Ontem, tivemos o concurso de Miss Brasil, que foi vencida pela cearense Melissa Gurgel.
Pode parecer estranho, mas concurso de Miss e futebol tem suas peculiaridades. Por isso, selecionei alguns aspectos que você confere abaixo:
Desfile:
Enquanto os homens correm de um lado para o outro, as mulheres desfilam. Os jogadores demonstram sua habilidade, técnica, precisão, enquanto que elas mostram a beleza, simpatia e o caminhar de salto. A grama verde é substituída pelo tapete vermelho.
Objetivo:
Se no futebol o objetivo maior é balançar as redes e sair com a vitória, num concurso de Miss é esbanjar a simpatia, mostrar teus valores e sair coroada como a Miss Brasil.
Torcida organizada:
Nos estádios, é comumente encontrarmos torcidas organizadas. Elas fazem um lindo espetáculo, porém algumas ultrapassam o limite da festa e partem para a violência. Já no concurso de Miss, a maior torcida organizada é composta pela família, namorado, animais de estimação, amigos, vizinhos.
Tem arbitragem:
O assunto mais polêmico do esporte em questão está sendo a arbitragem, que faz um pífio trabalho nesse Brasileirão. Para um concurso de beleza, os árbitros são esteticistas, cabeleiros, coach.
STJD também participa?:
O STJD, junto com a CBF, é o órgão que mais interfere no andamento e na qualidade do futebol. Porém, os auditores estiveram presentes na noite de ontem. A eliminação da Miss RS, Marina Helms, foi contestada pelos usuários das redes sociais. E há quem disse que foi o STJD que eliminou antes do jogo de volta, fazendo uma alusão ao caso Grêmio x Santos, pela Copa do Brasil.
Tropeços:
Sabe-se que algumas misses não sabem andar de salto, logo a tendência é que elas caiam durante a sua apresentação. Porém, ontem não teve nenhum problema com relação à isso. No Campeonato Brasileiro, os tropeços maiores são do São Paulo e do Palmeiras.
Valores:
Muitas vezes, no ambiente onde o dinheiro impera, os valores pessoais são deixados em segundo plano. Na vida é assim, estamos sempre à procura de mais. Muitos esquecem de seus valores, de sua origem, e fazem tudo o que estiver ao alcance para conquistar o tão sonhado primeiro lugar. Um grande exemplo de perda de valores nesse processo são os jogadores de futebol. Os valores dessa modalidade pode ser: fazer um gol, cobrar pênalti, escanteio, saber driblar. Mas num discurso de uma Miss, o valor que mais impera é: paz no Mundo, qualidade de vida, desenvolvimento sustentável.
Um post inovador. Não sei se ganhará repercussão futebolística ou estética. Mas quero agradecer a todos pelo voto de confiança, pela leitura atenciosa e por essa vitória. Discurso de Miss ou de jogador de futebol? Façam suas análises.
domingo, 28 de setembro de 2014
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Entrevista com Zé Roberto
Pela primeira vez, tive a oportunidade de entrevistar um jogador de futebol. E não poderia ser da forma mais especial: com o meia Zé Roberto. Vocês, leitores, poderão conferir um pouco da sua biografia e de suas opiniões.
José Roberto da Silva Júnior, mais conhecido como Zé Roberto, nasceu em São Paulo, no dia 06 de julho de 2014. É um meia de origem, mas que atualmente vem sendo lateral na equipe do Grêmio.
Zé Roberto começou nas divisões de base do Palestra de São Bernardo, onde sempre apresentou um futebol diferenciado, caracterizado pelos belos dribles e passes geniais, despertando interesse da Portuguesa, que o levou para atuar na base logo no começo dos anos 90. Em 1994, fez a sua estréia como profissional. Em 1996, ajudou a Lusa chegar na final do Campeonato Brasileiro, perdendo a decisão para o Grêmio, seu atual clube.
Ao fim do campeonato, Zé Roberto foi escolhido o melhor lateral esquerdo do torneio pela Bola de Prata.
É considerado uma grande referência na Alemanha por ter passado por três dos grandes clubes do país: Bayer Leverkusen, Bayern de Munique e Hamburgo. Sua notoriedade e admiração aumentaram quando em 2007, mesmo no auge do futebol alemão, decidiu voltar ao seu país para defender o Santos. Nesse tempo, ajudou sua equipe a se sagrar campeã do Campeonato Paulista e ainda levar o time as semifinais da Libertadores.
Zé Roberto ainda teve uma passagem pelo futebol do Catar, atuando pelo Al-Gharafa. Somou passagens pela Seleção Brasileira, conquistando duas Copa América e duas Copa das Confederações, além de ter sido titular na Copa do Mundo de 2006. É integrante do movimento Bom Senso F.C., que reivindica uma melhor estrutura para o futebol brasileiro.
Abaixo, vocês conferem a entrevista:
Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, quem é Zé Roberto?
Zé Roberto: Um cara humilde que sempre soube o que quis na vida. E um jogador que sempre teve disciplina e profissionalismo.
GD: Em que momento pensou em ser jogador de futebol?
ZR: Desde moleque era um sonho que eu tinha. Fiz alguns testes e peneiras até entrar no Pequeninos do Jóquei.
GD: Caso não fosse atleta, queria seguir qual profissão?
ZR: Não me imagino noutra coisa que não seja jogando futebol.
GD: Sabemos que a situação mais difícil de um jogador de futebol é ser recusado na famosa peneira, ainda na base dos clubes. Você passou por essa situação? Se sim, como foi a sua reação?
ZR: Sim, é muito complicado. Peneiras tem muita gente e pouco tempo pra mostrar futebol. Na Portuguesa foi assim, mas na lateral esquerda a concorrência era menor e graças a Deus consegui ser aprovado.
GD: Você é ídolo na Portuguesa, porque ajudou a Lusa a chegar na final do Brasileirão de 1996. Como foi sua passagem pelo clube? Sente saudades?
ZR: Portuguesa foi minha primeira experiência profissional. Morei lá e tenho muito carinho pelo clube. Quando volto lá pra jogar no Canindé acabo matando um pouco a saudade.
GD: Você é um atleta que tem um sucesso astronômico na Alemanha. O que representa essa admiração dos torcedores alemães?
ZR: É onde joguei 12 anos e por isso a admiração recíproca. Fui muito feliz lá, aprendi muito a cultura do alemão, me identifico bastante e por isso existe o reconhecimento.
GD: Você também jogou na Espanha e no Catar. Qual a principal diferença do futebol desses países para o nosso?
ZR: Na Espanha, no Real Madrid, foi minha primeira experiência fora, mas foi importante. No Catar é uma realidade diferente. Não existe a competitividade das grandes ligas.
GD: Como é a relação entre você e o Felipão? E entre o comandante com o grupo?
ZR: O Felipão é um cara que cobra bastante, exige comprometimento tático e isso é muito importante para o nosso grupo que tem mescla de jovens e experientes.
GD: Você é um meio-campista de origem, porém está atuando como lateral. Por que essa mudança tática?
ZR: Opção do treinador a qual me readaptei rapidamente e estou rendendo bastante. É como andar de bicicleta. Não desaprendi.
GD: Você é integrante do Bom Senso FC, que reivindica uma melhora na qualidade do futebol brasileiro. Por que essa melhora não ocorre?
ZR: Não é tão rápido para as coisas acontecerem. É tudo muito recente ainda.
GD: Um caso que vem repercutindo muito é o do racismo cometido por parte da torcida do Grêmio contra o Santos, pela Copa do Brasil. Como vocês e seus companheiros de equipe lidaram e ainda lidam com esse crime ocorrido?
ZR: Já falamos bastante sobre esse assunto, e agora estamos focados dentro de campo.
GD: Vimos na Copa, um grande público nas novas arenas. Você é otimista em relação que essas arenas irão continuar recebendo um bom público ou não? Por que?
ZR: Tomara. Seria ótimo para o produto do futebol brasileiro.
GD: Para os leitores gremistas, o que você tem a dizer para eles sobre a campanha do Grêmio no Brasileirão e o que eles podem esperar ao final da competição?
ZR: Estamos convictos de que estamos no caminho certo e podemos brigar no pelotão da frente.
GD: Para finalizar, deixe um recado para os nossos leitores.
ZR: Aqui no Grêmio me identifiquei muito rápido com o clube e com a torcida. Sou bem tratado por todos e estou muito feliz.
José Roberto da Silva Júnior, mais conhecido como Zé Roberto, nasceu em São Paulo, no dia 06 de julho de 2014. É um meia de origem, mas que atualmente vem sendo lateral na equipe do Grêmio.
Zé Roberto começou nas divisões de base do Palestra de São Bernardo, onde sempre apresentou um futebol diferenciado, caracterizado pelos belos dribles e passes geniais, despertando interesse da Portuguesa, que o levou para atuar na base logo no começo dos anos 90. Em 1994, fez a sua estréia como profissional. Em 1996, ajudou a Lusa chegar na final do Campeonato Brasileiro, perdendo a decisão para o Grêmio, seu atual clube.
Ao fim do campeonato, Zé Roberto foi escolhido o melhor lateral esquerdo do torneio pela Bola de Prata.
É considerado uma grande referência na Alemanha por ter passado por três dos grandes clubes do país: Bayer Leverkusen, Bayern de Munique e Hamburgo. Sua notoriedade e admiração aumentaram quando em 2007, mesmo no auge do futebol alemão, decidiu voltar ao seu país para defender o Santos. Nesse tempo, ajudou sua equipe a se sagrar campeã do Campeonato Paulista e ainda levar o time as semifinais da Libertadores.
Zé Roberto ainda teve uma passagem pelo futebol do Catar, atuando pelo Al-Gharafa. Somou passagens pela Seleção Brasileira, conquistando duas Copa América e duas Copa das Confederações, além de ter sido titular na Copa do Mundo de 2006. É integrante do movimento Bom Senso F.C., que reivindica uma melhor estrutura para o futebol brasileiro.
Abaixo, vocês conferem a entrevista:
Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, quem é Zé Roberto?
Zé Roberto: Um cara humilde que sempre soube o que quis na vida. E um jogador que sempre teve disciplina e profissionalismo.
GD: Em que momento pensou em ser jogador de futebol?
ZR: Desde moleque era um sonho que eu tinha. Fiz alguns testes e peneiras até entrar no Pequeninos do Jóquei.
GD: Caso não fosse atleta, queria seguir qual profissão?
ZR: Não me imagino noutra coisa que não seja jogando futebol.
GD: Sabemos que a situação mais difícil de um jogador de futebol é ser recusado na famosa peneira, ainda na base dos clubes. Você passou por essa situação? Se sim, como foi a sua reação?
ZR: Sim, é muito complicado. Peneiras tem muita gente e pouco tempo pra mostrar futebol. Na Portuguesa foi assim, mas na lateral esquerda a concorrência era menor e graças a Deus consegui ser aprovado.
GD: Você é ídolo na Portuguesa, porque ajudou a Lusa a chegar na final do Brasileirão de 1996. Como foi sua passagem pelo clube? Sente saudades?
ZR: Portuguesa foi minha primeira experiência profissional. Morei lá e tenho muito carinho pelo clube. Quando volto lá pra jogar no Canindé acabo matando um pouco a saudade.
GD: Você é um atleta que tem um sucesso astronômico na Alemanha. O que representa essa admiração dos torcedores alemães?
ZR: É onde joguei 12 anos e por isso a admiração recíproca. Fui muito feliz lá, aprendi muito a cultura do alemão, me identifico bastante e por isso existe o reconhecimento.
GD: Você também jogou na Espanha e no Catar. Qual a principal diferença do futebol desses países para o nosso?
ZR: Na Espanha, no Real Madrid, foi minha primeira experiência fora, mas foi importante. No Catar é uma realidade diferente. Não existe a competitividade das grandes ligas.
GD: Como é a relação entre você e o Felipão? E entre o comandante com o grupo?
ZR: O Felipão é um cara que cobra bastante, exige comprometimento tático e isso é muito importante para o nosso grupo que tem mescla de jovens e experientes.
GD: Você é um meio-campista de origem, porém está atuando como lateral. Por que essa mudança tática?
ZR: Opção do treinador a qual me readaptei rapidamente e estou rendendo bastante. É como andar de bicicleta. Não desaprendi.
GD: Você é integrante do Bom Senso FC, que reivindica uma melhora na qualidade do futebol brasileiro. Por que essa melhora não ocorre?
ZR: Não é tão rápido para as coisas acontecerem. É tudo muito recente ainda.
GD: Um caso que vem repercutindo muito é o do racismo cometido por parte da torcida do Grêmio contra o Santos, pela Copa do Brasil. Como vocês e seus companheiros de equipe lidaram e ainda lidam com esse crime ocorrido?
ZR: Já falamos bastante sobre esse assunto, e agora estamos focados dentro de campo.
GD: Vimos na Copa, um grande público nas novas arenas. Você é otimista em relação que essas arenas irão continuar recebendo um bom público ou não? Por que?
ZR: Tomara. Seria ótimo para o produto do futebol brasileiro.
GD: Para os leitores gremistas, o que você tem a dizer para eles sobre a campanha do Grêmio no Brasileirão e o que eles podem esperar ao final da competição?
ZR: Estamos convictos de que estamos no caminho certo e podemos brigar no pelotão da frente.
GD: Para finalizar, deixe um recado para os nossos leitores.
ZR: Aqui no Grêmio me identifiquei muito rápido com o clube e com a torcida. Sou bem tratado por todos e estou muito feliz.
Espero que vocês tenham gostado da minha primeira experiência de entrevistar um atleta.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Malcom e Carlos: duas apostas que precisam ser lapidadas
O futebol brasileiro ainda tem como mancha aquela derrota acachapante sobre a Alemanha, na Copa do Mundo, por 7 a 1. Depois daquele fatídico episódio, o assunto que mais veio à tona foi a aposta na base.
A base é fundamental para o crescimento do atleta. Se levarmos em conta a Série A, podemos perceber que o Atlético-PR e o Palmeiras são as equipes que mais põem em campo jogadores oriundos da base, como exemplo podemos citar Douglas Coutinho, atacante do Furacão, e Nathan, zagueiro do Palmeiras. Ambos convocados para a seleção sub-21 do técnico Gallo.
Porém, nos últimos jogos, um garoto de apenas 17 anos vem chamando a atenção de torcedores aficionados pelo futebol: Malcom, atacante do Corinthians. Rápido, versátil, humildade, personalidade. Características que definem um garoto.
Ontem, no clássico contra o São Paulo, não sentiu o peso da responsabilidade e da importância que consiste esse clássico. Apoiou no ataque, defendeu, articulou lançamentos, passes precisos e ainda participou de dois dos três gols da vitória do Timão sobre o Tricolor por 3 a 2.
Em outro clássico da rodada, dessa vez em Minas Gerais, um novo garoto da base chamou a atenção. Carlos, atacante do Atlético-MG. No Mineirão lotado - a maioria dos torcedores era cruzeirense - o atacante só faltou fazer chover no estádio. Brigou por bolas, correu, se movimentou e ainda por cima fez dois gols, resultando na vitória do time comandado por Levir Culpi sobre o líder Cruzeiro pelo placar de 3 a 2.
Ambos os jogadores citados disputaram a Copa São Paulo de Futebol Júnior e tiveram seus contratos renovados com seus respectivos clubes. Carlos chegou até ser comparado com Bernard, ídolo do clube mineiro que hoje defende o Shakhtar, da Ucrânia.
Pela primeira vez observo com mais clareza que a base vem sendo apostada e observada com mais atenção pela comissão técnica. Mas ainda é cedo para colocarmos em alta esses jogadores. Gallo pode ter certeza que se convocar os dois garotos, eles assumirão a responsabilidade e poderão colher bons frutos daqui a menos de dois anos, na Olimpíada do Rio de Janeiro. Além dos dois, temos o lateral Auro (São Paulo), os atacantes Gabriel (Santos), Mosquito (Atlético-PR). Ou seja, uma boa base pode ser formada com jogadores daqui do País, representando um bom avanço.
A base é fundamental para o crescimento do atleta. Se levarmos em conta a Série A, podemos perceber que o Atlético-PR e o Palmeiras são as equipes que mais põem em campo jogadores oriundos da base, como exemplo podemos citar Douglas Coutinho, atacante do Furacão, e Nathan, zagueiro do Palmeiras. Ambos convocados para a seleção sub-21 do técnico Gallo.
Porém, nos últimos jogos, um garoto de apenas 17 anos vem chamando a atenção de torcedores aficionados pelo futebol: Malcom, atacante do Corinthians. Rápido, versátil, humildade, personalidade. Características que definem um garoto.
Ontem, no clássico contra o São Paulo, não sentiu o peso da responsabilidade e da importância que consiste esse clássico. Apoiou no ataque, defendeu, articulou lançamentos, passes precisos e ainda participou de dois dos três gols da vitória do Timão sobre o Tricolor por 3 a 2.
Em outro clássico da rodada, dessa vez em Minas Gerais, um novo garoto da base chamou a atenção. Carlos, atacante do Atlético-MG. No Mineirão lotado - a maioria dos torcedores era cruzeirense - o atacante só faltou fazer chover no estádio. Brigou por bolas, correu, se movimentou e ainda por cima fez dois gols, resultando na vitória do time comandado por Levir Culpi sobre o líder Cruzeiro pelo placar de 3 a 2.
Ambos os jogadores citados disputaram a Copa São Paulo de Futebol Júnior e tiveram seus contratos renovados com seus respectivos clubes. Carlos chegou até ser comparado com Bernard, ídolo do clube mineiro que hoje defende o Shakhtar, da Ucrânia.
Pela primeira vez observo com mais clareza que a base vem sendo apostada e observada com mais atenção pela comissão técnica. Mas ainda é cedo para colocarmos em alta esses jogadores. Gallo pode ter certeza que se convocar os dois garotos, eles assumirão a responsabilidade e poderão colher bons frutos daqui a menos de dois anos, na Olimpíada do Rio de Janeiro. Além dos dois, temos o lateral Auro (São Paulo), os atacantes Gabriel (Santos), Mosquito (Atlético-PR). Ou seja, uma boa base pode ser formada com jogadores daqui do País, representando um bom avanço.
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Confira o primeiro programa 'Esporte Univap'
Foi ao ar hoje a minha estreia pela TV Univap, de São José dos Campos, o programa Esporte Univap, programa rápido, dinâmico e informativo sobre as modalidades esportivas do Brasil e do Mundo.
E quem gosta de ler o meu blog, vai gostar também de ver e ficar por dentro das notícias.
Sendo assim, confira abaixo o primeiro programa 'Esporte Univap'.
Marcadores:
Esporte,
Esporte Univap,
Futebol,
Modalidade
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Damião e Valdívia: bom para quem?
O futebol brasileiro é um mercado de ouro, com destaques e tolices dos principais clubes brasileiros, como Santos e Palmeiras. O atacante Leandro Damião custou R$ 42 milhões aos cofres do Santos. De nome quase certo para a Copa do Mundo, aqui do Brasil, tornou-se um ativo negociado pelo Internacional, que chegou a recusar propostas do Tottenham (Inglaterra) e Milan (Itália).
O atacante, que fazia um gol por rodada pelo Internacional, perdeu seu faro de gol, e agora vive com a pressão da torcida e chega a assumir a reserva do time paulista. O que é muito estranho, já que foi uma das maiores contratações do futebol brasileiro. Mas poucos sabem que quem o colocou na Vila Belmiro foi Renato Duprat, o homem que implantou o MSI no Corinthians. Ou seja, o valor astronômico pago pelo Santos só beneficiou a Doyen Sports, nome que o mesmo Renato Duprat apareceu.
O Santos não é o único nessa lista. Não podemos nos esquecer do Valdívia, que nunca mais foi o El Mago de 2008. O Palmeiras praticamente se tornou refém do jogador, a quem é dedicado um programa especial, também conhecido como “joga quando der”. O contrato de produtividade, modelo implantado pelo dirigente Paulo Nobre, nem serve para essa "contribuição excelente" do chileno. É um jogador de departamento médico, e quando volta aos gramados, faz uma falta infantil e é expulso, e depois se arrepende.
E assim vive o futebol brasileiro, que não aprende com seus erros. O 7 a 1 pode se tornar em 10, 11, 15 a 1. Contratar pelo nome virou uma porta de saída pelos cartolas dos principais clubes brasileiros. E isso não só pode como prejudica demais a evolução do time e até mesmo ofusca ótimas revelações das categorias de base, que deveria ser profissional.
Parabéns aos envolvidos!
O atacante, que fazia um gol por rodada pelo Internacional, perdeu seu faro de gol, e agora vive com a pressão da torcida e chega a assumir a reserva do time paulista. O que é muito estranho, já que foi uma das maiores contratações do futebol brasileiro. Mas poucos sabem que quem o colocou na Vila Belmiro foi Renato Duprat, o homem que implantou o MSI no Corinthians. Ou seja, o valor astronômico pago pelo Santos só beneficiou a Doyen Sports, nome que o mesmo Renato Duprat apareceu.
O Santos não é o único nessa lista. Não podemos nos esquecer do Valdívia, que nunca mais foi o El Mago de 2008. O Palmeiras praticamente se tornou refém do jogador, a quem é dedicado um programa especial, também conhecido como “joga quando der”. O contrato de produtividade, modelo implantado pelo dirigente Paulo Nobre, nem serve para essa "contribuição excelente" do chileno. É um jogador de departamento médico, e quando volta aos gramados, faz uma falta infantil e é expulso, e depois se arrepende.
E assim vive o futebol brasileiro, que não aprende com seus erros. O 7 a 1 pode se tornar em 10, 11, 15 a 1. Contratar pelo nome virou uma porta de saída pelos cartolas dos principais clubes brasileiros. E isso não só pode como prejudica demais a evolução do time e até mesmo ofusca ótimas revelações das categorias de base, que deveria ser profissional.
Parabéns aos envolvidos!
sábado, 13 de setembro de 2014
São Paulo x Cruzeiro está longe de ser uma decisão
Amanhã, às 16 horas, no Morumbi, teremos São Paulo x Cruzeiro. Alguns críticos colocam esse jogo como cara de decisão. Porém, irei na contra-mão. Esse jogo não é uma "final" antecipada, até porque a diferença do time mineiro, primeiro colocado, para o São Paulo, segundo, é de 7 pontos. O Cruzeiro tem 46, enquanto o time comandado por Muricy Ramalho, 39. Uma vitória do Tricolor Paulista diminui para apenas quatro pontos, mas mesmo assim não coloca a equipe como primeira na classificação.
Além disso, a diferença técnica e tática é exorbitante. São Paulo tem um bom quarteto, comandado por Kaká, Ganso, Alan Kardec e Pato, além de um bom posicionamento do volante Souza, destaque da partida de quarta-feira contra o Botafogo.
Porém, o Cruzeiro tem um equilíbrio e uma qualidade maiores. Dedé, Lucas Silva, Ricardo Goulart, Everton Ribeiro, Marcelo Moreno, Dagoberto. É uma equipe compacta e que tem reservas de luxo, como o caso do atacante Borges e do volante Nilton.
O que pesa mais em um jogo deste nível é o conjunto, e não as estrelas presentes. O Cruzeiro tem um estilo de jogo mais encorpado, não há jogadores "estrelas", embora Everton Ribeiro e Ricardo Goulart sejam jogadores de seleção brasileira. Já o São Paulo conta com jogadores experientes e que viveram bons momentos na Europa, caso de Kaká e Pato.
Mesmo que o jogo tenha cara de decisão e contará com a presença de 60 mil torcedores, é um grande exagero dizer que é uma decisão, afinal ainda estamos na rodada 21, faltando 17 rodadas para o término do campeonato.
Isso não quer dizer que eu esteja dizendo que esse jogo não valha nada, muito pelo contrário. Pode ser um dos maiores jogos da história do Campeonato Brasileiro, por quê não? Porém, há um abismo entre as duas equipes.
Além disso, a diferença técnica e tática é exorbitante. São Paulo tem um bom quarteto, comandado por Kaká, Ganso, Alan Kardec e Pato, além de um bom posicionamento do volante Souza, destaque da partida de quarta-feira contra o Botafogo.
Porém, o Cruzeiro tem um equilíbrio e uma qualidade maiores. Dedé, Lucas Silva, Ricardo Goulart, Everton Ribeiro, Marcelo Moreno, Dagoberto. É uma equipe compacta e que tem reservas de luxo, como o caso do atacante Borges e do volante Nilton.
O que pesa mais em um jogo deste nível é o conjunto, e não as estrelas presentes. O Cruzeiro tem um estilo de jogo mais encorpado, não há jogadores "estrelas", embora Everton Ribeiro e Ricardo Goulart sejam jogadores de seleção brasileira. Já o São Paulo conta com jogadores experientes e que viveram bons momentos na Europa, caso de Kaká e Pato.
Mesmo que o jogo tenha cara de decisão e contará com a presença de 60 mil torcedores, é um grande exagero dizer que é uma decisão, afinal ainda estamos na rodada 21, faltando 17 rodadas para o término do campeonato.
Isso não quer dizer que eu esteja dizendo que esse jogo não valha nada, muito pelo contrário. Pode ser um dos maiores jogos da história do Campeonato Brasileiro, por quê não? Porém, há um abismo entre as duas equipes.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Entrevista com Nathália Henrichs
Quem lê o meu blog assiduamente, está acostumado a ver entrevistas com jornalistas. Mas hoje será diferente. Em seguida, vocês saberão o motivo.
Já dizia Bill Shankly: "O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais importante que isso...". E com certeza é, principalmente levando-se pelo lado do amor, da gratidão, do carinho. Foi com esses sentimentos que Nathália Henrichs recebeu o pedido de casamento feito por Raphael Cardozo, no último sábado (06), no Maracanã.
Quase 60 mil pessoas no estádio olhando para o telão e vendo um pedido de casamento. As pessoas que estavam atrás do casal gritando "Aceita!". Momento emocionante para quem vive o amor no futebol. Não é uma cena rara, já que o Maracanã, o 'Templo do Futebol', vem sendo palco de pedidos de casamento a todo instante.
No mês passado, a italiana Valentina Zolfo se emocionava com uma grata surpresa. O namorado, Giulio Romano, tirou uma caixinha de veludo do bolso e lhe presenteou com um anel de casamento. A jovem não conteve as lágrimas e disse “sim”, sob aplausos dos rubro-negros que acompanharam tudo pelo telão. O que ninguém sabe é que tudo foi planejado há dois meses.
Em março, Joel Zucateli Júnior ficou famoso após fazer um pedido inusitado de casamento para a namorada Thais Zimmermann. O catarinense levou um cartaz para o Maracanã, na partida entre Botafogo e Independiente Del Valle pela Libertadores, com a frase “Thais, casa comigo?”. No dia seguinte, quarta-feira, ela aceitou.
Mas voltando ao jogo de sábado entre Flamengo x Grêmio e ao pedido de casamento, ontem, domingo, entrevistei a Nathália Henrichs, a torcedora gremista que recebeu e aceitou o pedido de casamento do flamenguista Raphael. Um detalhe: os dois são cariocas. Confira abaixo a entrevista:
Gabriel Dantas: - Há quanto tempo você conhece o Raphael Cardozo?
Nathália Henrichs: Conheço o Raphael há 3 anos e 6 meses.
GD: Em algum momento, você desconfiou da atitude do seu noivo em forçá-la para ir ao Maracanã assistir ao jogo?
NH: Não. Pensei que o motivo dele insistir muito, fosse apenas por ele ser um flamenguista muito presente nos estádios, pois ele sempre vai ao jogos. Então, em nenhum momento desconfiei.
GD: Qual seria o local do pedido de casamento? Ou ainda não havia prazo para fazer o pedido?
NH: Na realidade, estava marcado o noivado para o dia 7 (um dia depois do jogo), então eu estava completamente descansada no sentido de que nada de diferente poderia acontecer.
GD: Como foi a sua primeira reação no momento em que ele te pede em casamento?
NH: A primeira foi o espanto, o coração começou a bater muito forte, conforme o nervosismo foi passando, demonstrei muita alegria.
GD: Como é a sensação de receber um pedido de casamento em pleno Maracanã, o 'Templo do Futebol', com quase 60 mil pessoas?
NH: Realmente você olhar em volta, e ver que todos estavam nos observando, sorrindo, como se todos soubessem menos eu, foi uma sensação única, fiquei com muita vergonha, mas ao mesmo tempo feliz, sem acreditar que aquilo estava acontecendo comigo, o que eu já esperava acontecer no dia seguinte, aconteceu em um dia antes, no Maracanã lotado, com as pessoas dizendo "Parabéns" até mesmo quando conseguimos tirar foto com alguns jogadores. O Fernandinho, jogador do grêmio, nos desejou parabéns, foi lindo! O lugar, o momento, o resultado do jogo (dei sorte rs) e meu amor, é claro. Um pedido pra ficar guardado pra sempre. Vamos ter história pra contar aos nossos futuros filhos. Simplesmente perfeito, tanto pra mim e pra ele. :D
GD: Já há alguma data prevista para o casório?
NH: Temos nossos planos, daqui há dois anos, quando concluir minha faculdade de Psicologia.
GD: Vocês dois são cariocas. Porém, você é gremista. Como surgiu esse amor pelo Grêmio?
NH: Tenho um grande amor pelo Rio Grande do Sul, conheço gaúchos excelentes, que sempre me apoiaram quando tive minha escolha de ser gremista. Sempre tive uma boa aceitação pelos torcedores, até usavam a expressão de "gaúcha de coração", quando tinha mais contato com eles pela internet. Então, sempre fiquei muito a vontade, mesmo sendo carioca, nunca me senti "menos" gremista.
GD: Em apenas uma palavra, diga: o que representa essa atitude do seu noivo?
NH: Perfeita.
GD: Para finalizar, como é receber nas redes sociais tantas mensagens de carinho vindo de outras pessoas?
NH: Foi muito bom receber o carinho das pessoas, as palavras positivas, nós lemos com muito carinho os comentários e estamos ainda pensando em tudo que ocorreu, o quanto foi incrível. Que a atitude do meu noivo, possa inspirar as pessoas, inspirar os casais nos estádios, a paz entre cada um, e que possamos ter a consciência que existe sim a "rivalidade" entre os times, mas que isso não se manifeste em atos que possam prejudicar o próximo ou de que alguma forma irá denegrir a imagem do indivíduo, rivais de time, mas não "inimigos".
GD: Muito obrigado pela atenção. Desejo felicidades à vocês dois. Beijos e sucesso.
NH: Obrigada pelo carinho, beijos!
Já dizia Bill Shankly: "O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais importante que isso...". E com certeza é, principalmente levando-se pelo lado do amor, da gratidão, do carinho. Foi com esses sentimentos que Nathália Henrichs recebeu o pedido de casamento feito por Raphael Cardozo, no último sábado (06), no Maracanã.
Quase 60 mil pessoas no estádio olhando para o telão e vendo um pedido de casamento. As pessoas que estavam atrás do casal gritando "Aceita!". Momento emocionante para quem vive o amor no futebol. Não é uma cena rara, já que o Maracanã, o 'Templo do Futebol', vem sendo palco de pedidos de casamento a todo instante.
No mês passado, a italiana Valentina Zolfo se emocionava com uma grata surpresa. O namorado, Giulio Romano, tirou uma caixinha de veludo do bolso e lhe presenteou com um anel de casamento. A jovem não conteve as lágrimas e disse “sim”, sob aplausos dos rubro-negros que acompanharam tudo pelo telão. O que ninguém sabe é que tudo foi planejado há dois meses.
Em março, Joel Zucateli Júnior ficou famoso após fazer um pedido inusitado de casamento para a namorada Thais Zimmermann. O catarinense levou um cartaz para o Maracanã, na partida entre Botafogo e Independiente Del Valle pela Libertadores, com a frase “Thais, casa comigo?”. No dia seguinte, quarta-feira, ela aceitou.
Mas voltando ao jogo de sábado entre Flamengo x Grêmio e ao pedido de casamento, ontem, domingo, entrevistei a Nathália Henrichs, a torcedora gremista que recebeu e aceitou o pedido de casamento do flamenguista Raphael. Um detalhe: os dois são cariocas. Confira abaixo a entrevista:
Gabriel Dantas: - Há quanto tempo você conhece o Raphael Cardozo?
Nathália Henrichs: Conheço o Raphael há 3 anos e 6 meses.
GD: Em algum momento, você desconfiou da atitude do seu noivo em forçá-la para ir ao Maracanã assistir ao jogo?
NH: Não. Pensei que o motivo dele insistir muito, fosse apenas por ele ser um flamenguista muito presente nos estádios, pois ele sempre vai ao jogos. Então, em nenhum momento desconfiei.
GD: Qual seria o local do pedido de casamento? Ou ainda não havia prazo para fazer o pedido?
NH: Na realidade, estava marcado o noivado para o dia 7 (um dia depois do jogo), então eu estava completamente descansada no sentido de que nada de diferente poderia acontecer.
GD: Como foi a sua primeira reação no momento em que ele te pede em casamento?
NH: A primeira foi o espanto, o coração começou a bater muito forte, conforme o nervosismo foi passando, demonstrei muita alegria.
GD: Como é a sensação de receber um pedido de casamento em pleno Maracanã, o 'Templo do Futebol', com quase 60 mil pessoas?
NH: Realmente você olhar em volta, e ver que todos estavam nos observando, sorrindo, como se todos soubessem menos eu, foi uma sensação única, fiquei com muita vergonha, mas ao mesmo tempo feliz, sem acreditar que aquilo estava acontecendo comigo, o que eu já esperava acontecer no dia seguinte, aconteceu em um dia antes, no Maracanã lotado, com as pessoas dizendo "Parabéns" até mesmo quando conseguimos tirar foto com alguns jogadores. O Fernandinho, jogador do grêmio, nos desejou parabéns, foi lindo! O lugar, o momento, o resultado do jogo (dei sorte rs) e meu amor, é claro. Um pedido pra ficar guardado pra sempre. Vamos ter história pra contar aos nossos futuros filhos. Simplesmente perfeito, tanto pra mim e pra ele. :D
GD: Já há alguma data prevista para o casório?
NH: Temos nossos planos, daqui há dois anos, quando concluir minha faculdade de Psicologia.
GD: Vocês dois são cariocas. Porém, você é gremista. Como surgiu esse amor pelo Grêmio?
NH: Tenho um grande amor pelo Rio Grande do Sul, conheço gaúchos excelentes, que sempre me apoiaram quando tive minha escolha de ser gremista. Sempre tive uma boa aceitação pelos torcedores, até usavam a expressão de "gaúcha de coração", quando tinha mais contato com eles pela internet. Então, sempre fiquei muito a vontade, mesmo sendo carioca, nunca me senti "menos" gremista.
GD: Em apenas uma palavra, diga: o que representa essa atitude do seu noivo?
NH: Perfeita.
GD: Para finalizar, como é receber nas redes sociais tantas mensagens de carinho vindo de outras pessoas?
NH: Foi muito bom receber o carinho das pessoas, as palavras positivas, nós lemos com muito carinho os comentários e estamos ainda pensando em tudo que ocorreu, o quanto foi incrível. Que a atitude do meu noivo, possa inspirar as pessoas, inspirar os casais nos estádios, a paz entre cada um, e que possamos ter a consciência que existe sim a "rivalidade" entre os times, mas que isso não se manifeste em atos que possam prejudicar o próximo ou de que alguma forma irá denegrir a imagem do indivíduo, rivais de time, mas não "inimigos".
GD: Muito obrigado pela atenção. Desejo felicidades à vocês dois. Beijos e sucesso.
NH: Obrigada pelo carinho, beijos!
domingo, 7 de setembro de 2014
Comportamentos e lições: a torcida no Maracanã
Devido à grande repercussão do caso de racismo envolvendo alguns torcedores do Grêmio com o goleiro Aranha, do Santos, o clima entre Flamengo e Grêmio poderia não ser o dos melhores. Na chegada ao estádio, alguns gremistas foram ofendidos, e alguns torcedores do Flamengo arremessaram latas de cerveja em direção ao grupo.
No intervalo, no setor de conveniência, torcedores rubro-negros que estavam nos bares próximo onde a torcida gaúcha estava começaram a cantar e xingar os tricolores. Mulheres eram chamadas de palavras de baixo calão (devido ao racismo cometido pela Patrícia Moreira) e os homens de "veados" e "racistas".
Porém, o clima dentro do estádio era de harmonia e amor. Um torcedor flamenguista pediu em casamento uma torcedora gremista. Uma verdadeira prova de que o amor não tem limites, distâncias, e times. Uma verdadeira lição.
Foi um tapa na cara do ódio. Em meio a tantas ofensas para gremistas, o amor deu a resposta. Uma atitude inteligente e sensacional.
E aqui vale um adendo: não se pode, de forma alguma, generalizar. É uma mentalidade injusta. E horrível. Foram apenas 0,000001% da torcida que cometeu tal crime de racismo. O restante é do bem, e aprova o amor e a paz e a igualdade.
Foi assim a torcida no Maracanã.
No intervalo, no setor de conveniência, torcedores rubro-negros que estavam nos bares próximo onde a torcida gaúcha estava começaram a cantar e xingar os tricolores. Mulheres eram chamadas de palavras de baixo calão (devido ao racismo cometido pela Patrícia Moreira) e os homens de "veados" e "racistas".
Porém, o clima dentro do estádio era de harmonia e amor. Um torcedor flamenguista pediu em casamento uma torcedora gremista. Uma verdadeira prova de que o amor não tem limites, distâncias, e times. Uma verdadeira lição.
Foi um tapa na cara do ódio. Em meio a tantas ofensas para gremistas, o amor deu a resposta. Uma atitude inteligente e sensacional.
E aqui vale um adendo: não se pode, de forma alguma, generalizar. É uma mentalidade injusta. E horrível. Foram apenas 0,000001% da torcida que cometeu tal crime de racismo. O restante é do bem, e aprova o amor e a paz e a igualdade.
Foi assim a torcida no Maracanã.
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sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Linchamento público sobre a Patrícia Moreira tem que ter fim
Uma semana se passou e Patrícia Moreira, a torcedora que ofendeu o goleiro Aranha, do Santos, de 'macaco', falou pela primeira vez sobre o caso. Emocionada, ela deu uma coletiva para os jornalistas e disse por várias vezes a palavra 'perdão'.
"Boa tarde, eu quero pedir desculpas ao goleiro Aranha. Eu não sou racista. Perdão. Perdão. Peço desculpas", afirmou a menina, muito nervosa.
Agora, querem discutir se o choro foi planejado ou armado pelo advogado Alexandre Rossatto. Na semana passada, fiz um post sobre o caso (clique aqui).
Linchamento público na torcedora não é a ideia mais viável. Ela tem que responder na Justiça, ser punida pelo Tribunal e ficar sem ir aos estádios - ou até mesmo ser presa. Mas o 'país da Copa' é o país em que a punição é zero.
Interdição da Arena do Grêmio, para ver se o torcedor aprende a respeitar seus semelhantes, é a ideia mais correta. Dessa forma, sou contra a expulsão da equipe na Copa do Brasil. O racismo não terá fim com atitudes severas, pois existem muitos torcedores racistas espalhados pelo Brasil afora.
A vida de Patrícia Moreira acabou.
Na coletiva, o advogado esclareceu que o maior desejo de Patrícia neste momento é pedir desculpa pessoalmente ao goleiro Aranha. Porém, Rossatto não informou como nem quando o encontro deve ocorrer. É uma atitude que, particularmente, considero acertada. É uma forma, mesmo que minúscula, de acabar com essa guerra entre Patrícia x Brasil.
Não passem a mão na cabeça dessa menina. Mas deem a chance dela vir pro outro lado. Deem uma chance de ela voltar à sociedade. E admitam que já estiveram do lado de lá. Que ela e o Grêmio quite a dívida com o Santos e o goleiro Aranha.
Que a Justiça faça sua parte!
"Boa tarde, eu quero pedir desculpas ao goleiro Aranha. Eu não sou racista. Perdão. Perdão. Peço desculpas", afirmou a menina, muito nervosa.
Agora, querem discutir se o choro foi planejado ou armado pelo advogado Alexandre Rossatto. Na semana passada, fiz um post sobre o caso (clique aqui).
Linchamento público na torcedora não é a ideia mais viável. Ela tem que responder na Justiça, ser punida pelo Tribunal e ficar sem ir aos estádios - ou até mesmo ser presa. Mas o 'país da Copa' é o país em que a punição é zero.
Interdição da Arena do Grêmio, para ver se o torcedor aprende a respeitar seus semelhantes, é a ideia mais correta. Dessa forma, sou contra a expulsão da equipe na Copa do Brasil. O racismo não terá fim com atitudes severas, pois existem muitos torcedores racistas espalhados pelo Brasil afora.
A vida de Patrícia Moreira acabou.
Na coletiva, o advogado esclareceu que o maior desejo de Patrícia neste momento é pedir desculpa pessoalmente ao goleiro Aranha. Porém, Rossatto não informou como nem quando o encontro deve ocorrer. É uma atitude que, particularmente, considero acertada. É uma forma, mesmo que minúscula, de acabar com essa guerra entre Patrícia x Brasil.
Não passem a mão na cabeça dessa menina. Mas deem a chance dela vir pro outro lado. Deem uma chance de ela voltar à sociedade. E admitam que já estiveram do lado de lá. Que ela e o Grêmio quite a dívida com o Santos e o goleiro Aranha.
Que a Justiça faça sua parte!
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Noite épica
Botafogo e Flamengo proporcionaram a verdadeira emoção do esporte futebol.
Dois times praticamente eliminados da Copa do Brasil. Mas que com muita garra, força e fé conseguiram fazer o inacreditável.
No primeiro jogo, o Botafogo perdeu, no Maracanã, para o Ceará por 2 a 1. A missão era fazer 1 a 0. Simples até, se comparado ao Flamengo, que, em Curitiba, perdeu para o Coritiba por 3 a 0.
As duas equipes partiram para o ataque. Em Fortaleza, ao término do primeiro tempo, estava 2 a 2; enquanto, no Rio de Janeiro, o Flamengo estava vencendo por 1 a 0, gol de Alecsandro. Até o momento, Ceará e Coritiba se classificando para as oitavas de final da competição.
Veio o segundo tempo. Na Arena Castelão, o apagão. 20 minutos sem energia. No Rio de Janeiro, gol do Flamengo, em mais uma cobrança de pênalti de Alecsandro. Após a volta da energia elétrica, Bill coloca no canto esquerdo para fazer 3 a 2 para o time cearense. No Maracanã, Eduardo da Silva fez o impossível: 3 a 0 no Coritiba. Decisão indo para os pênaltis (como foi).
Ceará 3 x 2 Botafogo. Quatro minutos de acréscimos. No último minuto do acréscimo, Ramirez empatou para o Botafogo. 3 a 3. Não havia tempo para mais nada, certo? Errado. Na saída de bola, após um chute errado de Magno Alves, o goleiro Andrey deu o famoso 'chutão' e a bola foi para o campo de ataque. A bola encontrou André Bahia, um zagueiro muito criticado pela torcida. Ele puxou para a esquerda e chutou no canto direito de Jailson, um golaço. 4 a 3. Classificação alvinegra.
Enquanto isso, no Maracanã, uma sucessão de erros nas cobranças de pênaltis. Na cobrança, estava empatado: 2 a 2. Caso Carlinhos convertesse, o Coritiba estaria nas quartas. Mas a trave impediu. E quando Canteros partiu para a cobrança, Vanderlei espalmou. Porém, para dentro do gol. Que jogos! Uma quarta-feira para não se esquecer tão cedo.
Épico. Impossível. Inacreditável. Meu Deus! Palavras são poucas para definir o que aconteceu na noite de 03 de setembro.
O que se pode concluir desses dois jogos em específico é que o mata-mata é a solução do problema da falta de torcedores nos estádios e da baixa audiência das emissoras que transmitem os jogos. Abra os olhos, CBF!
Dois times praticamente eliminados da Copa do Brasil. Mas que com muita garra, força e fé conseguiram fazer o inacreditável.
No primeiro jogo, o Botafogo perdeu, no Maracanã, para o Ceará por 2 a 1. A missão era fazer 1 a 0. Simples até, se comparado ao Flamengo, que, em Curitiba, perdeu para o Coritiba por 3 a 0.
As duas equipes partiram para o ataque. Em Fortaleza, ao término do primeiro tempo, estava 2 a 2; enquanto, no Rio de Janeiro, o Flamengo estava vencendo por 1 a 0, gol de Alecsandro. Até o momento, Ceará e Coritiba se classificando para as oitavas de final da competição.
Veio o segundo tempo. Na Arena Castelão, o apagão. 20 minutos sem energia. No Rio de Janeiro, gol do Flamengo, em mais uma cobrança de pênalti de Alecsandro. Após a volta da energia elétrica, Bill coloca no canto esquerdo para fazer 3 a 2 para o time cearense. No Maracanã, Eduardo da Silva fez o impossível: 3 a 0 no Coritiba. Decisão indo para os pênaltis (como foi).
Ceará 3 x 2 Botafogo. Quatro minutos de acréscimos. No último minuto do acréscimo, Ramirez empatou para o Botafogo. 3 a 3. Não havia tempo para mais nada, certo? Errado. Na saída de bola, após um chute errado de Magno Alves, o goleiro Andrey deu o famoso 'chutão' e a bola foi para o campo de ataque. A bola encontrou André Bahia, um zagueiro muito criticado pela torcida. Ele puxou para a esquerda e chutou no canto direito de Jailson, um golaço. 4 a 3. Classificação alvinegra.
Enquanto isso, no Maracanã, uma sucessão de erros nas cobranças de pênaltis. Na cobrança, estava empatado: 2 a 2. Caso Carlinhos convertesse, o Coritiba estaria nas quartas. Mas a trave impediu. E quando Canteros partiu para a cobrança, Vanderlei espalmou. Porém, para dentro do gol. Que jogos! Uma quarta-feira para não se esquecer tão cedo.
Épico. Impossível. Inacreditável. Meu Deus! Palavras são poucas para definir o que aconteceu na noite de 03 de setembro.
O que se pode concluir desses dois jogos em específico é que o mata-mata é a solução do problema da falta de torcedores nos estádios e da baixa audiência das emissoras que transmitem os jogos. Abra os olhos, CBF!
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segunda-feira, 1 de setembro de 2014
A minha ida à Bienal
Ao lado do jornalista Cosme Rimoli |
Poderia ser um domingo qualquer. Levantara cedo, tomara banho, me arrumara e partira em direção à um parque para pegar uma van, em direção à São Paulo, mais precisamente na Bienal.
Era a minha primeira vez numa Bienal. Mas via pela TV como era. Era um espaço grande, recheado de livros e autores. Quando eu cheguei por lá, me deparei com uma fila enorme rumo à bilheteria. Senti um frio na barriga, confesso. Peguei meu ingresso e parti para o lado de dentro da Bienal.
Chegando por lá, recebi uma cartilha de informações. Isso pouco fez diferença, pois me perdi várias vezes. Dava voltas em círculos. Até que numa dessas voltas, ouvi um rapaz dizendo: "Dentro de instantes, os jornalistas Cosme Rimoli, Leandro Cipoloni, Luiz Carlos Azenha e Tony Charlastel estarão aqui para fazer o lançamento do livro 'O lado sujo do Futebol." Ao ouvir essa frase, pensei comigo: "Grandes jornalistas! Vale a pena ficar aqui!." Entrei na Editora Planeta e me acomodei num banco branco.
Vi a chegada desses profissionais. Mais um frio na barriga. Frente a frente. Um bom bate-papo de aproximadamente 1h30min. Acabado o lançamento, fiquei frente a frente com o Cosme Rimoli, jornalista do portal R7, da Record. Parecia que eu estava vivenciando um sonho. Mas não era. Conversei com ele, parecíamos velhos amigos. Ele fez questão de tirar uma foto comigo (veja acima). Tem certeza que não era um sonho, perguntava a mi mesmo. A minha resposta poderia ser "Não", "Sim", ou "Talvez". Escolhi "Não". Não era um sonho. Ainda bem!
Logo depois, fiquei sabendo que Marcelo Duarte, jornalista da ESPN, estaria por lá, também. Meu Deus! Mais um jornalista! Talvez para as pessoas que estão lendo o meu post, irão pensar: "Que bobagem. É apenas um jornalista". Pode até ser bobagem, mas tudo isso representa grandes momentos e emoções para mim. Era a prova real de que eu estava ali, perto, lado a lado.
16 horas. Putz! Faltava apenas duas horas para sair da Bienal. O que fazer? Tinha duas opções: ir ao espaço Arena Cultural para ver Thalita Rebouças ou voltar à Editora Planeta para ver Ronnie Von, apresentador da TV Gazeta. Nada melhor do que ir nos dois eventos. Fui e me deparei com a simplicidade dos envolvidos. Inacreditável! Ou acreditável!
Fiquei 20 minutos vendo e ouvindo Thalita Rebouças! Sabia expressar sua opinião de uma forma simples, fácil de se entender. Depois, fui para a Planeta. E lá vi as repórteres Gianne Albertoni (Portal R7) e Renata Freitas (RedeTV). Estavam cobrindo o lançamento do livro do Ronnie Von. Estava próximo à elas, e, claro, uma foto com as duas seria muito bem-vinda. E teve!
Pelo vidro, em um outro espaço da Bienal, vi Maurício de Sousa. Na minha infância, li várias histórias da Turma da Mônica! A fila estava dando volta. Tentei me aventurar, mas logo desisti. Tinha horário pra voltar. Porém, antes, vi um autor na Editora Globo. Era Laurentino Gomes, autor dos livros 1808, 1822 e 1889, uma coletânea onde conta um pouco da história do Brasil! Entrei na editora. Conversei rapidamente com o dito cujo, e pedi se ele poderia tirar uma foto com minha pessoa. Ele, com sua humildade, simpatia e atenção, aceitou. Que momento!
Selecionar um momento inesquecível na Bienal é uma tarefa difícil e sem lógica. Todos os momentos devem ser guardados na memória. E serão. Foi uma aula de cultura. A Bienal representou um dos melhores domingos que tive até hoje. Ah, e só para constar: foi melhor ter ido à Bienal do que ficar em casa para ver os fracos jogos do Brasileirão!
Obrigado, Bienal! Até 2016!
Galeria de fotos:
Marcelo Duarte, apresentador da ESPN |
Gianne Albertoni, repórter do portal R7 |
Cosme Rimoli, portal R7 |
Laurentino Gomes, escritor |
Renata Freitas, repórter da RedeTV |
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