Gustavo Hebling surgiu como aposta para o São Paulo (Foto: Reprodução) |
Mas a intenção deste post é apontar e questionar quais são, realmente, as oportunidades que esses destaques do torneio podem receber no time principal. E qual a parcela de culpa. Gustavo Hebling (foto) não teve uma chance sequer no Tricolor Paulista.
Apontado como revelação desde os 12 anos de idade e servindo as seleções brasileiras de base, o volante não teve o seu contrato renovado com o clube e, imediatamente, foi levado para o PSG, da França, que o repassou para o modesto PEC Zwolle, da Holanda, com um contrato de empréstimo por duas temporadas.
E aquele Corinthians que venceu o Fluminense em 2012? Pois então. Poucos jogadores tiveram sucesso na equipe principal. Antonio Carlos, herói daquela partida, marcando dois gols, fez boa temporada no Avaí. E o exemplar volante Gomes passou por diversos clubes após aquela final. Seu último foi o Guaratinguetá, em 2014.
Outro caso de mal-sucedido vai para o talentoso Matheus Cassini. Foi destaque no título da Copinha em 2015, quando superou o Botafogo-SP. Tite fechou os olhos para o garoto. Foi relacionado apenas uma vez, no Campeonato Brasileiro. E hoje está no Palermo, da Itália.
Vale destacar: o atleta não tem direito a absolutamente nada no que se refere ao passe. O Corinthians tem a maior fatia da pizza, com 70%, enquanto o restante pertence à Art Sports, que agencia a carreira do jogador.
Neste ano, serão 112 clubes disputando o campeonato, quase 3.000 jogadores foram relacionados. Quantos Matheus Cassini e Gustavo Hebling estarão em campo? De fato, o torneio é apenas saudável para os conhecidos olheiros, que observam um jogador habilidoso, conversam com ele, fazem propostas irrecusáveis e viajam pelo interior do Brasil à procura de se vingar no cenário futebolístico. Para os grandes clubes do país, se tornou desinteressante.
Outro fator é que a minoria desses jogadores despontarão como promessas para o problema crônico do futebol brasileiro, que é justamente a base. Mal-cuidada e surrupiada por agentes, grupos de empresários e empresas-fantasmas. É difícil. Mesmo assim, a Copinha tem a sua essência, que precisa ser lapidada.
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