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terça-feira, 28 de abril de 2020

Não estão pensando em vidas, apenas na "lucratividade"

Inter de Limeira x Palmeiras, antes da paralisação devido à pandemia do COVID-19 (Foto: Cesar Greco)
Enquanto França e Holanda decidiram encerrar seus campeonatos locais, a Alemanha atrasou a retomada da Bundesliga e a Espanha faz um estudo para definir o planejamento para a volta das atividades, o Brasil, conhecido por uma declaração de "gripezinha" por parte do representante maior sobre a crise do coronavírus, quer voltar o futebol, sem nenhuma base científica. Quer voltar para se sentir o poderoso. Mostrar para os demais que tudo pode ocorrer normalmente. Não pode. Nem vai funcionar.

Só em 24 horas, foram confirmadas mais de 470 mortes e outros cinco mil casos de COVID-19. Será mesmo que é hora de pensar no futebol? Que o esporte faz falta nas nossas vidas, isso não há dúvidas, principalmente para aqueles que trabalham direta ou indiretamente, e para aqueles que assistem aos jogos.

A verdade é que o país não está preocupado em salvar vidas. E, sim, no interesse. Na lucratividade. Convenhamos: não haverá lucro também. Afinal, as partidas teriam que ocorrer com portões fechados. Nenhum torcedor poderia marcar presença.

Quem garante que a retomada do futebol no Brasil diminuiria o número de casos? Quem garante que bares e restaurantes, hoje fechados, não seriam abertos para que eles pudessem lucrar, mas, ao mesmo tempo, juntassem diversas pessoas? Causando o quê? Exatamente: aglomerações. Algo que não é recomendável. E quem diz isso é a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE!!

Reafirmo o que tem escrito tanto aqui quanto nas redes sociais: não se refuta a ciência com achismos ou ideias sem sentido. Não se escuta um técnico de futebol, achando que ele é especialista em medicina. Aliás, esse mesmo treinador furou a quarentena diversas vezes para ir à praia, contrariando as recomendações. Parece-me que não tem muita moral para falar sobre o assunto. Detalhe: foi o porta-voz para que as partidas de futebol fossem canceladas, alegando que atletas, profissionais da imprensa e outros funcionários também poderiam ser contaminados pelo coronavírus.

Vamos respeitar a ordem do tempo. E das autoridades competentes. Não se faz loucura para tentar agradar gregos e troianos, para depois se arrependerem e soltar aquela frase esdrúxula: "pedimos desculpas aos envolvidos".

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