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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Desabafo!

O ambiente do Jornalismo já foi melhor. Há 20 anos, um jornalista poderia escolher o braço da profissão que queria desempenhar. Hoje, com o mercado enxugado, o jornalista desempenha múltiplas funções. E será assim. Pode ser um bom redator, mas um péssimo diagramador.

O Jornalismo agoniza. Passa por um momento conturbado. Demissões em massa. Redações enxugadas. A crise mundial afeta muito.

Quando assisto documentários sobre o tempo de ouro que um dia a profissão já teve, o contraste é perceptível. Um dia desses fui visitar uma sede do jornal da minha cidade. Que desespero! Silêncio que gritava! Telefone estático, mudo. Meu Deus!

Os veículos impressos ficam marcados por tantos processos e tantas condenações. O veículo audiovisual empobrece em produção. A situação está difícil! Respiramos por aparelhos!

Algumas pessoas me questionam: por que você escolheu a profissão?. Sinceramente, não aguento mais esse tipo de pergunta. É clichê.

Porém, respondo: não foi a primeira opção. Queria, a princípio, fazer Direito. Sofri desta hesitação. Sempre me disseram que eu tinha uma habilidade para comunicar (mesmo sendo tímido). Sempre me disseram que eu tinha habilidade para escrever.

Minha escolha foi motivada pela curiosidade sobre o mundo. Ganhar bagagem cultural. Trabalhar em várias editorias, embora eu queira me especializar na área de esportes.

E não satisfeitas com a minha resposta, outra pergunta é feita: "você teve apoio?". Digo: Não! Fazer Jornalismo partiu de mim. E aconselho: não espere apoio de ninguém. Faça aquilo que você deseja. Ouça conselhos. Converse com alguém que já fez a graduação de que tanto deseja. Foi isso que fiz. Percebi que estava no caminho certo!

Precisamos de referências. Precisamos de investimentos. Precisamos de formação. Ainda bem que o diploma é algo exigido, porque o nível poderia ser pior do que estamos vivenciando.

Mas do que adianta estudar quatro anos, fazer especializações e cursos, sendo que ao ligar a TV você se depara com Gugu, Ratinho, Marcelo Rezende, Nicole Bahls, Sabrina Sato. Nossa! Que desânimo!

Eu acredito que o Jornalismo voltará ao seu auge. De forma diferente, é claro. As redes sociais e o crescimento do Jornalismo On line são provas reais.

Espero ver, novamente, aquela redação cheia. Espero ouvir o barulho do telefone. Espero que este ano (2015) acabe logo. E que os anos seguintes sejam melhores.

Que a notícia deixe de ser vulgar, superficial, decorrente de um jornalismo preguiçoso que estamos assistindo. Que o setor esportivo seja somente de notícias esportivas. Nada de fofocas, ostentação! Deixe isso para os vulgares!

E àqueles que me perguntam: por que o Jornalismo? Complemento: com grandes palavras e pequenas atitudes, eu quero mudar o mundo. O mundo da minha profissão. O mundo que será o meu futuro!

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