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sábado, 3 de outubro de 2015

Osorio, vá ser feliz no México

Não há mais clima para Juan Carlos Osorio ficar no Brasil, especificamente continuar no comando do São Paulo. Com jeito simpático e inovador, fruto do seu trabalho no Atlético Nacional, da Colômbia, Osorio veio para o Brasil. Carlos Miguel Aidar, presidente do Tricolor Paulista, o chamou. Ele aceitou.

A promessa de um time competitivo, forte para brigar por títulos não aconteceu, apesar da equipe estar na semifinal da Copa do Brasil e ter eliminado Ceará e Vasco. A posição na tabela do Campeonato Brasileiro ainda não agrada. Nem mesmo a fantástica vitória sobre o Grêmio, em Porto Alegre, foi capaz de renovar as esperanças.

Não há jeito. Osorio, seja feliz no México. Implante o seu modelo e conquiste a vaga para a edição da Rússia. Lá, haverá a valorização do treinador estrangeiro. Não é igual aqui. Há preconceito, visão deturpada.

Tanto o treinador colombiano como os diretores da Federação Mexicana não se reuniram ainda para discutir o contrato. Mas a proposta existe. Está fundamentada. E o projeto é para ser a longo prazo. Então, aceite o convite, mestre.

Osório já demonstrou sua insatisfação no tricolor desde que vários jogadores importantes foram negociados pela diretoria do clube após sua chegada. O colombiano não foi avisado que seria feito um desmanche na equipe por problemas financeiros.

Faltou prestígio ao treinador. A sua vinda foi uma das melhores coisas que o futebol brasileiro tem para noticiar e - por que não? - se orgulhar após aquele fatídico 7 a 1 sofrido contra a Alemanha, na semifinal de Copa do Mundo.

Uma roda de conversas com Levir Culpi, Tite, Marcelo Oliveira e Osorio seria fantástico. Planejamento, conhecimento, estratégias, valorização. Seria algo para aplaudir. Mas aqui falta incentivo. Com certeza, no México, Osorio teria liberdade para fazer as suas invenções e seria aplaudido pela torcida. Aqui, nem mesmo acertando, o técnico é elogiado. Fica difícil.

Portanto, mestre Juan, aceite a proposta do México e esbanje sua simpatia por aí. Quem sabe, em 2018, o senhor esteja comandando uma grande seleção e conquistando feitos inéditos. É melhor trabalhar fora do Brasil para ser valorizado do que ficar aqui para ser sucateado e tratado como um qualquer.

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