser um sujeito boa-praça e para ficar famoso nas redes sociais. Os chorões andam na contra-mão. O leitor deve estar se perguntando: Durval é boa-praça? Respondo: não o conheço pessoalmente. Posso afirmar que ele é carismático nas entrevistas.
A rigor, zagueiro é a segunda ocupação deles. Já Durval, a primeira.
Dunga poderia repensar no tipo de zagueiro que ele quer em campo para disputar as Eliminatórias para a Copa de 2018, na Rússia.
O beque do Sport está muito bem, obrigado. No auge da forma física e esbanjando o talento para sair do campo de defesa. E, claro, sem sorrir.
Então, Durval, continue assim, sem sorrisos. Deixe isso para os zagueiros dos filtros de Instagram, meias e atacantes. Eles não precisam intimidar ninguém, afinal.
O riso não faz com que o zagueiro perca a seriedade ou a liderança.
quinta-feira, 23 de julho de 2015
A aula de futebol do Tigres; os problemas gritantes do Internacional
Foi uma atuação apática. O Internacional não conseguiu jogar no México. Os primeiros cinco minutos foram apenas para dar uma expectativa ao torcedor Colorado. O que se viu depois foi assustador. Os dois laterais, William e Geferson, não marcavam. Cederam espaços para Damm, Aquino, Rafael Sóbis. D'Alessandro tentava carregar o piano. Aránguiz, idem. Alisson, quando exigido, fez defesas importantes. Nilmar e Lisandro López em posições erradas. O esquema tático não funcionou.
Do outro lado, uma aula de como se comportar jogando em casa. Velocidade pelos flancos, profundidade, troca de passes eficientes. O futebol mexicano evoluiu. E, mais uma vez, o nosso falido futebol desceu mais um degrau em direção ao inferno.
O grande problema do Inter não foi o Aguirre. Ele colocou os melhores em campo. Foram estes jogadores que atuaram contra o Santa Fé, da Colômbia, e vencendo o duelo. Chegaram à semifinal com louvor. A parada para a Copa América deveria fazer bem ao time gaúcho. D'Alessandro, Valdívia e Nilmar estavam machucados e puderam se recuperar. Mas o desempenho no Campeonato Brasileiro é patético. Time B ou C não davam conta do recado. Jogos fracos e chegou a ocupar a zona do rebaixamento.
Porém o técnico uruguaio insistiu em aberrações táticas e pagou alto preço. Por exemplo: jogar com dois atacantes e mandar um deles se posicionar aberto pela ponta-esquerda (Lisandro López) enquanto o meia mais rápido (Valdívia) atuava pela ponta-direita. Inaceitável.
Ao fim do primeiro tempo, o placar já mostrava 2 x 0 para o time mexicano. Era necessário que o Internacional fizesse pelo menos um para levar o jogo aos pênaltis. Sugeri, através das redes sociais, que o assistente de Diego Aguirre colocasse Ernando, Alex e Eduardo Sasha. Quero aqui fazer uma salva (que gol contra bizarro do lateral Geferson).
Para o segundo tempo, nenhuma modificação foi feita. A postura defensiva do Internacional era desastrosa. Nenhum jogador era capaz de parar o liso Aquino. Driblou, cruzou, chutou e sofreu um pênalti. Desestabilizou os jogadores Colorados. Ricardo Ferretti, técnico brasileiro que atua no Tigres, foi perfeito nas substituições. Gastou o tempo, trocou peças, mas manteve o ritmo do baile mexicano.
Mas a classificação do Inter não foi perdida na América do Norte, e sim no Beira-Rio, na semana passada, sete dias atrás, no magro 2 a 1. Após um começo de muita intensidade, marcando sob pressão a saída de bola do Tigres, a equipe fez dois gols e parou no tempo. Com mais confiança e aproveitando os erros, o Tigres diminuiu, com Ayala. Ali, o torcedor mexicano e os jogadores sentiram que a vaga para final estava mais perto do que se poderia imaginar.
O gás do time acaba muito rápido! Isso ficou provado no jogo da semana passada e no de ontem. Aquino sofreu pênalti. A marmita tinha tudo para azedar com menos de 10 minutos da segunda etapa. Mas Sóbis, com os pés ainda no solo Colorado, chutou pessimamente, e Alisson defendeu. Era a força que o Inter necessitava. Confiança. Mas que de nada adiantou.
O time pecava nos passes e nas finalizações. E o Tigres fazendo o seu jogo, aproveitando o apoio incondicional de sua torcida. Aos 11 minutos, o balde de água fria. Arévalo Rios fez 3 x 0. Precisava-se de dois gols. Substituições tardias, mas que deram um ânimo. Eduardo Sasha entrou e foi ativo em todos os lances. Lisandro López, aos 43, diminuiu para 3 x 1.
Pior do que a derrota foi a postura do time. Time cansado, sem forças, errando tudo que tentava. Diego Aguirre fica ameaçado. Tem a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro como rotas.
Mas há uma questão: o Inter se dedicará à Copa do Brasil? No ano passado, a tratou com desprezo e caiu na terceira fase, para o Ceará. Foi para a Sul-Americana, e caiu para o Bahia. O time gaúcho encontrará pedras pelo caminho.
Bola grudada nos pés, paciência para encontrar a melhor jogada, a catimba mexicana, o drible armado. Características que o Tigres utilizou durante boa parte do duelo. Se o Internacional tivesse feito metade disso na primeira partida, o resultado e o parâmetro seriam outros.
Fica claro que setor mais importante de um time é o meio-campo. E o Tigres tinha muita qualidade para girar a bola entre os alas. A bola passava por todos os componentes.
Fica a lição. O futebol mexicano evoluiu. O futebol brasileiro respirou com ajuda de aparelhos nesta Libertadores. O preço está taxado. Tigres encara o River Plate na final da competição. O time mexicano ajudou o argentino a se classificar para as oitavas de final. O River passou com a pior campanha. E devido ao regulamento tacanho da Conmebol, mesmo sem conseguir o título, o River Plate já está garantido no Mundial de Clubes que será realizado em dezembro, no Japão. Monterrey, representante da Concacaf e também clube mexicano, já está garantido na competição.
É preciso rever o regulamento. Custo-benefício é nulo. Mas a vaga para a final da Libertadores é mais um feito grande para a história do futebol daquele país. Se o título vier, a glorificação será maior.
Ao Inter, resta rever os conceitos e os erros. Precisa aprimorar no campeonato nacional. Caso contrário, pelo quinto ano seguido, o clube terá feito pesados investimentos e conquistado apenas o Estadual.
Do outro lado, uma aula de como se comportar jogando em casa. Velocidade pelos flancos, profundidade, troca de passes eficientes. O futebol mexicano evoluiu. E, mais uma vez, o nosso falido futebol desceu mais um degrau em direção ao inferno.
O grande problema do Inter não foi o Aguirre. Ele colocou os melhores em campo. Foram estes jogadores que atuaram contra o Santa Fé, da Colômbia, e vencendo o duelo. Chegaram à semifinal com louvor. A parada para a Copa América deveria fazer bem ao time gaúcho. D'Alessandro, Valdívia e Nilmar estavam machucados e puderam se recuperar. Mas o desempenho no Campeonato Brasileiro é patético. Time B ou C não davam conta do recado. Jogos fracos e chegou a ocupar a zona do rebaixamento.
Porém o técnico uruguaio insistiu em aberrações táticas e pagou alto preço. Por exemplo: jogar com dois atacantes e mandar um deles se posicionar aberto pela ponta-esquerda (Lisandro López) enquanto o meia mais rápido (Valdívia) atuava pela ponta-direita. Inaceitável.
Ao fim do primeiro tempo, o placar já mostrava 2 x 0 para o time mexicano. Era necessário que o Internacional fizesse pelo menos um para levar o jogo aos pênaltis. Sugeri, através das redes sociais, que o assistente de Diego Aguirre colocasse Ernando, Alex e Eduardo Sasha. Quero aqui fazer uma salva (que gol contra bizarro do lateral Geferson).
Para o segundo tempo, nenhuma modificação foi feita. A postura defensiva do Internacional era desastrosa. Nenhum jogador era capaz de parar o liso Aquino. Driblou, cruzou, chutou e sofreu um pênalti. Desestabilizou os jogadores Colorados. Ricardo Ferretti, técnico brasileiro que atua no Tigres, foi perfeito nas substituições. Gastou o tempo, trocou peças, mas manteve o ritmo do baile mexicano.
Mas a classificação do Inter não foi perdida na América do Norte, e sim no Beira-Rio, na semana passada, sete dias atrás, no magro 2 a 1. Após um começo de muita intensidade, marcando sob pressão a saída de bola do Tigres, a equipe fez dois gols e parou no tempo. Com mais confiança e aproveitando os erros, o Tigres diminuiu, com Ayala. Ali, o torcedor mexicano e os jogadores sentiram que a vaga para final estava mais perto do que se poderia imaginar.
O gás do time acaba muito rápido! Isso ficou provado no jogo da semana passada e no de ontem. Aquino sofreu pênalti. A marmita tinha tudo para azedar com menos de 10 minutos da segunda etapa. Mas Sóbis, com os pés ainda no solo Colorado, chutou pessimamente, e Alisson defendeu. Era a força que o Inter necessitava. Confiança. Mas que de nada adiantou.
O time pecava nos passes e nas finalizações. E o Tigres fazendo o seu jogo, aproveitando o apoio incondicional de sua torcida. Aos 11 minutos, o balde de água fria. Arévalo Rios fez 3 x 0. Precisava-se de dois gols. Substituições tardias, mas que deram um ânimo. Eduardo Sasha entrou e foi ativo em todos os lances. Lisandro López, aos 43, diminuiu para 3 x 1.
Pior do que a derrota foi a postura do time. Time cansado, sem forças, errando tudo que tentava. Diego Aguirre fica ameaçado. Tem a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro como rotas.
Mas há uma questão: o Inter se dedicará à Copa do Brasil? No ano passado, a tratou com desprezo e caiu na terceira fase, para o Ceará. Foi para a Sul-Americana, e caiu para o Bahia. O time gaúcho encontrará pedras pelo caminho.
Bola grudada nos pés, paciência para encontrar a melhor jogada, a catimba mexicana, o drible armado. Características que o Tigres utilizou durante boa parte do duelo. Se o Internacional tivesse feito metade disso na primeira partida, o resultado e o parâmetro seriam outros.
Fica claro que setor mais importante de um time é o meio-campo. E o Tigres tinha muita qualidade para girar a bola entre os alas. A bola passava por todos os componentes.
Fica a lição. O futebol mexicano evoluiu. O futebol brasileiro respirou com ajuda de aparelhos nesta Libertadores. O preço está taxado. Tigres encara o River Plate na final da competição. O time mexicano ajudou o argentino a se classificar para as oitavas de final. O River passou com a pior campanha. E devido ao regulamento tacanho da Conmebol, mesmo sem conseguir o título, o River Plate já está garantido no Mundial de Clubes que será realizado em dezembro, no Japão. Monterrey, representante da Concacaf e também clube mexicano, já está garantido na competição.
É preciso rever o regulamento. Custo-benefício é nulo. Mas a vaga para a final da Libertadores é mais um feito grande para a história do futebol daquele país. Se o título vier, a glorificação será maior.
Ao Inter, resta rever os conceitos e os erros. Precisa aprimorar no campeonato nacional. Caso contrário, pelo quinto ano seguido, o clube terá feito pesados investimentos e conquistado apenas o Estadual.
Marcadores:
Internacional,
Libertadores,
Tigres
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Rodada atípica para o futebol brasileiro
O nível do futebol brasileiro está no fundo do poço. Isso é fato desde 2014, mais precisamente depois daquele fatídico 7 a 1. O resultado abalou todas as estruturas possíveis: da CBF aos campeonatos. Nenhum jogo agradava. As arenas utilizadas na Copa foram esquecidas, salvas a Arena Pernambuco, a arma do Sport neste Brasileirão 2015, o Mineirão, a Arena Corinthians e o Beira-Rio. Arena Castelão é utilizada na Série B.
Depois da Copa do Mundo, veio a Copa América, quase um ano depois. E o nível continuava ruim. Só que teve um agravamento: casos de corrupção, dirigentes das confederações americanas (inclusive da Brasileira) tendo lugar especial nas investigações, acusações de lavagem de dinheiro, compra de votos para as sedes das próximas duas Copas.
Embora o fator seja extra-campo, houve um abalo dentro das quatro linhas. Grandes clássicos marcaram este Brasileirão. Porém, mais cadeiras vazias do que o esperado. Um exemplo foi o clássico Flamengo x Corinthians. A expectativa era grande, muito por conta do atacante peruano Guerrero, que agora veste o manto Rubro-Negro. Nem 35 mil pessoas compareceram ao Maracanã.
O Campeonato Brasileiro está mais nivelado, obviamente. Nenhuma equipe conseguiu abrir uma vantagem confortável, como acontecera nas edições anteriores, nas quais o Cruzeiro sagrou-se campeão. Futebol voluntarioso, elegante. Dava gosto acompanhar os jogos do time mineiro. Hoje, quase 50% do elenco se transferiu para outros mercados. Perdeu força e a mão, principalmente quando numa atitude até hoje inexplicável houve a demissão de Marcelo Oliveira, que atualmente resgata o futebol do Palmeiras.
Atlétco-MG, Corinthians e Sport. Os três clubes que mantêm a regularidade. Ponte Preta e Atlético-PR começaram muito bem, mas perderam as forças. Internacional disputa a Libertadores e poupa seus atletas no campeonato nacional. Grêmio, sob o comando de Roger Machado, tem mais coletividade, faz bons jogos, mas está longe do ideal.
A rodada 14, realizada neste final de semana, foi atípica. Jogos interessantes, a começar pelo Corinthians x Atlético-MG. Jogo equilibrado, com oportunidades para os dois lados. Os dois goleiros foram os protagonistas da partida. Bom público presente na Arena Corinthians. Quase 37 mil compareceram ao estádio. Flamengo x Grêmio foi um confronto marcado pela estreia de Guerrero no Maracanã. O peruano foi o autor do gol da vitória. Mais de 50 mil presentes.
Os jogos de domingo mantiveram o patamar de sábado. Sport x São Paulo e Palmeiras x Santos são provas cabíveis da realidade atípica do futebol brasileiro. Estádios lotados, duelos interessantes. As vitórias de Sport e Palmeiras representaram os eficientes comandos de Eduardo Baptista e Marcelo Oliveira.
A eficiência do Sport ajuda a explicar o sucesso. Os rubro-negros conseguem ser incisivos e criam muitas oportunidades de gol, especialmente no jogo aéreo. André e Marlone, jogadores massacrados por não terem padrão de jogo, estão sendo o diferencial dessa equipe, que ainda conta com o melhor volante desse campeonato, Rithely. Preciso nos desarmes, capacidade para sair jogando, cabeça erguida. Evoluiu, se comparado à temporada passada.
Já o Palmeiras é um outro time. Com Oswaldo de Oliveira, era bagunçado. Jogadores não tinham posições fixas. Não havia um time realmente titular, que mantivessem uma série efetiva de jogos. Marcelo conseguiu encaixar as peças. Conta com um volante que finaliza bem de fora da área, voluntarioso. Gabriel, ex-Botafogo. O jogo de ontem, contra o Santos, foi de um nível excelente. Fernando Prass e Vanderlei foram exigidos. Principalmente na segunda etapa.
Raramente uma rodada merece ser elogiada pela qualidade técnica dos jogos. Mas esta rodada foi marcada por jogos que prendessem o telespectador em frente à TV. Os torcedores que compareceram aos estádios saíram satisfeitos.
Em alguns momentos, ou rodadas como queiram, vamos nos concentrar na parte que ainda vale a pena. Existe a esperança de que o futebol volte a ser, tão somente, futebol. Que o público compareça ao estádio. [Que] as diretorias sejam participativas, realizando promoções e promovendo um ingresso mais barato. E que os níveis dos futuros duelos sejam idênticos ou superiores ao que foi apresentado neste sábado e domingo.
Depois da Copa do Mundo, veio a Copa América, quase um ano depois. E o nível continuava ruim. Só que teve um agravamento: casos de corrupção, dirigentes das confederações americanas (inclusive da Brasileira) tendo lugar especial nas investigações, acusações de lavagem de dinheiro, compra de votos para as sedes das próximas duas Copas.
Embora o fator seja extra-campo, houve um abalo dentro das quatro linhas. Grandes clássicos marcaram este Brasileirão. Porém, mais cadeiras vazias do que o esperado. Um exemplo foi o clássico Flamengo x Corinthians. A expectativa era grande, muito por conta do atacante peruano Guerrero, que agora veste o manto Rubro-Negro. Nem 35 mil pessoas compareceram ao Maracanã.
O Campeonato Brasileiro está mais nivelado, obviamente. Nenhuma equipe conseguiu abrir uma vantagem confortável, como acontecera nas edições anteriores, nas quais o Cruzeiro sagrou-se campeão. Futebol voluntarioso, elegante. Dava gosto acompanhar os jogos do time mineiro. Hoje, quase 50% do elenco se transferiu para outros mercados. Perdeu força e a mão, principalmente quando numa atitude até hoje inexplicável houve a demissão de Marcelo Oliveira, que atualmente resgata o futebol do Palmeiras.
Atlétco-MG, Corinthians e Sport. Os três clubes que mantêm a regularidade. Ponte Preta e Atlético-PR começaram muito bem, mas perderam as forças. Internacional disputa a Libertadores e poupa seus atletas no campeonato nacional. Grêmio, sob o comando de Roger Machado, tem mais coletividade, faz bons jogos, mas está longe do ideal.
A rodada 14, realizada neste final de semana, foi atípica. Jogos interessantes, a começar pelo Corinthians x Atlético-MG. Jogo equilibrado, com oportunidades para os dois lados. Os dois goleiros foram os protagonistas da partida. Bom público presente na Arena Corinthians. Quase 37 mil compareceram ao estádio. Flamengo x Grêmio foi um confronto marcado pela estreia de Guerrero no Maracanã. O peruano foi o autor do gol da vitória. Mais de 50 mil presentes.
Os jogos de domingo mantiveram o patamar de sábado. Sport x São Paulo e Palmeiras x Santos são provas cabíveis da realidade atípica do futebol brasileiro. Estádios lotados, duelos interessantes. As vitórias de Sport e Palmeiras representaram os eficientes comandos de Eduardo Baptista e Marcelo Oliveira.
A eficiência do Sport ajuda a explicar o sucesso. Os rubro-negros conseguem ser incisivos e criam muitas oportunidades de gol, especialmente no jogo aéreo. André e Marlone, jogadores massacrados por não terem padrão de jogo, estão sendo o diferencial dessa equipe, que ainda conta com o melhor volante desse campeonato, Rithely. Preciso nos desarmes, capacidade para sair jogando, cabeça erguida. Evoluiu, se comparado à temporada passada.
Já o Palmeiras é um outro time. Com Oswaldo de Oliveira, era bagunçado. Jogadores não tinham posições fixas. Não havia um time realmente titular, que mantivessem uma série efetiva de jogos. Marcelo conseguiu encaixar as peças. Conta com um volante que finaliza bem de fora da área, voluntarioso. Gabriel, ex-Botafogo. O jogo de ontem, contra o Santos, foi de um nível excelente. Fernando Prass e Vanderlei foram exigidos. Principalmente na segunda etapa.
Raramente uma rodada merece ser elogiada pela qualidade técnica dos jogos. Mas esta rodada foi marcada por jogos que prendessem o telespectador em frente à TV. Os torcedores que compareceram aos estádios saíram satisfeitos.
Em alguns momentos, ou rodadas como queiram, vamos nos concentrar na parte que ainda vale a pena. Existe a esperança de que o futebol volte a ser, tão somente, futebol. Que o público compareça ao estádio. [Que] as diretorias sejam participativas, realizando promoções e promovendo um ingresso mais barato. E que os níveis dos futuros duelos sejam idênticos ou superiores ao que foi apresentado neste sábado e domingo.
quinta-feira, 16 de julho de 2015
Entrevistas com Marcos Valadares e Rodney Gonçalves
Na tarde desta quarta-feira, o Palmeiras venceu o Vasco por 3 a 0, pelo Brasileirão Sub-20, no Estádio Martins Pereira, em São José dos Campos. Após o término da partida, os dois técnicos concederam uma entrevista para o Blog do Gabriel Dantas.
O técnico palmeirense Marcos Valadares comentou sobre o jogo, jogadores jovens que sobem para o profissional, do olhar de Marcelo Oliveira na base e comentou sobre a preparação para o próximo confronto.
O que foi fundamental para a vitória diante do Vasco?
O fundamental no processo da vitória é o trabalho do dia a dia. Os jogadores compraram a nossa ideia de um jogador um bom futebol. Estão focados, concentrados. E o reflexo são as façanhas.
Nathan, João Pedro e Gabriel Jesus. Eles começaram no Sub-20 e hoje estão no profissional. Como você trabalha com a base de hoje?
A gente incentiva os nossos garotos. Jogando um bom futebol, tendo um bom comportamento, tanto dentro quanto fora dos gramados, buscando a recuperação e o comprometimento, eles estarão no caminho certo. Aqui [Sub-20] é a reta final. E quando essa reta for alcançada, os nossos garotos conquistarão os objetivos.
Como é o trabalho do Marcelo Oliveira no que diz respeito à base? Ele acompanha os treinos?
Marcelo veio da base. Jogou pelo Atlético-MG, comandou o Cruzeiro utilizando os jogadores da base. Ele tem aberto as portas, o que é bacana. Durante a semana, jogamos contra o profissional. E a motivação dos nossos garotos aumenta. E o Marcelo utiliza o parâmetro.
Quando o jogo acaba, vocês assistem novamente para observar o que houve de errado e certo, para servir de ajustes e manutenção daquela forma de jogar?
O trabalho de preparação é isso. A gente assiste, analisa, vê o que pode se manter e o que pode melhorar. É uma troca de experiências. E os jogadores podem opinar à vontade, sem restrição. Da mesma forma ocorre quando analisamos os vídeos dos nossos adversários. E na próxima rodada, enfrentaremos o Flamengo. Vamos continuar o planejamento estabalecido. Temos que analisar o estilo de jogo do nosso adversário. E nos preocupamos com a recuperação dos nossos atletas, tanto fisicamente quanto mentalmente. E alguns ajustes serão feitos, uma vez que fazem parte da estratégia.
Depois de entrevistar o técnico do Palmeiras, o técnico do Vasco foi entrevistado. Rodney Gonçalves fez uma análise do jogo contra o Verdão, comentou sobre o gol contra do Lucas Barboza e da tabela do Campeonato Carioca.
O que faltou para o Vasco conseguir a vitória?
É notória que não tivemos um bom dia. Perdemos o atacante Daniel, que é fundamental para o nosso estilo de jogo. Estávamos jogando melhor, com mais postura, compactação. E depois tivemos um atleta expulso (lateral Bruno Ferreira), dificultando o nosso trabalho. E quando sofremos o primeiro gol, a gente não conseguiu reverter a vantagem. Demoramos a encaixar o nosso setor defensivo e de criação. Perder nunca é bom, mas nas derrotas também conseguimos tirar coisas produtivas.
Quando o Lucas Barboza passou pela área do vestiário, ele estava visivelmente abalado. Como trabalhar com o psicológico do atleta nesse momento?
No jogo anterior, contra o Sport, ele fez dois gols, decidindo a partida. Fazer um gol contra é ruim, atrapalha. Mas passou. É um atleta que tem uma perspectiva muito boa para o futuro. Vamos acalmá-lo, olhar o VT, ver o que houve de errado e corrigir durante os treinamentos.
Próximo jogo do Brasileiro Sub-20 é contra o Fluminense. Comente sobre a preparação.
A única baixa é o lateral Bruno, que foi expulso. Vamos intensificar os treinamentos. Mas antes desse confronto, jogaremos pelo Campeonato Carioca, contra o Volta Redonda. E temos que respeitar o condicionamento físico dos nossos atletas, já que eles não são máquinas. Quero fazer uma salva a esse respeito: estamos jogando de forma sequencial, impossibilitando na recuperação de alguns jogadores, sem contar que outros estão servindo o profissional, e isso dificulta o nosso planejamento. Mas vamos analisar o estilo de jogo do Volta Redonda, jogar no sábado, descansar e se recuperar para o confronto contra o Fluminense.
O técnico palmeirense Marcos Valadares comentou sobre o jogo, jogadores jovens que sobem para o profissional, do olhar de Marcelo Oliveira na base e comentou sobre a preparação para o próximo confronto.
O que foi fundamental para a vitória diante do Vasco?
O fundamental no processo da vitória é o trabalho do dia a dia. Os jogadores compraram a nossa ideia de um jogador um bom futebol. Estão focados, concentrados. E o reflexo são as façanhas.
Nathan, João Pedro e Gabriel Jesus. Eles começaram no Sub-20 e hoje estão no profissional. Como você trabalha com a base de hoje?
A gente incentiva os nossos garotos. Jogando um bom futebol, tendo um bom comportamento, tanto dentro quanto fora dos gramados, buscando a recuperação e o comprometimento, eles estarão no caminho certo. Aqui [Sub-20] é a reta final. E quando essa reta for alcançada, os nossos garotos conquistarão os objetivos.
Como é o trabalho do Marcelo Oliveira no que diz respeito à base? Ele acompanha os treinos?
Marcelo veio da base. Jogou pelo Atlético-MG, comandou o Cruzeiro utilizando os jogadores da base. Ele tem aberto as portas, o que é bacana. Durante a semana, jogamos contra o profissional. E a motivação dos nossos garotos aumenta. E o Marcelo utiliza o parâmetro.
Quando o jogo acaba, vocês assistem novamente para observar o que houve de errado e certo, para servir de ajustes e manutenção daquela forma de jogar?
O trabalho de preparação é isso. A gente assiste, analisa, vê o que pode se manter e o que pode melhorar. É uma troca de experiências. E os jogadores podem opinar à vontade, sem restrição. Da mesma forma ocorre quando analisamos os vídeos dos nossos adversários. E na próxima rodada, enfrentaremos o Flamengo. Vamos continuar o planejamento estabalecido. Temos que analisar o estilo de jogo do nosso adversário. E nos preocupamos com a recuperação dos nossos atletas, tanto fisicamente quanto mentalmente. E alguns ajustes serão feitos, uma vez que fazem parte da estratégia.
Depois de entrevistar o técnico do Palmeiras, o técnico do Vasco foi entrevistado. Rodney Gonçalves fez uma análise do jogo contra o Verdão, comentou sobre o gol contra do Lucas Barboza e da tabela do Campeonato Carioca.
O que faltou para o Vasco conseguir a vitória?
É notória que não tivemos um bom dia. Perdemos o atacante Daniel, que é fundamental para o nosso estilo de jogo. Estávamos jogando melhor, com mais postura, compactação. E depois tivemos um atleta expulso (lateral Bruno Ferreira), dificultando o nosso trabalho. E quando sofremos o primeiro gol, a gente não conseguiu reverter a vantagem. Demoramos a encaixar o nosso setor defensivo e de criação. Perder nunca é bom, mas nas derrotas também conseguimos tirar coisas produtivas.
Quando o Lucas Barboza passou pela área do vestiário, ele estava visivelmente abalado. Como trabalhar com o psicológico do atleta nesse momento?
No jogo anterior, contra o Sport, ele fez dois gols, decidindo a partida. Fazer um gol contra é ruim, atrapalha. Mas passou. É um atleta que tem uma perspectiva muito boa para o futuro. Vamos acalmá-lo, olhar o VT, ver o que houve de errado e corrigir durante os treinamentos.
Próximo jogo do Brasileiro Sub-20 é contra o Fluminense. Comente sobre a preparação.
A única baixa é o lateral Bruno, que foi expulso. Vamos intensificar os treinamentos. Mas antes desse confronto, jogaremos pelo Campeonato Carioca, contra o Volta Redonda. E temos que respeitar o condicionamento físico dos nossos atletas, já que eles não são máquinas. Quero fazer uma salva a esse respeito: estamos jogando de forma sequencial, impossibilitando na recuperação de alguns jogadores, sem contar que outros estão servindo o profissional, e isso dificulta o nosso planejamento. Mas vamos analisar o estilo de jogo do Volta Redonda, jogar no sábado, descansar e se recuperar para o confronto contra o Fluminense.
Marcadores:
Brasileiro Sub-20,
Palmeiras,
Vasco
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Justiça do Trabalho anula o leilão do estádio Brinco de Ouro
A Justiça do Trabalho anulou o leilão do estádio Brinco de Ouro da Princesa, que pertence ao Guarani Futebol Clube. De acordo com a juíza Ana Cláudia Torres Vianna, da 6ª Vara do Trabalho de Campinas, o valor bem abaixo da avaliação do mercado e a falta de abertura de lances para outras empresas justificaram a anulação.
"Os encontros foram utilizados como uma valorosa oportunidade de aproximar as partes envolvidas, conscientizá-las dos desdobramentos decorrentes do ato de alienação consumado, bem como para explorar formas factíveis de se alçar uma transição pacífica e amena neste cenário de alienação do Estádio, ponderando, inclusive, sobre os atos possíveis que permitissem a continuidade do Clube", diz a hasta pública.
No dia 30 de março, a empresa Maxion Empreendimentos Imobiliários, que pertence ao grupo Zaffari, arrematou uma das matrículas do complexo do Brinco de Ouro por R$ 105 milhões. Segundo a juíza, que anulou a compra, o valor da arrematação também foi considerado baixo porque a avaliação envolvia apenas uma das matrículas do complexo.
"O desejo de celeridade e a necessidade de se consumar uma arrematação na Justiça do Trabalho, assim como as inúmeras incertezas que pairavam sobre a avaliação das matrículas que compunham o Estádio Brinco de Ouro da Princesa, as dúvidas sobre a interpretação do recente Provimento 03-2014 GP-CR de hastas unificadas, culminaram com prática de atos jurídicos, que apesar de todas as cautelas adotadas, não foram suficientes válidos para consumação da arrematação sem vício, isso sem contar com os fatos supervenientes ao leilão, que descortinaram de vez o verdadeiro valor da avaliação do bem alienado", diz outro trecho.
Ana Cláudia autorizou a venda por iniciativa particular ao grupo Magnum (MMG Consultoria & Assessoria Empresarial), parceiro do Guarani, que ficará responsável por pagar imediatamente os credores e assumir as dívidas trabalhistas do clube.
"Com essa decisão tenho a sincera intenção de ver os trabalhadores receberem os seus direitos, de forma mais rápida possível e igualmente encontrar uma maneira em que o Guarani Futebol Clube, uma associação dita sem fins lucrativos, possa preservar a sua existência, sua história e reencontrar um caminho de existência jurídica e econômica", conclui.
Apesar da decisão agradar credores, o Guarani e a empresa vencedora podem barrar o processo novamente. O grupo Zaffari já afirmou que irá recorrer da decisão. Além dele, o Ministério Público do Trabalho pede a suspeição da juíza que decidiu o caso. Em um primeiro momento, o pedido de suspeição foi negado, porém, o MPT já apresentou recurso contra esta decisão.
"Os encontros foram utilizados como uma valorosa oportunidade de aproximar as partes envolvidas, conscientizá-las dos desdobramentos decorrentes do ato de alienação consumado, bem como para explorar formas factíveis de se alçar uma transição pacífica e amena neste cenário de alienação do Estádio, ponderando, inclusive, sobre os atos possíveis que permitissem a continuidade do Clube", diz a hasta pública.
No dia 30 de março, a empresa Maxion Empreendimentos Imobiliários, que pertence ao grupo Zaffari, arrematou uma das matrículas do complexo do Brinco de Ouro por R$ 105 milhões. Segundo a juíza, que anulou a compra, o valor da arrematação também foi considerado baixo porque a avaliação envolvia apenas uma das matrículas do complexo.
"O desejo de celeridade e a necessidade de se consumar uma arrematação na Justiça do Trabalho, assim como as inúmeras incertezas que pairavam sobre a avaliação das matrículas que compunham o Estádio Brinco de Ouro da Princesa, as dúvidas sobre a interpretação do recente Provimento 03-2014 GP-CR de hastas unificadas, culminaram com prática de atos jurídicos, que apesar de todas as cautelas adotadas, não foram suficientes válidos para consumação da arrematação sem vício, isso sem contar com os fatos supervenientes ao leilão, que descortinaram de vez o verdadeiro valor da avaliação do bem alienado", diz outro trecho.
Ana Cláudia autorizou a venda por iniciativa particular ao grupo Magnum (MMG Consultoria & Assessoria Empresarial), parceiro do Guarani, que ficará responsável por pagar imediatamente os credores e assumir as dívidas trabalhistas do clube.
"Com essa decisão tenho a sincera intenção de ver os trabalhadores receberem os seus direitos, de forma mais rápida possível e igualmente encontrar uma maneira em que o Guarani Futebol Clube, uma associação dita sem fins lucrativos, possa preservar a sua existência, sua história e reencontrar um caminho de existência jurídica e econômica", conclui.
Apesar da decisão agradar credores, o Guarani e a empresa vencedora podem barrar o processo novamente. O grupo Zaffari já afirmou que irá recorrer da decisão. Além dele, o Ministério Público do Trabalho pede a suspeição da juíza que decidiu o caso. Em um primeiro momento, o pedido de suspeição foi negado, porém, o MPT já apresentou recurso contra esta decisão.
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Pelo Brasileiro Sub-20, Palmeiras vence Cruzeiro por 1 a 0; as duas equipes avançam para a próxima fase
No jogo que definiu a liderança do Grupo C do Brasileiro Sub-20, o Palmeiras venceu o Cruzeiro por 1 a 0 na tarde desta quarta-feira, no estádio Martins Pereira, em São José dos Campos. O único gol foi marcado pelo atacante Gabriel Leite, aos 18 minutos da primeira etapa. Tanto o Palmeiras quanto o Cruzeiro se classificaram para a próxima fase do campeonato. O Verdão garantiu a ponta. A Raposa assumiu a segunda colocação.
O Cruzeiro não sofria um gol há oito jogos. Mas o período invicto durou pouco no jogo desta quarta-feira. Logo aos 18 minutos, Gabriel Leite recebeu passe em velocidade, invadiu a área e tocou com classe na saída do goleiro Lucas França.
O Palmeiras jogava sem medo, pois sabia que uma vitória simples garantia a sua permanência no Brasileirão. Por isso, apostou nos contra-ataques. Já o Cruzeiro tentava na habilidade de Hugo Ragelli.
O primeiro tempo terminou em 1 a 0. A segunda etapa foi monótona. Nenhuma das equipes avançavam com tanto perigo ao ataque. Talvez já soubessem do empate em 2 a 2 entre Goiás x Ceará. Com isso, as duas equipes estavam avançando à próxima fase.
Sem chegar com perigo, a Raposa viu o Palmeiras criar as melhores oportunidades a partir dos 20 minutos. Mas faltava precisão para que o placar fosse ampliado.
As melhores oportunidades da segunda etapa surgiram aos 40 minutos. Jobson carimbou a trave do Cruzeiro, e Matheus quase empatou em cobrança de falta. João Paulo, goleiro palmeirense, fez uma importante defesa. Final de jogo! Palmeiras 1 x 0 Cruzeiro.
Na próxima fase da competição, o Palmeiras encara o Vasco. O jogo será no Martins Pereira, em São José dos Campos, sem data e horário que ainda serão definidos. O Cruzeiro aguarda o seu adversário.
Após o término da partida, o zagueiro Vagner, do Palmeiras, ressaltou a força do grupo e o foco.
"Elenco fechado. Nosso treinador pede muito empenho, foco. E colocamos isso em prática. Vitória importante. Agora, é descansar um pouco, voltar ao trabalho e encarar o próximo confronto como se fosse uma final", disse o camisa 4.
Já o lateral Victor Luiz, do Cruzeiro, reclamou da falta de empenho da equipe.
"Não conseguimos jogar. Faltou empenho de nossa parte. Deixamos o Palmeiras dominar o jogo. E quando tentamos reagir, o goleiro deles salvou, e já era tarde demais. Nos resta descansar e ouvir o que o nosso técnico tem a dizer", declarou.
O Cruzeiro não sofria um gol há oito jogos. Mas o período invicto durou pouco no jogo desta quarta-feira. Logo aos 18 minutos, Gabriel Leite recebeu passe em velocidade, invadiu a área e tocou com classe na saída do goleiro Lucas França.
O Palmeiras jogava sem medo, pois sabia que uma vitória simples garantia a sua permanência no Brasileirão. Por isso, apostou nos contra-ataques. Já o Cruzeiro tentava na habilidade de Hugo Ragelli.
O primeiro tempo terminou em 1 a 0. A segunda etapa foi monótona. Nenhuma das equipes avançavam com tanto perigo ao ataque. Talvez já soubessem do empate em 2 a 2 entre Goiás x Ceará. Com isso, as duas equipes estavam avançando à próxima fase.
Sem chegar com perigo, a Raposa viu o Palmeiras criar as melhores oportunidades a partir dos 20 minutos. Mas faltava precisão para que o placar fosse ampliado.
As melhores oportunidades da segunda etapa surgiram aos 40 minutos. Jobson carimbou a trave do Cruzeiro, e Matheus quase empatou em cobrança de falta. João Paulo, goleiro palmeirense, fez uma importante defesa. Final de jogo! Palmeiras 1 x 0 Cruzeiro.
Na próxima fase da competição, o Palmeiras encara o Vasco. O jogo será no Martins Pereira, em São José dos Campos, sem data e horário que ainda serão definidos. O Cruzeiro aguarda o seu adversário.
Após o término da partida, o zagueiro Vagner, do Palmeiras, ressaltou a força do grupo e o foco.
"Elenco fechado. Nosso treinador pede muito empenho, foco. E colocamos isso em prática. Vitória importante. Agora, é descansar um pouco, voltar ao trabalho e encarar o próximo confronto como se fosse uma final", disse o camisa 4.
Já o lateral Victor Luiz, do Cruzeiro, reclamou da falta de empenho da equipe.
"Não conseguimos jogar. Faltou empenho de nossa parte. Deixamos o Palmeiras dominar o jogo. E quando tentamos reagir, o goleiro deles salvou, e já era tarde demais. Nos resta descansar e ouvir o que o nosso técnico tem a dizer", declarou.
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Aula tática e técnica da Alemanha completa um ano. Involuímos em todos os aspectos
Oito de julho de 2014. Há um ano, a seleção brasileira sofrera a maior goleada em participações na Copa do Mundo. Foi uma aula dos comandados de Low. Um desespero e apatia dos fracassados de Felipão.
A seleção brasileira foi humilhada diante de 50 mil pessoas presentes no Mineirão, por uma Alemanha que emplacou sete gols, sendo que cinco foram na primeira etapa, com menos de 30 minutos de bola rolando.
Sem Neymar, o único que poderia mudar o rumo daquela catastrófica tarde de terça-feira, Scolari optou pela entrada de Bernard, apostando no emocional e na vibração do estádio. Foi no mesmo Mineirão, na Copa das Confederações contra o Uruguai, que o ex-jogador do Atlético Mineiro entrara.
Pensando na proteção de sua zaga, a seleção de Scolari começou o jogo apertando a saída de bola da Alemanha, buscando em uma tentativa falha, diminuir o toque de bola alemão. Até os oito minutos iniciais, a seleção estava criando boas alternativas. Mas o que veio a seguir foi um atropelo.
Em falha de David Luiz, que deixou Muller livre na grande área brasileira, a Alemanha conseguiu descobrir o segredo para encurralar o Brasil: toque de bola. Low, pensando na mesma filosofia de Pep Guardiola, quis que a seleção controlasse por maior tempo possível a redonda. Dante, que entrara por apenas jogar no futebol alemão, foi engolido por Klose e Muller. Luiz Gustavo e Fernandinho foram esmagados por Kroos e Khedira.
Parecia um jogo-treino. Uma seleção de várzea contra uma poderosa esquadra. O técnico brasileiro treinou a semana inteira com três volantes – Paulinho, Fernandinho e Luiz Gustavo – ou com Willian, como substituto de Neymar. Era preciso povoar o meio-campo. Mas a insistência em Bernard foi uma aposta cara e que causou prejuízo.
E que prejuízo. Pagou-se uma conta cara. Nem aproveitar a fragilidade notória na lateral esquerda da Alemanha, ocupada pelo improvisado Howedes. Bernard ou Oscar foram capazes de fazer.
Insistiu em Fred quando o mesmo mostrou-se abaixo de seu rendimento, colocou Oscar aberto, fora de posição, manteve Daniel Alves em péssima forma. Nem Maicon foi capaz de mudar a postura tática da seleção de meninos que gastaram o seu tempo para brincar no jardim de infância da Granja Comary.
O time era óbvio desde a surpreendente conquista da Copa das Confederações. O Brasil encontrou dificuldades em todos os jogos. A vitória por 4 a 1 diante de Camarões foi apenas uma pequena demonstração de que era possível. É o famoso para inglês ver.
Ramires e Paulinho entram na segunda etapa, para as saídas de Hulk e Fernandinho, buscando uma movimentação maior no meio campo Canarinho. Até que uma melhora pôde ser percebida. A seleção explorou as jogadas pelos flancos. Mas tinha um paredão na meta adversária: Neuer. Três oportunidades foram desperdiçadas em oito minutos. Um provável 5 a 3 poderia estar no placar do Mineirão.
Low quis a ofensividade e a manutenção da posse de bola. Deu certo. Dois gols de Schurlle, em menos de dez minutos. Placar alto que fez com que a Fifa explorasse a barra de rolagem. Algo inacreditável.
Oscar marca aos 45 minutos. Um gol de honra. Mais de 50 mil pessoas, ironicamente, gritam 'Eu acredito!'. Que reação original.
O que se viu ao longo dessa Copa foi um Brasil fraco, tanto tecnicamente quanto psicologicamente, mal treinado, com um treinador superado. A geração selfie perdeu de forma mascarada, justa. E o mais importante: não havia lideranças em campo. Alguém para gritar, acalmar os mais jovens e tentar mudar a auto-estima do time.
Um ano se passou. O termo revolução foi pauta de todos os programas esportivos. Ex-jogadores e técnicos exploraram esse vocabulário. De nada adiantou. Dona Lúcia, personagem carismática da Copa, apareceu na entrevista coletiva de Felipão e sua trupe.
Dunga chegou. De novo ele. O famoso bordão "resultado é o que importa". Uma série de amistosos. Doze vitórias. Seleção continua fraca e dependente de apenas um jogador. Involuímos. A seleção parece caranguejo. Anda para trás a todo momento.
Eliminada de forma vexatória para o Paraguai, nos pênaltis. Nenhuma seleção sente o peso de enfrentar uma seleção tão tradicional como a nossa já foi um dia. No passado longínquo.
Faltou ao Brasil referências mais calejadas. Pela primeira vez, não disputará a Copa das Confederações, em 2017, na Rússia. Corre um sério risco de ficar de fora da Copa do Mundo. Mas, sinceramente, é bom tomar esse choque de realidade.
Não foi apagão. Foi falta de respeito, preparo, cuidado. Faltou tudo ao Brasil. Sobre tudo para os alemães. Muita posse de bola. E gols.
Comemorem bastante! É o primeiro aniversário de muitos!
A seleção brasileira foi humilhada diante de 50 mil pessoas presentes no Mineirão, por uma Alemanha que emplacou sete gols, sendo que cinco foram na primeira etapa, com menos de 30 minutos de bola rolando.
Sem Neymar, o único que poderia mudar o rumo daquela catastrófica tarde de terça-feira, Scolari optou pela entrada de Bernard, apostando no emocional e na vibração do estádio. Foi no mesmo Mineirão, na Copa das Confederações contra o Uruguai, que o ex-jogador do Atlético Mineiro entrara.
Pensando na proteção de sua zaga, a seleção de Scolari começou o jogo apertando a saída de bola da Alemanha, buscando em uma tentativa falha, diminuir o toque de bola alemão. Até os oito minutos iniciais, a seleção estava criando boas alternativas. Mas o que veio a seguir foi um atropelo.
Em falha de David Luiz, que deixou Muller livre na grande área brasileira, a Alemanha conseguiu descobrir o segredo para encurralar o Brasil: toque de bola. Low, pensando na mesma filosofia de Pep Guardiola, quis que a seleção controlasse por maior tempo possível a redonda. Dante, que entrara por apenas jogar no futebol alemão, foi engolido por Klose e Muller. Luiz Gustavo e Fernandinho foram esmagados por Kroos e Khedira.
Parecia um jogo-treino. Uma seleção de várzea contra uma poderosa esquadra. O técnico brasileiro treinou a semana inteira com três volantes – Paulinho, Fernandinho e Luiz Gustavo – ou com Willian, como substituto de Neymar. Era preciso povoar o meio-campo. Mas a insistência em Bernard foi uma aposta cara e que causou prejuízo.
E que prejuízo. Pagou-se uma conta cara. Nem aproveitar a fragilidade notória na lateral esquerda da Alemanha, ocupada pelo improvisado Howedes. Bernard ou Oscar foram capazes de fazer.
Insistiu em Fred quando o mesmo mostrou-se abaixo de seu rendimento, colocou Oscar aberto, fora de posição, manteve Daniel Alves em péssima forma. Nem Maicon foi capaz de mudar a postura tática da seleção de meninos que gastaram o seu tempo para brincar no jardim de infância da Granja Comary.
O time era óbvio desde a surpreendente conquista da Copa das Confederações. O Brasil encontrou dificuldades em todos os jogos. A vitória por 4 a 1 diante de Camarões foi apenas uma pequena demonstração de que era possível. É o famoso para inglês ver.
Ramires e Paulinho entram na segunda etapa, para as saídas de Hulk e Fernandinho, buscando uma movimentação maior no meio campo Canarinho. Até que uma melhora pôde ser percebida. A seleção explorou as jogadas pelos flancos. Mas tinha um paredão na meta adversária: Neuer. Três oportunidades foram desperdiçadas em oito minutos. Um provável 5 a 3 poderia estar no placar do Mineirão.
Low quis a ofensividade e a manutenção da posse de bola. Deu certo. Dois gols de Schurlle, em menos de dez minutos. Placar alto que fez com que a Fifa explorasse a barra de rolagem. Algo inacreditável.
Oscar marca aos 45 minutos. Um gol de honra. Mais de 50 mil pessoas, ironicamente, gritam 'Eu acredito!'. Que reação original.
O que se viu ao longo dessa Copa foi um Brasil fraco, tanto tecnicamente quanto psicologicamente, mal treinado, com um treinador superado. A geração selfie perdeu de forma mascarada, justa. E o mais importante: não havia lideranças em campo. Alguém para gritar, acalmar os mais jovens e tentar mudar a auto-estima do time.
Um ano se passou. O termo revolução foi pauta de todos os programas esportivos. Ex-jogadores e técnicos exploraram esse vocabulário. De nada adiantou. Dona Lúcia, personagem carismática da Copa, apareceu na entrevista coletiva de Felipão e sua trupe.
Dunga chegou. De novo ele. O famoso bordão "resultado é o que importa". Uma série de amistosos. Doze vitórias. Seleção continua fraca e dependente de apenas um jogador. Involuímos. A seleção parece caranguejo. Anda para trás a todo momento.
Eliminada de forma vexatória para o Paraguai, nos pênaltis. Nenhuma seleção sente o peso de enfrentar uma seleção tão tradicional como a nossa já foi um dia. No passado longínquo.
Faltou ao Brasil referências mais calejadas. Pela primeira vez, não disputará a Copa das Confederações, em 2017, na Rússia. Corre um sério risco de ficar de fora da Copa do Mundo. Mas, sinceramente, é bom tomar esse choque de realidade.
Não foi apagão. Foi falta de respeito, preparo, cuidado. Faltou tudo ao Brasil. Sobre tudo para os alemães. Muita posse de bola. E gols.
Comemorem bastante! É o primeiro aniversário de muitos!
sexta-feira, 3 de julho de 2015
A culpa é do técnico ou da diretoria?
Juan Carlos Osorio está há um mês no comando do São Paulo. Acreditou no planejamento feito pelo presidente Carlos Miguel Aidar. Porém, nesse período, o que o técnico está vendo é a debandada do seu elenco. Perdeu o zagueiro Antônio Carlos, que foi para o Fluminense; Paulo Miranda, para o futebol austríaco e os volantes Rodrigo Caio, que está na Espanha, e Souza, vendido para o Fenerbahçe, da Turquia.
Assim como Osorio, Rogério Ceni acreditou na perspectiva de trabalho do seu mandatário. Prolongou o seu contrato até o fim de 2015. Quer encerrar a carreira com um título. Entretanto, não erguerá a taça. Campeonato Paulista sequer chegou à final. Libertadores, eliminado pelo Cruzeiro. No Brasileirão, não convence. Já são duas derrotas seguidas, além de um empate contra o Avaí, no Morumbi.
Michel Bastos é o único jogador que vem dando orgulho ao torcedor são-paulino. Porém, um dia depois de ser goleado pelo Palmeiras por 4 a 0 pelo Brasileirão, o jogador de 32 anos ressaltou que a situação financeira ruim do clube já dura desde o ano passado.
São quatro meses de direitos de imagem atrasados. Diferente de Alexandre Pato, Michel, com muito mais experiência, disse que não processará a equipe. Mas ressaltou que o Tricolor nunca fora um clube de atrasar pagamentos.
"Pelo que me falaram antes, o São Paulo nunca foi de atrasar salários, sempre arcou com seus compromissos. Lógico que se soubesse dessa situação antes, teria colocado tudo na carteira para receber".
O dinheiro da venda de Rodrigo Caio seria utilizado para quitar as dívidas e melhorar a saúde financeira. Mas a negociação melou. Oito milhões de reais. Este foi a quantia para vender o volante Souza. Se o valor é insuficiente para quitar os atrasados, o que aconteceu com o planejamento da diretoria?
O caso do São Paulo é semelhante ao do Corinthians em relação a salários atrasados. O rival do Parque São Jorge, porém, vive situação ainda mais delicada. Com dívidas na casa dos R$ 300 milhões — mais o pagamento do estádio — o Timão teve que repensar sua folha salarial e dispensar Guerrero e Sheik, ambos contratados pelo Flamengo.
Juan Carlos Osorio, desconhecido em solo tupiniquim, já vê a realidade do futebol brasileiro. Clubes que não pagam o que devem, jogadores mal-condicionados, parte técnica e física em decadência a cada rodada. Por isso, estipula-se que ele peça demissão nas próximas rodadas. Talvez nem complete o primeiro turno da competição.
Saiu da Colômbia, onde era homenageado e visto como um inovador. Veio para o Brasil para aperfeiçoar. E isso não foi visto. A vitória contra o Grêmio, por 2 a 0, e Chapecoense, por 1 a 0, serviram apenas com uma luz para que abafasse o que realmente acontece nos bastidores do clube.
Avança, São Paulo foi o slogan errado. Aidar faz declarações entorpecidas de impulsividade e completo despreparo. Cobra títulos através da imprensa. Esteve fora do futebol há 26 anos. A filosofia mudou, ficou mais mercantil, menos amigável.
Foi o idealizador, co-fundador e presidente do Clube dos 13. Já elegeu-se presidente do São Paulo, de 1984 a 1988. Marin e Aidar são amigos de longa data, frequentadores um da casa do outro, íntimos o suficiente para trocar as mais secretas confidências. A CPI do Futebol pode até interrogá-lo, e seria justo.
Sua filha, Mariana, já quis ser sócia-majoritária do clube. Pretendeu colocar no clube do Morumbi mais de 30 atletas. Muricy Ramalho, à época ainda treinador do São Paulo, disse não ao projeto estapafúrdio da jovem garota.
Os atrasos de salários e a situação atual caótica fazem com que Osorio tenha dúvidas e incertezas para trazer a sua família, que reside na Colômbia, para São Paulo. Ele acha que seria um negócio arriscado.
Reforços não chegaram. Jogadores foram vendidos. Cafu, jovem atacante, pode estar de saída. Tudo para quitar as dívidas. E o rendimento do clube paulista cai gradualmente a cada rodada. Situação delicada no Tricolor Paulista, que entre os grandes já foi o primeiro.
E o torcedor, impaciente com técnico estrangeiro e revolucionário, já pede o boné de Osorio. Não há jeito. Aquele torcedor esperto sabe que quem causa o prejuízo maior ao clube não é o inocente colombiano, e sim o amigo de Marin, que é sócio do São Paulo e apoiou Juvenal Juvêncio em suas eleições. De presente, tirou o Morumbi da Copa do Mundo de 2014.
A culpa é realmente do técnico? Ou da diretoria?
Assim como Osorio, Rogério Ceni acreditou na perspectiva de trabalho do seu mandatário. Prolongou o seu contrato até o fim de 2015. Quer encerrar a carreira com um título. Entretanto, não erguerá a taça. Campeonato Paulista sequer chegou à final. Libertadores, eliminado pelo Cruzeiro. No Brasileirão, não convence. Já são duas derrotas seguidas, além de um empate contra o Avaí, no Morumbi.
Michel Bastos é o único jogador que vem dando orgulho ao torcedor são-paulino. Porém, um dia depois de ser goleado pelo Palmeiras por 4 a 0 pelo Brasileirão, o jogador de 32 anos ressaltou que a situação financeira ruim do clube já dura desde o ano passado.
São quatro meses de direitos de imagem atrasados. Diferente de Alexandre Pato, Michel, com muito mais experiência, disse que não processará a equipe. Mas ressaltou que o Tricolor nunca fora um clube de atrasar pagamentos.
"Pelo que me falaram antes, o São Paulo nunca foi de atrasar salários, sempre arcou com seus compromissos. Lógico que se soubesse dessa situação antes, teria colocado tudo na carteira para receber".
O dinheiro da venda de Rodrigo Caio seria utilizado para quitar as dívidas e melhorar a saúde financeira. Mas a negociação melou. Oito milhões de reais. Este foi a quantia para vender o volante Souza. Se o valor é insuficiente para quitar os atrasados, o que aconteceu com o planejamento da diretoria?
O caso do São Paulo é semelhante ao do Corinthians em relação a salários atrasados. O rival do Parque São Jorge, porém, vive situação ainda mais delicada. Com dívidas na casa dos R$ 300 milhões — mais o pagamento do estádio — o Timão teve que repensar sua folha salarial e dispensar Guerrero e Sheik, ambos contratados pelo Flamengo.
Juan Carlos Osorio, desconhecido em solo tupiniquim, já vê a realidade do futebol brasileiro. Clubes que não pagam o que devem, jogadores mal-condicionados, parte técnica e física em decadência a cada rodada. Por isso, estipula-se que ele peça demissão nas próximas rodadas. Talvez nem complete o primeiro turno da competição.
Saiu da Colômbia, onde era homenageado e visto como um inovador. Veio para o Brasil para aperfeiçoar. E isso não foi visto. A vitória contra o Grêmio, por 2 a 0, e Chapecoense, por 1 a 0, serviram apenas com uma luz para que abafasse o que realmente acontece nos bastidores do clube.
Avança, São Paulo foi o slogan errado. Aidar faz declarações entorpecidas de impulsividade e completo despreparo. Cobra títulos através da imprensa. Esteve fora do futebol há 26 anos. A filosofia mudou, ficou mais mercantil, menos amigável.
Foi o idealizador, co-fundador e presidente do Clube dos 13. Já elegeu-se presidente do São Paulo, de 1984 a 1988. Marin e Aidar são amigos de longa data, frequentadores um da casa do outro, íntimos o suficiente para trocar as mais secretas confidências. A CPI do Futebol pode até interrogá-lo, e seria justo.
Sua filha, Mariana, já quis ser sócia-majoritária do clube. Pretendeu colocar no clube do Morumbi mais de 30 atletas. Muricy Ramalho, à época ainda treinador do São Paulo, disse não ao projeto estapafúrdio da jovem garota.
Os atrasos de salários e a situação atual caótica fazem com que Osorio tenha dúvidas e incertezas para trazer a sua família, que reside na Colômbia, para São Paulo. Ele acha que seria um negócio arriscado.
Reforços não chegaram. Jogadores foram vendidos. Cafu, jovem atacante, pode estar de saída. Tudo para quitar as dívidas. E o rendimento do clube paulista cai gradualmente a cada rodada. Situação delicada no Tricolor Paulista, que entre os grandes já foi o primeiro.
E o torcedor, impaciente com técnico estrangeiro e revolucionário, já pede o boné de Osorio. Não há jeito. Aquele torcedor esperto sabe que quem causa o prejuízo maior ao clube não é o inocente colombiano, e sim o amigo de Marin, que é sócio do São Paulo e apoiou Juvenal Juvêncio em suas eleições. De presente, tirou o Morumbi da Copa do Mundo de 2014.
A culpa é realmente do técnico? Ou da diretoria?
Assinar:
Postagens (Atom)