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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Vagner Love renasce das cinzas e se torna uma peça importante

Em fevereiro de 2015, o atacante Vagner Love foi contratado pelo Corinthians. O jogador rescindiu o contrato com o Shandong Luneng, da China. Receberia cerca de R$ 500 mil mensais, sem contar com as luvas, o que gera em torno de R$ 800 mil. Investimento caro e audacioso para uma equipe que ainda estava em disputa da Libertadores, e para um jogador que estava num mercado longe de ser uma potência.

No dia 14 do mesmo mês, o atacante do amor fez sua estreia contra o Botafogo-SP. Jogo válido pelo Campeonato Paulista, na Arena Corinthians. O Alvinegro venceu por 2 x 1, sem gol do recém-contratado. Após nove jogos, o primeiro gol saiu. Contra o Bragantino, também pelo Paulistão, o atacante balançou as redes. Era um sinal de que ele seria um atacante fazedor de gols, podendo ajudar. A diretoria, até então, não sabia se iria renovar com o peruano Guerrero.

Vagner ganhou a confiança de Tite e da fanática torcida. Começou algumas partidas como titular. Contra o XV de Piracicaba, balançou as redes novamente. Porém, o rendimento caiu. Afundou no poço. Sete jogos em branco. Luciano, vindo do Pan-Americano de Toronto, começou a cair nas graças do torcedor. Cinco gols em três jogos. Love foi deixado de lado. E as críticas começaram a surgir de todos os lados.

Nem mesmo os dois gols seguidos - contra Figueirense e Ponte Preta - fizeram com que as críticas parassem. Vaias do torcedor. E Luciano começou a ser xodó. Tite até barrou o atacante, deixando na reserva e não entrando em algumas ocasiões. Luciano e Malcom era a dupla oficial.

Jogo contra o Santos. Oitavas de final da Copa do Brasil. Jogo de ida. Luciano rompe os ligamentos do joelho, e deixa o gramado. Tite poderia optar por Danilo, jogando como pivô, ou dar mais uma oportunidade ao camisa 99. Fez a segunda opção. Corinthians já vinha jogando mal. Com a entrada dele, piorou.

Love tem duas características: o giro em direção ao gol e a capacidade de driblar um jogador, apenas. Ele não tem a função de pegar a bola no meio-campo e arrancar até a área adversária. É um jogador que atua apenas num espaço de 15, 20 metros.

Embora seja veterano, ele é inteligente, veloz. Apenas para arrancar à área e finalizar ao gol. Quando tem a bola, não consegue ter uma ação instantânea para passar ou fazer o lançamento para o companheiro de equipe. Torna-se lento.

Ontem, contra o Cruzeiro, Tite deu a cartada final. Ao meu ver, era a última chance para o atacante. E correspondeu em grande estilo. Entregou-se em campo, deu carrinho, marcou sob pressão os defensores e foi decisivo, fazendo dois gols.

Luciano só volta em 2016. Danilo ainda é uma opção. Malcom e Love podem dar certo na frente. É claro que o ex-Shandong está longe de ser craque. Desaprender a jogar, isso obviamente não aconteceu, Vagner Love.

O que acontece é muito simples: a oscilação, falta de confiança em si mesmo. Por isso, faça o arroz com feijão. É muito fácil. Seja o atacante de origem, que fique na área e espere o passe ou cruzamento na medida. Contra o Santos, na quarta-feira, a decisão pode parar em seus pés.

Love é o pássaro Fênix. Renasce das cinzas. E vê agora uma nova oportunidade para ser o cara da finalização e do poder de decisão.

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