Paolo Guerrero chegou com status de craque e decisivo no Flamengo. Os torcedores e a diretoria depositaram a confiança no atacante. A seca de gols agora estava resolvido com a sua chegada. Mas não foi bem isso que aconteceu.
Em 14 jogos disputados com a camisa Rubro-Negra, Guerrero anotou quatro gols e deu três assistências. O investimento de R$ 900 mil mensais já entra em xeque pelos torcedores e pela própria diretoria. Será que valeu a pena?
Os envolvidos na negociação já mostraram que não perdoam o elenco pela campanha irregular na competição. Afinal, tem um jogador caro nesse pacote. O peruano foi a principal contratação do clube para esta temporada e a responsabilidade é enorme. Kayke, atacante de custo bem menor, e contratado para ser o centroavante reserva, tem números mais favoráveis — quatro gols em oito jogos.
As críticas ao Guerrero são válidas, afinal é um atleta que tem notoriedade, e a sua carreira badalou quando estava no Corinthians, fazendo o gol contra o Chelsea, que resultou no título do Mundial de Clubes em 2012. Porém, essas críticas, não são justas. Ele está numa fase de aprimoramento, junto com Oswaldo de Oliveira. O seu rendimento em campo só vai melhorar a partir do ano que vem. Temos que ser sensatos. E vale recordar que Guerrero vem de uma lesão, ou seja, a parte técnica e física ainda não está 100%, fazendo com que haja um sacrifício por parte do peruano para estar apto.
E temos que analisar as suas atuações nos confrontos. Contra o Internacional e Corinthians, ele jogou isoladamente no setor ofensivo. Não tinha um companheiro que tivesse o mesmo raciocínio, e isso dificulta bastante.
Ele precisa dominar, escorar no zagueiro, enxergar a melhor opção, tentar o passe. Perde-se tempo e o zagueiro adversário consegue dar o bote no atacante. Ou seja, falta um jogador que o auxilie. Penso que Guerrero e Kayke seria uma boa opção no atacante flamenguista. Versatilidade, velocidade e marcação-pressão. Oswaldo precisa acertar esse quebra-cabeça.
Mas fique tranquilo: o amor ainda não acabou. As partes envolvidas tentam fazer a conciliação.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Guerrero decepciona. Porém as críticas não são justas, já que 2015 é um ano de testes
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