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sábado, 1 de novembro de 2014

Técnicos gaúchos fazem sucesso apenas na seleção brasileira; na Série A, são raros

A escola gaúcha de técnicos tem predominado na seleção brasileira nos últimos 13 anos. Com exceção de Carlos Alberto Parreira, que comandou a seleção canarinho em 2006, desde 2001 há técnicos do Sul do País comandando a seleção.

Oswaldo Brandão foi o precursor nos anos 50 e abriu espaço para João Saldanha, Carlos Froner e Cláudio Coutinho, por exemplo. Da nova geração, temos Dunga, Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes.

Porém, na Série A do Brasileirão é uma raridade encontrarmos técnicos gaúchos. Dos 20 técnicos atuais, apenas 3 são gaúchos. Se for levado em consideração a Região Sul do Brasil, o número aumenta para 5, ou seja, 20% do total. Confira abaixo:

Atlético-MG – Levir Culpi (Curitiba, PR)
Atlético-PR – Claudinei Oliveira (Santos, SP)
Bahia – Gilson Kleina (Curitiba, PR)
Botafogo – Vagner Mancini (Ribeirão Preto, SP)
Chapecoense – Jorginho (São Paulo, SP)
Corinthians – Mano Menezes (Passo do Sobrado, RS)
Coritiba – Marquinhos Santos (Santos, SP)
Criciúma – Toninho Cecílio (Avaré, SP)
Cruzeiro – Marcelo Oliveira (Pedro Leopoldo, MG)
Figueirense – Argel Fucks (Santa Rosa, RS)
Flamengo – Vanderlei Luxemburgo (Nova Iguaçu, RJ)
Fluminense – Cristóvão Borges (Salvador, BA)
Goiás - Ricardo Drubscky (Belo Horizonte, MG)
Grêmio – Felipão (Passo Fundo, RS)
Internacional – Abel Braga (Rio de Janeiro, RJ)
Palmeiras – Dorival Júnior (Araraquara, SP)
Santos – Enderson Moreira (Belo Horizonte, MG)
São Paulo – Muricy Ramalho (São Paulo, SP)
Sport – Eduardo Baptista
Vitória – Ney Franco (Vargem Alegre, MG)

A maioria das teses passa quase sempre pela disciplina, a mão firme, que tanto caracteriza essa dependência por técnicos oriundos de lá. A prova que o DNA dos treinadores do Sul tem chamado a atenção dos dirigentes brasileiros.

Mas vale um adendo: não é apenas a garra que vence uma partida e muito menos um campeonato. Há técnica, qualidade, passes refinados e categoria por trás disso tudo. O futebol-força, como é caracterizado o futebol gaúcho ganhou corpo, vem sendo utilizada como modelo. Entretanto, há um certo gosto de um estilo chato e feio, já que se compara ao futebol argentino ou uruguaio, influência pelos limites geográficos.

Precisa-se reinventar os estilos do futebol. Por que não copiar as estratégias do Campeonato Alemão, Espanhol ou Inglês? Priorizar a posse de bola, jogar de forma limpa, dando um brilho aos olhos dos torcedores. Seria um avanço importante para que futuramente sejamos vistos novamente como o País do Futebol.

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