José Roberto da Silva Júnior, mais conhecido como Zé Roberto, nasceu em São Paulo, no dia 06 de julho de 2014. É um meia de origem, mas que atualmente vem sendo lateral na equipe do Grêmio.
Zé Roberto começou nas divisões de base do Palestra de São Bernardo, onde sempre apresentou um futebol diferenciado, caracterizado pelos belos dribles e passes geniais, despertando interesse da Portuguesa, que o levou para atuar na base logo no começo dos anos 90. Em 1994, fez a sua estréia como profissional. Em 1996, ajudou a Lusa chegar na final do Campeonato Brasileiro, perdendo a decisão para o Grêmio, seu atual clube.
Ao fim do campeonato, Zé Roberto foi escolhido o melhor lateral esquerdo do torneio pela Bola de Prata.
É considerado uma grande referência na Alemanha por ter passado por três dos grandes clubes do país: Bayer Leverkusen, Bayern de Munique e Hamburgo. Sua notoriedade e admiração aumentaram quando em 2007, mesmo no auge do futebol alemão, decidiu voltar ao seu país para defender o Santos. Nesse tempo, ajudou sua equipe a se sagrar campeã do Campeonato Paulista e ainda levar o time as semifinais da Libertadores.
Zé Roberto ainda teve uma passagem pelo futebol do Catar, atuando pelo Al-Gharafa. Somou passagens pela Seleção Brasileira, conquistando duas Copa América e duas Copa das Confederações, além de ter sido titular na Copa do Mundo de 2006. É integrante do movimento Bom Senso F.C., que reivindica uma melhor estrutura para o futebol brasileiro.
Abaixo, vocês conferem a entrevista:
Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, quem é Zé Roberto?
Zé Roberto: Um cara humilde que sempre soube o que quis na vida. E um jogador que sempre teve disciplina e profissionalismo.
GD: Em que momento pensou em ser jogador de futebol?
ZR: Desde moleque era um sonho que eu tinha. Fiz alguns testes e peneiras até entrar no Pequeninos do Jóquei.
GD: Caso não fosse atleta, queria seguir qual profissão?
ZR: Não me imagino noutra coisa que não seja jogando futebol.
GD: Sabemos que a situação mais difícil de um jogador de futebol é ser recusado na famosa peneira, ainda na base dos clubes. Você passou por essa situação? Se sim, como foi a sua reação?
ZR: Sim, é muito complicado. Peneiras tem muita gente e pouco tempo pra mostrar futebol. Na Portuguesa foi assim, mas na lateral esquerda a concorrência era menor e graças a Deus consegui ser aprovado.
GD: Você é ídolo na Portuguesa, porque ajudou a Lusa a chegar na final do Brasileirão de 1996. Como foi sua passagem pelo clube? Sente saudades?
ZR: Portuguesa foi minha primeira experiência profissional. Morei lá e tenho muito carinho pelo clube. Quando volto lá pra jogar no Canindé acabo matando um pouco a saudade.
GD: Você é um atleta que tem um sucesso astronômico na Alemanha. O que representa essa admiração dos torcedores alemães?
ZR: É onde joguei 12 anos e por isso a admiração recíproca. Fui muito feliz lá, aprendi muito a cultura do alemão, me identifico bastante e por isso existe o reconhecimento.
GD: Você também jogou na Espanha e no Catar. Qual a principal diferença do futebol desses países para o nosso?
ZR: Na Espanha, no Real Madrid, foi minha primeira experiência fora, mas foi importante. No Catar é uma realidade diferente. Não existe a competitividade das grandes ligas.
GD: Como é a relação entre você e o Felipão? E entre o comandante com o grupo?
ZR: O Felipão é um cara que cobra bastante, exige comprometimento tático e isso é muito importante para o nosso grupo que tem mescla de jovens e experientes.
GD: Você é um meio-campista de origem, porém está atuando como lateral. Por que essa mudança tática?
ZR: Opção do treinador a qual me readaptei rapidamente e estou rendendo bastante. É como andar de bicicleta. Não desaprendi.
GD: Você é integrante do Bom Senso FC, que reivindica uma melhora na qualidade do futebol brasileiro. Por que essa melhora não ocorre?
ZR: Não é tão rápido para as coisas acontecerem. É tudo muito recente ainda.
GD: Um caso que vem repercutindo muito é o do racismo cometido por parte da torcida do Grêmio contra o Santos, pela Copa do Brasil. Como vocês e seus companheiros de equipe lidaram e ainda lidam com esse crime ocorrido?
ZR: Já falamos bastante sobre esse assunto, e agora estamos focados dentro de campo.
GD: Vimos na Copa, um grande público nas novas arenas. Você é otimista em relação que essas arenas irão continuar recebendo um bom público ou não? Por que?
ZR: Tomara. Seria ótimo para o produto do futebol brasileiro.
GD: Para os leitores gremistas, o que você tem a dizer para eles sobre a campanha do Grêmio no Brasileirão e o que eles podem esperar ao final da competição?
ZR: Estamos convictos de que estamos no caminho certo e podemos brigar no pelotão da frente.
GD: Para finalizar, deixe um recado para os nossos leitores.
ZR: Aqui no Grêmio me identifiquei muito rápido com o clube e com a torcida. Sou bem tratado por todos e estou muito feliz.
Espero que vocês tenham gostado da minha primeira experiência de entrevistar um atleta.
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