Foto: José Patrício/AE |
Nos últimos meses, despertou interesse de vários clubes, como Gama-DF, União-MT, Cruzeiro-RS e Desportiva-ES e do São José-SP. Esse último, aliás, foi o que mais chamou a minha atenção. O acordo seria milionário. Salário alto em dia, além de divisão de lucros, como em participações em vendas de camisas.
Adriano na Águia do Vale seria um ponto fora da curva diante da realidade do clube, que chegou a disputar um jogo-treino vestindo o uniforme do adversário. Rompeu a parceria com a G&J Sports por desavença política e o futuro na Série A3 do Paulista é incerta, vide a mudança que teve no regulamento do estadual.
A nova parceira é forte no ramo de negociações, mas será que o camisa 9 vale tudo isso? No mínimo, apostaria no contrato por produtividade, modelo que vem sendo adotado pelos mandatários de clubes daqui.
Confesso que não apostaria na volta dele à modalidade. Seria até arriscado. Caso fosse o Adriano de seis, sete anos atrás, quando arrebentou pelo Flamengo, eu até apostaria e investiria em seu retorno. Até penso que ele quer ser um pouco esquecido, fugir dos holofotes. Falso detalhe, vide a suas publicações diárias nas redes sociais. Vira manchete.
A perda do pai, dois anos antes de uma Copa do Mundo, e o consequente fracasso da seleção no Mundial, e a má fase no Campeonato Italiano, quando atuava pela Inter de Milão, foram fatores que transformaram vida do camisa 9 num inferno astral. Aos poucos, ele se recuperou e mostrou que estava pronto para novamente ajudar e provocar aquela tensão nos goleiros e zagueiros adversários. Foi assim no Flamengo em 2009, quando marcou 19 gols em 32 jogos. Ajudou o Rubro-Negro a conquistar o hexacampeonato do Brasileirão.
Antes de terminar, quero, aqui, destacar dois pontos:
Primeiro: Faltam bons centroavantes no nosso atual momento. Vivemos uma crise técnica no nosso setor ofensivo. O melhor atacante que temos não atua no futebol brasileiro e pode até parar preso. E Adriano ainda é visto como uma opção e solução para curar essa carência. E concordo com esse ponto de vista. Se ele mantivesse o nível, hoje estaria despontando na nossa seleção e poderia estar novamente na Europa.
Segundo: Conhecemos a fama de polêmico e as mais variadas confusões que Adriano se envolve. Metralhadora na mão, aparentemente embriagado em um bar, já deu um soco no jogador adversário. Agora, ele vai para Miami. Uma cidade que nunca dorme. De cassinos imponentes. Alguma dúvida de que as manchetes dos países noticiarão o lado extra-campo do ex-atacante da seleção brasileira?
É o retorno de Adriano. Situação diferente. Histórias (provavelmente) iguais. A ver.
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