Poucas vezes neste ano o São Paulo foi tão ativo em uma partida. O Tricolor do Morumbi mostrou vontade, determinação, foco e, principalmente, alma para vencer o Corinthians por 2 a 0, no Morumbi. Luís Fabiano e Michel Bastos fizeram os gols da partida.
O Corinthians sentia a falta de Guerrero. Sem seu principal finalizador e artilheiro, Tite apostara em Emerson Sheik e Vágner Love. Este, por sinal, ainda está fora da sua forma física e técnica. Apático, o camisa 29 mais uma vez decepcionou. Não finalizou. Não assustava a defesa do São Paulo.
Já o São Paulo ainda apresenta carências e problemas no sistema defensivo, cujo não tem o entrosamento ideal, um bom meio de campo marcador e criativo e um forte ataque. Sem contar com Alexandre Pato, por motivos contratuais, coube ao Luis Fabiano assumir a responsabilidade. E assumiu.
Aos 31 minutos da primeira etapa, Reinaldo cruzou pela esquerda, Hudson tentou finalizar e furou, mas deixou para Luis Fabiano que, sozinho, estufou a rede. À essa altura, o Corinthians já demonstrava nervosismo e apatia. Tanto nervosismo derivou na expulsão de Emerson Sheik, que agrediu Rafael Tolói sem bola na intermediária e levou o cartão vermelho direto.
Porém, Sandro Meira Ricci, árbitro cujo Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, disse que estava preocupado devido ao retrospecto, errou ao expulsá-lo. Rafael Tóloi havia na jogada anterior pisado sobre Sheik.
Com um a menos, o Corinthians apresentava um verdadeiro marasmo. Não tinha forças para surpreender. Devido à fragilidade do adversário, o segundo do São Paulo logo saiu. Michel Bastos recebeu na intermediária, a zaga do Corinthians lhe deu toda a liberdade, arriscou um chute e viu a bola quicar diante de Cássio e entrar. 2 a 0.
Sem oferecer qualquer perigo ao gol de Rogério Ceni nos 45 minutos iniciais, o técnico Tite voltou do intervalo com Mendoza no lugar de Vagner Love no ataque, apostando na velocidade do colombiano. Tentativa frustrada, já que aos 9 minutos Mendoza se envolveu em uma disputa com Luis Fabiano e ambos acabaram expulsos.
E aqui vale citar mais um erro de Ricci. O cartão vermelho dado ao colombiano foi exagerado, vide a atitude patética de Luís Fabiano. Claramente nas imagens, percebe-se que Mendoza tentou a agressão, porém não acertou o rosto do camisa 9 são-paulino. Vermelho por “agressão” num lance de simulação? Atitude pífia.
Voltemos ao jogo. O que se viu é que Tite colocou o jogador errado e isso foi fundamental para o insucesso no clássico. Além disso, temos que destacar que dentro de campo era nítido o comportamento diferente dos dois times.
O São Paulo mais pilhado, ligado no jogo, brigando em todas as bolas, ganhando todas as divididas, mostrando raça e vontade. Já o Corinthians era um time sem personalidade, faltou luta e principalmente atitude dentro das quatro linhas. Uma postura totalmente adversa daquela vista no primeiro clássico, na Arena Corinthians.
Tite ainda tentou fazer seu time reagir com as entradas de Bruno Henrique e Danilo nos lugares de Jadson e Renato Augusto, mas não foi o suficiente. Estava mais fácil o São Paulo chegar ao terceiro gol (e saiu, com Ganso, porém o assistente marcou corretamente o impedimento) do que o Corinthians fazer o primeiro.
No final da partida com o resultado já definido constatou-se que o Corinthians ainda sente a eliminação nos pênaltis diante do Palmeiras. Encara, agora, pelas oitavas de final a equipe do Guarani-PAR, e precisa melhorar seu desempenho. Para essa partida, talvez conte com o retorno de Guerrero, fazendo com que o esquema tático 4-1-4-1 volte a funcionar.
Por sua vez, o São Paulo se encontra pela primeira vez na competição. Tem o Cruzeiro na próxima fase. O heavy metal antes do clássico motivou o Tricolor. Rogério Ceni, líder da equipe, fez uma preleção que mexeu com as estruturas psiclógicas dos jogadores. Para melhor, obviamente.
Para finalizar, Sandro Meira Ricci é totalmente responsável pelo estrago da partida. Comportamento pífio. O nosso quadro de arbitragem é péssimo. O árbitro que pertence à Federação Catarinense conseguiu calar a boca de Aidar e estragar a própria boa apresentação do São Paulo, que foi melhor desde o primeiro minuto.
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