Exatos 73.531 espectadores pagantes testemunharam, no Maracanã, uma surpresa. Brasil e Espanha fizeram um jogo digno de maior jogo da década. A formulação de uma equipe que quer se competitiva contra uma que tem valorização da posse de bola e apresenta um futebol envolvente.
Alguns apostavam logo de cara que a Seleção Espanhola iria apresentar um futebol, que já estava apresentando nos últimos anos. Mas a Seleção comandada por Luís Felipe Scolari queria ''calar a boca'' dos torcedores pessimistas. E isso aconteceu.
A torcida provocou muitos arrepios ainda na exibição dos hinos. Como já havia acontecido logo no primeiro jogo, contra o Japão, no Mané Garrincha, a mesma continuou cantando mesmo após o término da cerimônia da FIFA. Haja emoção. Parece que os torcedores e os jogadores formaram um único time. Fantástico.
Felipão optou por entrar no gramado com o crescente entrosamento dos mesmos onze dos cotejos anteriores. Não era ideal. Apostaria no Hernanes no lugar do Oscar, que não estava exibindo o futebol dos melhores. Mas não é que deu certo investir no mesmo time?
Hulk cruzou na área, indecisão de Casillas e gol de Fred. Logo aos 2 minutos, o atacante do Fluminense e da Seleção abria o marcador. Àquele futebol envolvente espanhol ficou perdido por aí. Xavi e Iniesta não conseguiam armar uma boa jogada com os atacantes Torres e Pedro. Será que era um sonho? Não, não era. Era o time de Felipão quem mandava. Perigo, a equipe de Del Bosque só
levava até Júlio César através de arremates de longa distância.
No lance mais perigoso da Espanha, no primeiro tempo, Pedro chutou, e o zagueiro David Luiz conseguiu um feito inédito. Com a perna direita, ele salvou em cima da linha. A torcida comemorou como se fosse o segundo gol. E esse segundo gol saiu de verdade. Oscar tocou para Neymar, que de perna esquerda meteu uma bomba e fuzilou as redes de Casillas. 2 a 0.
No intervalo, Del Bosque fez uma mudança: tirou Arbeloa, que já acumulava um cartão amarelo, e colocou Azpilicueta. De nada adiantou. Aos 2 minutos, Neymar deu um corta-luz sobre o Azpilicueta, a bola sobrou para Fred, que chutou cruzado, tirando do goleiro Casillas. 3 a 0. Vitória praticamente garantida.
A torcida jogava junto. Esboçou até um 'Olé' diante da Seleção que dava o mesmo 'olé' diante das outras. Que noite para os espanhóis esquecerem. Quem imaginava que seria tão fácil assim? Acho que nem os mais otimistas.
A Espanha teve a chance de diminuir. Marcelo cometeu um pênalti ridículo sobre Navas, que acabara de entrar no lugar do Mata. Sérgio Ramos, zagueiro, partiu para a cobrança e errou. 5 a 0 Brasil(ops.. 3 a 0, ainda).
Depois disso, os espanhóis faziam faltas fortes. Algo pouco comum. Piqué foi expulso. Depois, era só esperar o término do jogo. No palco do futebol, o Brasil ressurge e coloca a Espanha no chão.
Após esse jogo, tenho a convicção de que a Copa do Mundo pode ser crucial para a continuidade da 'Nova Família Scolari'. Se conseguimos derrotar a Espanha, por que não pensar em vencer a Alemanha, Itália, Inglaterra, Holanda e Bélgica, cujo vem crescendo gradativamente no cenário futebolístico? Sim, o título da Copa do Mundo já é algo que pode acontecer.
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