O que dizer de um país que tanto sofreu com as guerras civis e hoje é idolatrada em todo mundo? O que dizer de um povo que ''chorava'' sangue e agora comemora? Essa é a Bósnia-Herzegovina. Um país velho nas guerras, mas novo no futebol.
Com uma campanha de fazer inveja, a Bósnia era considerada - no começo - um patinho feio. Talvez faria uma campanha vexatória, sem brilho. Porém, os resultados começaram a aparecer e uma luz no fim do túnel começava a surgir para esse povo batalhador, para esses jogadores que nunca desistiram.
Para chegar à primeira Copa, a Bósnia apostou no intercâmbio. Dos 11
titulares da equipe contra a Lituânia, nesta terça, oito jogam nos
grandes centros - nenhum defende clubes locais. Quatro jogam na
Alemanha, dois na Itália e outros dois na Inglaterra. Lulic (Lazio),
Dzeko (Manchester City) e Pjanic (Roma) estão entre as estrelas do
elenco. Ibisevic, do Stuttgart, fez o único gol do jogo nesta terça.
O jogo contra a Lituânia poderia ficar marcado na história. Como seria o desfecho?
Começou tenso. O goleiro da Bósnia, Asmir Begovic, estava sofrendo, porém defedendo todos os chutes. O tempo passava rápido e o nervosismo veio da mesma forma. Salpingidis abriu o placar para a Grécia contra Liechtenstein. Mais pressão. Begovic era o nome do jogo, assim como o goleiro lituanês, cujo esqueci o nome. Perdão!
Veio a segunda etapa. A Bósnia marcou. Festa no estádio da Lituânia. Que nada! Gol invalidado. Sofrimento. Gol da Grécia. Karagounis. E agora, Bósnia? Seria hoje?
Sim, seria. Aos 23 minutos, veio o alívio e a festa. Gol de Vedad Ibisevic, herói da partida.
O tempo continuava a passos lentos. Cada torcedor olhava para o seu relógio. Quanto tempo passou? Pouco.
48 minutos do segundo tempo. Acabou! Pode gritar, torcedores e jogadores bósnios!
O grito da independência do futebol está dado.
Sejam bem-vindos, bósnios!
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
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