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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A possível saída de Guerrero do Corinthians representa a incompetência de Mário Gobbi

O atacante Paolo Guerrero está livre para acertar com qualquer clube do futebol mundial. A sua renovação com o Corinthians está cada vez mais difícil, principalmente pela saúde financeira que a equipe de Parque São Jorge vivencia.

A equipe não conseguiu acertar com nenhum reforço de peso. Chegaram ao elenco o lateral-direito Edilson, ex-Botafogo, Emerson Sheik, retornando de empréstimo, e o atacante colombiano Stiven Mendoza, que estava no futebol indiano. E vale lembrar o retorno do volante Cristian, que estava no Fenerbahçe, da Turquia. Edu Dracena está próximo de acertar com o clube.

A crise que se instalou foi capaz de perder o duelo por Dudu. O ex-atacante do Grêmio era disputado as garras por Corinthians e São Paulo. Mas foi o Palmeiras com a agilidade e esperteza de Alexandre Mattos que conseguiu levar o atleta.

Guerrero tem a carreira gerida pelos mesmos empresários do atacante Dudu. Mário Gobbi, presidente do Corinthians, vetou a contratação de Dudu por considerá-la excessivamente cara e entrou em atrito com os agentes. Os empresários disseram em nota oficial que o clube paulista vive o seu apequenamento há anos, e disse que espera a partir de 7 de fevereiro uma nova história do clube.

O 7 de fevereiro marcará as eleições do clube. Roberto de Andrade pela situação e Paulo Garcia pela oposição. Ilmar Schiavenato também é candidato. Schiavenato que, por sinal, em entrevista à uma rádio, criticou duramente a situação atual da clube. Disse que o Corinthians está esfacelado. Ele é diretor social. Tem 44 anos de histórias no clube. Conhece como a palma da mão.

Porém, Paulo Garcia abriu mão de sua candidatura e anunciará a partir das 17h desta quinta-feira, em entrevista coletiva, que apoiará o nome de Antônio Roque Citadini. Os dois tentavam costurar um acordo há pelo menos duas semanas. Informação do jornalista Jorge Nicola, do Portal Yahoo Esportes.

O grupo de Roberto de Andrade está no poder desde outubro de 2007, ano em que Andrés Sanchez assumiu a presidência para um mandato tampão. Depois passou o bastão para Mario Gobbi, que ocupa a cadeira desde 2012. Eles vivenciaram momentos de glórias e pesadelos. Ganharam a Libertadores e o Mundial de Clubes. Estiveram na Série B de 2008 e participaram da trágica e vexatória eliminação para o Tolima, da Colômbia.

Se não entrar em acordo, Guerrero ficará fora da final da Libertadores, caso o Timão se classifique. Mas o prejuízo pode ser maior. A disputa na Libertadores terá o seu valor de R$ 9 milhões na fase de grupos. Caso avance, receberá mais R$ 4 milhões, e assim até chegar à grande decisão.

Todavia esse dinheiro não vai para o clube. E sim para pagar o Itaquerão. A primeira parcela está chegando. Guerrero carrega a equipe nas costas. De resto, é um elenco frágil. Não para Tite, que disse em entrevista coletiva nos Estados Unidos que o elenco é ideal e forte, já que possui dois atletas para cada posição.

Calma. Quem é reserva de Guerrero? Luciano. O menino que chegou arrebentando. Ganhou status de craque. Recebeu a alcunha de Luciano Ronaldo. Foi perfeito para que ele começasse a sua debandada, não sendo nem relacionado para o banco de reservas.


Mário Gobbi defendeu Mano Menezes. Mas se viu obrigado a trazer Tite. Os dirigentes veem no Tite a principal arma para apagar a crise com a peneira, lógico se trouxer bons resultados. O início é nesta quinta-feira, contra o Colônia. Flórida Cup.

O peruano, principal jogador do Corinthians na última temporada, está vinculado até o dia 15 de julho e ainda não acertou com a diretoria a sua renovação. Internacional e Palmeiras até cogitaram a contratação. Desistiram. A ver como será os próximos capítulos desta novela que começou em 2013.

Guerrero trata com a prioridade o Corinthians. Não quer sair. O clube precisa de dinheiro e vê no jogador o principal alvo para lucrar. O jogador pediu R$ 18 milhões de luvas, uma forma de prêmio pela assinatura. O Timão ofereceu R$ 13 milhões. Nada mais.

O Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos, também demonstrou interesse. Seria o melhor mercado. Não para o atleta, e sim para os dirigentes. Porque os sheiks com certeza ofereciam uma bolada em dinheiro. A possível saída de Guerrero representa a incompetência instalada pela diretoria. Cereja no bolo.

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