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segunda-feira, 15 de julho de 2013

O verdadeiro culpado pela crise do São Paulo

Juvenal Juvêncio é, sem dúvida, o culpado pela crise do São Paulo. Não adianta colocar a culpa no Rogério Ceni, Lúcio, Ganso, Luís Fabiano e até no Ney Franco, pois estes não tem a sua parcela de culpa. Quem comanda a administração do clube é o Presidente, ou seja, ele mesmo: Juvenal. Demitiu de forma errônea Ney Franco. Aquele não era o momento certo. poderia até demití-lo, mas não ali, após a derrota para o Corinthians, na Recopa Sul-americana.

Depois desse jogo, o próximo era válido pelo Brasileirão. O tricolor recebera o Santos, no Morumbi. A partir daí surgiram gritos de 'É Muricy, é Muricy'!. Foram em torno de 10 mil torcedores, que protestaram ao redor do estádio. Milton Cruz comandou a equipe. E o clube perdera mais uma vez: 2 a 0 para o Santos.

Surgiram várias especulações de quem seria o novo treinador: Vanderlei Luxemburgo, Muricy Ramalho e Paulo Autuori. Em uma entrevista coletiva, o presidente disse que Luxemburgo é carta fora do baralho e que tentaria a contratação de Muricy e de Autori, ambos que já passaram pelo clube. Ou seja, teriam experiência.

Veio o jogo de quarta-feira. São Paulo x Bahia, no Morumbi. Mais uma vez, Milton Cruz era o treinador. Ali marcava a estreia do lateral Clemente Rodríguez, argentino vindo do Boca Juniors. A situação só piorava. O lateral e o atacante Luís Fabiano foram expulsos. O atacante foi muito hostilizado pela torcida. E para aumentar a crise o São Paulo perdeu por 2 a 1.

No dia seguinte, dia 11, Juvenal apresenta Paulo Autuori, ex-Vasco, como o novo treinador. Autuori não estava indo bem no Vasco, e se demitiu. Se não estava indo bem em um clube, por que foi para um outro clube que não estava, também, na mesma situação? Parece que o presidente queria piorar a situação. E piorou no mesmo dia. Em sua própria apresentação, Autuori foi ofuscado pelo Juvêncio. A verdadeira estrela foi o mandatário tricolor, que costuma surtir esse efeito sempre que aparece para falar com jornalistas.

Juvenal centralizou quase todas as perguntas dos mais de cinquenta jornalistas na sala de imprensa no CT do clube. Mesmo quando as questões eram direcionadas apenas para Paulo Autuori, o cartola fazia questão de entrar no meio e complementar o que dizia o treinador tricolor. E ainda pegou uma lista de treinadores do Corinthians, maior rival do São Paulo, para fazer questão de quanto tempo cada um ficou na equipe paulista, hoje comandada por Tite.

Ontem, Autuori estreou. Mas a estreia teve um gosto amargo. O tricolor perdeu para o Vitória, no Barradão, por 3 a 2. Ou seja, adiantou mudar o treinador? Não. Por isso Ney Franco ainda deveria receber mais uma semana de prazo. Pelo jeito, a crise vai demorar para passar. Se vier mais alguns jogos sem vitórias, o presidente poderá demitir o atual comandante e, assim, aumentar gradativamente a crise. Surgirão mais algumas vaias, gritos de 'É Muricy'!, Luís Pipoqueiro e outras coisas mais.

Demitir treinadores reflete na falta de inteligência de um administrador do clube. Isso é prache. O treinador não é o culpado. Ele treina a equipe todos os dias, seleciona os melhores para entrar em campo e manda jogar de acordo com o que foi estudado nos treinos e momentos antes do jogo. Quem não rende em campo não é o treinador, e sim os jogadores. Mas não tem como demití-los. Logo, o treinador é o responsável.

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