Quando chegou ao Flamengo, Vanderlei Luxemburgo tinha uma dura e conturbada missão: tirar o Flamengo da lanterna. As rodadas foram passando, o torcedor foi jogando junto com o time e o inacreditável aconteceu: o Flamengo saiu do Z-4 e já está garantido na Série A de 2015.
Foi o único técnico que conseguiu levar mais de 50 mil torcedores ao Maracanã para ver sua equipe jogar contra o Sport, mesmo estando na parte de baixo da tabela. Algo raro.
Como ele mesmo dizia em suas entrevistas coletivas, "precisamos sair da zona da confusão". E saiu. Porém, não tinha apenas o Campeonato Brasileiro a ser disputado. Havia a Copa do Brasil. O time é limitado, chegaram reforços importantes, como o lateral Anderson Pico e o atacante Eduardo da Silva. Mesmo assim, não era o time ideal. Pelo menos para disputar a fase de mata-mata.
Entretanto, com a garra dos jogadores e o apoio incondicional do torcedor, a equipe conseguiu eliminar o Coritiba e o América-RN, nas oitavas e quartas de final, respectivamente, chegando assim à semifinal. Luxa sempre dizia que a Copa do Brasil não era o objetivo maior. E tinha razão.
Ontem, contra o Atlético-MG, ele errou ao não escalar o meia Gabriel, novo xodó do Rubro-Negro. Colocou Élton, Luis Antônio e Mattheus Bebeto, filho do ex-jogador da seleção brasileira, Bebeto.
Pela "qualidade" de lançamento do Mattheus, seria interessante ter Everton, Nixon ou Gabriel com velocidade em campo. Mas não. O time estava lento. Cometeu os mesmos erros que o Corinthians contra o mesmo Galo e no mesmo estádio, o Mineirão.
A eliminação por 4 a 1 (mesmo placar do Galo sobre o Corinthians) retrata que Luxemburgo não é o maior culpado pela eliminação. Levir Culpi tem seus méritos. Tinha jogadores à altura e um banco de reservar de dar inveja. Já o banco do Flamengo, era de se assustar. Pouca qualidade, salvo do meia Gabriel.
"O medo de perder tira a vontade de ganhar", já dizia Luxemburgo. E foi exatamente isso que aconteceu. Não se pode tirar os méritos dele à frente do clube carioca.
Contra o Galo, Luxa errou apenas uma vez, ao não colocar o meia Gabriel. Mas no conjunto de seu trabalho, os erros não podem interferir na excelente e surpreendente recuperação da equipe no Campeonato Brasileiro. Em atividade, é o quarto melhor técnico do Brasil, ao meu ver, atrás apenas de Muricy Ramalho (São Paulo), Levir Culpi (Atlético-MG) e Marcelo Oliveira (Cruzeiro). Estes dois últimos irão disputar a final da Copa do Brasil.
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