Pages

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Título da Copa das Confederações gerou soberba na Seleção Brasileira que fracassou no Mundial

Fracasso da Seleção de 2006 (Foto: Getty Images)
A Seleção Brasileira de 2006 é apontada como uma das mais decepcionantes da história das Copas do Mundo. Como uma esquadrão com Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Ronaldo Fenômeno e Adriano não deu certo? A resposta é muito simples: soberba. 

Um ano antes, na Copa das Confederações, o Brasil não era 100% candidato ao título da competição. A estreia contra a Grécia não foi tão empolgante. Vale lembrar que os gregos haviam conquistado a Eurocopa no ano anterior, em 2004, após vencer Portugal, comandado por Felipão, que conquistara, em 2002, o pentacampeonato.

Depois, uma derrota para o México por 1 a 0. Ou seja, a Seleção Brasileira iria para a última rodada pressionada e com chances de sair do torneio precocemente. Japão, comandado por Zico, dificultou os trabalhos. Empate por 2 a 2 e classificação suada para os comandados por Carlos Alberto Parreira.

Na semifinal, o Brasil encarou os anfitriões, que eram favoritos e passaram por uma reformulação, justamente após a Copa do Mundo. Seria uma revanche? Foi quase. Brasil contou com uma tarde inspirada do atacante Adriano Imperador, marcando dois gols. Seleção na final para encarar a Argentina.

O jogo contra a Argentina foi um ponto fora da curva. Primeiro, pela apresentação de gala da Seleção, que abriu 4 a 0. Dois gols de Adriano, um de Kaká e outro de Ronaldinho Gaúcho - Aimar descontou para os argentinos.

O título da Copa das Confederações gerou uma soberba na Seleção Brasileira que viria a disputar a Copa do Mundo. Nas Eliminatórias, em 18 jogos disputados, foram nove vitórias, sete empates e duas derrotas - para Equador e Argentina. Inclusive, o 3 a 1 para os hermanos foi uma aula tática.

Na Copa do Mundo, atuações mornas, longe de empolgar a torcida brasileira. E a eliminação veio contra a França. Gol de Henry, numa falha absurda do Roberto Carlos, que tem, sim, uma parcela muito grande de culpa.

O "Quadrado Mágico" que tanto encantou o mundo do futebol em 2005 foi um fracasso no ano seguinte. Uma bagunça tática impressionante. Carlos Alberto Parreira e toda sua comissão técnica não conseguiram arrumar o que estava desorganizado.

E aqui é preciso citar a preparação no povoado de Weggis, na Suíça. Uma cidade de 4 mil habitantes, o trabalho tinha tudo para ser pacato. Foi longe disso. Os treinos transformaram-se em uma imensa festa, tanto de torcedores quanto de jogadores. 

Lembra da Copa do Mundo de 2014? Neymar e companhia andando de carrinho pelo jardim da Granja Comary, programas de televisão usando e abusando das entrevistas na concentração. Ali, faltou uma assessoria de imprensa firme e competente que proibisse as farras.

Vale lembrar que, em 2013, a Seleção fez uma das melhores Copas das Confederações. Excelentes jogos, principalmente contra o Uruguai, na semifinal, e a temida Espanha, na grande final. Três a zero no Maracanã - Fred jogando o fino da bola. 

Novamente, um ano depois, numa espécie de síndrome de Copa do Mundo, a Seleção não encantou, apresentou erros toscos e veio a humilhação diante da Alemanha - aquele 7 x 1.

0 comentários:

Postar um comentário