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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

E agora, José?

A fase do Chelsea é surpreendente, porém de forma negativa. O atual campeão da Premier League não consegue emplacar nesta temporada e vê, a cada rodada, a zona de rebaixamento ficar mais próxima. Hoje apenas um ponto separa o Chelsea, 16º, do Norwich, 18º e primeiro integrante dessa parte desconfortável da tabela.

Nessa segunda-feira, 14, o time encarou o líder e a surpresa desta edição de Campeonato Inglês: o Leicester. O time da casa, comandado pelo eficiente atacante Vardy, não decepcionou a torcida e conseguiu a façanha por 2 a 1. Após 14 anos, o modesto time da cidade pacata voltava a derrotar os Blues. Isso só prova que dinheiro no futebol apenas é significativo. Dinheiro não entra em campo e não se torna uma peça importante. Ali, nas quatro linhas, todos são iguais.

O Chelsea, de José Mourinho, briga para escapar do rebaixamento, enquanto o Leicester, de Claudio Ranieri, quer disputar a Liga dos Campeões da Europa e alcançar voos mais altos pela Europa. É possível.

Vale aqui destacar que os dois treinadores já tiveram rusgas. Mourinho foi o responsável por substituir o técnico italiano em sua primeira passagem pelo Chelsea. O ano era 2004. O luso chegou a afirmar que “era o fim de um ciclo”. Depois, ele atacou Ranieri quando ambos comandavam Inter de Milão e Juventus, respectivamente.

“Ranieri tem a mentalidade de alguém que não precisa vencer”. Frase do cobiçado técnico português em 2008. O treinador atacado preferiu o silêncio. Decidiu mostrar a resposta nos gramados. Perdeu o Campeonato Italiano para o rival. E a cabeça de Mourinho subiu. E continuou com a reputação como mestre dos jogos. Jeito arrogante com todos. Imprensa e técnicos adversários.

Mas quem está acabando com o Chelsea é o próprio Mourinho. Irresponsável nas escalações e sendo claramente derrubado pelos atletas, ele finge não perceber tal ato. Já admitiu que o Chelsea não ficará entre os quatro melhores do Campeonato Inglês, e tenho que concordar. Porque um time bilionário não conseguiu figurar entre os oito na tabela após 16 rodadas, ou 42% do total (38).

É José. A situação piorou. O cara que aparentava ser o José, da paz e amor, se tornou uma figura irreconhecível. Como pessoa, e não como técnico. Pois, com toda essa fase pífia, ele ainda se consolida no seleto grupo dos 15 melhores comandantes do futebol mundial. Porém, precisa levantar a cabeça e mudar de rumo. O clima acabou, relação esfriou. E agora, José?

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