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Após um mês de paralisação do futebol brasileiro, a maior preocupação dos engravatados parece não ser em quais condições físicas ou até mesmo psicológicas se encontram os atletas e suas famílias. Escrevo isso porque se noticiou que a volta dos campeonatos já começa a ser discutido pelas autoridades máximas da modalidade.
Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, estuda a chance de retomar a disputa do Campeonato Paulista na segunda quinzena de maio. O mandatário não deve ter assistido à entrevista do Ministro da Saúde, Luís Henrique Mandetta, ao programa Fantástico, da TV Globo. Nela, Mandetta foi categórico ao afirmar que os próximos dois meses terão "dias difíceis". Ou seja, mais casos e óbitos do coronavírus, dado à dificuldade do cumprimento das medidas de isolamento social.
Uma possível volta do futebol é insanidade neste momento. Não se refuta ciência com opinião, achismos e, principalmente, com a falta de um planejamento que seja eficiente para todos os envolvidos.
Estuda-se que as partidas do estadual sejam disputadas nas cidades do interior, com portões fechados. Mas e o deslocamento das equipes até os locais dos jogos? E a segurança? E a arbitragem? E a imprensa? Como os jogadores ficariam confinados? São muitas perguntas, e nada de respostas. Mais uma vez.
As autoridades que se dizem competentes precisam tomar uma boa dose de coerência antes de tomar qualquer medida que possa se arrepender depois.
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