Caldense, Vitória da Conquista e Operário. Mineiro, Baiano e Paranaense, respectivamente. Equipes modestas no cenário futebolístico. Porém vêm fazendo barulho neste ano. Embora estejam passando por dificuldades financeiras e estruturais, essas equipes mostram um diferencial, se comparado às de grandes expressões no mercado: humildade.
Raramente percebe-se que uma equipe de grande porte tenha a mesma característica citada acima. Entram de salto alto. Quando a bola rola e o nível de dificuldade aumenta, os discursos dos medalhões muda e o clichê aparece: "Sabíamos da dificuldade". Será, mesmo?
A Caldense já venceu o Atlético-MG na primeira fase do Campeonato Mineiro e conseguiu segurar o Cruzeiro, atual bi-campeão Brasileiro, no Mineirão. É algo para se pensar. Poços de Caldas tem um time organizado, veloz e bem comportado em campo.
Pratica o famoso arroz com feijão. Quer surpreender, quer mostrar que não será apenas mais uma equipe que vem e disputa o Estadual, se contentando com resultados inexpressivos. E consegue. Um empate simples na próxima semana, em Varginha, significa o título inédito. Sua primeira final em 90 anos de história.
E vale um adendo: Se a Caldense for campeã, conquistará o titulo de forma invicta, mesmo jogando contra Cruzeiro, Atlético-MG, América, Boa Esporte e Tombense (equipes das Séries A/B/C).
E o Operário? A equipe volta a disputar uma final após 54 anos. A última foi exatamente contra o Coritiba. O fato de jogar a decisão nesta temporada é ainda mais impactante em vista do ano passado. Em 2014, o clube alvinegro disputou o Torneio da Morte e, por pouco, não foi rebaixado para a Divisão de Acesso.
Porém a equipe apresenta inovações no quesito administração. Cerca de 40 pessoas contribuem mensalmente com R$2 mil, garantindo necessidades básicas. E na camisa há 10 patrocinadores. Esse alto número de marcas rende aproximadamente R$ 1 milhão por sete meses de exposição - o time também garantiu vaga na Série D.
Com 102 anos de história, o Operário busca seu primeiro título. A primeira missão foi feita: venceu por 2 a 0 em casa. Pode até perder por um gol de diferença no Couto Pereira, na próxima semana.
A final do Campeonato Baiano tradicionalmente é entre Bahia e Vitória. Porém o Vitória que chegou à final é o da Conquista. Dez jogos, cinco vitórias e cinco empates. Isso na primeira fase. E no primeiro duelo da final, contra o Bahia, a equipe aniquilou o Tricolor de Aço, vencendo por 3 a 0.
A equipe apelidada como Bode, apresenta um conjunto muito bem armado em campo. A transição de defesa com o ataque, do meio com o ataque é produtiva e leva susto ao adversário. Foi assim contra o Bahia.
Em seu escudo, o Vitória da Conquista apresenta uma estrela. Ela diz respeito ao único título até aqui, o estadual baiano da segunda divisão de 2006.
Evandro Guimarães, técnico, é o grande responsável por essa conquista. A confiança depositada no grupo supera qualquer limitação dentro ou fora das quatro linhas.
FOTOS: Divulgação
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