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domingo, 18 de janeiro de 2015

Brasil nada fez para melhorar o seu nível técnico e tático. Basta ver a Copinha e o Sul-americano Sub-20

Assustador. Essa é a palavra que resume a atuação do Brasil contra o Uruguai na noite deste sábado pelo Sul-americano Sub-20. Time desesperado. Jogadores apáticos. Nenhuma troca de passes com eficiência.

O clima de guerra uruguaio foi predominante para a atuação da seleção comandada pelo técnico Alexandre Gallo. Muitas faltas. Cotoveladas a todo instante. Parecia mais MMA do que futebol.

A derrota por 2 a 0 foi normal. Caberia mais, se não fosse a atuação do goleiro Marcos, que falhou no único gol do Chile na primeira rodada.

Aliás, a bola na área do Brasil vira um desespero para qualquer torcedor. É incrível a capacidade do defensor brasileiro em não conseguir tirar a bola dali. Muito desentendimento. Confusão. Não é de hoje que não temos zagueiros e laterais capacitados para defender a camisa amarela.

Porém vale lembrar que a Fifa, entidade maior do futebol, elegeu Thiago Silva e David Luiz como os melhores zagueiros do Mundo. Piada. Dois defensores que mais choraram do que jogaram, principalmente o primeiro citado.

Desta seleção comandada pelo Gallo, vejo com bons olhos os meias Gerson e Marcos Guilherme, e o atacante Gabriel, conhecido como Gabigol. De resto, pouco aproveitaria. Ou nada.

Falar ou escrever sobre o 7 a 1 sofrido diante da Alemanha é um mero clichê. Mas temos que discuti-lo. Não podemos deixar impune. Desde julho de 2014 até o presente momento, o Brasil nada fez para melhorar o seu nível técnico e tático. E pior: o psicológico dos jogadores parecem ainda ser um problema.

O jogador tem que estar preparado para qualquer duelo e/ou campeonato. Não importa se é no Uruguai ou no Catar.

Outro exemplo da péssima qualidade do futebol brasileiro está presente na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Tenho acompanhado alguns jogos da competição. Presenciei 4 in loco. E é desesperador a qualidade dos jogadores. Não vejo um bom drible, jogador que chame a responsabilidade para si. Parecem robôs.

A Copinha é uma boa vitrine para o futebol profissional? Sim. Mas quem está interessado mesmo são os olheiros. Observam aquele jogador de maior potencial. Ligam para o dirigente dos clubes. Aquele que tiver maior interesse recebe o atleta de braços abertos. Mas na verdade esses olheiros mudam de profissão e se tornam empresários, recebendo a maior fatia daquele.

Nas duas competições falta empenho aos jogadores. E esse empenho sempre está presente no discurso do jogador, seja na vitória, derrota ou no empate.

A Copa América está chegando. Dunga tem que ter um time confiável, com jogadores de alto nível. É difícil montar um plantel confiável. A dependência em Neymar ainda permanecerá por muitos anos.

É uma pena ver os jogadores atuando desta forma deplorável. Mas não tem jeito: é a atual fase do futebol brasileiro. Quando terá seu fim? Pergunta difícil. Vejo com pessimismo que essa fase não terá um fim tão rápido.

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