Flavio Prado é um dos mais respeitados jornalistas esportivos do Brasil. Repórter de grande perspicácia, marcou época na TV Record. Fez parte de uma equipe que deixa saudades até hoje, formada pelo narrador Silvio Luiz, pelo saudoso comentarista Pedro Luiz e pelo também saudoso Ely Coimbra.
Na época, a emissora paulistana situava-se na avenida Miruna, no bairro do Aeroporto, e não era nem sombra do que é hoje. Mesmo assim, transmitia jogos ao vivo de futebol com muita qualidade. Desde a década de 1990 Flávio está na rádio Jovem Pan. Quando chegou à emissora, trabalhou por algum tempo como repórter. Mas não demorou a assumir o posto de comentarista, que ocupa até hoje. Na Pan também apresenta aos sábados o programa "No Mundo da Bola".
Paralelamente, trabalha na TV Gazeta, onde comanda o tradicional "Mesa Redonda – Futebol Debate", aos domingos, e participa do programa Gazeta Esportiva durante a semana. Casado, Flávio tem dois filhos: a cantora de pop rock Rita Graziella Vaz Martone de Prado e o jornalista Bruno Prado.
Flávio tem uma peculiaridade: há muitos anos não vai a estádios de futebol. Descontente com a péssima condição dos que por aqui existem, e com os bandos organizados e violentos que enchem as arquibancadas, prefere comentar as partidas do estúdio da Jovem Pan.
Confira um pouco mais do jornalista Flávio Prado
Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, quem é Flávio Prado?
Flávio Prado: Um contador de história do seu tempo.
GD: Em que momento de sua vida, decidiu entrar na área do jornalismo?
FP: Em 1967, após ler uma coluna do jornalista Horácio Marana.
GD: Tem algum time de coração?
FP: Coração, fígado, rins, etc, etc. AA. Ponte Preta.
GD: Antes de trabalhar na Gazeta, passou por uma outra emissora?
FP: Várias, mas vale o momento atual de TV Gazeta e Rádio Jovem Pan
GD: Em fevereiro, surgiu uma notícia de que você estaria indo para a RedeTV. Como surgiu essa proposta?
FP: Não surgiu.
GD: Mudando de assunto, como você vê essa Seleção comandada por Felipão? Você acredita no surgimento de uma nova família Scolari?
FP: Família está um tanto fora de moda até no dia a dia. No futebol não é diferente, mas não há outra esperança. Fizeram tantas bobagens com a seleção que não há mais tempo para mudanças.
GD: O Brasil está preparado para receber Copa das Confederações e Copa do Mundo?
FP: Claro que não. Um país com tantos problemas fundamentais, especialmente na Educação não poderia se dar a luxo de gastar tanto nesses eventos.
GD: O que achou da interdição do estádio do Engenhão? O estádio da Cidadania, em Volta Redonda, também será interditado.
FP: Acho uma lástima que se roube tanto em obras públicas e elas tenham tão baixa qualidade e falta de controle.
GD: Campeonato Paulista é melhor que o Carioca?
FP: Todos os campeonatos regionais são superados, fora de época e sem razão de existir.
GD: No Brasil, quem tem o melhor elenco atualmente?
FP: Corinthians.
GD: Quem é o melhor treinador atualmente? Tite, Abel Braga, Cuca ou Vanderlei Luxemburgo?
FP: Tite
GD: Gilson Kleina fica no Palmeiras. Você acha que deveria ser demitido?
FP: Não. O Kleina não pode fazer milagres e Jesus Cristo, que poderia, têm outras prioridades no momento.
GD: Qual clube brasileiro tem mais chance de avançar na Libertadores?
FP: Todos. O nível técnico da Libertadores é muito baixo. Todos podem passar.
GD: Amanhã, completam-se 10 anos de pontos corridos. Você é a favor desse método?
FP: Muito. É uma das poucas coisas que evoluiu no nosso futebol nos últimos anos.
GD: Para finalizar, como é apresentar o Mesa Redonda e trabalhar na Gazeta e na Jovem Pan?
FP: Muito bom. Tracei metas de vida e elas estão sendo cumpridos. Me sinto um privilegiado.
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