Jogadora de futebol por 15 anos, sendo que quase oito dedicados ao exterior, e técnica há 5, Emily traz a experiência da ação dentro das quatro linhas e o trabalho na preparação das atletas de base. Nascida em São Paulo, em 29 de setembro de 1980, ela tem 34 anos, 20 deles dedicados ao futebol feminino.
Em entrevista ao Blog do Gabriel Dantas, Emily comentou sobre a transição das quatro linhas para o comando técnico, criticou o mercado do futebol feminino e falou da expectativa do torcedor joseense.
Para os futuros leitores, quem é Emily Lima?
É uma pessoa com caráter e que ama futebol.
Quando começou a sua carreira no futebol?
Comecei com 13/14 anos.
Durante quase um ano, você jogou na Itália. Como foi a experiência?
Joguei 7 anos na Espanha e meia temporada na Itália. Experiência única, vivi esse tempo lá o que o masculino vive aqui no Brasil. Existe respeito e valorização.
A transição de jogadora para a área do treinamento foi natural? Você fez algum curso para se especializar?
Foi natural, pois sabia que não poderia mais atuar como atleta, devido aos meus problemas físicos. Fiz cursos pra me especializar, pois via que só a experiência de campo não ia chegar ao auto-rendimento.
Você esteve no comando da Seleção Feminina Sub-15 e Sub-17. Como surgiu o convite?
O convite surgiu do coordenador técnico que acompanhava meu trabalho no Juventus da Mooca.
Agora estás no comando do São José. Qual a sua avaliação do grupo, uma vez que os recursos foram diminuídos?
Só tenho a agradecer esse grupo e toda diretoria pelo que vem fazendo e dando continuidade ao trabalho que vinha sendo feito.
Por que falta investimento no futebol feminino? Em sua opinião, esse déficit é culpa do Estado? A mídia também tem sua parcela de culpa?
Não sabemos vender o produto futebol feminino. Culpa de todos.
Qual a importância das Olimpíadas para o futebol feminino no Brasil?
No meu ponto de vista, nenhuma.
Como formar novas Formigas, Martas e Cristianes?
Não existe formar novas Marta, Formigas etc...Temos que formar atletas de futebol que estejam preparadas para jogar uma Copa do Mundo em alto rendimento e Olimpíadas também. Alguém formou novos Pelés?
Você sente as mesmas dificuldades e preconceitos agora como treinadora iguais ao que eram quando atuava como atleta?
As dificuldades são diferentes. E a época também é outra.
O que o torcedor do São José pode esperar no restante do Campeonato Paulista? E até onde o clube pode chegar no Brasileirão Feminino?
Pode esperar uma equipe guerreira, que não vai desistir nunca de seus objetivos. Treinamos sempre para ser campeãs.
Neste sábado, às 10h, o São José encara o Audax, pelo Campeonato Paulista. Jogo acontece no Martins Pereira, em São José dos Campos. É a primeira partida da semifinal.
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